Ano 5 | nº 1019 | 24 de junho de 2019
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo firme na volta do feriado
Como esperado, a sexta-feira (21/6) após o feriado foi de poucos negócios efetivados no mercado do boi gordo
Porém, a necessidade de alongar as escalas de abate e abastecer os estoques fizeram com que as indústrias entrassem nas compras com maior afinco, pressionando o mercado para cima no fechamento de hoje. As valorizações ocorreram em nove praças pecuárias. Em Mato Grosso, três das quatro regiões pesquisadas tiveram acréscimo de 0,7% nos preços. Em São Paulo, a alta na cotação do boi gordo foi de 1,0% na comparação dia a dia. A arroba ficou cotada em R$155,50 a prazo, livre de Funrural. As escalas de abate paulistas giram em torno de quatro dias. Com a redução dos abates dos últimos dias, os estoques de carne diminuíram e agora a indústria precisa recompor as reservas de carne. Com isso, o mercado atacadista de carne bovina com osso fechou a penúltima semana de junho com alta de 1,3% e o boi casado de animais castrados está cotado em R$10,14/kg.
SCOT CONSULTORIA
Preço da carne bovina caiu no atacado
Desde o começo da semana passada, a carne bovina sem osso vendida no mercado atacadista perdeu força. Nos últimos sete dias, na média de todos os cortes pesquisados pela Scot Consultoria, os preços caíram 1,1%
Ou seja, mesmo com a volta da principal via de escoamento no mercado externo, a carne com osso não conseguiu ganhar força. A demanda interna está ruim e dificultando as vendas deste produto. No mercado atacadista da carne, o quem tem tido mais liquidez é a carne com osso. Tanto é, que o preço do boi casado tem subido forte nos últimos dias. Mas para a próxima semana, é provável que o preço da carne desossada reaja, pois os frigoríficos devem buscar reequilibrar suas margens (preços do boi em alta) e, dependendo da intensidade de compra dos chineses, a demanda pela carne desossada também deve crescer. E como nesta semana temos um feriado (20/6), que significa um dia a menos de abate, a oferta de carne deve diminuir, colaborando para que os preços subam.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Expectativa generalizada de corte de juros leva Ibovespa a novo recorde
O principal índice acionário brasileiro renovou sua máxima histórica na sexta-feira, refletindo generalizada expectativa de cortes de juros no Brasil e no exterior nos próximos meses
O Ibovespa subiu 1,7%, aos 102.012,64 pontos. Na semana, acumulou ganho de 4,05%. O giro financeiro, mesmo na sessão espremida entre um feriado e o final de semana, somou 18,7 bilhões de reais. O movimento na bolsa brasileira refletiu sobretudo um realinhamento de preços após, na véspera, o índice S&P 500, da Bolsa de Nova York, ter tido nova máxima recorde, com impulso das expectativas de que o Federal Reserve reduzirá taxas de juros dos EUA, para compensar possíveis efeitos negativos da guerra comercial com a China. Na quarta-feira, os comitês de política monetária dos Estados Unidos (Fomc) e do Brasil (Copom) mantiveram as taxas básicas de juros em suas jurisdições, mas os comunicados que se seguiram foram percebidos pelo mercado como abertura de caminho para cortes de taxas mais adiante, o que animou investidores. No começo da semana, investidores já vinham mais otimistas com as chances de autoridades monetárias da Europa e do Japão também iniciarem um ciclo de flexibilização monetária. “Assim como os BCs (Fed, ECB e BoE) não podem ignorar os fatos, o BC brasileiro precisa reconhecer que a Selic está no lugar errado”, afirmou a equipe do Banco Fator chefiada por José Francisco de Lima Gonçalves. A JBS subiu 3,86%. Na quarta-feira à noite, a maior produtora de carnes do mundo anunciou ter concluído o pagamento de 2,7 bilhões de reais como parte de dívidas com bancos, explicando que isso refletia a estratégia de reduzir dívidas e estender o prazo médio de pagamento. Além disso, o Barclays elevou a recomendação da ação para comprar.
