CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 911 DE 14 DE JANEIRO DE 2019

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Ano 5 | nº 911 | 14 de janeiro de 2019

 NOTÍCIAS

Boi gordo: escalas de abate confortáveis, mas pressão de baixa não é generalizada

A movimentação aumentou no mercado do boi gordo ao longo da semana passada, com o início mais efetivo do ano. A última sexta-feira (11/1), no entanto, possui um ritmo menor de negócios

As programações de abate em São Paulo, estão feitas ou encaminhadas para esta semana. Com isto, o cenário não é de altas, mas a oferta, embora suficiente para manter as programações, não tem permitido pressão de baixa sobre as cotações. O cenário de preços estáveis não é generalizado, com regiões onde a oferta pressiona negativamente as cotações. Para os próximos dias, as expectativas são de uma oferta crescente de boiadas, com a volta gradativa dos produtores ao mercado, e um consumo mais fraco com a segunda quinzena e janeiro sendo um mês tipicamente lento.

SCOT CONSULTORIA

ECONOMIA

Dólar sobe 0,15% ante real de olho no noticiário e exterior

O dólar terminou a sexta-feira em alta ante o real, após uma sessão de muito vaivém, sem se afastar no nível de 3,70 reais, com os investidores monitorando de perto o mercado externo e o noticiário à espera de novidades para renovar suas posições

O dólar avançou 0,15 por cento, a 3,7145 reais na venda nesta sessão, e fechou a semana praticamente estável, com queda acumulada de 0,01 por cento. No ano até agora, o dólar acumula queda de 4,16 por cento. Na mínima da sessão, a moeda foi a 3,6916 reais e, na máxima, a 3,7310 reais. O dólar futuro operava em queda de 0,01 por cento. “Nós definitivamente precisamos de mais combustível para a continuação da tendência positiva — o dólar mais fraco”, avaliou o diretor de tesouraria de um banco estrangeiro ao acrescentar que “o intervalo entre 3,68 reais e 3,70 reais é importante, em termos de suporte, e o mercado está respeitando isso”. Pela manhã, a moeda abriu em queda, também em sintonia com o exterior, repercutindo a fala “dovish” do chairman do Federal Reserve, banco central dos EUA, Jerome Powell, na véspera. Na ocasião, ele mais uma vez indicou que o Fed terá paciência em relação à política monetária ao dizer que não existe uma trajetória predefinida o aumento dos juros.

REUTERS

Ibovespa fecha em leve queda, mas avança 2% em semana de máximas

A bolsa paulista fechou em queda na sexta-feira, em meio a movimentos de realização de lucros e fraqueza em Wall Street, após uma semana de recordes do Ibovespa, que se aproximou dos 94 mil pontos e contabilizou valorização de 2 por cento no período

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,16 por cento, a 93.658,31 pontos, tendo alcançado 93.960,78 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou 15,01 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa renovou máxima de fechamento três vezes, encerrando na quinta-feira a 93.805,93 pontos, em sessão que chegou a 93.987,17 pontos no melhor momento. Após o Ibovespa acumular alta de 15 por cento em 2018, os primeiros dias de 2019 já resultam em um ganho adicional de 6,6 por cento. Tal desempenho ocorre mesmo com os estrangeiros ainda hesitantes, conforme dados de capital externo na Bovespa, ainda negativo em mais de 1 bilhão de reais no ano até o dia 9. Para Jorge Mariscal, Diretor de Investimentos em Mercados Emergentes da UBS Wealth Management, o mercado brasileiro foi um dos melhores no ano passado e muito otimismo foi precificado, então reduzir alguma exposição é algo prudente a se fazer.

