CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1128 DE 25 DE NOVEMBRO DE 2019

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Ano 5 | nº 1128| 25 de novembro de 2019

 

NOTÍCIAS

Boi gordo continua sem baliza

Em São Paulo, a cotação do boi gordo bateu novo recorde na última sexta-feira (22/11), aliás tem sido um atrás de outro, e chegou nos R$230,00/@ bruto à vista, R$229,50/@ com desconto do Senar, e R$226,50/@ com desconto do Funrural e Senar

Essa alta foi de 4,6% na comparação feita dia a dia e de 15% na última semana (segunda a sexta-feira). Em novembro a alta é de 35,6% ou R$59,50/@, segundo levantamento da Scot Consultoria.  O mercado, nervoso, continua subindo e sem referências. As cotações variando R$10,00/@ ao longo do dia é o cenário do boi gordo na maior parte das regiões monitoradas pela Scot Consultoria.

Scot Consultoria

Preço da arroba do boi sobe 34,04% no mês e atinge novo recorde a R$228,80

O preço da arroba do boi gordo no Estado de São Paulo atingiu 228,80 reais, novo recorde histórico, após registrar alta de 0,62% na sexta-feira, de acordo com o indicador Esalq/B3

No mês, o preço acumula alta de 34,04%, com a maior demanda da China, uma oferta restrita de animais prontos para abate e o mercado contando com uma maior demanda interna, à medida que consumidores receberão a primeira parcela do décimo terceiro neste mês, segundo especialistas. A fome chinesa para preencher o buraco deixado pela peste suína africana na criação de porcos já é sentida setorialmente nos índices de inflação no Brasil e ainda pressiona margens da maior parte dos frigoríficos do país. Além da forte demanda da China após novas habilitações de indústrias de bovinos pelos chineses, o dólar em máximas históricas frente ao real também favorece as exportações, de acordo com integrantes da indústria.

REUTERS

Para Sindicato de Fiscais Federais, contratações de veterinários foram insuficientes

Para a Anffa, aval para 100 novos profissionais ainda não supre carência de pessoal

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirmou, em nota, que apesar de positiva, a autorização do Ministério da Economia para a nomeação de 100 médicos veterinários aprovados em concurso publicada ontem é “insuficiente para suprir a falta de pessoal na fiscalização federal”. O Anffa calcula que 150 profissionais poderiam ser chamados de imediato para as vagas. O sindicato também avalia que a contratação apenas de médicos veterinários não contempla outras áreas da fiscalização – em que atuam os engenheiros agrônomos, químicos, zootecnistas e farmacêuticos – e que “estão em situação crítica devido à intensificação das aposentadorias”. De acordo com o sindicato, áreas como a fiscalização e controle internacional já apresentam perdas significativas na velocidade de liberação de cargas tanto para a importação quanto para a exportação. E a tramitação interna de processos no Ministério da Agricultura está extremamente prejudicada.

VALOR ECONÔMICO

Demanda está firme no mercado de reposição

Mercado de reposição aquecido. Devido às fortes altas do boi gordo, as categorias mais eradas para giro rápido continuam puxando as cotações no mercado de reposição

De acordo com levantamento da Scot Consultoria, a alta foi de 4,7% nos preços na última semana, frente à semana anterior, considerando a média das categorias de boi magro e garrote anelorado de todos os estados pesquisados. As categorias mais jovens (bezerro desmamado e bezerro de ano) valorizaram 4,3% no mesmo período. Para o curto e médios prazos, com a capacidade de suporte das pastagens ganhando ritmo, a oferta restrita de animais de reposição, o boi gordo em alta e os recriadores tendo que repor sua boiada, o mercado de reposição deve se manter firme e em alta.

