CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 962 DE 29 DE MARÇO DE 2019

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Ano 5 | nº 962 | 29 de março de 2019

NOTÍCIAS

Oferta reduzida e firmeza nas cotações

Mercado do boi gordo firme

Os pecuaristas, em sua maioria, mantêm a estratégia de retenção e os frigoríficos encontram dificuldade para comprar as boiadas. O resultado disso é firmeza nas cotações da arroba. Os pastos com maior qualidade e capacidade de suporte, devido aos melhores volumes de chuvas nos últimos dois meses, e as altas no mercado de reposição, que causam piora na relação de troca para o invernista, estimulam a estratégia de retenção do boi gordo. Do início do mês até aqui, na média de todas as 32 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, as cotações para a arroba do boi gordo, considerando os pagamentos a prazo, subiram 0,9%, mesmo março sendo um mês em que sazonalmente há maior oferta, devido ao descarte de matrizes. Esse cenário de oferta restrita não deve ter grandes mudanças no curto prazo, já a demanda pode melhorar com a expectativa de maior escoamento da carne na virada do mês. Fatores estes que podem manter a firmeza do mercado nos próximos dias. 

Scot Consultoria

Boi: Mato Grosso, maior produtor, passa a liderar também o ranking de produtividade

Maior produtor de animais do Brasil, o estado de Mato Grosso agora lidera também o ranking da produtividade

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018, a produtividade mato-grossense atingiu 266,36 quilogramas de carne por animal, em média (aqui consideram-se os abates de bois, vacas, novilhos e novilhas), ficando acima da observada em São Paulo que, desde 2012, sustentava o posto de maior produtividade nacional. No ano passado, ainda de acordo com o IBGE, a produtividade média nacional foi de 249,23 quilos/animal, 0,21% acima da observada em 2017. Assim, a produtividade média mato-grossense em 2018 ficou 6,87% acima da média Brasil. A paulista, por sua vez, ficou 6,65% superior à média brasileira. De acordo com levantamento do Cepea, o crescimento da produtividade em Mato Grosso está atrelado aos implementos de melhores práticas de manejo e de genética e, principalmente, à alimentação abundante. 

Cepea

Carne bovina, economia e mercado externo

Apesar da virada de mês, período no qual normalmente há maior liquidez no mercado da carne, o varejo tem apostado em um escoamento fraco na primeira semana de abril e, portanto, enfraqueceu sua demanda no atacado

Na comparação semanal, na média de todos os cortes de carne bovina sem osso pesquisados, a cotação ficou praticamente estável (+0,2%). Estendendo a análise, desde o começo do ano os preços dos cortes caíram 3,5%, em média. O platô que a economia do Brasil se encontra acabou desenhando um quadro difícil para o escoamento da carne bovina. Alguns dos indicadores que monitoram a disposição do consumo da população sinalizaram isto. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou em março para o menor patamar observado desde de outubro do ano passado (FGV). A demora na implementação das reformas vem ditando o ritmo lento da recuperação econômica, assim o otimismo dos consumidores não é mais o mesmo de três meses atrás. Diante da fragilidade da situação do país, o andamento da agenda econômica é fundamental para que a roda volte a girar.

Scot Consultoria

MAPA adia o fim da vacinação contra aftosa

Representantes dos setores público e privado do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Amazonas decidiram, após rodadas de reuniões ontem (26) e hoje (27), marcar para novembro deste ano a última etapa de vacinação contra aftosa dos rebanhos da região

A quarta reunião do Bloco I, que reúne esses estados, ocorreu em Porto Velho (RO). Os participantes decidiram readequar o calendário inicialmente proposto, que previa a última fase de vacinação para o próximo mês de maio. A decisão consensual visa garantir a plena execução, com total segurança, do Plano Estratégico para Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA). Após dois anos sem vacinação, estados podem recorrer à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) para obter o certificado de área livre de aftosa sem vacinação.

