CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 784 DE 02 DE JULHO DE 2018

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Ano 4 | nº 784 | 02 de julho de 2018

NOTÍCIAS

Preço do boi gordo deve subir na primeira quinzena de julho

A semana foi marcada por aumento na dificuldade de compra e pressão de alta no mercado do boi gordo. Segundo a Scot Consultoria, nos últimos sete dias os preços para o boi gordo subiram em doze praças pecuárias

Mediante ofertas de compras maiores, os frigoríficos conseguiram manter as escalas de abate em torno de cinco dias, mas há quem compre ainda para completar as programações dos primeiros dias desta semana. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a expectativa ainda é de alguma alta nos preços durante a primeira quinzena de julho, período de recebimento dos salários e considerando que a oferta de animais terminados é restrita neste início de entressafra. Os preços continuam firmes no mercado atacadista, enquanto a concorrência com as demais carnes, particularmente com a de frango, segue acirrada.

Boi gordo no mercado físico – R$ por arroba à vista

Araçatuba (SP): 139,00

Triângulo mineiro (MG): 134,00

Goiânia (GO): 128,00

Dourados (MS): 129,00

Mato Grosso: 123000 – 128,00

Marabá (PA): 123,00

Rio Grande do Sul (oeste): 4,95 (kg)

Paraná (noroeste): 140,00

Tocantins (norte): 121,00

CANAL RURAL

Lentidão no mercado do boi gordo

A semana passada foi marcada por aumento na dificuldade de compra e pressão de alta no mercado do boi gordo. Nos últimos sete dias os preços subiram em doze praças pecuárias para o boi gordo

Mediante ofertas de compras maiores os frigoríficos conseguiram manter as escalas de abates em torno de cinco dias, mas há quem compre ainda para completar as programações dos primeiros dias da semana seguinte. Ainda assim, como o escoamento não está bom, as indústrias aproveitaram a última sexta-feira (29/6), quando o ritmo dos negócios normalmente cai, para testar o mercado com preços menores. No mercado atacadista de carne bovina sem osso, após onze semanas seguidas de valorizações, nos últimos sete dias, na média de todos os cortes pesquisados, ocorreu queda de 0,7%. Entretanto, vale destacar, que apesar da desvalorização, a carne sem osso acumula valorização anual 2,5 pontos percentuais acima da inflação (IPCA) e a margem de comercialização dos frigoríficos que fazem a desossa continua acima da média histórica, fatores favoráveis aos pagamentos maiores para a arroba do boi gordo caso tenha necessidade.

SCOT CONSULTORIA

Poucos negócios no mercado de reposição

O mercado de reposição segue o ritmo de poucos negócios. É certo que as especulações estão aumentando, mas há dificuldade para a concretização dos negócios

O menor ímpeto da demanda somado a queda na qualidade dos pastos gera retração, mesmo que de forma compassada, nas cotações. No balanço geral, na média de todas as categorias e estados pesquisados pela Scot Consultoria, os preços fecharam com queda de 0,1% frente ao levantamento da última semana. Essa foi a quarta semana seguida de baixa para o mercado, o que gerou uma redução acumulada de 0,5% para junho. Na soma de todas as categorias de fêmeas, houve desvalorização mensal de 0,8%, puxada principalmente pelas cotações de bezerras de ano, cuja queda mensal foi de 1,0%. Pelo lado dos machos, a desvalorização mensal foi menor, 0,2%. A categoria que registrou a maior queda no período foi a de boi magro, 0,9%. O bezerro de desmama e o bezerro de ano foram as únicas que registraram valorização em junho, 0,2% e 0,1% respectivamente. Com a chegada do período de entressafra a ponta compradora deve aumentar a pressão por negócios abaixo das referências e a ponta vendedora tende a diminuir a resistência aos negócios, assim o mercado pode ganhar ritmo.

SCOT CONSULTORIA

Exportação de carne perde volume e preço neste mês

O Brasil não está conseguindo registrar a boa atuação das exportações de carnes de maio. O país perde não só em volume vendido como também em preços médios de comercialização

