CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 741 DE 30 DE ABRIL DE 2018

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Ano 4 | nº 741 | 30 de abril de 2018

NOTÍCIAS

Prazo de adesão ao Refis do Funrural é prorrogado

Presidente Michel Temer assinou medida provisória estendendo a data final do programa de regularização de débitos para 30 de maio

O Presidente Michel Temer assinou na sexta-feira, 27, medida provisória (MP) prorrogando para 30 de maio o prazo de adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural. O programa visa renegociar dívidas com o Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural). A MP será publicada nesta segunda-feira, 30, quando se encerraria o prazo para adesão. Criado em meio a um impasse judicial quanto à legalidade da cobrança do Funrural, o programa prevê o pagamento imediato de uma alíquota de 2,5% do valor da dívida em até duas parcelas iguais, mensais e sucessivas. O restante do débito poderá ser parcelado em até 176 vezes, com mais 60 meses para quitação total, caso o montante ainda não tenha sido liquidado. 

Agência Brasil

Câmara vota na quarta urgência do projeto que acaba com passivo do Funrural

A Câmara dos Deputados vota, na próxima quarta-feira (2), a urgência do projeto de lei do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) que acaba com o passivo do Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural) referente ao período 2010-2017. O dia da votação foi comunicado pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesse sábado (28), ao parlamentar gaúcho

“Amigos e amigas, acabo de receber uma mensagem do Presidente Rodrigo Maia confirmando para a próxima quarta-feira a votação da urgência do PL 9252/17”, informou Jerônimo, por meio de aplicativo, a um grupo de lideranças do setor agropecuário. Ao participar da abertura da 84ª ExpoZebu, em Uberaba (MG), também nesse sábado (28), Maia falou sobre a votação: “Podemos aprovar a urgência desse projeto do Funrural esperando que a Câmara não precise votar essa matéria se Supremo garantir a segurança jurídica no dia 17 [de maio], quando vota os embargos.” Os embargos declaratórios foram ajuizados pela Andaterra (Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra) e mais sete entidades do agro para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de março de 2017, quando declarou constitucional a cobrança da contribuição do Funrural. No entanto, o STF havia julgado o tributo inconstitucional em 2010 e 2011. Baseados nesses dois julgamentos, muitos produtores deixaram de recolher a contribuição, disse recentemente ao AGROemDIA o Presidente da Andaterra, Sérgio Pitt. Por isso, afirmou, os produtores não reconhecem a dívida e cobram segurança jurídica do STF. No último dia 4 de abril, cerca de 7 mil agropecuaristas participaram, em Brasília, do Manifesto Abril Verde e Amarelo para pedir à Corte rapidez na análise do recurso. A Andaterra e as mais de 300 entidades do setor que promoveram o ato já articulam outra manifestação na capital federal para os próximos dias.

AGROemDIA

Final de safra e queda de preços no mercado do boi

Movimento sazonal de diminuição das chuvas reduz a capacidade de suporte das pastagens, o que corrobora com o aumento da entrega de bovinos terminados

A partir do momento que as indústrias conseguem comprar matéria-prima com mais tranquilidade e preencher as escalas de abate, é observada pressão de baixa. No fechamento do mercado do boi gordo da última sexta-feira (27/4), doze recuos para arroba, considerando a referência à vista. Na média de todas as praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, a referência para o boi gordo encerrou a última semana com queda de 0,8%. Para a semana atual, dois fatores podem colaborar com o aumento da venda de carne: feriado do Dia do Trabalho (1/5) e início do mês. Sendo assim, ajustes positivos podem continuar acontecendo no varejo, contudo, a ampla disponibilidade de boiadas pode não dar espaço para firmeza da arroba.

