Ano 5 | nº 961 | 28 de março de 2019
NOTÍCIAS
Mercado do boi segue firme
No fechamento de ontem, as alterações de preços ocorreram em quatro praças e todas positivas
Do lado comprador, à medida que a virada do mês se aproxima, as necessidades das indústrias preencherem as escalas de abate e reabastecerem os estoques aumenta. Já a ponta vendedora, em busca de melhores preços, retém os animais no pasto, diminuindo a oferta de matéria-prima. Este cenário mantém o viés de alta. Em São Paulo, por exemplo, a valorização foi de 1,0% na comparação diária, o que significa acréscimo de R$1,50/@. As escalas de abate giram em torno de quatro dias. Desde o início de março, a cotação da arroba paulista acumula alta de 2,3%. No Oeste da Bahia e em algumas praças da região Norte, o volume de chuvas atrapalha os embarques dos animais, diminuindo ainda mais a disponibilidade de boiadas e pressionando os preços, como foi o caso da região de Marabá-PA.
Scot Consultoria
Última etapa de vacinação contra aftosa ocorrerá em novembro nos estados do AC, RO, MT e AM
Decisão foi tomada em reunião realizada em Porto Velho
Representantes dos setores público e privado do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas decidiram, após rodadas de reuniões (26) e ontem (27), marcar para novembro deste ano a última etapa de vacinação contra aftosa dos rebanhos da região. quarta reunião do Bloco I, que reúne esses estados, ocorreu em Porto Velho (RO). Os participantes decidiram readequar o calendário inicialmente proposto, que previa a última fase de vacinação para o próximo mês de maio. A decisão consensual visa garantir a plena execução, com total segurança, do Plano Estratégico para Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Após dois anos sem vacinação, estados podem recorrer à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para obter o certificado de área livre de aftosa sem vacinação.
MAPA
FAO: Visão geral dos desenvolvimentos do mercado global de carne em 2018
A produção global de carne em 2018 foi estimada em 336,4 milhões de toneladas, 1,2% acima de 2017, principalmente originada nos Estados Unidos, União Europeia e Federação Russa, mas parcialmente compensada por um declínio na China e estagnação no Brasil, dois dos maiores produtores de carne do mundo. A produção brasileira de carne bovina aumentou 4,0% em 2018, para 9,9 milhões de toneladas.
Os volumes de produção de carne expandiram-se em todas as principais regiões do mundo, especialmente na Europa e na América do Norte, principalmente devido a melhorias de produtividade, à medida que os países introduziram boas práticas de gestão, processos de produção simplificados e novas tecnologias. Além disso, as secas em algumas partes do mundo, incluindo nos Estados Unidos no primeiro semestre do ano, na União Europeia durante os meses de verão, e na Austrália durante quase todo o ano, levaram a um maior abate de animais. Entre os subsetores de carnes, a produção de carne bovina (carne de mamíferos ruminantes, incluindo vacas, bois e búfalos) registrou a maior expansão (+2,1%), seguida da carne de frango (+1,3%), mas as produções permaneceram estáveis para carne ovina (carne de ovino e caprino) (+0,6%) e carne suína (+0,6%). As exportações mundiais de carnes em 2018 foram estimadas em 33,8 milhões de toneladas, 2,9% a mais que em 2017, impulsionadas principalmente pelo aumento dos embarques dos Estados Unidos, Austrália, Argentina e União Europeia, mas recuaram na Índia, China e Brasil. O valor médio anual dos preços mundiais de carne em 2018, medido pelo FAO Meat Price Index, foi 2,2 por cento menor que 2017, refletindo a queda nos preços de suínos (-8,1 por cento) e de aves (-4,8 por cento) e estabilidade preços de carne bovina (+0,2 por cento). A produção mundial de carne bovina subiu para 71,1 milhões de toneladas em 2018, 2,1% a mais que em 2017, originada principalmente em cinco países: Brasil, Estados Unidos, Argentina, União Europeia e Austrália. A produção também aumentou na Austrália, China, México, Canadá e África do Sul, mas diminuíram na Turquia e no Uruguai.
