Ano 4 | nº 865 | 25 de Outubro de 2018
NOTÍCIAS
Exportação de carne bovina diminui, mas segue acima do registrado em 2017
A desvalorização do dólar frente ao real explica a queda do embarque em outubro em relação ao mês anterior. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de outubro o Brasil exportou 95,1 mil toneladas de carne bovina in natura
O volume diário embarcado foi de 6,8 mil toneladas, queda de 14,4% na comparação com a média diária de setembro último. Entretanto, na comparação com outubro de 2017, houve alta de 20,2%. Caso o ritmo de embarque continue até o fim do mês, o país deverá exportar 149,42 mil toneladas, o que seria o segundo maior volume exportado. A desvalorização do dólar frente ao real explica a queda do embarque em outubro em relação ao mês anterior. Porém, mesmo com a variação cambial, o dólar segue em patamares mais alto em relação ao ano anterior.
SCOT CONSULTORIA
Mercado do boi gordo perdendo a firmeza
A cotação da arroba do boi gordo caiu em doze praças pecuárias na última quarta-feira (24/10)
Recuou mais no Tocantins. Nas duas principais regiões, a cotação caiu 1,5% em relação ao levantamento anterior. Em São Paulo a cotação também cedeu. Segundo levantamento da Scot Consultoria, no estado, o boi gordo ficou cotado, em média, em R$147,50/@, à vista, livre de Funrural. Desvalorização de 2,6% no acumulado de outubro. A demanda morna, estável, explica esse quadro. No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado, em média, em R$9,63/kg.
SCOT CONSULTORIA
Leite, aves e suínos têm custo até 25% maior do que faturamento
Pesquisa realizada com mais de mil produtores revelou que apenas três atividades ligadas ao setor de proteína animal seguem com saldo positivo: a bovinocultura de corte, a aquicultura e a produção de ovos
As produções de suínos, aves e leite enfrentam custos até 25% maiores do que o faturamento em 2018, aponta o balanço econômico de receitas e despesas elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O levantamento faz parte do projeto Campo Futuro.
Segundo o Superintendente Técnico da instituição, Bruno Lucchi, esses setores viveram uma das maiores crises dos últimos anos por causa do alto preço do milho. Outros motivos por trás dos prejuízos seriam o fechamento de pelo menos 15 frigoríficos que exportavam para a União Europeia e a greve dos caminhoneiros. Os fertilizantes estão 16% mais caros do que no ano passado e os suplementos minerais, 8%. No setor de proteína animal, os únicos setores que apresentaram lucratividade foram a bovinocultura de corte, a aquicultura e a produção de ovos. Apesar dos resultados positivos, Lucchi avalia que o desempenho poderia ser melhor. “No caso da pecuária de corte, como não tivemos retomada do consumo da carne e sofremos um certo problema em função da operação Carne Fraca, as exportações não foram tão bem. O preço da arroba também não registrou uma elevação significativa”, detalha. Os números apresentados pela entidade foram coletados com mais de 1.220 produtores rurais, em 331 municípios de todas as regiões do Brasil.
CANAL RURAL
Pastos do MT devem melhorar em novembro
As chuvas devem perder a força em Mato Grosso, mas continuarão em menor volume e de forma regular, o que deve permitir que os pastos estejam em condições adequadas para o gado entre os meses de novembro e dezembro, afirmou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea)
As precipitações em setembro e outubro superam em 40% o volume registrado em igual período de 2017. “Diante disto, as pastagens do estado apresentam melhores condições para a sua plena recuperação pós-estiagem neste ano” e no último bimestre devem “oferecer matéria seca de boa qualidade aos bovinos”, disse o instituto em relatório. Pecuaristas que precisam comprar animais de reposição intensificaram a procura e impulsionaram as cotações do bezerro de 12 meses. Na última semana, a média de preço ficou em R$ 1.224,09 por cabeça, alta de 0,72% ante os R$ 1.215,37 por cabeça registrados uma semana antes. No mercado do boi gordo de Mato Grosso, a arroba registrou avanço pela décima semana consecutiva, cotada agora a R$ 134,67, aumento de 0,64% na variação semanal. O preço da fêmea subiu 0,41% no mesmo comparativo, a R$ 127,16 por arroba.