MAPA

MAPA dá primeiro passo para mudar fiscalização

A Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai instituir na terça-feira (2) o Comitê Técnico Permanente de Autocontrole da Indústria, em Brasília. Segundo a pasta, em nota, a medida prevista na (portaria nº 24) visa a estabelecer mudanças no sistema de controle de inspeção de qualidade da produção da indústria agropecuária

Pelo novo sistema, o fabricante pode ser responsabilizado pela mercadoria que coloca no mercado. O comitê deverá propor a implementação, monitoramento e avaliação dos programas de autocontrole, identificar atos normativos que serão necessários, apoiar a articulação de ações conjuntas, como troca de experiência e capacitação, e sugerir subcomitês para temas específicos. Os avanços nos modelos de autocontrole seguem a tendência do uso de sistemas voluntários de certificação de qualidade. Muitos países da União Europeia já criaram normatizações sobre isso, informa a Agricultura. Segundo Guilherme Leal, secretário de Defesa Agropecuária (SDA), é importante pensar em autocontrole não somente na inspeção de produtos de origem animal, mas também nos vegetais, bebidas e insumos (adubos e defensivos). O secretário explica que o comitê também vai estruturar o programa nos órgãos regionais ligados à pasta, com a participação do setor privado nas discussões. “Precisamos delimitar bem a responsabilidade do setor público e do setor privado para avançar de forma tranquila. A área pública vai continuar com a elaboração das normas, auditorias, fiscalização e a certificação”, explica o secretário. Para ele, as empresas terão que aprimorar seus processos. A inspeção ante e post mortem (antes e depois do abate) continuará sendo feita por auditores fiscais do ministério. Atualmente, a fiscalização do ministério acompanha o fluxo produtivo até o final e, com o autocontrole, esta tarefa será compartilhada com o setor privado. Para tornar a fiscalização mais eficiente e viabilizar o autocontrole, a pasta pretende acelerar a informatização e automatização de todos os processos.

Broadcast Agro

Exportações aos EUA devem ser reabertas em agosto

Se tudo correr bem, o mercado americano de carne bovina estará aberto para a proteína brasileira “in natura” no início de agosto. Após a vinda dos representantes dos Estados Unidos ao Brasil para a avaliação dos frigoríficos, programada para junho, eles ainda terão algumas semanas para apresentar o relatório com aprovação ou pedido de eventuais correções

O Brasil terá mais 60 dias para avaliar esse relatório dos EUA e, é claro, fará essa análise em um tempo bem curto para apressar as vendas. Líder mundial em exportações de carne bovina, o Brasil não terá muito espaço no mercado americano. O país deverá disputar uma cota de 64,8 mil toneladas com vários outros países incluídos em um bloco chamado “outros”. Dessa cota, 24% já foram preenchidos até 20 de março pelos demais concorrentes do Brasil. Após agosto, esse volume será bem menor. Diferentemente do Brasil, que vai disputar uma cota com outros países, Argentina e Uruguai têm um volume anual definido em 20 mil toneladas cada. Se o Brasil vencer a concorrência com os outros países de seu grupo, no entanto, poderá superar as cotas dos dois vizinhos da América do Sul. A carne exportada fora da cota preestabelecida tem alíquotas de importação que tornam as vendas inviáveis para o Brasil e outros países. Austrália, com 378 mil toneladas liberadas, e Nova Zelândia, com 213 mil, são os países como maior volume habilitado para exportar para os Estados Unidos. Esses dois países, porém, estão com vendas bem inferiores aos volumes permitidos. A Austrália, de janeiro a março, só colocou 9,9% do volume que tem. A Nova Zelândia, 14,5%. Os Estados Unidos lideram a produção mundial de carne bovina. Deverão produzir 12,7 milhões de toneladas neste ano. São líderes mundiais também no consumo, que terá um volume próximo do da produção. O país deverá importar 1,4 milhão de toneladas neste ano e exportar 1,47 milhão, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

FOLHA DE SP

ECONOMIA

Ruído sobre Previdência diminui e dólar recua, após superar R$4 no começo do pregão

Depois de um solavanco logo no começo do pregão, quando superou os 4 reais pela primeira vez em cerca de seis meses, o dólar perdeu força e fechou em firme queda na quinta-feira, com investidores repercutindo as tentativas de trégua entre Executivo e Legislativo, depois de dias de elevada tensão

O dólar à vista terminou em baixa de 0,94 por cento, a 3,9174 reais na venda. Na B3, a referência do dólar futuro acelerou a queda após anúncio do relator da reforma da Previdência na CCJ, deputado delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Próximo do fechamento, era cotado a 3,9015 reais, em queda de 2,3 por cento. “O anúncio permite que o cronograma avance. E com isso podemos ter materializado nosso cenário-base, que contempla aprovação da reforma da Previdência”, afirmou David Beker, estrategista do Bank of America Merrill Lynch. Na véspera, o dólar à vista havia disparado 2,27 por cento, a 3,9545 reais, no maior patamar desde 1º de outubro passado (4,0183 reais). Apenas na quarta-feira, fundos de investimento compraram, em termos líquidos, cerca de 2 bilhões de dólares em contratos de dólar futuro, cupom cambial e swap cambial, segundo dados da B3. Nos primeiros minutos desta quinta, o dólar escalou para 4,0165 reais. Em seguida, porém, um movimento de realização de lucros começou a ganhar força no mercado. A amenização de tom por parte de autoridades do governo, incluindo os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ajudou a reduzir o clima bélico que catapultou o dólar nos últimos dias. A venda de 1 bilhão de dólares em linhas de dólares por parte do Banco Central nesta quinta-feira reforçou o viés de realização de lucros no mercado. “Foi uma operação para dizer ao mercado que ele (BC) está atento e não deixará acontecer disfuncionalidade”, disse o gestor sênior de câmbio da Absolute Investimentos, Roberto Campos. As vendas de dólares no Brasil também tiveram espaço com o ambiente externo menos arisco.

