CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1127 DE 22 DE NOVEMBRO DE 2019

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Ano 5 | nº 1127| 22 de novembro de 2019

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Indústria de carne do Brasil e consumidor pagam mais com exportação maior à China

“A gente sabia que ocorreria uma maior demanda por boi para abate, mas não nesta magnitude… O número de empresas habilitadas para a China foi muito significativo”, afirmou o Presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar.

O Brasil, maior exportador global de carne bovina, está faturando com a maior demanda da China, mas os consumidores brasileiros estão por tabela pagando mais pelo produto nos açougues, enquanto frigoríficos têm sido pressionados a fazer ofertas recordes por bois nas fazendas. A fome chinesa para preencher o buraco deixado pela peste suína africana na criação de porcos já é sentida setorialmente nos índices de inflação no Brasil e ainda pressiona margens da maior parte dos frigoríficos do país, segundo especialistas. Com impulso dos chineses, que elevaram as compras de carne bovina do Brasil em 23,6% de janeiro a outubro, para cerca de 320 mil toneladas, o país exportou 11% mais no período, para 1,47 milhão de toneladas, de acordo com a associação da indústria Abrafrigo. Além da forte demanda da China após novas habilitações de indústrias de bovinos pelos chineses —que passaram de 16 no início do ano para 40 unidades atualmente, segundo a Abrafrigo—, um dólar em máximas históricas frente ao real também favorece as exportações. Não fossem poucos os fatores de alta, a proximidade das festas de final de ano gera uma demanda adicional por carnes, há o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro neste mês e uma oferta mais restrita de bovinos prontos para o abate. Pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, da FGV, a carne bovina apareceu entre os destaques em novembro, com alta de 5,26%, dez vezes mais do que o visto em outubro. Em novembro, Índice de Preços ao Consumidor constatou alta de 6,04% no contrafilé, enquanto em outubro havia subido 2,69%. Isso em momento em que o preço da arroba do boi gordo, acompanhado pelo indicador Esalq/B3, atingiu um recorde de 204,05 reais na terça-feira, acumulando alta de 19,54% no mês, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que também registrou nesta semana nova máxima histórica para a carcaça bovina na Grande São Paulo, de 13,90 reais/kg. “A gente sabia que ocorreria uma maior demanda por boi para abate, mas não nesta magnitude… O número de empresas habilitadas para a China foi muito significativo”, afirmou o Presidente da Abrafrigo, Péricles Salazar. Segundo ele, aqueles frigoríficos que não têm habilitação para a China não conseguem repassar para os seus preços a alta da matéria-prima. “Margens menores. Tenho recebido a seguinte afirmação: está muito difícil para os frigoríficos que não têm habilitação da China, porque são obrigados a acompanhar o preço do boi daqueles que têm habilitação…”, disse. Ele acrescentou que aquelas empresas que não têm habilitação para exportar à China, que está pagando melhores preços do que outros destinos, conseguem compensar apenas parte do aumento da arroba bovina, já que o mercado interno também está em alta. Diante da forte demanda chinesa, ele disse que o setor espera ainda este ano novas habilitações de frigoríficos, após cinco unidades de carne bovina terem sido autorizadas na semana passada, incluindo fábricas da JBS e Marfrig. Entretanto, ele comentou que o preço da arroba do boi a mais de 200 reais não é sustentável, e o mercado deve recuar em algum momento. Quando, ele disse não saber.

