CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 958 DE 25 DE MARÇO DE 2019

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Ano 5 | nº 958 | 25 de março de 2019

 NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo sustentado no final

Calmaria no mercado do boi gordo no encerramento da penúltima semana de março

A demanda pela carne bovina está lenta, mas como a oferta de boiadas está limitada, a pressão de baixa não se impõe. No cenário geral os frigoríficos trabalham com escalas curtas, sem ímpeto de alongá-las, afinal, por ora, não há necessidade de aumentar a produção, tendo em vista o marasmo do consumo de carne bovina. Em curto prazo, a chegada da virada do mês estimula os varejistas a reporem seus estoques, portanto a última semana de março pode trazer valorizações para a arroba do boi gordo. Contudo, em médio prazo quando a desova de final de safra começar a dar as caras, o mercado tende a perder força. Lembrando que esse ano devemos ter um alongamento da safra em função das chuvas e é provável que haja um acúmulo mais intenso e mais tardio de animais para abate no final desta safra.

SCOT CONSULTORIA

Brasil exportará gado vivo para o Cazaquistão

Foi assinado certificado zoossanitário com a Vice-Ministra de Agricultura do país, Gulmira Isayeva

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) assinou sexta-feira (22), Certificado Zoossanitário com o Cazaquistão para que o Brasil exporte gado vivo ao país. O documento foi assinado pelo Secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal e pela Vice-Ministra de Agricultura do Cazaquistão, Gulmira Isayeva. O encontro aconteceu na Secretaria de Defesa Agropecuária com a participação de representantes da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, que receberam a comitiva da República do Cazaquistão para negociar os requisitos zoossanitários previstos para a exportação de bovinos vivos. “Para o nosso país é muito importante desenvolver a cooperação com o Brasil na área agropecuária. A assinatura abre caminho para cooperação no comércio entre os países”, afirmou Gulmira Isayeva.

MAPA

Mapa publica IN sobre novos procedimentos de registro de estabelecimentos

Foi publicada na quinta-feira (21), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa (IN) nº 3, que detalha procedimentos de aprovação prévia de projeto, reforma e ampliação, registro de estabelecimento, alterações cadastrais e cancelamento de registro junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa)

A IN trata ainda da relação dos estabelecimentos junto ao Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa). De acordo com a Diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Ana Lucia Viana, “além da definição de procedimentos, houve também simplificação de documentação e modernização de processo”. O registro de estabelecimentos, reforma e ampliação em processo online, diminui o tempo de tramitação. Informações higiênico-sanitárias e descritivo da construção passam a ser unificadas em um único documento, havendo ainda descentralização de aprovações de reforma e de ampliação, que passam a ser feitas por todas as unidades do Sipoa. Para registro, relacionamento, renovação, alteração cadastral e cancelamento de registro, o Mapa disponibilizará sistema informatizado específico, a Plataforma de Gestão Agropecuária – SIGSIF, no sítio eletrônico www.agricultura.gov.br. O acesso ao sistema eletrônico se dará mediante autorização prévia, por meio de identificação pessoal. Os estabelecimentos que foram registrados ou relacionados por meio de constituição de processo físico, a partir da entrada em vigor desta Instrução Normativa, serão transferidos para processos online quando solicitarem a ampliação, remodelação ou construção. A instrução, assinada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, entra em vigor 30 dias após a data de sua publicação.

Mapa

ECONOMIA

Dólar tem maior alta em 22 meses e vai a R$3,90, com exterior e incertezas sobre Previdência

O dólar disparou na sexta-feira, fechando em alta de quase 3 por cento, no maior avanço diária desde maio de 2017, em meio a crescentes temores de piora nas articulações para a reforma da Previdência e a um dia de perdas no mercado internacional

O dólar à vista fechou em alta de 2,69 por cento, a 3,9022 reais na venda. É a maior valorização diária desde 18 de maio de 2017, quando a moeda disparou 8,15 por cento, após terem sido divulgados por executivos da J&F áudios do ex-presidente Michel Temer, preso nesta semana. O patamar alcançado agora é o mais alto desde 26 de dezembro de 2018 (3,9215 reais). Na semana, o dólar acumulou apreciação de 2,14 por cento. A forte demanda pela moeda norte-americana refletiu a piora da percepção do ambiente político para aprovação da reforma da Previdência. O salto do dólar em maio de 2017 resultou do entendimento de que a reforma da Previdência não mais teria espaço para ser aprovado, devido à crise política que se instalou no governo. Para piorar o humor do mercado, os ativos de risco no exterior —incluindo moedas de emergentes— tiveram fortes perdas, diante de preocupações com o ritmo da economia mundial, intensificadas pela inversão da curva de Treasuries. Muitos fundos recentemente elevaram posições compradas (apostando na alta) da moeda brasileira. Com o aumento dos riscos, essas instituições reduzem essa exposição, o que implica venda de reais (ou compra de dólares).