Em volume, o momento é ruim para as três principais proteínas brasileiras. A quantidade exportada neste mês tem queda média de 36%, em relação à de junho do ano passado, nas carnes suína e bovina. A de frango caiu 24%. Essa queda em volume reflete os problemas internos de recomposição de produção e de acertos nos transportes provocados pela paralisação dos caminhoneiros. Boa parte da redução no volume exportado ocorre, porém, devido às barreiras sanitárias colocadas pelos principais importadores do Brasil. União Europeia, China e Rússia estão entre eles. A situação brasileira fica mais complicada porque os preços atuais de negociação são inferiores aos que o país vinha obtendo no mercado externo nos últimos meses. A exceção fica para a carne bovina, cujo valor médio de exportação subiu para US$ 5.243 neste mês. Esse valor representa alta de 25% em relação aos de maio deste ano e de junho de 2017. Já as carnes suína e de frango tiveram quedas de 24% e 8%, respectivamente, em relação a igual período do ano passado. Apesar da queda no volume colocado no exterior no mês passado, as exportações de carne bovina continuam aquecidas, principalmente para a União Europeia. Dados divulgados nesta semana pelo bloco europeu indicam importações de 47,4 mil toneladas do produto brasileiro de janeiro a abril, 35% mais do que em igual período de 2017. Já o frango segue caminho inverso. As exportações brasileiras recuaram 45% neste ano para a União Europeia, segundo dados do bloco europeu. O bloco europeu importou apenas 86 mil toneladas de carne de frango de janeiro a abril do Brasil, 34% do total comprado pelos 28 países europeus no período. No ano passado, a participação dos brasileiros era de 55%.

Folha de São Paulo

ECONOMIA

Exportações brasileiras subiram mais que a média global, diz ministro

As exportações brasileiras cresceram mais de 16% no primeiro quadrimestre de 2018, ante igual período anterior, afirmou na sexta-feira o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima

Segundo ele, no mesmo período, a média de crescimento das exportações de 70 países, que representam 90% do comércio mundial, foi de 13%. Entre os exemplos citados pelo Ministro, ao falar sobre o tema, estão as exportações no Canadá, que no mesmo período cresceram 13,65%. No México, o crescimento foi de 12,5% e, na Colômbia, de 11,7%. “Estamos acima [em ritmo de exportações] de importantes países”, disse o Ministro, durante o seminário “Competitividade com foco na exportação”, promovido pelo jornal O Globo, no Rio. China O ministro reiterou que o governo brasileiro trabalha para reverter o embargo do governo chinês às exportações brasileiras de carne de frango, de forma a garantir que a decisão provisória de Pequim não se torne definitiva. “Nós vamos continuar defendendo nossas exportações, o setor produtivo nacional e, nesse caso, os produtores de carne de frango exportados para a China também e, muito por entendermos que o Brasil não está violando em absoluto qualquer regra de comércio”, disse o Ministro, após participar do seminário promovido por O Globo.

VALOR ECONÔMICO

Dólar sobe pelo quinto mês seguido e fecha semestre 17% mais caro ante real

O dólar terminou a sexta-feira em alta e se reaproximando dos 3,90 reais, nível que ultrapassou no começo do mês e obrigou o Banco Central a promover intervenções mais intensas para tentar conter a volatilidade e prover liquidez ao mercado cambial

E o nervosismo deve continuar no mercado no segundo semestre, diante da indefinida eleição presidencial doméstica, dos temores com a guerra comercial dos Estados Unidos com seus parceiros e ainda a trajetória de alta de juros norte-americanos. O dólar avançou 0,56 por cento, a 3,8773 reais na venda, acumulando elevação de 2,49 por cento na semana. O dólar terminou junho com valorização de 3,76 por cento, no quinto mês seguindo em elevação, acumulando no primeiro semestre de 2018 valorização de 16,98 por cento. Depois de ter caído 0,43 por cento nos três primeiros meses do ano, o dólar ficou 17,49 por cento mais caro de abril a junho. “Acho difícil o dólar ficar abaixo de 4 reais no terceiro trimestre…O viés do câmbio é de alta, embora em julho, com as férias no Hemisfério Norte e recesso (do Congresso no Brasil), a moeda possa continuar a oscilar ao redor de 3,80 reais”, avaliou o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Lima Gonçalves. Os investidores também seguirão monitorando a retórica do presidente Donald Trump com relação a seus parceiros comerciais, sobretudo a China, o que vem azedando o humor nas últimas semanas. Esse cenário, junto com a perspectiva de mais duas altas de juros nos Estados Unidos é maléfico aos emergentes, já que os investidores preferem ativos menos arriscados. Há ainda alguma expectativa para a forma como o Banco Central vai atuar em julho, depois da forte intervenção que vem realizando no mercado cambial desde meados de maio. Em agosto, vencem 14,023 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional, equivalentes à venda futura de dólares, e o mercado aguarda anúncio para a rolagem dos contratos.