REUTERS
Efeito Fed derruba dólar a mínima em 3 meses ante real; queda na semana é de quase 2%
O dólar caiu na sexta-feira ao menor nível em três meses contra o real, em dia de fraqueza global para a moeda norte-americana, com o mercado ainda sob efeito da expectativa de melhora na liquidez mundial conforme os Estados Unidos caminham para cortar juros
O dólar à vista fechou em queda de 0,68%, a 3,8239 reais na venda. É o menor patamar para um encerramento desde 21 de março passado (3,8001 reais). No acumulado da semana, a cotação recuou 1,93%. É a quarta queda semanal do dólar nas últimas cinco semanas. Na B3, o dólar futuro de maior negociação cedia 0,40% nesta sexta-feira, a 3,8260 reais. Mesmo numa sessão espremida entre o feriado de Corpus Christi e o fim de semana, o volume de negócios no mercado futuro se manteve em torno da média, com cerca de 300 mil contratos de dólar futuro sendo negociados para o primeiro vencimento. O Federal Reserve sinalizou nesta semana prontidão para reduzir o juro básico nos EUA, como forma de proteger a economia de impactos negativos decorrentes da guerra comercial travada entre Washington e Pequim. Juros mais baixos nos EUA melhoram a relação risco/retorno para aplicações em ativos de mercados de maior risco, como os emergentes, o que pode estimular entrada de capital para o Brasil, por exemplo. Com isso, há aumento da oferta de dólar, o que tende a reduzir o preço da moeda. “Devido à posição já vendida em real e a potencial fraqueza adicional do dólar no mundo depois da reunião do Fed, passamos a ficar otimistas com o real”, disseram estrategistas do Morgan Stanley em nota. O Morgan projeta dólar de 3,80 reais ao fim de setembro e de 3,75 reais no término de dezembro. Mas o J.P. Morgan não compartilha do otimismo. Segundo o banco, persistentes incertezas políticas podem atrasar a agenda de reformas no Brasil. “Além disso, riscos geopolíticos podem manter o real sob pressão no médio prazo, e não projetamos a apreciação prevista por analistas na pesquisa Focus”, completou o J.P. Morgan. A mediana das expectativas do mercado para o dólar é de 3,80 reais ao fim de 2019 e 2020, segundo a sondagem Focus, do Banco Central.
REUTERS
EMPRESAS
Minerva passa a fazer parte de comitê global sobre sustentabilidade
A brasileira Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, informou que passou a fazer parte de um comitê global dedicado às discussões sobre sustentabilidade na indústria de carne bovina
A Mesa Global de Carne Sustentável (GRSB, sigla em inglês) é composta por especialistas, acadêmicos e empresas, informou a Minerva, em nota. Na América do Sul, a Minerva já fazia parte de comitês nacionais — no Brasil, Uruguai e Paraguai — voltados ao tema da sustentabilidade. Em nota, o gerente de sustentabilidade da Minerva, Taciano Custodio, afirmou que o ingresso da empresa na GRSB “evidencia o nosso comprometimento com a sustentabilidade da cadeia de carne bovina na América do Sul, desde os produtores até os clientes finais”.
VALOR ECONÔMICO
Prime Cater procura sócio para erguer fábrica em SP
“O boi no pasto não fica parado. Ou engorda ou emagrece”. Assim o empresário Marcelo Shimbo define o principal desafio da Prime Cater, companhia criada em 2013 para vender bifes já porcionados para alguns dos restaurantes e churrascarias mais badalados do Brasil
Para não perder musculatura – e gordura, característica essencial para uma carne suculenta -, o empresário negocia com gestoras de fundos de private equity uma injeção da ordem de R$ 30 milhões para erguer uma fábrica no interior paulista. Assim, busca preservar a trajetória de rápida ascensão da empresa, que também vem avançando com as vendas pela internet da marca própria de carne, a 481. Se bem sucedida, a captação almejada por Shimbo avaliará a Prime Cater em mais de R$ 100 milhões, montante expressivo para um negócio que até 2014 contava com apenas um cliente: a rede de restaurantes Pobre Juan, cujos donos foram sócios da Prime Cater nos primeiros anos de atuação. De lá para cá, a receita da companhia saltou de R$ 13 milhões anuais para quase R$ 90 milhões. Com a nova fábrica, o faturamento poderá atingir R$ 250 milhões em 2022. “Já não é mais uma brincadeira tão pequena, e as taxas de crescimento são muito agressivas”, disse Shimbo, no