REUTERS

IPCA tem alta mais fraca para dezembro em 24 anos e inflação termina 2018 abaixo do centro da meta

A inflação oficial brasileira registrou em dezembro o nível mais baixo para o mês em 24 anos, apesar da pressão dos preços de alimentos, e terminou 2018 abaixo do centro da meta oficial, corroborando o cenário de que o Banco Central levará tempo para elevar os juros básicos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou em 2018 alta de 3,75 por cento, depois de ter subido no ano anterior 2,95 por cento, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, a inflação do país terminou o ano abaixo do centro da meta do governo de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, em meio a um cenário de atividade econômica sem fôlego, desemprego alto e demanda fraca. A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 3,70 por cento. É o segundo ano seguido em que isso acontece depois de ter ficado em 2017 abaixo do piso pela primeira vez desde que o regime de metas de inflação foi definido, em 1999. Também é o terceiro ano seguido que o IPCA fica dentro do intervalo definido como objetivo. Para 2019, o governo determinou como meta inflação de 4,25 por cento, mantendo a margem de tolerância em 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Em dezembro, o IPCA avançou 0,15 por cento, depois de queda de 0,21 por cento em novembro e projeção na pesquisa da Reuters com analistas de alta de 0,13 por cento. Esse é o resultado mais fraco para o mês desde o início do Plano Real, em 1994. No último mês do ano a pressão veio principalmente do grupo Alimentação e bebidas, que passou a subir 0,44 por cento depois de alta de 0,39 por cento em novembro e foi responsável por quase 3/4 do índice de dezembro.

REUTERS

Mesmo com Carne Fraca, Brasil lidera vendas à UE

Apesar dos percalços nas relações com a União Europeia (UE), sobretudo depois dos embargos decorrentes da Operação Carne Fraca, o Brasil manteve a sua liderança nas exportações de produtos agrícolas para o bloco

Além disso, o país foi o que mais aumentou as vendas, em valor, entre novembro de 2017 e outubro de 2018, segundo dados da Comissão Europeia. Contando ainda com o Reino Unido, os 28 países da UE gastaram, ao todo, €115,2 bilhões nas importações de produtos agrícolas no período. Principal origem, o Brasil foi responsável por cerca de 10% das importações, em valor. A UE desembolsou €12 bilhões nas compras de produtos brasileiros, incremento de 2,6% comparado ao período anterior. O valor das importações procedentes do Brasil aumentou em € 299 milhões, o maior entre os fornecedores do bloco europeu. Com isso, o Brasil acumulou um superávit de €10,2 bilhões no comércio agrícola com a UE. No período, o país gastou apenas €1,8 bilhão em produtos europeus. Na lista de fornecedores da UE, somente os Estados Unidos ficam próximos do Brasil como grande fornecedor de produtos agrícolas à Europa. As compras de produtos americanos custaram €11,5 bilhões. Na terceira posição, vem a China, com €5,5 bilhões. A Argentina é o quarto, com €5,1 bilhões. A receita com as vendas do país sul-americano caiu 10,7%. No geral, os europeus importaram principalmente cereais, frutas, óleo de oliva e carne de frango.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

Empreitada da BRF na Argentina deixa R$ 1,2 bi em perdas

A empreitada da BRF na Argentina caminha para um fim melancólico. Ao vender a Campo Austral, em uma transação de US$ 35,5 milhões anunciada na última semana, a companhia deixará de atuar no país vizinho. O saldo de quase uma década em terras argentinas é indigesto

Desde 2011, a BRF perdeu mais de R$ 1,2 bilhão no país. Esse montante contempla os frequentes aportes de capital realizados para manter as operações – reconhecidamente deficitárias -, assim como a baixa contábil que deverá ser reportada no próximo balanço trimestral, em 28 de fevereiro, devido às vendas dos ativos. Desde 2011, a BRF fez cinco aquisições na Argentina, gastando quase US$ 480 milhões, conforme dados compilados pelo Bradesco BBI. A companhia se desfez de todos esses ativos entre 7 de dezembro e 10 de janeiro, obtendo US$ 140,4 milhões. A diferença entre o montante pago e o recebido – a maior parte dos recursos ainda não ingressou no caixa – é de quase US$ 340 milhões (R$ 1,2 bilhão). As perdas seriam ainda maiores se contabilizado o prejuízo operacional apurado na Argentina nos últimos anos. Em 2017, último dado anual disponível, a BRF amargou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) negativo de R$ 180 milhões. Na prática, os negócios torravam o caixa. Foi para estancar a crônica queima de recursos e cumprir os planos do presidente Pedro Parente de reduzir o endividamento que a companhia brasileira decidiu, no fim de junho de 2018, se desfazer das operações.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Ministério da Agricultura suspende operações de unidade da JBS em SP