Redação Reuters

Ibovespa fecha o dia em alta seguindo exterior, mas tem pior 1º semestre desde 2013

O principal índice acionário da B3 fechou em alta nesta sexta-feira, aproveitando o movimento positivo no exterior para ganhar fôlego e voltar a operar acima dos 72 mil pontos, mas acumulou queda de 15 por cento no segundo trimestre e teve o pior primeiro semestre desde 2013

O Ibovespa encerrou em alta de 1,39 por cento, a 72.762 pontos, acumulando ganho de 3 por cento na semana. No mês, contudo, o indicador teve baixa de 5,2 por cento, enquanto no trimestre a perda foi de 14,76 por cento e o primeiro semestre terminou com queda acumulada de 4,76 por cento. O giro financeiro deste pregão somou 10,1 bilhões de reais. Nesta sessão, investidores aproveitaram o alívio nas preocupações em torno da guerra comercial entre Estados Unidos e China para recuperar parte das perdas recentes. Segundo profissionais de renda variável, o movimento positivo desta sexta-feira foi influenciado ainda por compras de fim de semestre para melhorar o desempenho de carteiras. No exterior, o índice de ações de países emergentes avançou mais de 2 por cento. A greve dos caminhoneiros no fim do mês passado pesou sobre as expectativas e pressionou o Ibovespa em maio e junho. O viés negativo no período refletiu ainda a diminuição nas expectativas em relação à expansão da economia brasileira, as incertezas em torno do cenário eleitoral do país e a cautela com exterior.

Redação Reuters

EMPRESAS

Parente começa a desmontar projeto de Abilio na BRF

Era 3 de dezembro de 2015. No melhor ano de sua história, a BRF anunciava, de uma vez só, três aquisições no exterior, por US$ 500 milhões. Estava em curso o projeto liderado pela gestora de recursos Tarpon e pelo empresário Abilio Diniz para transformar a companhia em um negócio global. De lá para cá, porém, a maré virou

Na última sexta-feira, a companhia de alimentos anunciou que aqueles negócios adquiridos em 2015 serão vendidos – e em conjunto com outros ativos. Substituto de Abilio na presidência do conselho de administração da BRF desde 27 de abril e CEO da empresa há duas semanas, Pedro Parente anunciou uma “freada de arrumação” para tirar a empresa da crise, o que provocará a demissão mais de 4 mil funcionários no Brasil. Com a venda de ativos e outras medidas como a antecipação de recebíveis, a BRF pretende obter R$ 5 bilhões ainda neste ano. Em teleconferência com analistas na noite de sexta-feira, o Vice-Presidente executivo global da BRF, Lorival Luz, afirmou que a maior parte dos R$ 5 bilhões que a companhia pretende obter virá das vendas das operações na Europa, na Argentina e na Tailândia. Essas operações foram responsáveis por mais de R$ 3 bilhões em vendas no ano passado10% do faturamento de R$ 33 bilhões reportado pela companhia. Ao deixar de produzir nessas regiões, a BRF vai concentrar a atuação no Brasil, onde é a líder com as marcas Sadia e Perdigão, nos mercados muçulmanos (sobretudo no Oriente Médio) e também na Ásia. O plano de vender ativos embute riscos. Diante da meta de obter R$ 5 bilhões já em 2018, os potenciais interessados nos ativos ganharão poder de barganha. A jornalistas, Pedro Parente tentou afastar essa hipótese. “Não antecipamos nenhum desconto. Queremos vendê-los pelo valor justo”, disse, ressaltando a posição de caixa da companhia. “Nosso caixa é suficientemente grande para não fazer nenhuma decisão apressada”, acrescentou o CEO da BRF. No mercado, também há dúvidas sobre o sucesso da venda dos ativos na Argentina, onde a BRF é dona de marcas líderes nas categorias de salsicha e hambúrguer.

VALOR ECONÔMICO

BRF quer vender R$5 bi em ativos no 2º semestre

A empresa de alimentos BRF pretende vender 5 bilhões de reais em ativos no segundo semestre deste ano, em uma “freada de arrumação” da empresa envolvida no escândalo da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, e impactada pelo fechamento de mercados de exportação de carne de aves