município de Louveira (SP), a 72 quilômetros da capital paulista. Alugada, a unidade da empresa deve ter a capacidade praticamente saturada em 2020. Com 87% do capital da Prime Cater – os outros 13% pertencem a funcionários -, Shimbo pretende vender uma fatia da ordem de 25% para atrair o novo sócio. A intenção do empresário é angariar os recursos até dezembro e, ao longo do próximo ano, construir a planta. A ideia é que a nova fábrica fique próxima da região da atual para que a Prime Cater possa aproveitar a mão-de-obra treinada nos últimos anos. Atualmente, a companhia emprega aproximadamente 115 funcionários – a maior parte na área industrial. Dos recursos que pretende captar, entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões serão investidos na nova fábrica. O restante será para reforçar o capital de giro e reduzir dívidas. A nova unidade será capaz de produzir – em uma primeira fase – 8 mil toneladas por ano, bem acima das 3 mil toneladas atuais. O espaço comportará uma expansão que permitirá a produção de 10 mil toneladas por ano, viabilizando um faturamento de cerca de R$ 400 milhões. Mas essa será a segunda fase – em prazo ainda não definido -, quando a empresa vislumbra fazer nova captação para dar saída ao sócio financeiro que pode ingressar neste ano. Na primeira fase da nova fábrica, prevista para 2021, a Prime Cater pretende diversificar o portfólio de produção. Pelo planejamento de Shimbo, a empresa passará a oferecer aos restaurantes cortes porcionados de outras proteínas que não só a bovina. “Teremos porco e cordeiro”, disse o empresário.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
China proíbe importações de suínos do Laos devido à peste africana
A China informou na sexta-feira que baniu importações diretas e indiretas de porcos, javalis e produtos adjacentes do Laos, por conta do surto de peste suína africana reportado pela nação do sudeste asiático na quinta-feira
“Porcos, javalis e produtos relacionados importados ilegalmente do Laos interceptados pelos departamentos de defesa de fronteiras deverão ser destruídos sob a supervisão das alfândegas”, afirmou em comunicado a Administração Geral de Alfândegas do país. A China também aumentará as inspeções de quarentena de pacotes e bagagens de passageiros provenientes do Laos, disse o comunicado. Se porcos, javalis e seus produtos do Laos forem encontrados chegando à China via navios, aviões, automóveis e trens, os embarques serão selados e descartados, completou. O Laos confirmou seus primeiros surtos da mortal peste suína africana —fatal para porcos, mas inofensiva para humanos— em sua província sulista de Saravane, confirmou na quinta-feira a Organização Mundial para Saúde Animal, sediada em Paris. A China já relatou mais de 120 surtos da doença em todas as suas províncias e regiões continentais, bem como na ilha de Hainan e em Hong Kong, desde que a doença foi inicialmente detectada no país, em agosto de 2018.
REUTERS
Embargo da UE de volta à pauta brasileira
Em vigor há pouco mais de um ano, as barreiras da União Europeia (UE) às exportações brasileiras de carne de frango e aos pescados voltaram à pauta do Ministério da Agricultura. O tema está na lista de tópicos que a ministra Tereza Cristina tratará durante a viagem, iniciada ontem, por alguns países do bloco
Um dos objetivos é retomar as conversas sobre o assunto com os europeus. No curto prazo, porém, são remotas as chances de reabertura desses mercados – a UE proibiu totalmente as compras de pescados e vetou 20 frigoríficos brasileiros de carne de frango no ano passado. A ideia é que a ministra tenha uma primeira reunião com autoridades da Diretoria-Geral para Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia, entre terça-feira e quarta-feira da próxima semana, quando estará em Bruxelas para a reunião ministerial sobre o acordo entre UE e Mercosul. O Secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro, reconheceu que as conversas sobre as barreiras sanitárias europeias ainda não devem trazer resultados concretos. “Será uma primeira conversa em Bruxelas. Não há nenhuma indicação de que o assunto [dos embargos] esteja encaminhado. Então não vai dar para resolver os assuntos todos nessa viagem, mas é um bom momento para ela dizer que o assunto é prioridade nossa”, sustentou Ribeiro. No entanto, uma fonte da Comissão Europeia disse que, por enquanto, não há qualquer previsão de uma missão sanitária ao Brasil e que “a bola está com o Ministério da Agricultura”. Os exportadores de carne de frango estão otimistas, embora a motivação do embargo – a Operação Trapaça, que investiga a BRF – ainda esteja pendente de conclusão. “É muito positiva a ida da ministra a Bruxelas. Na nossa avaliação, de quatro a seis empresas estão prontas para voltar a exportar”, afirmou Francisco Turra, Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
