CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1050 DE 06 DE AGOSTO DE 2019

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Ano 5 | nº 1050| 06 de agosto de 2019

NOTÍCIAS

Preços do boi gordo reagem mesmo com escalas dos frigoríficos bem posicionadas

Com contratos a termo e de outras modalidades de parceria, algumas indústrias já estão até mesmo com toda a programação de abates do mês concluída

O mercado físico de boi gordo teve preços predominantemente mais altos na segunda-feira, 5. Apesar disso, os frigoríficos não parecem dispostos a atuar de maneira agressiva na compra de gado, avaliando o confortável posicionamento em suas escalas de abate, diz a consultoria Safras & Mercado. “Mesmo os frigoríficos de menor porte desfrutam de uma posição confortável, com escalas de abate posicionadas entre quatro e seis dias úteis”, diz o analista Fernando Henrique Iglesias. A posição dos frigoríficos de maior porte é ainda mais tranquila. Com contratos a termo e de outras modalidades de parceria, algumas unidades já estão até mesmo com toda a programação de abates do mês concluída. No atacado, os preços da carne bovina ficaram entre estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo ainda remete a reajustes, avaliando a perspectiva de boa reposição entre atacado e varejo no decorrer da primeira quinzena de agosto, período que conta com interessante ponto de consumo. “Além da entrada dos salários na economia, há também o feriado do Dia dos Pais para aquecer a demanda por carne bovina no varejo”, afirma. O corte traseiro passou de R$ 10,70 por quilo para R$ 10,95 o quilo. O corte dianteiro ficou em R$ 8,50 por quilo. Já a ponta de agulha ficou em R$ 8 o quilo, contra R$ 7,70 por quilo.

Veja o fechamento de segunda:

São Paulo: R$ 154,00 a arroba, estáveis

Uberaba (MG): R$ 148, por arroba, contra R$ 147

Dourados (MS): R$ 144 ante R$ 143 por arroba

Goiânia (GO): R$ 143, estável

Mato Grosso: R$ 142, contra R$ 140 a R$ 141

Safras & Mercado

Queda de temperatura aumenta a oferta de boiadas no Sul do país

Mercado com poucos negócios efetivados e preços andando de lado na maioria das praças pecuárias no fechamento da última segunda-feira (5/8)

No Paraná, a geada que chegou no estado neste final de semana colaborou para o aumento da oferta de animais. Com isso, os preços recuaram 0,7% na comparação dia-a-dia. Apesar de estabilidade nos preços, esse cenário de pressão nas cotações também foi observado nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em contrapartida, no Rio de Janeiro, a dificuldade das indústrias em reabastecer os estoques para essa semana provocou reajuste positivos nos preços da arroba do boi gordo. No estado as escalas de abate atendem, em média, três dias. Em São Paulo, os preços se mantiveram frente ao último fechamento (2/8). As programações de abate dos frigoríficos paulistas giram ao redor de seis dias. Mas vale destacar que algumas indústrias com escalas superiores à média ficaram fora das compras na última segunda-feira.

SCOT CONSULTORIA

Mais uma semana de reajuste positivo na margem do varejo

Durante a última semana de julho, os preços da carne sem osso no varejo se mantiveram praticamente estáveis nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro

O Paraná foi o único estado em que houve reajustes de preços. A desvalorização foi de 0,1% na semana. Apesar de preços estáveis, em função da queda dos preços no atacado em igual comparação, a margem de comercialização dos supermercados e açougues tiveram mais uma semana de reajustes positivos e está em 63,7%. Para esta semana, a expectativa é de preços mais sustentados com o recebimento dos salários da massa populacional.

SCOT CONSULTORIA

MT tem produtividade acima da média no 1º tri

Peso-médio da carcaça no Estado foi de 258,63 kg por animal no primeiro trimestre deste ano.