A companhia, dona das marcas Sadia e Perdigão, vai vender suas operações na Europa, Tailândia e Argentina, focando seus esforços no Brasil, na Ásia e no mercado muçulmano. No Brasil, “ajustes” em suas fábricas devem resultar em corte de 5 por cento da força de trabalho da companhia ou cerca de 4 mil trabalhadores, se for usada informação sobre o total de funcionários disponível no site da companhia. “É uma freada de arrumação, olhando para aquilo que é absolutamente fundamental, que é melhorar a estrutura de capital e reduzir a alavancagem”, disse o presidente-executivo da BRF, Pedro Parente, em teleconferência com jornalistas, sobre as vendas de ativos. O objetivo é reduzir o endividamento da BRF, que encerrou março em 14 bilhões de reais. A expectativa é que a relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado termine 2018 em 4,35 vezes ante 4,44 vezes no fim do primeiro trimestre. Para 2019, a BRF espera que a alavancagem caia para nível abaixo de três vezes. Os 5 bilhões de reais a serem levantados incluem ainda venda de ativos imobiliários e não operacionais e participações minoritárias em empresas, além de uma operação de securitização de recebíveis. Algumas horas mais cedo, executivos da empresa tinham informado analistas e investidores que a BRF captaria apenas 500 milhões de reais com vendas de ativos não essenciais, afirmando que uma decisão sobre desinvestimentos de ativos importantes ainda não tinha sido tomada. As ações da empresa acabaram então fechando em alta de 0,5 por cento, a 18 reais, enquanto o Ibovespa teve acréscimo de 1,39 por cento.

Redação Reuters

BNDES coloca participação na JBS em carteira para venda, diz fonte

A participação do BNDES na empresa de alimentos JBS entrou na carteira de venda do banco de fomento, disse à Reuters uma fonte próxima da instituição na sexta-feira, acrescentando que o banco, no entanto, não está envolvido em negociações sobre a fatia no momento

“A JBS está na nossa carteira de venda, sim”, disse a fonte à Reuters. O BNDES detém pouco mais de 20 por cento de participação na JBS e a venda de parte dessa fatia ou de toda ela está sendo analisada pelo banco, afirmou a fonte. A avaliação para uma venda é feita com frequência pelo banco e o BNDES aguarda uma janela de oportunidades para avançar na análise da venda dos papéis. “Não se pode colocar valor nesse momento ou discutir percentuais”, disse a fonte. Mais cedo, o site da revista Veja publicou que o fundo soberano do Catar está fazendo due dilligence na JBS com o objetivo de comprar a fatia do BNDES na empresa brasileira de alimentos. Porém, em comunicado, a JBS afirmou desconhecer negociações para venda da participação do BNDES. Questionada sobre a notícia, a fonte próxima do BNDES negou existência de negociação em curso. “Isso é boato”, afirmou. Procurado, o BNDES afirmou que “não comenta informação sobre empresa aberta”.

Redação Reuters

JBS diz desconhecer negociação entre BNDES e fundo do Catar envolvendo ações da empresa

A JBS afirmou na sexta-feira desconhecer negociações para venda de participação detida por sócio na companhia, após a revista Veja publicar que o BNDES estaria negociando a venda de sua fatia na empresa para o fundo soberano do Catar

“Em relação à notícia veiculada na data de hoje pela revista Veja, sob o título ‘Fundo do Catar estuda comprar fatia da JBS’, a companhia esclarece que não tomou conhecimento sobre qualquer possível negociação envolvendo ações de sua emissão”, afirmou a JBS em comunicado. Ainda assim, as ações da JBS eram um dos destaques de alta na bolsa paulista. Às 10h38, o papel subia 2,8 por cento, enquanto o Ibovespa. BVSP avançava 1,1 por cento.

Redação Reuters

FRANGOS&SUÍNOS

Milho caro desafia avanço das exportações de frango do país A hegemonia brasileira no comércio global de carne de frango está em xeque. O país, que abocanhou quase 40% das exportações em meio à epidemia de gripe aviária em 2004, nunca esteve tão desafiado. Se já não bastassem as recentes barreiras aplicadas por União Europeia e China, a avicultura brasileira pode estar em vias de perder um importante diferencial competitivo: o milho barato

Até o início da década, as principais agroindústrias de aves, como BRF e Seara, conseguiam comprar o cereal a preços mais baixos do que aqueles oferecidos na venda para o mercado externo – ou seja, abaixo da paridade de exportação. Isso só era possível em função das deficiências logísticas, que chegavam a inviabilizar a exportação de grãos em algumas regiões do Centro-Oeste, e da fragilidade financeira dos agricultores brasileiros. Na prática, os produtores de milho do país “subsidiavam” a produção de frango, admitiu o executivo de uma das maiores agroindústrias. “Em algum momento o setor de aves e suínos ganhou demais”, resumiu. Nos últimos anos, porém, isso mudou. O Brasil se consolidou como o segundo maior exportador mundial de milho. Na safra 2015/16, as empresas brasileiras de frango atravessaram uma situação inédita – e negativa. Com a quebra da safra de inverno daquele ciclo, o milho brasileiro ficou mais caro que o importado. A agroindústria, que estava acostumada ao milho abaixo da paridade de exportação, viu-se no extremo oposto. Nesse cenário, os exportadores de frango chegaram a perder participação para Rússia e Ucrânia no Oriente Médio, um mercado até então cativo. Segundo o economista e sócio-consultor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, é fato que as mudanças estruturais no mercado de milho tiraram competitividade da produção de frango nacional. “Antes, a logística e o endividamento do produtor ajudavam a indústria de carnes. Hoje essas duas coisas não são mais verdadeiras”, argumentou.