REUTERS

IBOVESPA fecha em alta com sinais trégua do front político

O Ibovespa fechou em alta na quinta-feira, com sinais mais apaziguadores do front político servindo como argumento para ajustes após fortes perdas recentes, enquanto a volatilidade tende a continuar elevada no pregão, em meio às expectativas para a pauta econômica no país.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 2,7 por cento, a 94.388,94 pontos. O volume financeiro somou 17,4 bilhões de reais. Na véspera, a bolsa paulista caiu 3,57 por cento, para 91.903,40 pontos, encerrando na mínima do dia, em nova sessão contaminada por desconfianças com a cena política. “A volatilidade aumentou e acho que pode permanecer alta até que a reforma seja aprovada”, afirmou o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos. Agentes financeiros vinham mostrando desconforto com o ambiente político, particularmente a articulação do governo para a aprovação do texto que muda as regras das aposentadorias, considerado crucial para a melhora fiscal do país, mas que vem enfrentando dificuldades no avanço de sua tramitação. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o Presidente da Câmara procuraram mostrar um discurso afinado em entrevista à imprensa após almoçarem juntos na quinta-feira e garantiram que, após os atritos políticos recentes, a reforma da Previdência vai deslanchar no Legislativo. A CCJ é o primeiro colegiado em que a reforma da Previdência tramitará e a expectativa era de que o relator fosse anunciado no começo desta semana. Nesta quinta-feira, o presidente da CCJ disse que o deputado federal Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) será o relator da proposta. O cenário externo também continuou no radar, em meio a preocupações com o ritmo de crescimento da economia global, com o fechamento modesto, mas positivo em Wall Street ajudando na recuperação das ações brasileiras.

REUTERS

Preços no atacado e varejo pesam e IGP-M acelera alta a 1,26% em março, diz FGV

A alta dos preços no atacado e varejo acelerou e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a subir 1,26 por cento em março, após encerrar fevereiro com avanço de 0,88 por cento, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quinta-feira

No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60 por cento do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, teve alta de 1,67 por cento, depois de subir 1,22 por cento em fevereiro. No IPA, o destaque partiu do movimento dos Bens Intermediários, que mostrou avanço de 0,87 por cento, ante recuo de 0,35 por cento. Vale mencionar o comportamento do subgrupo materiais e componentes para a manufatura. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30 por cento no índice geral, acelerou a alta ao subir 0,58 por cento em março, de 0,26 por cento no mês anterior. A principal contribuição partiu do grupo Transportes, que avançou 0,82 por cento, depois de ter permanecido estável no levantamento anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, repetiu a taxa do mês anterior, com alta de 0,19 por cento.

REUTERS

EMPRESAS

JBS teve lucro líquido de R$ 563,2 milhões no 4º trimestre

Impulsionada pelo bom desempenho nas operações de carne bovina dos Estados Unidos e pela valorização do dólar perante o real, a JBS informou na quinta-feira que encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 563,2 milhões