Scot Consultoria

Indústria ajusta compra de bois diante da competição de aves/suínos e carne estabiliza no atacado; ainda tem gado retido

Semana fechou a R$ 142/@ em SP, para descontar, e com pecuaristas voltando a travar entregas, junto com a indústria. Escala de 3,85 dias úteis. Semana com praticamente dois dias sem negócios não deverá ter novidades

Com mais ofertas de aves e suínos no mercado interno, as indústrias frigoríficas estão ajustando as compras de bois gordos e houve uma queda dos preços no atacado nos últimos trinta dias. Porém, na última semana os preços da carne estão se mantendo mais estáveis. Segundo o analista da Radar Investimentos, Douglas Coelho, desde semana passada os frigoríficos estão limitando as máximas de pagamento, sendo que nesta quarta-feira os negócios começaram a travar. “Os pecuaristas ficaram mais atentos a essas quedas. Hoje, trabalhamos com preços ao redor de R$ 142,00/@ à vista, bruto, no estado de São Paulo”, afirma. Com a semana curta em função do feriado, a média das escalas de abate no estado está em 3,85 dias úteis. “A próxima semana é mais curta e o produtor não vai querer negociar em plena segunda-feira e vai começar a olhar para o mercado na próxima quarta-feira e o atacado vai buscar por produto para atender a demanda para a comemoração do dia das mães”, ressalta. Contudo, ainda tem pecuaristas em determinadas regiões que estão mantendo os animais nos pastos em função das boas condições climáticas. “Esse ano tem sido relativamente mais calmo se comparada às outras temporadas, por isso é natural que o pecuarista trabalhe mais cauteloso”, diz o analista.

NOTÍCIAS AGRÍCOLAS

Com Santos liberado, exportação de gado vivo aumenta

O Brasil deverá exportar 650 mil bois vivos neste ano. Se as estimativas se confirmarem, as vendas externas brasileiras de animais voltarão aos melhores patamares anuais, atingido os números de 2013 e de 2014.

As expectativas são de Bruno Lucchi, Superintendente Técnico da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Essa meta fica mais plausível porque o porto de Santos volta a ser um canal de exportação. Lei municipal, que impedia o trânsito e exportação de animais vivos pela cidade, foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na terça-feira (24). Lucchi, da CNA, entidade que pediu a suspensão da lei municipal que impedia o acesso do gado vivo ao porto, diz que “o país segue regras internacionais e não podem ser criados precedentes nessa atividade”. As exportações brasileiras deste ano crescem muito, e a participação do porto de Santos também. De janeiro a março foram exportados 143 mil animais, e 17,5% saíram por Santos. No ano passado, a participação do porto era de apenas 6,6%. Em 2018, o Brasil não tem mais o grande parceiro importador de há alguns anos, a Venezuela. Em 2014, dos 252 mil animais que saíram das fronteiras brasileiras nos três primeiros meses do ano, 208 mil foram comprados pelos venezuelanos. A crise econômica se acentuou no país vizinho e, no primeiro trimestre deste ano, a Venezuela não fez importações de gado no Brasil. O grande parceiro agora é a Turquia, que ficou com 103 mil dos animais exportados no primeiro trimestre do ano. O Líbano vem a seguir, com 17,5 mil animais. Para Lucchi, existe uma discussão sobre a exportação de gado vivo, sobre o fato de não agregar valor. “Há, porém, espaço para tudo”, diz ele. O Brasil deve atuar em todas as pontas da cadeia. “Manter uma estratégia de agregar valor, mas não sufocar as outras formas de exportação.” Essa política de abrir várias frentes de exportação é importante neste momento porque a Rússia fechou a importação de carne suína e a União Europeia aumentou as barreiras para o frango brasileiro. O resultado de tudo isso é uma queda de preços internos, que chega também à carne bovina. Para o Superintendente da CNA, tudo isso ocorre em um momento de produção elevada de proteínas, milho em alta e preços da carne em baixa. O cenário para os próximos meses também não é favorável. Os países importadores tomam como base essas barreiras para reduzir preços nos contratos que serão assinados pela frente, afirma Lucchi.