VALOR ECONÔMICO
Custo de produção de suínos cai no mês de maio
Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, tiveram comportamentos diferentes no mês de maio. O ICPSuíno voltou a cair nos últimos 30 dias, chegando a 212,29 pontos, o que significa uma redução de 0,57% em relação a abril
Mais uma vez, a queda foi puxada pelos gastos com a nutrição dos animais (-1,11%), que representa 75% do total dos custos de produção dos suínos. No ano, o ICPSuíno acumula -3,30%. Com isso, o cálculo do custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou de R$ 3,73 em abril para R$ 3,71 em maio (o menor valor desde fevereiro de 2018). Já o ICPFrango foi influenciado pelo aumento no valor de compra dos pintos de um dia em abril (+1,46%), fazendo o índice fechar em 213,91 pontos, alta de 1,10%. Ainda assim, em 2019, os custos de produção de frangos de corte acumulam queda de 1,89%. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou de R$ 2,73 em abril para R$ 2,76 em maio, valor calculado a partir dos resultados em aviário tipo climatizado em pressão positiva. Os índices de custos de produção foram criados em 2011 pela equipe de sócio economia da Embrapa Suínos e Aves e Conab. Santa Catarina e Paraná são usados como estados referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte, respectivamente.
AGROLINK
Preço da carne de frango em queda, diz Cepea
Consequentemente, a disponibilidade da carne está maior na Grande São Paulo
Os preços da carne de frango e dos cortes estão em queda no mercado brasileiro neste mês, conforme apontam pesquisas do Cepea. Na parcial de junho (até o dia 19), o frango inteiro resfriado, negociado no atacado da Grande São Paulo, teve desvalorização de 1,4% frente a maio, com negócios na média de R$ 4,73/kg. Apesar de as vendas ao front externo continuarem elevadas nos estados que são tradicionalmente exportadores, na região paulista, que atende majoritariamente ao mercado doméstico, os preços da carne ainda em patamares altos têm diminuído a liquidez. Consequentemente, a disponibilidade da carne está maior na Grande São Paulo, pressionando os valores. No mercado de cortes da Grande São Paulo, também foram registradas quedas nos valores da maior parte dos produtos acompanhados pelo Cepea. A baixa mais intensa foi observada para a asa congelada, de 4,2%, que teve média de R$ 6,98/kg na parcial deste mês.
Exportações de carne suína de SC crescem 51% em maio
Estado é responsável por quase 60% das vendas brasileiras da mercadoria
O faturamento com os embarques de carne suína no estado de Santa Catarina passou de US$77,9 milhões no mês de maio. Os números representam uma alta de 51% em relação ao mesmo período de 2018. Ao todo, o Estado embarcou 37,8 mil toneladas do produto no último mês, 39,8% a mais do que mesmo período do ano passado. De acordo com a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Santa Catarina é hoje responsável por quase 60% das exportações brasileiras de suínos. No acumulado do ano até maio, Santa Catarina embarcou 167 mil toneladas de carne suína, o que gerou receita de US$ 319,8 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2018, o crescimento foi de 40,4% no volume e de 34% no valor. Em maio, os maiores compradores do produto catarinense foram China, Hong Kong, Chile, Rússia e Argentina, que juntos respondem por 80% das receitas obtidas. A nota da secretaria diz que o crescimento nas exportações do estado se deve à ampliação de importantes mercados, algumas altas passam de 100%, como é o caso do Chile (101,9%), Uruguai (120,4%) e Japão (428,3%) – um dos mercados mais exigentes do mundo. No último mês, China e Hong Kong foram responsáveis por quase 60% do total exportado por Santa Catarina.