VALOR ECONÔMICO

Santa Catarina quer exportar carne suína para o México

A Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina informou, por meio de nota à imprensa divulgada no domingo (1º), que o governo e as agroindústrias do estado querem exportar carne suína para o México

Para tanto, o governador Eduardo Pinho Moreira irá chefiar uma missão oficial ao país da América do Norte para dar sequência às negociações e ampliar a presença naquele mercado. As informações foram confirmadas durante reunião do governo do estado e representantes do setor produtivo de carnes, que trataram também de questões ligadas ao abastecimento de milho e ao fortalecimento do status sanitário e da defesa agropecuária catarinense. De acordo com a secretaria, Santa Catarina já tem uma sólida parceria com o México no fornecimento de carne de frango e existe o interesse também na compra da carne suína produzida no estado. “Este será mais um mercado exclusivo do agronegócio catarinense, como já acontece com Japão e Coreia do Sul.” Segundo o governador, a conquista desse novo mercado terá impacto direto na suinocultura de Santa Catarina. “Os mexicanos demonstraram interesse em conhecer as plantas frigoríficas instaladas em Santa Catarina. Este é um grande mercado, que vai favorecer a suinocultura catarinense”, disse na nota Pinho Moreira. Neste mês de julho, uma missão mexicana visitará frigoríficos catarinenses. Posteriormente, representantes do governo do estado, agroindústrias e governo federal irão até o México para dar sequência às negociações. O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explicou que o fato de Santa Catarina ser o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação fez com que o mercado mexicano voltasse a atenção para os produtos catarinenses.

CARNETEC

INTERNACIONAL

Prazo para acordo comercial Mercosul-UE é agosto, diz ministro de Comércio Exterior

As negociações entre Mercosul e União Europeia estão avançadas e um acordo está prestes a acontecer, disse nessa sexta-feira o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, alertando que o prazo limite para que um pacto seja firmado é agosto

O Ministro ressaltou que no começo de julho haverá mais rodadas técnicas entre representantes dos dois blocos para avançar mais em pontos que ainda não foram totalmente concluídos. Ele citou como exemplos discussões geográficas, definição do critério de origem dos produtos, transporte marítimo das mercadorias que serão transacionadas pelas partes e indústria automotiva. “Meu deadline é até agosto para o acordo político”, afirmou Lima. Segundo ele, se o acordo for fechado e anunciado até agosto, a redação técnica do pacto comercial levará alguns meses e só deve ser concluída no fim do ano. A perspectiva é que os termos do acordo só sejam aprovados na próxima legislatura, ou seja, pelo Congresso que será eleito este ano. Mas as eleições no Brasil e em países da Europa, que também enfrentam outros desafios internos, são potenciais obstáculos à conclusão das negociações. “Salvo se a comunidade europeia não quiser, sai o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia”, disse Lima, sem entrar em detalhes sobre o acordo que está sendo costurado entre os blocos. O Ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, deu um tom menos otimista para o resultado do acordo. Segundo ele, não se deve esperar um pacto comercial muito ambicioso. Nunes afirmou que o acordo deve ter bases similares às parcerias comerciais firmadas entre a UE e países como Canadá, México e Japão. O Ministro ainda ressaltou que o bloco europeu reúne muitos países, o que torna o fechamento do acordo mais complexo.

Redação Reuters

EUA: em maio, foram alojados 11,6 milhões de cabeças em confinamento

O número de bovinos confinados nos Estados Unidos para estabelecimentos de engorda com capacidade de 1.000 ou mais cabeças totalizou 11,6 milhões de cabeças em primeiro de junho de 2018, 4% a mais que em 2017, de acordo com o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (NASS/USDA)

As colocações de animais em confinamento durante maio foram de 2,12 milhões de cabeças, levemente acima que no mesmo período do ano anterior.  As colocações líquidas foram de 2,05 milhões de cabeças. A comercialização de boi gordo em maio totalizou 2,06 milhões de cabeças, 5% a mais que em 2017. Outras saídas totalizaram 73.000 cabeças durante dezembro, 4% a mais do que em 2017.

USDA

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