Ano 4 | nº 739 | 26 de abril de 2018
NOTÍCIAS
Final de safra embala queda de preço da arroba do boi
A cotação da arroba do boi gordo está pressionada
No fechamento da última quarta-feira (25/4), a cotação oscilou em onze praças pecuárias, com alta em duas e queda em nove (considerando o preço à vista). Na praça paulista a referência ficou estável em R$140,00/@, à vista, livre de Funrural, mas ofertas de compra abaixo da referência acontecem. A projeção para curto prazo é de que a melhora da disponibilidade de bovinos preencha com tranquilidade as escalas de abate, sinalizando um mercado com pouca firmeza.
SCOT CONSULTORIA
Exportação de carne bovina in natura pode chegar a 80,0 mil toneladas em abril
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a terceira semana de abril o Brasil exportou 57,3 mil toneladas de carne bovina in natura, com faturamento total de US$229,9 milhões
A média diária exportada foi de 3,8 mil toneladas. Caso o ritmo das exportações continue, o volume total exportado deverá ser de 80,2 mil toneladas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o volume deve ser 14,6% maior. Vale destacar, que nesse mesmo período em 2017, as exportações refletiam os resultados da operação Carne Fraca que resultou em embargos temporários dos compradores a espera de informações. Já em relação a março último, o volume total exportado poderá ser 33,9% menor.
SCOT CONSULTORIA
Arroba em queda em Mato Grosso
O preço da arroba tem sofrido baixas nas últimas semanas em Mato Grosso
De acordo com dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea-MT), na última quinta-feira, 19 de abril, a arroba do boi gordo ficou cotada a R$ 131,12, menor valor registrado em 2018. Em seu boletim semanal, a entidade destaca que entre as responsáveis pela queda está a piora nas condições de pastagem desde a segunda semana de abril, o que fez com que os pecuaristas enviassem mais animais para a linha de abate. “Com o fim do período chuvoso cada vez mais iminente, este panorama pode se manter no curto prazo”, concluiu a publicação.
Imea
Camex autoriza início de tratativas para abertura de contencioso na OMC
Votação foi unânime, atendendo proposta do Mapa que alega barreiras comerciais da União Europeia à exportação de carne de aves do Brasil. Maggi detalhou problema a ministros antes da reunião. Blairo Maggi encontrou-se com os ministros Aloysio Nunes e Marcos Jorge antes da reunião da Camex para detalhar problema com a UE
Os ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizaram por unanimidade o início das tratativas de abertura de contencioso junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) contestando barreiras impostas pela União Europeia à carne de frango brasileira. A proposta foi encaminhada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) depois que o bloco econômico decidiu embargar exportações alegando a presença de salmonella no produto. “A comunidade europeia argumenta com uma questão sanitária, mas se os frigoríficos brasileiros pagarem uma tarifa de 1.024 euros por tonelada e mandarem tudo como carne in natura, o produto entra na UE sem problemas sanitários”, informou o ministro Blairo Maggi. “Então não é uma questão de saúde. E é isso que nós vamos reclamar na OMC”, explicou. Pagando a tarifa extra cota, as exigências sanitárias quanto a salmonellas são reduzidas de 2600 tipos da bactéria para dois. O Ministro Blairo Maggi encontrou-se antes da reunião da Camex com os ministros de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, para esclarecer os problemas enfrentados com a UE. A UE impõe critérios microbiológicos diferentes para detecção e controle de Salmonella para carnes de aves in natura sem sal e carnes de aves in natura com sal. O critério aplicado à carne de aves sem sal restringe-se à detecção de apenas dois tipos de bactéria (S. Enteritidis e S. Typhimurium). Nas carnes de aves salgada e temperada (cruas), o critério é de detecção de Salmonella spp (qualquer um dos mais de 2.500 tipos da bactéria). Em função da semelhança existente entre os dois produtos de carne de aves (não submetidas a nenhum processo de preservação além do resfriamento ou o congelamento), o Mapa entende que a adoção de critérios tão distintos constitui barreira sanitária às importações e à comercialização, sobretudo em virtude da falta de comprovação ou evidência científica que sustente o tratamento diferenciado. A abertura de um painel acionando o Sistema de resolução de controvérsias na OMC proposto pelo Mapa visa fazer com que prevaleçam segurança e previsibilidade no sistema multilateral de comércio. Ainda na reunião desta quarta-feira (25) o Conselho de Ministro da Camex aprovou a criação de Grupo de Trabalho para harmonizar critérios de avaliação de risco de insumos agropecuários utilizados no Mercosul. A medida visa promover a competitividade do agronegócio na região, com base na harmonização de procedimentos regulatórios. O grupo abordará questões referentes aos custos de insumos agrícolas, como agroquímicos, máquinas, equipamentos agrícolas e peças. A facilitação do comércio na região é o objetivo principal do grupo de trabalho. A secretaria executiva da Camex delegou a coordenação do GT ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A primeira reunião deverá ser convocada ainda nesta semana.