Folha de São Paulo

Novacki lidera Missão ao Canadá

O Secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, chefia a delegação brasileira que estará em Toronto e Montreal, Canadá, entre os dias 30 de abril e 5 de maio, em negociações para obter a liberação das exportações brasileiras de carne bovina e para participar da abertura da feira SIAL Canadá 2018

A feira é o principal evento da indústria de alimentos canadense e a porta de entrada para os produtos agropecuários do Brasil na América do Norte. Serão cerca de mil expositores de aproximadamente 50 países. O objetivo da missão brasileira é diversificar a pauta de exportação que está concentrada em poucos itens e expandir para produtos de maior valor agregado. As vendas externas do agronegócio brasileiro representam menos de 10% da totalidade das exportações nacionais para o Canadá. Em 2017, as exportações agrícolas para a América do Norte somaram US$ 658 milhões e as carnes representaram 7,76% dessas vendas dominadas pelo setor sucroalcooleiro (59%) e o café, que responde por 20,87%. O Canadá é o país com a maior extensão territorial da América com 9,9 milhões de quilômetros quadrados, com taxa de crescimento de 2,5% (registrada no ano passado) e um Produto Interno Bruto (PIB) semelhante ao brasileiro, embora sua população seja de 36 milhões de habitantes, cerca de um sexto da brasileira. A balança comercial entre o Brasil e o Canadá é equilibrada, tanto no total comercializado quanto em produtos agrícolas. De olho no potencial desse mercado para os produtos agropecuários, em especial para a carne brasileira, a comitiva terá encontros bilaterais com autoridades canadenses, como o Secretário de Estado do Ministério da Agricultura canadense, Jean-Claude Poissant, e o Inspetor-Geral da Canadian Food Inspection Agency (CFIA), empresários, importadores, pesquisadores e representantes da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. Essas missões internacionais integram a estratégia do MAPA que tem a meta de saltar dos atuais 7% do comércio mundial do agronegócio para 10% em cinco anos baseada em garantias sanitárias, produtividade e conquista de novos mercados. As próximas missões do MAPA são na feira SIAL Xangai, na China, e a reunião geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), em Paris, quando o Brasil receberá o certificado de País livre de aftosa com vacinação, além de Austrália e Nova Zelândia, que serão chefiadas pelo Ministro Blairo Maggi. Novacki irá a missões na Argélia, no Egito e nos Estados Unidos.

MAPA

EMPRESAS

Após eleição do conselho da BRF, Petros e Previ saem de cena

Ativos no processo de destituição do conselho de administração da BRF, os fundos de pensão Petros e Previ agora sairão de cena, disse o Presidente da Previ, Gueitiro Genso

Em entrevista coletiva concedida por ele e pelo Presidente da Petros, Walter Mendes, as fundações enfatizaram que caberá ao novo conselho de administração da BRF, que foi eleito no dia 26, definir a estratégia para a recuperação da companhia. “Não temos nenhuma intenção de intervir na empresa”, afirmou Mendes. De acordo com o Presidente da Previ, as fundações acompanharão a BRF como acionistas, cobrando resultados. Mendes e Gueitiro evitaram mencionar um prazo para a recuperação da BRF, mas demonstram confiança com a empresa no longo prazo. Nesse sentido, os dois afirmaram que o objetivo da mudança do conselho não é conseguir um aumento do preço das ações da BRF para depois se desfazer delas. A Previ não vai se desfazer de ações da BRF no curto prazo, disse Gueitiro. Além disso, ele acrescentou, o fundo de pensão não tem obrigações legais ou de política interna para reduzir a participação de 11% que hoje possui na BRF. “O tamanho da participação em BRF está de bom tamanho”. Em tom semelhante, o Presidente da Petros, que também possui 11% das ações da BRF, afirmou que o fundo de pensão já reduziu sua participação a renda variável no ano passado. Por isso, a Petros agora tem “flexibilidade”. Mendes afirmou que a Petros também acredita no negócio da BRF no longo prazo. “Ficamos muito confortáveis em ter uma participação relevante na BRF. A participação que temos de 11% não é um problema. A gente convive bem com isso”, afirmou Mendes.