REUTERS

NOTÍCIAS

Ministério é autorizado a nomear 100 auditores fiscais até o fim do ano

A nomeação de candidatos aprovados e não convocados na seleção de 2017 foi autorizada pelo Ministério da Economia

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento está autorizado a nomear 100 candidatos aprovados e não convocados no concurso público realizado em 2017 para o cargo de Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário. As nomeações deste ano são excedentes, pois a seleção de 2017 ofereceu 300 vagas que já foram preenchidas em 2018. As nomeações foram autorizadas pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, a título de provimento adicional. A portaria foi publicada nesta quinta-feira (21) no Diário Oficial da União e estabelece que a nomeação deverá ocorrer até 31 de dezembro de 2019. A convocação dos aprovados foi solicitada ao Ministério da Economia pela Ministra Tereza Cristina, em março deste ano. O pedido da Ministra se baseou no decreto 6944/09, que permite a nomeação de até 50% do total de vagas originais ofertadas pelo edital. O provimento está condicionado à existência de vagas na data da nomeação e à declaração da Secretaria Executiva do Mapa sobre a adequação orçamentária e financeira das novas despesas com a Lei Orçamentária Anual e sua compatibilidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias, com a demonstração da origem dos recursos.

MAPA

Preço do boi gordo mantém alta e a arroba fecha a R$ 215

Com alta de R$ 9 em apenas um dia, as cotações superam os maiores valores da história

“A oferta permanece escassa, com os frigoríficos disputando de maneira acirrada animais que cumpram os padrões de exportação para Europa e China”, comenta o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.  Segundo ele, não há sinais que apontem para mudança de tendência no curto prazo, avaliando que a demanda é outro elemento a ser considerado, também o ótimo desempenho das exportações em 2019, além do ápice do consumo no mercado doméstico, no último bimestre do ano. Em São Paulo, os preços passaram de R$ 206 a arroba para R$ 215. Em Minas Gerais, preços de R$ 207 a arroba, contra R$ 197 a arroba ontem. No Mato Grosso do Sul, preços em R$ 202 a arroba, contra R$ 191. Em Goiás, o preço passou de R$ 195 a arroba para R$ 198, em Goiânia. Já em Mato Grosso, o preço passou de R$ 177 a arroba para R$ 188. No atacado, os preços da carne bovina voltaram a subir. “Mas o movimento não possui a mesma proporção se comparado ao boi gordo. No entanto os preços do atacado também apresentam um consistente movimento de alta. Reiterando que esse movimento tende a respingar nas outras proteínas de origem animal”, disse Maia. O corte traseiro teve preço de R$ 17,15 por quilo, com alta diária de 15 centavos. A ponta de agulha passou de R$ 11 por quilo para R$ 11,10 por quilo, enquanto o corte dianteiro seguiu em R$ 11,20 por quilo.

Agência Safras

Mercado futuro do boi finaliza a 5ª feira com valorização; R$ 230/@ já está consolidado no físico

CEPEA: Na parcial do mês, alta do Indicador chega a 19%. A quinta-feira (21) foi marcada por valorização para o boi gordo tanto no mercado físico quanto no futuro. Com dificuldade em compor escalas de abate mais longas, as indústrias estão ofertando por valores maiores e os negócios para o animal que atende a exportação estão firmes nos R$ 230,00/@

