CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 957 DE 22 DE MARÇO DE 2019

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Ano 5 | nº 957 | 22 de março de 2019

NOTÍCIAS

BOI/CEPEA: abates aumentam 3,5% frente a 2017; volume é o maior desde 2014

Volume de animais abatidos no Brasil totalizou 31,86 milhões de cabeças, aumento de 3,48% na comparação com o ano anterior

Em 2018, o volume de animais abatidos no Brasil totalizou 31,86 milhões de cabeças, aumento de 3,48% na comparação com o ano anterior, segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse volume é o maior desde 2014, quando foi de 33,9 milhões de cabeças – naquele ano, com a forte seca no Brasil, muitos pecuaristas elevaram o volume de animais destinados ao abate. Após a seca, porém, produtores investiram na atividade, especialmente em nutrição, genética, pastagem e sanidade, o que aumentou o rebanho e a produtividade nacionais. Quanto ao mercado, de acordo com dados do Cepea, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 reagiu 0,53% de 13 a 20 de março, fechando a R$ 152,80 na quarta-feira, 20. No mês, o Indicador acumula alta de 1,73%. 

CEPEA/ESALQ

Demanda lenta, mas preços do boi gordo firmes

Na maioria das praças pecuárias a cotação do boi gordo ficou estável na última quinta-feira (21/3)

O quadro é de equilíbrio entre a oferta e a procura. A disponibilidade de gado terminado não está abundante e a demanda está fraca. Em São Paulo, por exemplo, as cotações ficaram estáveis na comparação dia a dia e as programações de abate de grande parte das indústrias atendem, em média, quatro dias. Contudo, existem compradores com maior demanda em função da exportação, por exemplo. Nestes casos, quando as ofertas de compra aumentam, as escalas evoluem, o que indica que há gado retido em engorda. As pastagens estão boas e as chuvas regulares têm dado respaldo para o pecuarista negociar com mais firmeza. Destaque para a cotação da arroba da novilha em São Paulo, que subiu R$1,00 em relação ao fechamento do dia 20/3. O preço ficou em R$144,00/@, à vista, livre de Funrural.

SCOT CONSULTORIA

Reação nos preços da carne bovina no atacado

Nos últimos sete dias o preço da carne bovina sem osso vendida no atacado pelos frigoríficos, na média de todos os cortes, subiu 0,1%

Já nos últimos trinta dias a alta acumulada, na média de todos os cortes, foi de 1,2%. Segregando por tipo de corte, na média dos que compõem o traseiro, os preços não sofreram alterações significativas neste intervalo analisado. Os preços dos cortes de dianteiro tiveram alta, em média, de 5,2%. O escoamento da carne de menor valor agregado é maior em momentos de menor poder de compra. Cenário alinhado ao da carne com osso, mercado no qual a liquidez do dianteiro tem sido superior à do boi casado e do traseiro. No mercado externo o otimismo foi modelado com a divulgação dos volumes embarcados até a terceira semana de março. As exportações diárias, que antes estavam na casa das 9,7 mil toneladas, agora voltaram para a normalidade. Na média, 7,0 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas por dia. Se esta quantidade se mantiver até o final do mês serão exportadas 132,2 mil toneladas, isso significa um acréscimo de 15% em relação ao volume embarcado no mês anterior e 9% acima do comercializado no mesmo período de 2018. Por ora fica a atenção quanto a alguns desdobramentos das relações comerciais do Brasil com os Estados Unidos e com a China. Em relação ao país norte americano, estão em andamento negociações para a retomada das compras de carne bovina in natura, suspensa em meados 2017 por questões sanitárias. Já em relação ao país asiático, o serviço sanitário chinês recusou a proposta feita pelo MAPA para autorizar mais frigoríficos brasileiros a exportar carne para a China. Com isso, Pequim deve exigir um novo plano de ação para os frigoríficos exportadores, fazendo com que o processo de habilitação seja ainda mais longo.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Governo irá reduzir estimativa do PIB a cerca de 2,25% para 2019, diz fonte

O governo irá reduzir a estimativa oficial de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano a cerca de 2,25 por cento, ficando no meio do caminho entre sua previsão original e o desempenho esperado pelo mercado, afirmou uma fonte da equipe econômica com conhecimento direto do assunto

Em condição de anonimato, a fonte apontou que o governo também irá fazer um contingenciamento nas despesas do orçamento e que esse bloqueio deve ficar “bem próximo de 30 bilhões de reais”. As informações serão divulgadas no relatório bimestral de receitas e despesas, que o governo deve publicar até sexta-feira. No documento, a equipe econômica revisa seus parâmetros econômicos e suas estimativas para arrecadação e gastos no ano.