A produtividade mato-grossense de carne é 5% superior à média nacional

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o peso-médio da carcaça em Mato Grosso foi de 258,63 kg por animal e o peso-médio do país foi de 246,11 kg por animal no primeiro trimestre deste ano. Nos últimos cinco anos, comparando o peso-médio da carcaça no primeiro trimestre de 2014 com o registro de igual período em 2019, os animais abatidos no estado registraram um ganho de 7%. A evolução e o bom desempenho da pecuária de corte mato-grossense também podem ser comprovados com o crescimento no volume de animais abatidos e do rebanho. De acordo com o levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), de janeiro a junho deste ano, foram abatidos 2.688 milhões de animais pelas indústrias do estado, número 9% maior do que o registrado no mesmo período de 2018. Já o rebanho bovino, neste intervalo de tempo, passou de 30.073 milhões para 30.336 milhões de animais. Levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em 2014, mostra que 10% dos animais abatidos no estado tinham até 24 meses e 60% tinham até 36 meses de idade. Ano passado a participação dos animais com até 24 meses passou para 17% e com até 36 meses passou para 65% do total abatido. Entre as tecnologias que viabilizam o desenvolvimento da pecuária de corte, Nolasco cita o melhoramento genético com a seleção de animais superiores e cruzamento industrial, a suplementação alimentar nos animais a pasto e em confinamentos, e a recuperação de áreas de pastagem com a integração lavoura-pecuária.

PORTAL DBO

Indústria tenta preencher escala de abate com boi de cocho e preços travam

Frigoríficos aguardam resultados do varejo no último final de semana

O mercado do boi gordo operou na segunda-feira (5/8) estável, à espera das análises dos frigoríficos sobre o desempenho no mercado varejista de carne bovina no último fim de semana, informa o analista Guilherme Guimarães, da INTL-FCStone, de Campinas, SP. “Observamos que a indústria trabalha atualmente com uma programação de abate confortável para o início do mês vigente”, relata o analista, acrescentando a expectativa é de que a demanda interna pela proteína animal possa apresentar recuperação no curto prazo, motivada por uma conjunção de fatores: retorno das férias escolares, recebimento de salários pela população e festividades com a celebração do Dia dos Pais. Segundo Guimarães, a escala média de abate em São Paulo atende uma programação de sete dias, com o preço de balcão do boi gordo girando em torno de R$153/@. Mato Grosso do Sul, observa o analista, apresenta um cenário oposto, com escalas reduzidas e oferta balcão na casa de R$144/@. Na maioria das praças pecuárias, o gado oriundo do confinamento segue sendo a principal fonte para o preenchimento das escalas de abate das indústrias, relata boletim desta tarde da Informa Economics FNP. Em SP, a baixa disponibilidade de animais e dificuldade em maiores negócios, os frigoríficos realocam gado em suas escalas afim de conseguir estende-las até o início da próxima semana.

PORTAL DBO

ECONOMIA

Ibovespa desaba 2,5% com aumento das tensões entre EUA e China

A Bovespa seguiu a derrocada global, diante da escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China, com o principal índice acionário doméstico caindo ao piso em mais de um mês

O Ibovespa caiu 2,51%, a 100.097,75 pontos, para a mínima de fechamento desde 18 de junho. O volume financeiro da sessão somava 17,86 bilhões de reais. Antes do ajuste, índice fechou abaixo do patamar de 100 mil pontos. Apenas dois papéis fecharam no azul, Marfrig e IRB. O pessimismo cresceu após o ministério chinês de Comércio informar que empresas do país pararam de comprar produtos agrícolas dos EUA e que o país pode impor tarifas sobre bens norte-americanos comprados após 3 de agosto. A China também deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio, após Trump prometer impor tarifas sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro. No Twitter, Trump classificou o movimento como “manipulação cambial” e acrescentou: “você está ouvindo, Federal Reserve? Essa é uma grande violação que enfraquecerá consideravelmente a China ao longo do tempo!”.

REUTERS

Dólar fecha em maior patamar desde 30 de maio com maior aversão global à risco

O dólar encerrou com forte alta ante o real na segunda-feira, no maior patamar desde 30 de maio, acompanhando o movimento da divisa no exterior, onde prevalecia a aversão ao risco após a China permitir que o iuan rompesse a marca de 7 por dólar.

O dólar avançou 1,68%, a 3,9572 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 30 de maio, quando a cotação foi a 3,9790 reais na venda. Na máxima do pregão, a divisa norte-americana foi a 3,9680 reais na venda e na mínima, tocou nível de 3,8855 reais na venda. Na B3, o dólar futuro de maior liquidez subia 2,05%, a 3,973 reais. A China deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar nesta segunda-feira pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio. A decisão chinesa de não agir motivou uma fuga dos ativos de risco, inclusive emergentes, pautada pela preocupação de que isso pode escalar ainda mais as tensões entre Estados Unidos e China. De fato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o governo chinês de “uma grande violação” e disse que o movimento foi “manipulação cambial.” A desvalorização da moeda chinesa vem dias depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, surpreender os mercados financeiros ao prometer impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares de importações chinesas a partir de 1º de setembro. “Mercados financeiros ao redor do globo exibiram um forte sentimento de aversão ao risco motivado pelos novos sinais de piora nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, com o forte risco desta guerra comercial se estender para uma guerra cambial”, disse a equipe da corretora Correparti, em nota a clientes.