PORTAL DBO
INTERNACIONAL
China está quase sem espaço para armazenar carne importada
A China tenta importar o máximo de carne possível para compensar a queda na oferta de suínos provocada pela gripe suína africana. No entanto, agora o país enfrenta outro grande problema: quase não há mais espaço para armazenamento nas câmaras frigoríficas de seus principais portos
Importadores armazenaram uma grande quantidade de carne – principalmente de porco e bovina -, e as câmaras frigoríficas em portos como Tianjin, Xangai e Dalian agora estão quase completas, disse Wang Zhen, do Subcomitê de Logística da Cadeia Frigorífica, uma associação do setor. A carne deve ficar armazenada nos portos até o fim do ano, antecipando a alta temporada de consumo no país, disse Wang. Carregamentos de maior porte de carga frigorificada terão que esperar até que os importadores encontrem lugar de armazenamento, afirmou. “Os importadores buscam transportar a carne para o interior para armazená-la, mas é mais caro porque planejam armazenar a carne por meses até os festivais de meados do outono ou primavera”, disse Wang. As instalações de armazenamento no interior do país são apenas para uso temporário, e os custos são mais altos do que os dos portos, acrescentou. A falta de capacidade de armazenamento pode limitar oportunidades para processadoras globais de carne que buscam fechar acordos de exportação com a China. Reino Unido, Alemanha, Rússia e Índia são apenas alguns dos países que tentam vender mais carne para a China.
Bloomberg
EUA e UE concordam com uma cota de 35.000 toneladas de carne bovina sem hormônios
A Comissão Europeia anunciou que chegou a um acordo com os Estados Unidos para criar uma cota de importação de carne bovina livre de hormônios. O comissário europeu Phil Hogan disse que “a Comissão Europeia abordou uma questão muito importante com um importante parceiro de negócios com quem temos negociações comerciais mais amplas”
A cota surgiu no contexto de disputas sobre a cota 481, um contingente de carne bovina de alta qualidade em vigor entre os dois países, mas onde também estão entrando fornecedores terceirizados, incluindo o Uruguai. Os Estados Unidos reivindicaram para si a cota de 481 que nasceu no litígio de carne com hormônios entre as duas potências econômicas. Durante décadas, o velho continente bloqueou a carne bovina dos Estados Unidos e bloqueou vários dos produtos exportados pela União Europeia. Hogan considera que, com este passo, “a União Europeia reafirma o seu compromisso de levar a cabo uma nova fase nas relações com os Estados Unidos, alinhado com o acordo alcançado entre os presidentes Juncker e Trump em julho de 2018. Também quero reiterar que o acordo não alterará o volume, a qualidade ou a segurança geral da carne importada para a União Europeia, o que continuará a atender aos altos padrões europeus.” O acordo permitirá a importação de uma cota de carne sem hormônios para os EUA. Corresponde a 35.000 toneladas, divididas em um período de 7 anos e a quantidade restante estará disponível para outros exportadores. Depois disso, a Comissão Europeia apresentará propostas legais para o Conselho autorizar a sua assinatura e concluir o acordo com os Estados Unidos nos próximos meses, após obter o consentimento do Parlamento Europeu.
El País Digital
Argentina cumpre 100% de cota de exportação para UE
Depois de dez anos, embarques à Europa chegam ao volume total, de 29,5 mil toneladas. O governo argentino informou que o país está prestes a cumprir, depois de dez anos, 100% da cota Hilton, destinada à exportação de carne bovina de maior qualidade – e melhor preço – ao mercado europeu
A cota total da Hilton, de 66.826 toneladas, é distribuída entre vários países produtores e exportadores de carne bovina. A Argentina tem o direito ao maior montante, de 29,5 mil toneladas (53,3%), seguido pelo EUA/Canadá (11,5 mil toneladas), Brasil (10 mil toneladas), Austrália (7,15 mil toneladas), Uruguai (6,38 mil toneladas), Nova Zelândia (1,3 mil toneladas) e Paraguai: (mil toneladas). A Alemanha continua a ser o principal comprador da carne bovina argentina direcionada dentro da cota Hilton, com 60% de participação, seguida pela Holanda (20%), Itália (12%) e Bélgica (3,5%). No ciclo anterior (2017/18), a Argentina alcançou 95% da cota Hilton. Porém, antes disso, o país da América do Sul havia se distanciado do alcance do total de volume disponível, atingindo o mínimo de 18.676 toneladas no ciclo 2010/2011. Esse processo acompanhou a queda do país como exportador mundial de carne bovina, caindo para 15º lugar no ranking mundial de 2015. Hoje, a Argentina ocupa o 8º lugar como maior exportadora mundial de carne bovina. No ciclo anterior (2018/19), o valor médio alcançado pela carne bovina argentina dentro da cota Hilton foi de US$ 10.934 a tonelada.
PORTAL DBO
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