De acordo com a Informa Economics FNP, as indústrias frigoríficas continuam agressivas nas compras de gado, proporcionando uma nova rodada de valorizações consistentes e homogêneas entre as praças nacionais. “A oferta restrita de animais prontos para abate mantém o quadro de dificuldade de compra por parte dos frigoríficos, os quais ainda não conseguem formar escalas mais longas, o que por sua vez, mantém o cenário de altas”, destacou. Segundo o Analista de Mercado da Cross Investimentos, Caio Junqueira, algumas ofertas aconteceram na última quarta-feira nos patamares de R$ 227,00/@ a R$ 230,00/@ para receber no próximo ano. Ao longo desta quinta-feira foram informados 6.628 negócios para o boi China de R$ 235,00/@, à vista na região de São José do Rio Pardo/SP. No município de Pereira Barreto/SP, a arroba foi negociada a R$ 230,00/@, à prazo  com oito dias para pagar e com data para abater no dia 29 de novembro. Em Cassilândia/MS, a arroba para o boi gordo está precificada a R$210,00/@, à vista e com data para abater em 25 de novembro. Na região de Passos/MG, a vaca está cotada em R$ 200,00/@, à prazo com oito dias para pagar. O mercado de boi gordo continua volátil em que a cotação deve variar entre R$10,00/@ a R$15,00/@ ao longo dos dias. “A oferta restrita, associada às exportações de carne para a China, e o varejo absorvendo os repasses, dão sustentação às cotações da arroba do boi”, apontou a Scot Consultoria em seu relatório de mercado. Na Bolsa Brasileira (B3), o vencimento novembro/19 encerrou o dia com uma valorização de 3,79% e cotado a R$ 220,50/@. O Dezembro/19 registrou um incremento de 0,12% e está precificado a R$ 217,55/@, enquanto, o Janeiro/20 fechou a R$ 217,00/@ e com um ganho de 0,23%. O contrato outubro/20 trabalhava a R$ 229,60/@ no início desta manhã, mas finalizou o dia com um avanço de 0,86% e com a arroba a R$ 223,90. O Indicador do boi gordo ESALQ/B3 está fechando todos os dias desta semana acima de R$ 200,00/@, na qual é um patamar recorde real da série de preços do Cepea, iniciada em 1994 para este produto (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI de outubro/19). Nessa quarta-feira, 20, o Indicador fechou a R$ 203,30, com alta de 19% no acumulado parcial de novembro. Segundo o levantamento realizado pela a Scot Consultoria para a carne no atacado, o boi capão está cotado a R$ 15,89/kg e o boi inteiro está a R$ 15,63/kg. De acordo com o Cepea, a carcaça casada na Grande São Paulo, do boi registra sucessivos valorizações desde o dia 8 deste mês, encerrando a R$ 14,69/kg, à vista, nessa quarta, elevação de 25% no acumulado de novembro.

Informa Economics/scot consultoria/CEpea

Estados Unidos diz não à carne brasileira

Ministra da Agricultura diz que americanos informarão “em breve” se os esclarecimentos dados pelo governo brasileiro são suficientes para retomar as importações

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deixou Washington na quarta-feira sem uma definição por parte dos Estados Unidos sobre a reabertura do mercado americano para a importação de carne bovina fresca do Brasil. O pleito foi tema da reunião da Ministra com o Secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue. Ao deixar o encontro, a Ministra afirmou que os americanos dirão “em breve” se as informações prestadas pelo governo brasileiro são suficientes para retomar as importações de carne bovina in natura ou se os EUA enviarão uma nova missão ao País para avaliar as condições sanitárias. Os americanos, segundo ela, não se comprometeram com prazos. Questionada se os americanos deram sinalização de quanto tempo essa análise pode levar, ela afirmou que “pode ser este mês, no mês que vem ou no ano que vem”. A Ministra minimizou a importância da discussão sobre a carne bovina e a relevância da abertura do mercado americano. Segundo ela, esse foi “o último assunto” tratado na reunião com Perdue e o mercado está aquecido com exportações para a China. O mercado americano está fechado para a importação da carne bovina in natura brasileira desde 2017.

ESTADÃO CONTEÚDO

ECONOMIA

Dólar fecha em leve queda, abaixo de R$4,20, com atenções a EUA-China

O dólar fechou em leve queda pela segunda sessão consecutiva na quinta-feira, ficando abaixo do patamar psicológico de 4,20 reais, depois de oscilar entre ligeiras altas e baixas num pregão de volta de feriado local e de noticiário conflituoso sobre EUA e China no exterior

O dólar à vista caiu 0,15%, a 4,1927 reais na venda. A cotação oscilou entre 4,2250 reais na venda (+0,62%) e 4,1841 reais (-0,35%). Na B3, em que os negócios vão até as 18h15, o dólar futuro de maior liquidez rondava estabilidade, a 4,1975 reais. De forma geral, o real teve um desempenho mais fraco que alguns de seus rivais nesta sessão, já que rand sul-africano (+0,7%), peso colombiano (+0,6%), peso mexicano (+0,5%) e sol peruano (+0,2%) ganhavam.