Portal Estadão
ECONOMIA
Ibovespa fecha em forte queda
O Ibovespa fechou em queda e na mínima em quase duas semanas na quarta-feira, minado pelo forte recuo das bolsas nos Estados Unidos, em sessão marcada pelo começo da temporada de resultados no país com Fibria e WEG e ausência de novidades relevantes no cenário eleitoral
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,62 por cento, a 83.063,56 pontos, menor patamar desde 11 de outubro. O volume financeiro do pregão somou 13,6 bilhões de reais. Nos Estados Unidos, o S&P 500 encerrou em baixa de 3 por cento, engatando o sexto pregão seguido no vermelho, com previsões fracas de fabricantes de chips aumentando as preocupações sobre o impacto nos resultados das companhias da adoção de tarifas e da desaceleração econômica na China. As perdas se acentuaram após o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) afirmar em seu Livro Bege, relatório sobre a economia norte-americana, que as fábricas elevaram os preços em razão das tarifas, mas que a inflação parecia modesta ou moderada na maior parte do país. Dados fracos sobre moradias nos EUA também pesaram. “A direção do mercado doméstico foi determinada por Nova York, onde o noticiário econômico-corporativo desfavorável, combinado com o susto acerca de pacotes enviados a ex-presidentes dos EUA, abriram espaço para nova realização lucros”, disse o gestor Marco Tulli, da mesa de Bovespa da Coinvalores. No cenário eleitoral doméstico, o gestor Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital, observa que não há nada de novo para mudar no curto prazo. Profissionais da área de renda variável também citaram movimento de investidores locais se posicionando em contratos futuros do Ibovespa.
REUTERS
Dólar sobe e se reaproxima de R$3,75 com aversão ao risco no exterior
O dólar terminou a quarta-feira em alta pela segunda sessão consecutiva, perto dos 3,75 reais, com o aumento da aversão ao risco no mercado internacional, enquanto investidores aguardam o desfecho da eleição presidencial doméstica no próximo domingo
O dólar avançou 1,33 por cento, a 3,7463 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,7478 reais. Na mínima, ainda pela manhã, atingiu 3,6827 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 1,20 por cento com às preocupações dos investidores com o crescimento global, tarifas comerciais, orçamento italiano e isolamento da Arábia Saudita depois da morte de um jornalista na Turquia. As bolsas norte-americanas tiveram nova sessão de forte queda, influenciadas ainda pelo Livro Bege, que mostrou que muitas indústrias elevaram seus preços por causa das tarifas comerciais, embora a inflação aparente estar modesta ou moderada na maior parte do país. O movimento de aversão ao risco fez o dólar ter forte alta ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano e, ainda, o real. “O dólar deve passar os próximos dias de lado, entre 3,65-3,70, esperando o resultado das eleições, domingo”, avaliou naquele momento a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, para quem a pesquisa Ibope da véspera, apesar de reduzir um pouco a distância entre o líder e Fernando Haddad (PT), ainda mostra grande vantagem para Bolsonaro, com difícil reversão para o PT. Profissionais ouvidos pela Reuters informaram que o recuo recente do dólar abriu espaço para uma discussão sobre a redução do estoque de swap, mas avaliam que a autoridade monetária pode esperar um cenário mais claro pós-eleição para se decidir.