FAO
Altas de preços dos animais de reposição
O mercado de reposição continua movimentado na maior parte do país. Cenário oposto ao observado nesta mesma época do ano passado, quando a lentidão se arrastava desde o início daquele ano
O fator que leva a esse contraste, além da melhora anual das chuvas, é o comportamento do mercado do boi gordo. Na média de todos os estados pesquisados, a cotação do boi gordo subiu 0,9% desde o começo do ano, ou seja, o mercado está firme. Já nesta mesma época em 2018 as cotações da arroba haviam caído 2,2%, em média. Portanto, naquele período não havia ímpeto para repor a boiada, diferente do observado neste momento. Desde janeiro, considerando a média dos 13 estados pesquisados, o preço do boi magro (12@) anelorado subiu 1,8%, as cotações do garrote (9,5@) e do bezerro de ano (7,5@) aumentaram 2,8% cada e, por fim, a referência para o bezerro desmamado (6@) teve alta de 3,5%. Classificando as altas por estado e categoria temos que o estado onde o boi magro teve maior valorização foi o Maranhão (5,9%), para o garrote a maior alta foi em Rondônia (5,2%). Considerando os animais mais novos, o Pará foi de longe o estado no qual os preços mais subiram. Por lá o bezerro de ano ficou 8,1% mais caro e o preço do bezerro desmamado subiu 13,2%. Por fim, a pressão altista do mercado, apesar de não ser muito intensa, é contínua e deve ser a tônica do mercado de reposição neste ano, afinal mais fêmeas foram descartadas nos últimos anos, fator responsável pela atual limitação da oferta.
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Dólar sobe a R$3,95 com cenário adverso para reforma da Previdência; exterior também pesa
A crescente preocupação com a articulação política em relação à reforma da Previdência catapultou o dólar ao maior patamar em quase seis meses nesta quarta-feira, com a cotação saltando mais de 2 por cento e ficando perto da marca de 4 reais
O ambiente externo negativo também pesou, com depreciação de várias divisas de países emergentes, refletindo os temores sobre a economia mundial. O dólar à vista terminou a sessão em alta de 2,27 por cento, a 3,9545 reais na venda. É o maior patamar desde 1º de outubro passado (4,0183 reais). Na máxima intradiária, a divisa norte-americana bateu 3,9730 reais na venda. Na B3, a referência do dólar futuro tinha ganho de 2,01 por cento, a 3,9555.
O mau humor foi deflagrado após a Câmara dos Deputados votar na noite de terça-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga a execução de emendas coletivas no Orçamento da União, o que foi interpretado como derrota para o governo. A PEC contraria o que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, vem defendendo como “plano B” à reforma Previdência, a desvinculação total do Orçamento. À tarde, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, chamou a atenção fala de Guedes de que não tem “apego ao cargo”, embora tenha ponderado que não tem “irresponsabilidade” de deixar o posto na primeira derrota. “O recado é claro. O governo não tem apoio. E menos ainda para uma pauta impopular como a reforma (da Previdência). O mercado está sendo chamado à realidade”, disse Reginaldo Galhardo, Gerente de Câmbio da Treviso Corretora. As compras recentes de dólar têm sido lideradas sobretudo por estrangeiros, que já sustentam posições líquidas compradas de 37,1 bilhões de dólares. Apenas na véspera houve a compra líquida de quase 1 bilhão de dólares. “Nem mesmo a entrada do exportador está conseguindo aliviar o câmbio. No máximo, não deixa subir mais”, disse Marcos Trabbold, da B&T Corretora.
REUTERS
Apreensão com reforma da Previdência derruba Ibovespa abaixo de 92 mil pts
O Ibovespa fechou em queda de mais de 3 por cento nesta quarta-feira, para baixo dos 92 mil pontos, com agentes financeiros enxergando maiores riscos para a reforma da Previdência, e com crescente receio com o ritmo de crescimento da economia global
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa caiu 3,57 por cento, a 91.903,40 pontos, na mínima do dia. O giro financeiro da sessão somou 17,89 bilhões de reais. O alívio da véspera, quando o Ibovespa subiu 1,76 por cento e quebrou série de cinco pregões de perdas, durou pouco, após deputados aprovarem uma PEC que reduz a margem de manobra do governo com o Orçamento, o que pode ser visto como sinal de insatisfação com o Planalto. Em meio à falta de avanços da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, agentes financeiros entenderam a votação como mais um sinal de que falta condução política do governo no Congresso, o que pode atrasar a tramitação do texto e implicar maior desidratação da proposta. “O Executivo não mostra disposição para conversar com os parlamentares”, disse Pedro Menezes, membro do comitê de investimento de ações e sócio da Occam Brasil Gestão de Recursos, no Rio de Janeiro. “A impressão que fica é que o presidente Jair Bolsonaro não define corretamente suas prioridades e não há sinalização de que isso vai mudar”, afirmou. “O mercado não tinha na conta a inércia do presidente. E agora vai esperar atos concretos, não vai mais se levar por simples falas.” “O Presidente optou por não baixar a temperatura da situação entre Executivo e Legislativo, levando um mercado já fragilizado para uma correção ainda mais acentuada”, disse o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, em nota a clientes. A participação do Ministro da Economia, Paulo Guedes, em comissão do Senado não acalmou os ânimos, principalmente com o comentário de que de quem não tem apego ao cargo, embora tenha ponderado que não tem a irresponsabilidade de sair na primeira derrota.