O mercado ainda evita vender dólar no curtíssimo prazo, mesmo com a moeda perto de uma importante linha de resistência, em parte pelo entendimento de que o Banco Central não vê urgência em intervir no mercado para defender o câmbio. O Goldman espera dólar de 4,15 reais ao fim de 2019 (apreciação nominal de 1,03% do real até o fim do ano) e de 4,05 reais ao término de 2020 (valorização de 3,52% para o câmbio). O Credit Suisse avaliou que, com posições técnicas “mais limpas”, o mercado de câmbio se volta agora para indicadores de atividade. “Os dados do PIB do terceiro trimestre, a serem divulgados em 3 de dezembro, provavelmente serão um teste importante nessa frente, especialmente à luz dos dados mais firmes da atividade econômica de setembro, divulgados na semana passada”, disseram analistas do banco em relatório. No geral, o Credit espera que a moeda fique num intervalo entre 4,25 reais e 4,10 reais no curto prazo.

REUTERS

Ibovespa fecha em alta; Petrobras ajuda

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, após duas quedas seguidas, recuperando o patamar dos 107 mil pontos perdido na semana passada, com Petrobras entre os principais suportes ao ser beneficiada pela alta dos preços do petróleo para máximas em dois meses

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,54%, a 107.496,73 pontos, encerrando o dia na máxima da sessão. O volume financeiro alcançou 19,5 bilhões de reais. A volta do feriado do Dia da Consciência Negra foi marcada também pela repercussão de vários relatórios de bancos estrangeiros com tom positivo para o mercado acionário brasileiro. de derrubar tal possibilidade gerou receio de insegurança jurídica no país. O Ibovespa descolou de Wall Street, onde o S&P 500 fechou em baixa de 0,16%, mais uma vez afetado pelo noticiário conflitante sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, que tem adicionado preocupações sobre as chances de um acordo até o final deste ano. A MARFRIG ON cedeu 3,9%, entre as maiores quedas, após se valorizar mais de 8% nos dois pregões anteriores, depois de aumentar a participação no capital social da sua controlada norte-americana National Beef de 51% para 81,73%. No setor, JBS ON caiu 3,17%, mas MINERVA ON, que não está no Ibovespa, subiu 3,65%. Mais cedo, o Presidente do Conselho do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, afirmou que o banco de fomento deverá vender cerca de metade de sua participação na JBS até o final do ano, uma operação que pode levantar 7,8 bilhões de reais.

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EMPRESAS

Minerva tem habilitação na Colômbia para exportar para Arábia Saudita

O frigorífico Minerva anunciou na quinta-feira que fábrica de abate da companhia na Colômbia recebeu permissão de exportação de carne bovina para a Arábia Saudita

Em comunicado ao mercado, a Minerva afirmou que a fábrica com autorização de exportação saudita integra a divisão Athena Foods. “Com um rebanho de aproximadamente 24 milhões de cabeças de gado, segundo dados do USDA, a Colômbia possui enorme potencial de crescimento, refletido pela nova habilitação concedida pelo governo da Arábia Saudita”, afirmou a Minerva no comunicado.

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BNDES quer vender metade de fatia na JBS até final do ano, diz presidente do conselho

O presidente do conselho de administração do BNDES, Carlos Thadeu de Freitas, afirmou que o banco de fomento deverá vender cerca de metade de sua participação na processadora de carne JBS até o final do ano, uma operação que pode levantar 7,8 bilhões de reais

O braço de participações do BNDES, BNDESPar, tem 21,3 por cento das ações da JBS. A Reuters publicou na semana passada que o BNDES contratou um pool de bancos para organizar a operação de venda de cerca de 290 milhões de ações da processadora de carne. “A operação deve ficar na casa de 8 bilhões de reais… Acho que é uma operação para esse ano, a não ser que não se tenham preços tão bons, mas eles estão bons e ainda atraentes”, disse Freitas a jornalistas após participar da abertura do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex). “O preço hoje é bom, mas não tão bom como no passado… a perda com a demora na venda é por aí, de 1 a 2 bilhões de reais”, acrescentou o executivo. As ações da JBS exibiam queda de 1,5% às 12h30, perto da ponta negativa do Ibovespa, que mostrava valorização de 0,16%. Segundo Freitas, o conselho do BNDES aprova a venda das ações da JBS e prefere que a operação ocorra via oferta pública.