REUTERS
País exporta 10% mais este ano, apesar da onda protecionista, diz Mdic
Apesar da onda protecionista no cenário internacional, o Brasil fechará o ano com aumento de 10% das exportações e o segundo maior superávit da balança comercial desde 1989, segundo o Secretário de Comércio Exterior do Mdic, Abrão Neto
Conforme o Secretário, as exportações cresceram 9,7%, e as importações, 20,8%, em valor no ano até a terceira semana de outubro, comparadas a 2017. Assim, pelo ritmo das vendas externas, Abrão Neto acredita que as exportações fecharão em torno de US$ 240 bilhões em dezembro. O valor ainda é inferior aos US$ 256 bilhões exportados pelo país em 2011. A corrente de comércio aumenta porque as importações subiram. As compras externas chegaram a US$ 145,7 bilhões até a terceira semana de outubro e devem continuar aumentando até o fim do ano, ilustrando retomada de certos investimentos do setor privado. Mas não devem alcançar o recorde de US$ 239,6 bilhões registrado em 2013. O saldo comercial acumulado de US$ 48,9 bilhões até agora está 14% menor do que em 2017, ano em que teve recorde de US$ 67 bilhões, mas será ainda assim o segundo maior desde o início da série histórica elaborada pelo Mdic. “Houve tanto alta de preços como aumento de quantidade nas exportações.” Abraão Neto destaca a expansão das exportações de bens básicos e de bens manufaturados. Neste ano, o país tem uma pequena queda na produção de petróleo, mas a exportação do produto cresceu. E bate recorde nos embarques de soja e de minério de ferro. Desde o ano passado o comércio exterior ganhou mais espaço das empresas, diante da situação interna, e elas investiram nesse sentido, acrescentou. Ele diz que o governo fez de seu lado um “esforço monumental” de facilitação de comércio. A partir da metade do ano, todas as exportações acontecem pelo portal único, reduzindo a burocracia. Conforme o secretário, em alguns casos o ambiente de guerra comercial resultou em ganhos setoriais para o Brasil, mas no acumulado ela é considerada negativa para os interesses do país.
VALOR ECONÔMICO
Arrecadação federal sobe 0,26% em setembro, menor ritmo de crescimento do ano, diz Receita
A arrecadação do governo federal registrou alta real de 0,26 por cento em setembro sobre igual período do ano passado, a 110,664 bilhões de reais, no menor ritmo crescimento mensal já apresentado no ano, divulgou a Receita Federal na quarta-feira
O dado só ficou no azul pelo avanço de 39,79 por cento nas receitas administradas por outros órgãos em setembro, a 2,49 bilhões de reais, linha que é sensibilizada sobretudo pela arrecadação com royalties do petróleo. Enquanto isso, as receitas administradas pela Receita Federal, que compreendem os impostos recolhidos, tiveram um recuo real de 0,39 por cento, a 108,173 bilhões de reais. Mesmo assim, a arrecadação de setembro foi a mais forte para o mês desde 2015, quando somou 110,728 bilhões de reais, em dado corrigido pela inflação. O resultado veio pouco abaixo de estimativa de 111,5 bilhões de reais para o mês, apontada em pesquisa Reuters junto a analistas. Setembro foi marcado pela queda observada na arrecadação de vários impostos, com destaque para receita previdenciária, com recuo de 2,23 por cento sobre um ano antes (-757 milhões de reais). A contração de 14,04 por cento em Imposto de Renda Retido na Fonte-Rendimentos de Capital representou um impacto de 522 milhões de reais a menos para o governo. Também houve diminuição de 60,1 por cento na arrecadação com Cide-combustíveis (-323 milhões de reais). De janeiro a setembro, a expansão da arrecadação ainda mostra um ritmo mais vigoroso, com alta real de 6,21 por cento sobre igual etapa de 2017. Para 2018, a meta de déficit primário é de 159 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência).
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
China diz que resíduos de cozinha contribuíram para disseminação de peste suína
O Ministério da Agricultura da China disse na quarta-feira que proibirá o uso de resíduos de cozinha para alimentar porcos, após vincular a prática à maioria dos primeiros casos de peste suína africana
A declaração do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais é o primeiro comentário do governo sobre como a doença mortal se espalhou no maior produtor de carne suína do mundo. A China registrou mais de 40 surtos da doença altamente contagiosa desde o início de agosto, com fazendas em 12 províncias e municípios já infectadas. A peste suína africana não afeta os seres humanos. Pequim ainda não disse como a doença entrou no país, mas o ministério descobriu que 62 por cento dos 21 primeiros focos estavam relacionados à alimentação com resíduos de cozinha, segundo um comunicado publicado no site do ministério.