REUTERS

Ibovespa tem pior semana desde agosto/2018 e volta ao nível de janeiro

Sete mil pontos. Esse foi o preço cobrado pela aversão ao risco no exterior e do ambiente político doméstico sobre o Ibovespa. Numa semana em que superou a marca dos 100 mil pontos, o índice termina com baixa acumulada de 5,45% e de volta ao menor nível desde o começo de janeiro

O Ibovespa terminou a sessão com queda de 3,10%, aos 93.735 pontos, menor nível desde 11 de janeiro deste ano, quando ficou em 93.658 pontos. Da máxima em 100.439 pontos na terça-feira até a mínima em 93.380 pontos atingida na sexta, a queda foi de 7%. No acumulado semanal, a queda do índice foi a pior desde a semana encerrada em 10 de agosto de 2018, quando caiu 6,67%, devido à onda de vendas que atingiu os mercados emergentes na época. No dia, o desempenho do Ibovespa também foi o pior desde 6 de fevereiro deste ano, quando cedeu 3,74%. O índice entrou em um território de correção técnica importante ao encostar nos 93.500 pontos. Assombrados pelas dúvidas sobre o crescimento mundial, os mercados no exterior passaram por uma forte queda generalizada, que atingiu ativos brasileiros negociados lá fora, além de moedas e bolsas emergentes. “E, não bastasse o exterior, o mercado virou de uma situação de profundo otimismo com a Previdência para um ambiente de nervosismo.” Praticamente todas ações integrantes do Ibovespa ficaram no vermelho. Sinais de desencontros entre membros do governo e do Congresso em relação à reforma da Previdência amedrontam os investidores, especialmente fundos locais que vinham elevando a exposição na renda variável. Não bastasse isso, fica clara que a articulação do governo com o Congresso em prol da reforma já enfrenta obstáculos. O Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o Presidente Jair Bolsonaro subiram o tom publicamente em relação ao tema, acentuando os receios de que a reforma pode encontrar ainda mais empecilhos.

VALOR ECONÔMICO

Valor da produção agropecuária do país cairá para R$ 573 bi em 2019

Apesar de ter ajustado para cima sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do país em 2019, os problemas climáticos que prejudicaram sobretudo lavouras de soja em importantes polos produtivos brasileiros no início do ano mantêm a tendência de queda apontada nos últimos meses

Segundo levantamento recém-concluído, o VBP no campo brasileiro deverá somar R$ 573 bilhões, R$ 8,7 bilhões a mais que o projetado em fevereiro, mas montante ainda 0,9% inferior ao calculado para 2018. A partir de novas correções nas estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a colheita de soja no Brasil nesta safra 2018/19, o ministério passou a projetar o VBP da oleaginosa em R$ 128 bilhões neste ano, R$ 1 bilhão a menos que o previsto em fevereiro. Em relação a 2018, quando a produção nacional bateu recorde, a queda chega a 11,3%. Mas houve revisões para cima nas estimativas para o valor da produção de culturas como o milho, e com isso o cenário traçado para o VBP das 21 principais lavouras do país passou a sinalizar R$ 379 bilhões, R$ 6,9 bilhões a mais que o projetado em fevereiro, mas montante ainda 2,5% mais baixo que o do ano passado. E o ministério passou a traçar um caminho mais positivo para a pecuária. A estimativa para o VBP das cinco principais cadeias produtivas do segmento agora está prevista em R$ 194 bilhões, R$ 1,8 bilhões a mais que o projetado em fevereiro e total 2,4% superior ao de 2018. Nesse grupo, o destaque são os aumentos previstos para os bovinos – 2,1%, para R$ 79,3 bilhões – e para o frango – 9,9%, para R$ 59,2 bilhões.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

FRANGO/CEPEA: preços sobem, influenciados pelo bom ritmo de embarques

Performance positiva dos embarques nacionais de frango neste mês tem reduzido a disponibilidade doméstica

A performance positiva dos embarques nacionais de frango neste mês tem reduzido a disponibilidade doméstica, resultando em aumentos de preços no setor, desde o pintainho até a carne. Segundo informações do Cepea, agentes estão otimistas, à espera de uma possível recuperação das perdas registradas em 2018, quando os valores recuaram com força. Dados parciais da Secex indicam que, nos nove primeiros dias úteis de março, a média diária das exportações de carne de frango in natura está em 18,97 mil toneladas, alta de 30,9% frente à do mês anterior. O avanço é, em partes, explicado pelo período do carnaval, que fez com que a proteína fosse escoada em menor número de dias úteis. Esse ritmo de embarques é o segundo maior da série histórica acompanhada pelo Cepea, que começou em outubro/02, ficando atrás, apenas, da média diária registrada em julho do ano passado. Caso esse ritmo se mantenha, as exportações brasileiras do produto in natura em março podem somar 360,4 mil t em 19 dias úteis, frente às 289,8 mil t escoadas nos 20 dias úteis de fevereiro.