Em relação ao PIB, a estimativa oficial do governo ainda é de 2,5 por cento, enquanto economistas ouvidos pela pesquisa Focus realizada pelo Banco Central vêm revisando suas contas continuamente para baixo, tendo apontado uma expectativa de 2,01 por cento no levantamento mais recente. Já o contingenciamento virá para consolidar uma postura de cautela, diante de incertezas envolvendo receitas esperadas para o ano, como os 12 bilhões de reais com privatização da Eletrobras que estavam discriminados no Orçamento. O governo lança mão do contingenciamento para assegurar o cumprimento da meta de resultado primário, fixada neste ano em um déficit de 139 bilhões de reais.

REUTERS

Ibovespa fecha com queda de 1,34% após prisão de Temer e preocupações com Previdência

O principal índice da bolsa paulista fechou no vermelho na quinta-feira, após a prisão do ex-presidente Michel Temer aumentar preocupações de que episódio dificulte ainda mais o andamento da reforma da Previdência

O Ibovespa encerrou com queda de 1,34 por cento, a 96.729,08 pontos, após atingir 95.456,28 pontos na mínima. O giro financeiro da sessão somou 17,9 bilhões de reais. Para o economista-chefe da Guide Investimentos, Victor Candido, o forte movimento do índice foi decorrente do noticiário doméstico. “O mercado já vinha com viés negativo após a divulgação da proposta de alteração da Previdência dos militares. A notícia da prisão do Temer só piorou ainda mais as preocupações com o andamento da reforma”, afirmou. Michel Temer foi preso na manhã de quinta-feira pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato, por suspeita de desvios de recursos nas obras da usina nuclear Angra 3, sendo apontado pelos investigadores como líder de uma organização criminosa que praticou desvios e recebeu propina. Na véspera, o governo entregou ao Congresso o projeto de reforma da Previdência dos militares, que prevê economia de 10,45 bilhões de reais em 10 anos, bem abaixo dos mais de 90 bilhões de reais inicialmente estimados pela equipe econômica. O fato já fez o Ibovespa cair 1,55 por cento, diante de avaliações de que eventuais privilégios a militares comprometa as articulações no Congresso para andamento da reforma. O noticiário doméstico fez o Ibovespa ir na contramão de Wall Street, onde os principais índices subiram na esteira de um rali do setor de tecnologia.

REUTERS

Dólar fecha acima de R$3,80 com receio sobre Previdência, após prisão de Temer

A cotação do dólar desacelerou, mas fechou em alta na quinta-feira, diante de preocupações com o andamento da reforma previdenciária, após a prisão do ex-presidente Michel Temer

O dólar à vista fechou em alta de 0,90 por cento, a 3,8001 reais na venda. É o maior patamar desde sexta-feira da semana passada (3,8206 reais). O ganho percentual é o mais forte desde quinta-feira passada (+0,91 por cento). Na máxima do dia (3,8390 reais), o dólar mostrou alta de 1,94 por cento. Na B3, a referência do dólar futuro ganhava 0,78%, a 3,8060 reais. No exterior, a moeda norte-americana também mostrava força. O índice que mede o valor da divisa contra uma cesta de rivais apreciava cerca de 0,7 por cento. “O real tinha valorizado recentemente sem notícias concretas. Era tudo muito na base da expectativa. E o mercado está se dando conta disso”, disse Italo Lombardi, estrategista macro para a América Latina do Crédit Agricole. Outros mercados domésticos pioraram, também refletindo a piora da percepção sobre o cenário político. O Ibovespa caiu 1,34 por cento, enquanto os juros futuros de longo prazo subiram. Na véspera, o texto entregue pelo governo ao Congresso para mudar regras da previdência nas Forças Armadas, com economia líquida prevista de apenas 10,45 bilhões de reais em 10 anos, frustrou o mercado e caiu mal até entre parlamentares aliados do governo.

REUTERS

EMPRESAS

Minerva faz roadshow em Londres para IPO da Athena Foods

A brasileira Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, segue em contato com investidores para angariar o apoio necessário para a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da Athena Foods na bolsa de Santiago (Chile)

De acordo com uma fonte, executivos da Minerva realizaram nesta semana um roadshow em Londres. A expectativa da Minerva, que ainda aguarda o aval do órgão regulador do mercado de capitais do Chile, é listar a Athena em maio, obtendo entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão. A maior parte dos recursos será usada para reduzir o endividamento da Minerva. A companhia também deve usar parte do montante para reabrir um abatedouro na Argentina. A Athena reúne as operações da Minerva na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia. Em 2018, a Athena faturou R$ 6,9 bilhões, o que representa 40% das vendas da companhia brasileira. Na capital do Reino Unido, executivos da Minerva se reuniram com mais de 15 investidores. Em fevereiro, a companhia já havia realizado um roadshow com investidores do Oriente Médio e do Sudeste Asiático, conforme o Valor informou. Na B3, as ações da Minerva registraram forte alta esta semana. Até ontem, a valorização foi de 8,3%; no ano, a alta chega a quase 46%.