REUTERS
BNDES lucra R$ 6,7 bi em 2018 puxado por participações societárias
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou lucro líquido de R$ 6,711 bilhões em 2018, alta de 8,54% frente ao resultado um ano antes, quando foi de R$ 6,183 bilhões, informou a instituição nesta quarta-feira
O desempenho foi positivamente influenciado pelo resultado de participações societárias, que cresceu 92,1% no período, para R$ 9,857 bilhões, além da redução em 12% das despesas com provisões para risco de crédito, para R$ 5,898 bilhões. O melhor desempenho das participações societárias (o que inclui BNDESPar) foi resultado das alienações de investimentos, informou o banco. Foram relevantes ainda para o resultado das participações societárias a reversão de perdas por impairment ao longo do ano, além do aumento do retorno dos dividendos e juros sobre capital próprio. Já o produto da intermediação financeira foi de R$ 12,331 bilhões em 2018, baixa de 17,6% em comparação a 2017. O resultado reflete a declínio da rentabilidade da carteira de crédito e valores mobiliários e da carteira média de operações de crédito. Com as menores despesas com provisão para risco de crédito, o resultado da intermediação financeira foi de R$ 6,433 bilhões no ano passado, 22% a menos do que no ano anterior.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
Vazamento de amônia na BRF intoxica 4 em GO
Um vazamento de amônia na unidade da BRF em Rio Verde, no sudoeste goiano, deixou oito funcionários intoxicados na manhã da quarta-feira (27), segundo informações da própria empresa. A indústria de alimentos teve de ser evacuada
“Antes de adentrar à indústria já dá de sentir o odor característico da amônia. Quando as equipes do Corpo de Bombeiros chegaram, já tinham fechado o registro para a contenção inicial do vazamento”, disse o coronel Amilton Souza Conceição. Localizada às margens da BR-060, a unidade da BRF em Rio Verde tem 220 hectares e produz processados de aves, suínos e linhas de industrializados. A indústria da cidade goiana tem 7,2 mil funcionários diretos.
FRANGOS & SUÍNOS
Frango atingiu maior valor em um ano nas granjas em São Paulo
O preço no mercado do frango vivo atingiu o recorde nominal no último ano, em R$3,40 por quilo
As ofertas na granja estão ajustadas, o que possibilita a melhora nas cotações. Está foi a oitava alta registrada no mês. No atacado, porém, a sinalização de diminuição nas vendas já refletiu nos preços nesta última semana. A carcaça teve recuo de 2,2% no período, e está cotada, em média, em R$4,35 por quilo. Para os próximos dias, no mercado atacadista os preços devem se manter calmos, cenário comum para o período. No entanto, caso o varejo venha às compras com mais afinco para recomposição dos estoques para a virada do mês, valorizações não estão descartadas, devido à oferta justa de frangos para o abate.
SCOT CONSULTORIA
Suíno Vivo: cotações estáveis na quarta-feira (27)
Na quarta-feira (27), as cotações do suíno vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país, sendo o maior valor negociado anotado em São Paulo, a R$4,53/kg
O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (26), trouxe cenários mistos, sendo a maior variação anotada em Minas Gerais, de -1,38%, a R$4,28/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressaltou que os preços da carne e do animal vivo estão em forte alta na parcial de março. Apesar da diminuição do ritmo de negócios na terceira semana do mês, a procura por produtos de origem suinícola continua elevada, especialmente para o animal vivo.
CEPEA/ESALQ
Frango Vivo: alta de 0,41% em Santa Catarina
Na quarta-feira (27), a cotação do frango vivo teve alta de 0,41% em Santa Catarina, sendo estabelecida a R$2,42/kg
O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,40/kg e também para o frango no atacado, a R$4,35/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta que, por conta da performance positiva dos embarques nacionais de frango, a disponibilidade doméstica está reduzida neste mês.
Scot Consultoria
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