No mesmo período de 2017, a companhia havia reportado prejuízo líquido de R$ 451,7 milhões. No acumulado de 2018, o resultado teria sido um dos melhores da história, não fosse o impacto negativo da adesão da empresa ao Refis do Funrural. No ano passado, a JBS teve um lucro de R$ 25,2 milhões, o que representa uma queda de 95% em relação aos R$ 534,2 milhões registrados em 2017. Desconsiderando o Refis, o lucro do ano passado teria ultrapassado R$ 1,6 bilhão. Do ponto de vista de vendas, a apreciação do dólar também beneficiou a JBS, que obtém mais de 80% do faturamento na moeda americana. No quarto trimestre, a receita líquida da JBS cresceu 10,7% na comparação anual, passando de R$ 42,7 bilhões para R$ 47,3 bilhões. No ano passado, a empresa da família Batista se manteve como a empresa privada não-financeira de maior faturamento no Brasil. Em 2018, a JBS registrou uma receita líquida de R$ 181,6 bilhões, incremento de 11,3%. Operacionalmente, a divisão de negócios que engloba as operações de carne bovina nos Estados Unidos, Austrália e Canadá foi o destaque positivo, beneficiando-se da economia aquecida nos EUA e da ampla oferta de gado no país. Nesse cenário, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado dessa divisão aumentou 19,9%, para R$ 1,6 bilhão. Com isso, essa frente de negócios foi responsável por quase 50% do Ebitda total da JBS, que aumentou 6,1% nos últimos três meses de 2018 e atingiu R$ 3,4 bilhões. No Brasil, onde a JBS é a maior produtora de carne bovina, o resultado foi afetado pela redução das exportações. No quarto trimestre, o Ebitda ajustado do negócio brasileiro de carne bovina (inclui couros) atingiu R$ 293,1 milhões, queda de quase 60% ante os R$ 706,5 milhões do terceiro trimestre. Porém, em relação ao quarto trimestre de 2017, quando a JBS ainda sofria com os efeitos de delação dos irmãos Batista, o resultado melhorou. Naquele trimestre, o Ebitda foi negativo em R$ 301 milhões.

VALOR ECONÔMICO

BRF elege finalistas para parceria na Arábia Saudita

Com o intuito de atender aos interesses estratégicos da Arábia Saudita de reduzir sua dependência de importações de carne de frango, a BRF corre contra o tempo — e a falta de recursos — para se instalar no país como produtora e deixar de ser apenas uma grande fornecedora da proteína produzida no Brasil

Embora hegemônica no Oriente Médio devido à herança da Sadia, que desbravou o mercado de frango da região nos anos 1970, a BRF poucas vezes teve sua posição tão ameaçada na Arábia Saudita, principal país árabe da região do Golfo Pérsico. Hoje, a BRF fatura mais de R$ 8 bilhões por ano no mercado halal (que segue os preceitos muçulmanos). À frente das operações internacionais da BRF a partir de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o argentino Patricio Rohner recebeu de Pedro Parente, CEO global, a incumbência de ingressar na Arábia Saudita de maneira criativa — na prática, sem desembolso de caixa. Rohner revelou que a busca por parceiros na Arábia Saudita avançou. Rohner já elegeu, inclusive, os “finalistas” com os quais a BRF tem interesse em se associar. Pelo gigantismo da companhia brasileira, que fatura mais de R$ 30 bilhões e detém a maior estrutura de exportações de frango do mundo, era importante deixar claro que sua entrada no país estaria alinhada os objetivos do governo da Arábia Saudita, que deseja que a produção local abasteça 60% da demanda de forma consistente — e, talvez, menos protegida por incentivos do governo — até 2030. Nesse cenário, a BRF não poderia se instalar na Arábia Saudita pairando como uma ameaça às indústrias locais. Na busca por parceiros na Arábia Saudita, a BRF tem alguns trunfos. De acordo com o executivo, a empresa já havia feito um amplo mapeamento da agroindústria saudita de frango há poucos anos, quando estava em busca de aquisições na região — a companhia acabou comprando uma companhia na Turquia, em 2017 — e, ao mesmo tempo, preparava oferta inicial de ações (IPO) da então subsidiária OneFoods, negócio que reunia as operações voltadas aos mercados muçulmanos — inclusive abatedouros no Brasil. Na Arábia Saudita, o interesse da BRF não deve se restringir à produção e comercialização de frango inteiro, afirmou Rohner. O negócio de processados (frango marinado, cortes de frango e até mesmo hambúrguer) está no radar da companhia brasileira.

VALOR ECONÔMICO

BRF anuncia Lorival Luz como sucessor de Pedro Parente como CEO

Com a aprovação unânime do conselho de administração, a BRF anunciou na quinta-feira a indicação de Lorival Luz, atual vice-presidente executivo da empresa, para o cargo de CEO global

O executivo assumirá o cargo em 17 de junho, sucedendo Pedro Parente. Embora a confirmação de Luz tenha sido motivo de dúvida nos bastidores, sobretudo após a contratação do ex-Petrobras Ivan Monteiro para a Vice-Presidência de finanças e relações com investidores da BRF, Parente já vinha indicando, desde outubro de 2018, que Luz estava sendo preparado para liderar a BRF. Pelo regulamento do Novo Mercado, Parente não poderia acumular os cargos de presidente do conselho de administração e CEO global por mais de um ano. A partir de junho, Parente seguirá como presidente do conselho — função para a qual foi eleito em abril de 2018. Como CEO da BRF, Luz terá a missão de recuperar a rentabilidade da companhia, que sofreu nos últimos anos com problemas de gestão e embargos internacionais. Luz está na BRF desde agosto de 2017. Egresso do grupo Votorantim, o executivo foi contratado inicialmente para o cargo de Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores. Em 2018, já sob a gestão Parente, foi promovido a Vice-presidente Executivo.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Suíno: expectativa de mercado firme em curto prazo