REUTERS

Companhias chinesas suspenderam compras de produtos agrícolas dos EUA

O Ministério de Comércio da China informou na segunda-feira que companhias chinesas pararam de comprar produtos agrícolas dos Estados Unidos, e que a China não descarta impor tarifas a esses bens norte-americanos comprados após 3 de agosto.

O movimento representa o último de uma escalada na guerra comercial entre EUA e China, e vem depois de o país asiático permitir que o iuan enfraquecesse e rompesse o nível chave de 7 por dólar pela primeira vez em mais de uma década. O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na quinta-feira que Pequim não cumpriu sua promessa de adquirir grandes volumes de produtos agrícolas dos EUA, prometendo impor novas tarifas em cerca de 300 bilhões de dólares em bens chineses e encerrando abruptamente uma trégua na guerra comercial sino-americana. Mais cedo, a emissora de televisão estatal da China, CCTV, reportou que uma autoridade da Comissão de Desenvolvimento e Reforma Nacional da China (NDRC, na sigla em inglês) teria dito que as acusações de Trump eram “infundadas”. A China é a maior compradora mundial de soja, cultivo de exportação de maior valor dos EUA. O governo Trump já divulgou planos de gastar até 28 bilhões de dólares para compensar agricultores norte-americanos, importante setor de apoio eleitoral a Trump, pela receita perdida devido às disputas comerciais. A China adquiriu 130 mil toneladas de soja, 120 mil toneladas de sorgo, 60 mil toneladas de trigo, 40 mil toneladas de carne suína e 25 mil toneladas de algodão dos EUA entre 19 de julho e 2 de agosto, segundo a autoridade do NDRC.

REUTERS

Mercado reduz a 5,25% estimativa para Selic em 2019

Mas o mercado rebaixou os prognósticos para o desempenho da produção industrial, cortando para menos da metade a expectativa de alta da indústria para este ano, de 0,50% para 0,23%. PIB se mantém em 0,82%.

O mercado financeiro revisou para baixo a expectativa para a taxa Selic ao fim deste ano, depois de o Banco Central ter sinalizado na semana passada espaço para novos cortes do juro básico brasileiro. A mediana das estimativas de economistas consultados na pesquisa Focus do BC passou a mostrar Selic de 5,25% ao fim deste ano, contra 5,50% na sondagem divulgada há uma semana. A taxa Selic está atualmente em 6,00% ao ano, depois de redução de 0,50 ponto percentual na quarta-feira. Os economistas mantiveram em 3,80% a expectativa para a alta do IPCA em 2019 e em 3,90% para 2020. Também foram mantidas as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,82% e para a taxa de câmbio em 2019 e 2020.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig e ADM desenvolvem hambúrguer vegetal no país

De olho na crescente demanda por hambúrguer vegetal, a brasileira Marfrig Global Foods e a americana Archer Daniels Midland (ADM), uma das principais tradings agrícolas do mundo, anunciam hoje uma parceria para desenvolver o produto no Brasil

A ADM será responsável pelo fornecimento da matéria-prima do hambúrguer, que será produzido na fábrica da Marfrig em Várzea Grande (MT). A ideia é que o produto emule o sabor e a textura da carne, afirmou o CEO da Marfrig, Eduardo Miron, em comunicado. “Queremos dar ao consumidor o poder da escolha. É ele quem decide”, disse o executivo. Os parceiros querem lançar o produto ainda neste ano. Para tanto, a Marfrig terá uma marca própria voltada aos produtos vegetais, que no primeiro momento serão comercializados no food service (alimentação fora do lar). As empresas não anunciaram qual será a principal matéria-prima vegetal. No mercado, a ervilha despontou como uma das principais alternativas para esse tipo de hambúrguer e faz parte da composição do produto desenvolvido pela americana Beyond Meat, empresa que vem fazendo sucesso nos Estados Unidos junto aos investidores e aos consumidores. No Brasil, o hambúrguer que simula o sabor e a textura da carne ainda está no início. A Fazenda Futuro, do empresário Marcos Leta, é um dos grupos mais avançados. A empresa comercializada no Grupo Pão de Açúcar (GPA) e em hamburguerias em algumas das principais capitais do país. Assim como a Beyond Meat, a Fazenda Futuro utiliza ervilha como um ingrediente. Dona da marca Seara, a JBS também lançou recentemente um hambúrguer vegetal, feito a partir de soja e beterraba, entre outros. O produto começou a chegar às gôndolas de alguns supermercados de São Paulo e do Rio de Janeiro no mês passado. Do ponto de vista nutricional, no entanto, sugiram preocupações devido ao teor de sódio desses produtos.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Rússia relata surto de peste suína africana perto de fronteira com a China