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Minerva Foods ganhou R$ 30 milhões com derivativos de ações

Papéis da companhia mais que dobraram de valor desde novembro do ano passado

A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, ganhou cerca de R$ 30 milhões com derivativos de ações, apurou o Valor. Em fato relevante, a companhia informou que os swaps de ações, firmados com o Credit Suisse, foram liquidados na quinta-feira. Em novembro do ano passado, a Minerva obteve autorização do conselho de administração para firmar derivativos equivalentes a até 10 milhões de ações. Com isso, a companhia brasileira ganharia com a alta das próprias ações, o que de fato ocorreu no período. Por meio dos swaps, a empresa se comprometeu a pagar 100% de CDI ao Credit Suisse. Em troca, a Minerva recebeu a variação positiva de suas próprias ações. Se os papéis perdessem valor, a companhia teria de pagar a variação das ações ao Credit Suisse. De 6 de novembro do ano passado para cá, as ações da Minerva se valorizaram em 124% na B3. Às 15h15 desta quinta-feira, os papéis da companhia brasileira eram negociados a R$ 12,48, alta de 1,13%. Na bolsa, a Minerva vale R$ 4,7 bilhões.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Na euforia das carnes, avicultura tem com que se preocupar, diz Itaú BBA

A indústria de carnes do Brasil tem colhido preços mais altos na exportação e no mercado interno e maiores embarques ao exterior, com impulso da demanda da China, mas a euforia é menor para o setor de frango, já que há alguns fatores que podem preocupar o setor avícola, avaliaram na quinta-feira especialistas do Itaú BBA

Segundo o analista de Alimentos e Bebidas da Itaú BBA Corretora, Antônio Barreto, os preços das proteínas animais estão firmes na China, que tem lidado com uma oferta menor de carne de porco após sofrer uma redução drástica no seu plantel pela peste suína africana. “Quanto mais falta de proteína (na China), maior a rentabilidade para as empresas (brasileiras) listadas em bolsa”, disse Barreto, referindo-se à JBS, Marfrig, Minerva e BRF. “É festa no mercado da pecuária do Brasil… patrocinada pelos chineses”, acrescentou outro analista do Itaú BBA, César de Castro Alves, em evento do banco realizado com jornalistas. Contudo, Barreto sinalizou que o cenário não é tão brilhante para a BRF, maior exportadora global de carne de frango, já que a China tem aumentado a produção das aves, como uma das alternativas mais rápidas para diminuir o impacto da queda de oferta de carne suína no maior consumidor global desse produto —uma ave fica pronta para o abate bem antes de porcos e bois. Além da BRF, outra grande exportadora de aves do Brasil é a Seara, uma das divisões da JBS no Brasil. Barreto citou números do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que projetou aumento de 14% na produção de carne de frango chinesa em 2020, para 15,8 milhões de toneladas, como sinal do investimento chinês. “Se a China de fato conseguir produzir todo este frango, pode ser que exista um cenário em que a China não precise importar tanto frango assim”, afirmou. Enquanto isso, contudo, o Brasil aumentou em 22% duas exportações de carne de frango para a China de janeiro a outubro, para 444,7 mil toneladas, obtendo resultado cambial de 931,7 milhões de dólares (+38%) no mesmo período. Em outro ponto preocupante para a indústria de aves, analistas do Itaú BBA citaram que a China derrubou uma barreira sanitária após quase cinco anos para o frango dos Estados Unidos, que agora deverão competir com o produto do Brasil, o maior exportador global desse tipo de carne.  “Uma resolução da guerra comercial (EUA-China) favorecia empresas que têm ativos nos EUA, e o noticiário é mais favorável à resolução, e é negativo para algumas empresas. Pensando na BRF, por exemplo, os Estados Unidos são um competidor que não tínhamos nos últimos quatro anos.” Os analistas comentaram ainda o cenário de preço do milho, que é altista, tendo em vista o maior consumo e exportações do cereal em 2019, além da possibilidade de uma safra menor, após um recorde neste ano de mais de 100 milhões de toneladas.