O preço nas granjas paulistas se manteve estável nessa semana. O cevado terminado está cotado, em média, em R$82,00 por arroba

Já no atacado, a demanda diminuiu conforme o poder aquisitivo da população declinou no final do mês. Isso refletiu nos preços que tiveram queda de 1,5% na comparação semanal. A carcaça está cotada, em média, em R$6,45 por arroba. Vale destacar que desde o início do mês, na granja, o suíno teve valorização de 6,5% e no atacado a alta da carcaça foi de 6,6%. Para o curto prazo, é possível que alta de preços aconteçam tendo em vista a virada do mês e a possível melhora na demanda pelas indústrias para reabastecer seus estoques. 

Scot Consultoria

Suínos: Poder de compra do suinocultor se eleva em março

Os preços do suíno vivo estão em alta no mercado brasileiro, enquanto os valores dos principais componentes utilizados na ração animal (milho e farelo de soja) estão em queda

Esse cenário vem favorecendo o poder de compra de suinocultores em março, de acordo com pesquisadores do Cepea. O impulso aos valores do suíno no mercado independente está vindo da maior demanda e também da menor oferta de animais prontos para o abate. Quanto ao mercado de cereais, segundo a Equipe de Grãos do Cepea, os preços do milho – que estavam em movimento de alta desde o início de novembro/18 – têm recuado em muitas regiões, pressionados pela retração compradora. Com o avanço da colheita da safra verão e com o bom desenvolvimento da segunda temporada, a expectativa é de oferta elevada, o que tem feito com que demandantes se afastem do mercado, à espera de quedas mais intensa nos valores do cereal.

Cepea

Frango Vivo: estabilidade nas cotações na quinta (28)

Na quinta-feira (28), a cotação do frango vivo se manteve estável nas principais praças do país, sendo o maior valor de negociação anotado em São Paulo, a R$3,40/kg

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,40/kg e queda de -0,69% para o frango no atacado, a R$4,32/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta que, por conta da performance positiva dos embarques nacionais de frango, a disponibilidade doméstica está reduzida neste mês. Assim, o setor encontra aumentos de preços, desde o pintainho até a carne.

Scot Consultoria

MEIO AMBIENTE

Boas práticas reduzem as emissões do agronegócio

O setor agropecuário conseguiu reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em quase um terço entre 2000 e 2017, segundo dados do inventário mais atual divulgado no fim do ano passado pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório do Clima

Os números, ainda preliminares, incluem as emissões diretas causadas pelas atividades de produção de carnes e grãos, e as geradas por mudanças no uso do solo (desmatamento). Mostram que o total de emissões do setor baixou de 2,11 bilhões de toneladas equivalentes de dióxido de carbono (CO2) para 1,45 bilhão no período. O agronegócio ainda lidera as emissões totais, mas sua participação caiu de 83,7% para 70%. A área ocupada por pastos, lavouras temporárias e permanentes cresceu 11,3%, para 243,72 milhões de hectares desde o começo da década passada, segundo a plataforma Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo no Brasil (MapBiomas), desenvolvida por uma rede de universidades, organizações não governamentais, ambientalistas e pesquisadores. Por essa razão, além da queda na área desmatada, a hipótese mais provável sugere que os esforços na direção de uma agropecuária de baixo carbono já começam a surtir efeitos. Os dados da equipe do Plano ABC, que complementam as estatísticas do inventário brasileiro de emissões, indicam que o Brasil já conseguiu cumprir boa parte dos compromissos assumidos durante a CoP-15. O trabalho mostra que pastagens degradadas, com capacidade de suporte de apenas uma cabeça por hectare, registram custo de R$ 323 e produtividade de 2,83 arrobas por hectare/ano. Pastos em bom estado permitem quase quintuplicar a produtividade anual, para 12,97 arrobas por hectare, o que derrubaria o custo final para R$ 131, ou seja, 59%. Adicionalmente bastaria elevar a ocupação para dois animais por hectare para zerar o balanço de carbono da propriedade, mitigando toda a emissão realizada durante o ciclo produtivo.

Valor Econômico

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