Scot Consultoria

ECONOMIA

Dólar termina semana quase estável após bater máxima histórica na 2ª

O dólar ficou perto da estabilidade ao término da sessão do mercado à vista na sexta-feira, com o mercado evitando reforço nas compras com a cotação perto de máximas históricas

O dólar interbancário ficou quase estável, a 4,1929 reais na venda, ante taxa de 4,1927 reais da quinta-feira. No acumulado da semana, a moeda teve variação negativa de 0,01%, depois de, na segunda-feira (dia 18), fechar a 4,2061 reais na venda, máxima histórica. Na B3, em que os negócios com derivativos cambiais vão até as 18h15, o contrato de dólar futuro mais negociado tinha leve baixa de 0,06%, a 4,1945 reais. A sexta-feira de forma geral teve tom positivo nos mercados globais, após dados melhores nos Estados Unidos e notícias sobre maior disposição dos governos de China e EUA de chegarem a um acordo comercial. O dólar subia frente a uma cesta de divisas no exterior, mas aqui a cotação teve menos fôlego. Para alguns agentes financeiros, aumentam as chances de uma correção positiva no real depois de a moeda ter atingido mínimas históricas nesta semana. Analistas do Canadian Imperial Bank of Commerce veem o dólar a 3,90 reais no curto prazo, em parte por fluxos esperados com a privatização da Eletrobras.

REUTERS

Ibovespa fecha na máxima do dia com ânimo sobre China-EUA

O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, acima dos 108 mil pontos, apoiado em retórica mais positiva sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com o avanço de mais de 3% das ações da Vale entre os principais suportes

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,11%, a 108.692,28 pontos, novamente na máxima da sessão. O volume financeiro do pregão somou 16,79 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 2%, após perdas nas duas semanas anteriores. O Presidente norte-americano, Donald Trump, disse na sexta-feira que um acordo comercial com a China está “potencialmente muito próximo”, e que ele está do lado tanto do povo de Hong Kong quanto do Presidente Xi Jinping. Antes, em Pequim, Xi também disse que a China quer desenvolver um pacto comercial inicial com os EUA e vem tentando evitar uma guerra comercial, embora não tenha medo de retaliar quando necessário. No cenário doméstico, por sua vez, Lima destaca que se acumularam evidências de que o crescimento da economia brasileira pode estar acontecendo. A MARFRIG ON e JBS ON cederam 1,47% e 1,01%, respectivamente, em sessão negativa para o setor de proteínas, dando continuidade aos ajustes negativos da véspera. No ano, contudo, Marfrig sobe ao redor de 95% e JBS acumula valorização de cerca de 120%.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

Consumo interno e exportações dão sustentação ao mercado de suínos

O mercado de suínos está bastante demandado, seja pela boa demanda interna, em decorrência da proximidade de final de ano, no qual os cortes dessa proteína são bastante procurados, ou pelas exportações em bom ritmo

Esse quadro tem feito os preços galgarem novos patamares de alta a cada semana. Nos últimos sete dias, os preços nas granjas paulistas tiveram alta de 4,9%, com a arroba do animal terminado sendo negociada, em média, em R$107,00. No atacado, a alta foi maior em igual comparação. A carcaça está cotada, em média, em R$9,00 o quilo, valorização de 9,8% em sete dias. Este é o maior valor registrado em toda a série histórica, em valores nominais, desde 2003.

Scot Consultoria

Competitividade da carne de frango aumenta frente à bovina

No mercado de suínos, houve aumento na demanda, como típico para esse período

De acordo com pesquisas do Cepea, os preços das três carnes mais consumidas no País – frango, bovina e suína – estão em trajetória de alta nos mercados atacadistas. Os reajustes mais intensos têm sido verificados para a carcaça casada do boi. A carne suína, por sua vez, apresenta movimento de alta acima da verificada para o frango. Esse cenário tem favorecido a competitividade da carne de frango frente a essas substitutas, especialmente em relação à bovina. Na parcial deste mês (média até o dia 21), a diferença entre os preços das carnes de frango e bovina foi a maior de toda a série histórica do Cepea, iniciada em janeiro de 2004 para a proteína avícola. Segundo levantamento da Equipe Boi/Cepea, a oferta restrita de animais para abate e as demandas interna e externa aquecidas têm impulsionado os preços de toda a cadeia. No mercado de suínos, houve aumento na demanda, como típico para esse período. Para o frango, a demanda, que já vinha aquecida na primeira quinzena de novembro, continuou aumentando, justamente pela maior competitividade desta proteína.