O abatedouro de frango da Seara Alimentos, subsidiária da JBS, em Itapetininga (SP) teve as operações suspensas pelo Ministério da Agricultura

O motivo da suspensão não foi divulgado. Procurada pela reportagem, a JBS informou que está fazendo os “ajustes técnicos” pedidos pelo Ministério da Agricultura. “A empresa esclarece ainda que as atividades devem ser retomadas nos próximos dias, após atendimento às demandas do órgão”, informou a JBS, em nota. A Seara é a segunda maior produtora de carne de frango do Brasil.

VALOR ECONÔMICO

Frango Vivo: alta de 5,19% no PR

A cotação do frango vivo teve alta de 5,19% no Paraná, sendo estabelecida a R$5,04/kg. As demais cotações permaneceram estáveis

O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo teve estabilidade para o frango na granja, a R$2,80/kg e queda de -1,18% para o frango no atacado, a R$4,20/kg. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP ressalta que a alta nos preços dos insumos de alimentação continua influenciando no mercado do frango vivo no início deste ano. Além disso, há uma demanda enfraquecida pela carne no mercado, limitando a demanda de frigoríficos por novos lotes de animais vivos.

Notícias Agrícolas

Mais uma semana de queda nos preços no atacado de carne suína

Mesmo estando no período favorável de vendas no mês, em decorrência do recebimento dos salários, as cotações não ganharam fôlego

Nas granjas paulistas o preço do animal terminado segue nos mesmos patamares, já são 33 dias de estabilidade. A arroba do cevado está cotada, em média, em R$76,00. No atacado, o baixo volume nas vendas acarretou em desvalorização. O quilo da carcaça passou de R$6,20 para os atuais R$6,00, queda de R$0,20 por arroba, ou 3,2%, na semana. Para o curto prazo, o mercado deve seguir lento. Durante este mês é comum que o consumo caia devido às dívidas contraídas no final do ano e o pagamento de impostos. No mercado externo, segundo a Secretaria do Comércio Exterior (Secex), na primeira semana do ano, o Brasil embarcou por dia 2,7 mil toneladas de carne in natura. Frente à média exportada por dia em janeiro do ano passado houve incremento de 29,9% no volume.

Notícias Agrícolas

INTERNACIONAL

Argentina aumentou produção e exportação de carne bovina em 2018

Em 2018, a Argentina produziu 3,05 milhões de toneladas de carne bovina, 7,3% a mais que em 2017; um crescimento de 208,4 mil toneladas

Foi o quinto maior nível de produção nos últimos 23 anos. Mais carne bovina foi produzida apenas em 2005, 2007, 2008 e 2009, de acordo com a Câmara de Indústria e Comércio de Carne e Derivados da Argentina. Nesse sentido, em um total de 383 estabelecimentos, 13,4 milhões de cabeças foram abatidas em 2018. Foi o 13º nível mais alto de atividade nos últimos 38 anos. Em relação a 2017, houve crescimento de 6,0%. As 85 principais plantas explicaram 75,2% do total de abate. Em média, essas plantas abateram 118 mil cabeças (9,83 mil cabeças / planta / mês). Em termos absolutos, o abate cresceu em 760 mil cabeças em relação a 2017. Quanto às exportações, embora faltassem dados oficiais para dezembro, chegariam a 555 mil toneladas, ficando 78,0% acima das registradas em 2017. Sua importância no total produzido passou de 11,0% para 18,2 % entre os anos considerados. Em janeiro-novembro de 2018, as exportações de carne bovina foram de 318,5 mil toneladas, que apresentaram um crescimento anual de 77,3%. Estes totalizaram 500,5 mil toneladas (+ 76,9%). Foi o maior volume de exportação dos últimos nove anos. A receita de vendas para o exterior totalizou US$ 1,77 bilhão e permaneceu 51,6% acima da receita registrada em janeiro-novembro de 2017.

El País Digital

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