REUTERS
Demanda eleva preço da carne de frango congelada em outubro
Os preços de carne de frango congelada no mercado da Grande São Paulo estão em alta no mês de outubro, mas a aceleração dos valores observada até meados do mês arrefeceu nos últimos dias, segundo dados do Centro de Estudos Econômicos em Economia Aplicada (Cepea)
O frango congelado sobe 2,86% no mês, até o dia 24, a R$ 4,32 o quilo. Entre 28 de setembro e 15 de outubro, o frango congelado chegou a acumular alta de 10,3%, refletindo maior demanda antes do feriado de 12 de outubro, segundo o Cepea. A média de preço do frango congelado durante a primeira quinzena de outubro foi de R$ 4,28, 6,2% acima do valor registrado no mesmo período do mês anterior. Os preços altos refletem a maior demanda em ambos os mercados doméstico e internacional, segundo analistas do Cepea. O Brasil exportou 363,8 mil toneladas de carne de frango em setembro, 6% abaixo do total exportado no nono mês de 2017, segundo dados apresentados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) no início do mês. Já a média das exportações diárias cresceu 10% em relação a agosto, para 16,02 mil toneladas, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, compiladas pelo Cepea.
CARNETEC
2019: tendências da exportação mundial de carne de frango
Em suas primeiras projeções sobre o provável comportamento das exportações mundiais de carne de frango em 2019, o Departamento de Agricultura dos EUA estima que as vendas externas do produto brasileiro aumentarão perto de 2,5%
Ou seja: menos que a média mundial (+4,18%), menos que os EUA (+2,85%) e bem menos que dois antigos integrantes da União Soviética, Ucrânia e Rússia, cujas exportações tendem a um crescimento de, respectivamente, 16% e 20%. Isto para não falar da Argentina, que pode aumentar suas vendas em 16%. O desempenho previsto para os nossos vizinhos é exuberante. Mesmo assim não se pode deixar de notar que, em comparação a 2014 (um quinquênio), o previsto é uma redução superior a 47% e que não é exclusividade da avicultura argentina: no período, as exportações dos norte-americanos decrescem acima de 3% e a do Canadá 5%. Enquanto as brasileiras crescem pouco mais de 6%. Neste caso estamos abaixo da média mundial (quase 11% de acréscimo no quinquênio) e muito aquém, entre outros, de União Europeia e Tailândia (+32% e +64%, respectivamente). Mas a baixa evolução das exportações brasileiras está relacionada, também, à expansão de exportadores que, até recentemente, eram grandes importadores de carne de frango. Casos, por exemplo, da Rússia (+260%), da Ucrânia (+108%) e de Belarus (+63%). Segundo o USDA, o volume total previsto para 2019 representa novo recorde mundial. Mas o recorde não se aplica ao Brasil que exportou seu maior volume em 2016, em 3,889 milhões de toneladas o que representou 36,3% do total exportado mundialmente.
AGROLINK
Frango Vivo: mercado deve seguir fraco
Na quarta-feira (24), as cotações do frango vivo permaneceram estáveis nas principais praças do país. O maior valor de negociação é anotado em São Paulo, a R$3,20/kg
O indicador da Scot Consultoria para o frango em São Paulo trouxe estabilidade para o frango na granja, a R$3,10/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de -1,18%, a R$4,18/kg.
A Scot destacou que, para o curto prazo, o mercado deve seguir fraco. O consumo está lento, o que gera pressão sobre os preços.
Notícias Agrícolas
Suíno Vivo: cotações estáveis nesta quarta (24)
Na quarta-feira (24), a cotação do suíno vivo permaneceu estável em todas as principais praças do país. O maior valor de negociação continua sendo anotado em São Paulo, a R$4,05/kg
O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq, referente a ontem (23), trouxe altas apenas para o Paraná, de 0,58%, a R$3,45/kg e Santa Catarina, de 0,32%, a R$3,16/kg. As demais cotações permaneceram estáveis. A Scot Consultoria avaliou na semana anterior que, passada a primeira quinzena do mês, o ritmo das vendas deve desacelerar e os preços devem perder a firmeza.
Notícias Agrícolas
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