REUTERS

Custos de produção de frangos e suínos atingem maiores valores do ano

Os custos de produção de frangos e suínos medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa atingiram os maiores valores do ano em outubro, com altas acima de 2% em relação ao registrado em setembro

O índice que mede o custo de produção de frangos, ICPFrango, subiu 2,74% em outubro, para 228,62 pontos, no terceiro mês consecutivo de alta. O índice tem alta de 4,86% nos dez primeiros meses do ano. Já o ICPSuíno aumentou 2,17%, para 226,51 pontos, e acumula alta de 3,30% em 2019. O preço do quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina estava em R$ 3,96 em outubro, o maior valor do ano. A alta nos custos de produção em outubro foi impactada principalmente pelo aumento nos custos de nutrição que, no caso do frango, subiu 3,44%, e do suíno, teve alta de 2,08%. O ICPSuíno vinha mantendo relativa estabilidade desde julho antes da alta no mês passado. Já o ICPFrango tem subido todos os meses desde julho.

CARNETEC

INTERNACIONAL

EUA auditará dez frigoríficos no Uruguai em dezembro

Nos primeiros dias de dezembro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos realizará uma auditoria ao sistema de carne uruguaio, que inclui o processo de certificação e as instalações frigoríficas, disse Eduardo Barre

O diretor de serviços de pecuária disse que há uma lista provisória, que foi aconselhada, de plantas a serem auditadas, mas pode ser modificada quando as autoridades sanitárias dos EUA estiverem presentes no Uruguai. Segundo informações acessadas pela Rurales El País, os frigoríficos a serem auditados são: Las Piedras, Tacuarembó, Inaler, BPU, Ontilcor, Pul, Carrasco, Las Moras, Casablanca e Dinolar. Barre explicou que a auditoria nos EUA coincide com o SPS (reuniões técnicas) da China, que também ocorrerá no país. Nesta reunião com representantes asiáticos, será discutida a possibilidade de entrar na China com o mondongo.

El País Digital

Argentina faz seu primeiro embarque de carne de porco refrigerada para China

A Argentina enviou sua primeira remessa de carne de porco refrigerada para a China, informou o governo da potência agrícola sul-americana na quarta-feira, enquanto as importações de carne suína da China aumentam devido a um surto devastador da peste suína africana em casa

O embarque incluiu 26 toneladas de cortes de carne de porco, de acordo com comunicado do Ministério da Agricultura de Buenos Aires.  “Este passo consolida ainda mais nosso setor pecuário no mercado mundial”, afirmou o comunicado. A Argentina anunciou que havia fechado um acordo em abril para acessar o maior mercado mundial de carne suína. A Argentina, que já é uma importante fornecedora mundial de alimentos para soja, milho, trigo e farelo de soja, está pressionando para aumentar as exportações de carne suína e bovina. As importações chinesas de carne de porco podem atingir níveis recordes de 4,6 milhões de toneladas no próximo ano, informou o Rabobank, empresa holandesa de serviços financeiros. O aumento nas importações ocorre depois que a peste suína africana, uma doença fatal dos porcos, se espalhou pela China, que possui o maior rebanho de suínos do mundo, matando milhões e desencorajando muitos agricultores a reabastecer suas fazendas.

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