CEPEA/ESALQ

Estoques de porcas reprodutoras na China aumentam pela primeira vez em 19 meses

O estoque de porcas reprodutoras da China aumentou 0,6% em outubro, no primeiro aumento mensal desde abril de 2018, mostraram números oficiais, sinalizando que a produção de suínos poderá em breve começar a se recuperar após uma epidemia devastadora da peste suína africana

O declínio no rebanho de porcos também está diminuindo, disse Yang Zhenhai, Diretor do departamento de criação e veterinária de animais do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais. A epidemia reduziu o enorme rebanho suíno do país em mais de 40% e provocou a alta dos preços da carne suína e a inflação de alimentos. O rebanho de porcos caiu 0,6% em outubro, diminuindo em relação à queda de 3% no mês anterior, disse ele, destacando que foi a menor contração mês a mês em um ano. Ele não divulgou o declínio ano-a-ano em outubro, mas em setembro a queda foi de 41% no ano. Embora alguns analistas tenham descrito os números oficiais como conservadores, os números do ministério ainda equivalem a um declínio de cerca de 175 milhões de porcos no rebanho nacional. A empresa holandesa Rabobank estimou que o rebanho será 55% menor até o final deste ano, enquanto outros na indústria acreditam que ele pode ser ainda menor.

REUTERS

INTERNACIONAL

Comércio mundial de carnes deve aumentar 6,5% em 2019, afirma FAO

Nas projeções da FAO, o comércio mundial de carnes em 2019 deve chegar aos 36 milhões de toneladas, resultado 6,5% superior ao estimado para 2018 e, provavelmente, a maior variação em volume observada na corrente década

A carne avícola (essencialmente, a de frango) permanece como a mais negociada mundialmente. Mas a maior expansão está reservada para a carne suína, cujo volume pode experimentar incremento anual próximo de 12%. O aumento no volume de carne bovina deve corresponder, praticamente, à metade do previsto para a carne suína – perto de 6%, índice superior ao projetado para a carne de aves, com aumento previsto em, aproximadamente, 4,5%. O volume total estimado para o corrente exercício é 10% superior ao de 2017. Porém, nessa expansão, o comércio da carne avícola sofrerá incremento inferior ao das carnes bovina e suína. Em função disso, a participação das carnes avícolas no comércio mundial deve recuar de 42,31% do total (2017) para 40,75% (estimativa para 2019).

BEEFPOINT

China pretende recuperar 80% da oferta doméstica de carne suína até o fim de 2020

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China estima que cerca de 40% do plantel de suínos do país foi dizimado pela doença

A China informou que espera restaurar 80% de sua oferta doméstica de carne suína em aproximadamente um ano, até o fim de 2020, já que o avanço da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) continua prejudicando a indústria. O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China estima que cerca de 40% do plantel de suínos do país foi dizimado pela doença. O número de matrizes reprodutoras subiu 0,6% em outubro em relação ao mês anterior, aumentando pela primeira vez desde abril do ano passado, disse o Diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério, Yang Zhenhai, em entrevista coletiva na sexta-feira (22/11). “É um sinal muito forte”, disse Yang. Contudo, ele afirmou que levará um certo tempo até que os consumidores percebam o aumento da oferta, porque é necessário um período de cerca de 10 meses para que os animais nasçam e atinjam idade de abate.

As autoridades chinesas destacaram também que apesar de alguns sinais precoces de recuperação da produção, houve pouco progresso no desenvolvimento de uma vacina para combate do vírus. As instituições de pesquisa ainda estão realizando avaliações de biossegurança e nenhuma se candidatou a testes clínicos, disse Yang. Segundo o diretor do Departamento de Pecuária e Veterinária do Ministério, o governo chinês está oferecendo recompensas em dinheiro para os denunciantes que revelem surtos subnotificados.

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