CEPEA/ESALQ

China deve dobrar importação de carne suína em 2019 após peste derrubar produção

As importações chinesas de carne suína em 2019 devem dobrar em relação ao ano passado, para 2 milhões de toneladas, disse um analista do Rabobank na quinta-feira, enquanto a peste suína africana atinge a produção no maior mercado de suínos do mundo

A China registrou 113 surtos da doença contagiosa desde agosto passado, apesar de agricultores e especialistas do setor dizerem que vários focos não foram contabilizados. A peste suína africana, que não agride os seres humanos, tem uma alta taxa de mortalidade em porcos e não tem vacina ou cura. A produção de carne suína chinesa cairá em até 20 por cento em 2019, disse Oscar Tjakra, diretor de pesquisa sobre alimentos e agronegócios do Rabobank, em uma conferência no leste do país. A China normalmente responde por cerca de metade da produção mundial da proteína. Isso significa que a produção local deste ano está entre 50 milhões e 51 milhões de toneladas, disse Tjakra à Reuters durante o evento, em queda ante os 54 milhões a 55 milhões de toneladas no ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Pequim previu a produção de suínos em 51,4 milhões de toneladas este ano, uma queda de 5 por cento em relação a 2018, com importações de 2 milhões de toneladas.

REUTERS

Paraná poderia dobrar exportação de carne suína se livre de aftosa sem vacinação

O Paraná poderia dobrar as exportações de carne suína, para cerca de 200 mil toneladas por ano, caso conquiste o status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, informou a Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado em nota nesta semana

A estimativa foi apresentada por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) ao Secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortega, na terça-feira (19). O estimado aumento das exportações considera apenas 2% do mercado potencial que a carne suína paranaense poderá atender caso obtenha esse status sanitário. Entre os principais mercados estão China, Japão, México e Coreia do Sul, que compram cerca de 5 milhões de toneladas de carne suína por ano. No caso da bovinocultura de corte, o status de livre de febre aftosa sem vacinação colaboraria para a incorporação de até 4 milhões de cabeças de bovinos de corte em áreas que atualmente estão subutilizadas. O estudo também estima que, num cenário conservador, um volume adicional de 1,12 milhão de cabeças de bezerros machos e fêmeas poderia ser produzido entre 2019 e 2025 no estado, gerando movimentação financeira anual de R$ 1,35 bilhão na economia do Paraná. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já fez duas auditorias de avaliação do serviço sanitário paranaense e concluiu que a Adapar está apta a empreender o processo para a conquista do status, segundo o Secretário Ortega.

CARNETEC

INTERNACIONAL

China vai aumentar importação de carne bovina em 20%

A menor oferta de carne suína e a demanda interna, que supera a expansão da oferta doméstica, levarão – em 2019 – as importações chinesas de carne bovina a aumentar 20% em relação ao ano anterior, com novo recorde de compras no exterior

Isso foi projetado pelos técnicos do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) em um relatório de previsão para 2019. No final deste ano, o rebanho de suínos será de 374 milhões de cabeças, uma queda de 13% ao ano devido ao efeito da peste suína africana. A produção de carne suína vai cair 5% para 51,4 milhões de toneladas, com a menor oferta mal compensada por uma demanda mais fraca. Desta forma, as importações de carne suína aumentariam 33% para 2 milhões de toneladas. Enquanto isso, “o crescimento contínuo da demanda por carne bovina” resultará em um aumento de 1% na produção nacional, de até 6,5 milhões de toneladas. Isso acontecerá apesar de uma queda de 3% no rebanho bovino, para cerca de 91 milhões de cabeças. Segundo técnicos do USDA, em parte devido às preocupações geradas pela peste suína, o consumo interno de carne bovina crescerá 4% este ano, para 8,1 milhões de toneladas. Até 2019, as importações chinesas de carne bovina devem chegar a 1,6 milhão de toneladas, um aumento de 20% em relação ao ano anterior. O relatório destacou que, desde 2017, o governo chinês abriu seu mercado para novos fornecedores da Europa (França, Irlanda e Reino Unido), bem como da África e dos Estados Unidos. Até 2019, o USDA espera que a China anuncie novas autorizações para importar carne bovina, para diversificar suas origens em face da contínua expansão da demanda.

El Observador

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