Um surto de peste suína africana foi detectado em uma pequena criação na região russa de Primorsk, próxima à fronteira com a China, informou na segunda-feira a agência de segurança agrícola do país.

REUTERS

Peste suína: Comissão Europeia lista novos países em risco de contaminação

Centenas de milhares de animais foram abatidos como medida preventiva. A Comissão Europeia emitiu uma decisão que destaca a Bulgária, a Polônia e a Lituânia como novas áreas de alto risco à peste suína africana (PSA). Atualmente, uma cepa africana do vírus está varrendo as fazendas da Europa Oriental

Mais de 120.000 porcos foram abatidos na Bulgária numa tentativa de limitar o número de casos de peste suína. Na Romênia, 300 novos surtos foram registrados em julho. Especialistas em saúde animal estão preocupados com o potencial de devastar a indústria suína do continente. Enquanto isso, nenhum caso foi visto na Europa Ocidental até agora. Tanto a Romênia quanto a Bulgária tomaram medidas para evitar a disseminação do vírus, com o abate de centenas de milhares de porcos. Pouco mais de 2% dos animais abatidos em 2018 em todo bloco foram destes dois países, segundo dados da Comissão Europeia. Em 2018, a Polônia foi o quarto país europeu com o maior número de abate de porcos para a indústria da carne suína do bloco (9,12%). Nas últimas duas semanas, quase 130.000 suínos foram mortos em seis fazendas de criação no país do Mar Negro – que conecta a Europa Oriental com a Ásia Ocidental. Até agora, as autoridades detectaram 30 incidentes da doença. O Primeiro-Ministro búlgaro, Boyko Borissov, disse que o governo compensará os donos que voluntariamente abatem seus porcos domésticos, enquanto o país trabalha para erradicar uma epidemia de febre suína africana altamente contagiosa.

GLOBO RURAL

INTERNACIONAL

Setor de carne bovina dos EUA luta contra a “carne falsa”

Associação destaca o aumento de consumo da proteína vermelha no varejo norte-americano

A indústria de carne bovina dos EUA prometeu “redobrar os esforços” contra a uso de propagandas “enganosas e errôneas” que destacam os alimentos vegetais alternativos como se fossem carne verdadeira, de origem animal, segundo texto publicado na segunda-feira no portal GlobalMeatNews. “Embora os alimentos substitutos da carne tenham atraído muita publicidade nos últimos dois anos, os dados mostram que a carne bovina real mantém 99,5% do mercado de varejo”, disse Alisa Harrison, Vice-Presidente sênior de marketing e pesquisa global da National Cattlemen’s Beef Association (NCBA). Enquanto isso, continua a executiva, o consumo real de carne bovina continua crescendo. “Mesmo os consumidores que, às vezes, optam por comprar produtos alternativos à base de vegetais, continuam a comer carne, como sempre fizeram”, garantiu. O Vice-Presidente sênior de assuntos governamentais, Colin Woodall, disse que busca, junto ao governo federal, garantir que a nomenclatura da carne bovina seja protegida no varejo contra a “carne falsa”. “Quando os consumidores compram um bife ou meio quilo de carne moída, estão comprando um ingrediente: carne bovina”, disse Woodall. “Mas quando eles compram um produto específico de carne falsa, eles adquirem proteína isolada de ervilha, óleo de canola, óleo de coco refinado, celulose de bambu, amido de batata, extrato de suco de beterraba, entre outros ingredientes”, comparou, acrescentando: “Os que pensam que esses produtos de carne falsa são mais nutritivos e naturais do que a carne verdadeira estão equivocados; nós vamos fazer de tudo para que as pessoas saibam disso”.

PORTAL DBO

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