VALOR ECONÔMICO

INTERNACIONAL

UE procura expandir o acesso à carne bovina dos EUA

A União Europeia (UE) está buscando expandir o acesso à carne bovina dos Estados Unidos, um movimento que coincide com as negociações intergovernamentais destinadas a conter uma guerra comercial

Uma consulta realizada pela Comissão Europeia mostra o trabalho para um novo acordo, mas o órgão ainda tem que dizer quando apresentará um mandato para revisar a atual cota comercial para expandir o acesso à carne bovina dos EUA. A cota atual, estabelecida em 2009, dava aos EUA uma cota anual de quase 45.000 toneladas de carne livre de hormônios, sem impostos. No entanto, a UE forneceu a mesma cota a outros grandes países exportadores de carne bovina, como a Austrália e o Uruguai. Assim, com a “pizza” cortada de mais maneiras, a parte dos EUA agora representa apenas um terço dessa cota. Os EUA querem dois terços, o que significaria dobrar as exportações de carne bovina sob a cota para 30.000 toneladas por ano, segundo um relatório do Politico, citando duas fontes familiarizadas com as negociações. Em 2016, a indústria de carne bovina dos EUA solicitou que o Representante Comercial dos EUA interagisse com a Comissão Europeia sobre o assunto. “Entendemos que as negociações que foram realizadas entre os dois governos desde então avançaram bastante e esperamos que um acordo possa ser alcançado em breve”, disse Dan Halstrom, Presidente e CEO da Federação de Exportação de Carnes dos EUA. Os esforços da Europa para o comércio de carne bovina acontecem quando seus líderes visitam Washington nesta semana para tentar convencer o presidente Trump de impor tarifas aos produtores de aço e alumínio da UE que entrariam em vigor em 1º de maio. As duas iniciativas são consideradas não relacionadas, mas paralelas. No entanto, um alto funcionário da UE foi citado pelo Politico como chamando o momento de “uma coincidência muito conveniente de eventos”.

MeatingPlace.com

Copa do Mundo pode causar ruptura da oferta de carne

Medidas rigorosas de segurança deverão ser introduzidas pelas autoridades russas para a Copa do Mundo da FIFA, o que provavelmente trará instabilidade ao mercado doméstico de carne

As autoridades regionais foram instruídas a proibir o transporte de todas as substâncias químicas, biológicas, tóxicas, radioativas e explosivas num raio de 100 km dos estádios de futebol e de outras infraestruturas esportivas relevantes de 25 de maio a 25 de julho. As autoridades ainda não especificaram como exatamente as medidas de segurança seriam implementadas e quais bens afetaria. No entanto, existem fortes preocupações no mercado de que as restrições de transporte poderiam deixar cadeias de varejo sem carne, bem como plantas de processamento de carne sem matérias-primas. A Associação Russa de Empresas de Varejo, a Associação Nacional de Carnes (NMA) da Rússia e várias outras organizações das empresas do setor alimentício entraram com um apelo às autoridades das 11 regiões anfitriãs, pedindo para especificar as restrições de transporte planejadas. O presidente da NMA, Sergey Yushin, disse que, para avaliar o impacto dessas restrições no mercado de carnes em diferentes cidades, um estudo minucioso deve ser realizado, inclusive levando em conta a localização das principais instalações de comércio nessas cidades. “A NMA está confiante de que as autoridades regionais farão uma previsão detalhada sobre as consequências das restrições introduzidas e evitarão a séria inconveniência para os cidadãos e as perdas para os negócios”, disse Yushin. “De um jeito ou de outro, a carne não desaparecerá das lojas.” Há chances, no entanto, de que as restrições comerciais possam causar um efeito colateral, quando os problemas podem atingir os produtores de carne e depois agravar a cadeia de fornecimento, disse uma fonte do setor de varejo russo ao jornal local Kommersant. Ocorreu uma situação semelhante durante os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi, quando houve incidentes de alguns fornecedores tendo que quebrar as regras de segurança, tentando evitar perdas por deterioração de alimentos, de acordo com o Kommersant. Nesse caso, apenas uma cidade estava envolvida, enquanto agora as restrições de transporte afetariam 11 regiões, as principais cidades de Moscou e São Petersburgo e pelo menos uma rodovia federal. Um porta-voz de um produtor de carne russo que não quis ser identificado disse que a indústria da carne está preocupada com a falta de transparência das autoridades regionais sobre quando e como as restrições de transporte serão introduzidas. “Os negócios localizados nas principais regiões produtoras de carne, como, por exemplo, Oblast de Belgorod, temem que as medidas de segurança os apanhem de surpresa, pois não haverá tempo suficiente para ajustar os esquemas de fornecimento”, disse a fonte.

GlobalMeatNews.com

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