REUTERS

FRANGOS & SUÍNOS

China deve dobrar importação de carne suína em 2019 após peste derrubar produção

As importações chinesas de carne suína em 2019 devem dobrar em relação ao ano passado, para 2 milhões de toneladas, disse um analista do Rabobank na quinta-feira, enquanto a peste suína africana atinge a produção no maior mercado de suínos do mundo

A China registrou 113 surtos da doença contagiosa desde agosto passado, apesar de agricultores e especialistas do setor dizerem que vários focos não foram contabilizados. A peste suína africana, que não agride os seres humanos, tem uma alta taxa de mortalidade em porcos e não tem vacina ou cura. A produção de carne suína chinesa cairá em até 20 por cento em 2019, disse Oscar Tjakra, diretor de pesquisa sobre alimentos e agronegócios do Rabobank, em uma conferência no leste do país. A China normalmente responde por cerca de metade da produção mundial da proteína. Isso significa que a produção local deste ano está entre 50 milhões e 51 milhões de toneladas, disse Tjakra à Reuters durante o evento, em queda ante os 54 milhões a 55 milhões de toneladas no ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Pequim previu a produção de suínos em 51,4 milhões de toneladas este ano, uma queda de 5 por cento em relação a 2018, com importações de 2 milhões de toneladas.

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China reporta novo surto de peste suína africana na cidade de Chongqing

O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China informou em comunicado nesta quinta-feira que um novo surto de peste suína africana foi descoberto na cidade de Chongqing

O surto ocorreu em uma fazenda com 91 porcos, infectando nove dos animais e matando seis, apontou a declaração do ministério. A China já relatou mais de 100 surtos da doença desde agosto de 2018. A peste é mortal para porcos, mas não afeta humanos.

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Para Embrapa Suínos e Aves, custo de produção do frango recuou em fevereiro

De acordo com o levantamento mensal da Embrapa Suínos e Aves, após três meses consecutivo de estabilidade o custo de produção do frango apresentou leve recuo: inalterado entre novembro de 2018 e janeiro de 2019 em R$2,82/kg; caiu para R$2,79/kg em fevereiro passado.

O custo levantado para o mês de fevereiro permaneceu 8% acima do registrado um ano atrás, enquanto na média dos 13 meses decorridos entre fevereiro de 2018 e fevereiro de 2019 apresenta incremento de 18,5% em relação a idêntico período anterior (fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018). Analisando-se a evolução dos preços do milho em algumas praças do Paraná (estado-base do levantamento da Embrapa) observa-se que ele aumentou mais de 1,5% de janeiro para fevereiro, além de ter apresentado incremento de quase 8,5% em relação a novembro/18, quando o custo já estava em R$2,82/kg, mesmo valor de janeiro passado. Nos mesmos quatro meses, o custo do farelo de soja no mercado paranaense recuou praticamente na mesma proporção do aumento do milho (redução ligeiramente superior a 8,5%).

AGROLINK

SUÍNOS/CEPEA: demanda mantém preços elevados em SP

Preços da carne e do animal vivo estão em forte alta nesta parcial de março no mercado paulista, conforme indicam pesquisas do Cepea

Os preços da carne e do animal vivo estão em forte alta nesta parcial de março no mercado paulista, conforme indicam pesquisas do Cepea. A carcaça especial suína negociada na Grande São Paulo registra média de R$ 6,30/kg em março (até o dia 20), valorização de expressivos 6,3% na comparação com a de fevereiro (R$ 5,92/kg). Quanto ao vivo, na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), os preços subiram 9,9% no mesmo comparativo, passando de R$ 3,78/kg no segundo mês do ano para R$ 4,15/kg em março. De acordo com colaboradores do Cepea, apesar da diminuição do ritmo de negócios nesta terceira semana do mês, a procura por produtos de origem suinícola continua elevada, especialmente para o animal vivo.

CEPEA/ESALQ

Altas no mercado de suíno

O mercado de suínos apresentou mais uma valorização nesta semana. Nas granjas paulistas, o animal terminado passou de R$80,00 para os atuais R$82,00 por arroba, alta de 2,5% em sete dias

No atacado, em igual comparação, a valorização foi de 0,8%, com a carcaça negociada atualmente, em média, em R$6,55 por quilo. Apesar das vendas terem esfriado nesta terceira semana do mês, os compradores estão trabalhando com estoques enxutos, o que ajuda a manter o mercado firme. No mercado externo, a exportação de carne in natura segue em bom ritmo. Até a terceira semana de março, o volume diário embarcado foi 19,8% maior que em igual período do ano passado. Para os próximos dias, as vendas no mercado interno devem perder ritmo, o que pode abrir espaço para acomodações das cotações.

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