MAPA
CNA consegue liminar no STF que permite produtor exportar carga viva pelo Porto de Santos
CNA obteve nesta terça (24) uma vitória no Supremo Tribunal Federal que irá permitir aos produtores rurais exportarem cargas vivas pelo porto de Santos/SP
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) obteve nesta terça (24) uma vitória no Supremo Tribunal Federal (STF) que irá permitir aos produtores rurais exportarem cargas vivas pelo porto de Santos (SP). A entidade havia entrado no STF com ação questionando uma lei municipal, publicada no último dia 19, que proibiu o trânsito de cargas vivas em Santos. Na ação, a CNA alegou que a lei é inconstitucional e cria “empecilhos desastrosos para o comércio exterior brasileiro, uma vez que proíbe o trânsito para a embarcação de carga viva em um dos maiores portos da América Latina”. “Essa decisão do Ministro Edson Fachin traz segurança jurídica para o setor agropecuário, na medida que garante amplo acesso do escoamento da produção dos produtores rurais brasileiros”, afirmou o chefe da Assessoria Jurídica da CNA, Rudy Maia Ferraz. Boa parte das exportações de gado vivo tem como destino países árabes que têm seus próprios métodos para abate, o que justifica a demanda de exportações de animais vivos pelo Brasil. A cidade tem o maior porto do país, responsável por boa parte das exportações da produção brasileira, mas a proibição do trânsito desse tipo de carga nas vias urbanas e de extensão urbana do município iria afetar o acesso aos terminais portuários. Na semana passada, o presidente da CNA, João Martins, alertou o prefeito do município sobre as consequências negativas da lei. “Qualquer medida que afete – ainda que minimamente – a cadeia de exportação já internamente implementada trará imensurável prejuízo e danos irreparáveis, tais como a quebra de produtores de bovinos de corte e o fechamento de empresas exportadoras”, disse Martins em ofício enviado ao prefeito.
CNA – CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL
Rabobank: Confira principais previsões para o mercado de carne bovina
O índice Rabobank Seven-Nation Beef subiu durante outubro e novembro, impulsionado por melhorias nos preços do gado nos Estados Unidos. A versão de 11 membros da Parceria Trans-Pacífico (TPP) deverá gerar ganhos para os países exportadores de carne bovina Austrália, Nova Zelândia, México e Canadá – através de tarifas reduzidas no principal importador mundial de carne bovina do Japão, além de tarifas reduzidas em países importadores menores como Chile, Vietnã e Peru. China abre mais mercado de carne bovina para o mundo
A China está permitindo mais importações de carne bovina e países importadores, intensificando a concorrência no mercado. O acesso à carne bovina resfriada foi concedido para a Argentina – o quarto país depois da Austrália, dos EUA e da Nova Zelândia a receber tal acesso. Em carne bovina congelada, a Bielorrússia obteve aprovação e duas instalações foram oficialmente credenciadas em janeiro. A China também assinou um protocolo para a importação de carne bovina da França e do Reino Unido, e provavelmente iniciará embarques nos próximos meses. Além disso, o primeiro carregamento de gado vivo do norte da Austrália – principal região de exportação de gado vivo – chegou em janeiro. Este barco é a indicação mais forte de que um comércio de gado vivo pode se tornar mais permanente. Uma nova proposta para permitir que os países do Mercosul enviem 99.000 toneladas de carne bovina para a UE com tarifas mais baixas foi apresentada como parte dessa longa discussão comercial. Este é um volume significativo, dado que as importações totais de carne bovina da UE nos últimos dois anos foram entre 204.000 toneladas e 270.000 toneladas. O Brasil, a Argentina e o Uruguai já são os principais fornecedores da UE (responsáveis por 63% do total das importações da UE) – o Brasil sozinho respondeu por 107.000 toneladas em 2017. Os negociadores do Mercosul estão aparentemente buscando um aumento, para 150.000 toneladas. Esse impasse pode prolongar ainda mais as discussões, que já correm o risco de atraso devido às eleições brasileiras. As previsões no final de 2017 foram de que a produção de carne bovina dos EUA vai crescer mais de 3%, ou um adicional de 360.000 toneladas. No início de 2018, com números atualizados de bovinos, condições favoráveis de mercado, e dado que grandes áreas dos EUA estão em seca, os aumentos de produção foram revistos em até cerca de 5%, ou cerca de 700.000 toneladas. O Rabobank estima que a produção brasileira de carne bovina aumentará em cerca de 5% durante 2018, reforçada por um número crescente de vacas que serão descartadas devido à queda dos preços dos bezerros. Depois de ter diminuído 8% durante o primeiro semestre de 2017, as exportações brasileiras de carne bovina se recuperaram e terminaram 2017 mais do que 9%, em volume, em relação a 2016. Além disso, os preços médios de exportação também aumentaram 4%. Hong Kong foi o principal destino em 2017, comprando mais de 350.000 toneladas de carne bovina do Brasil, um aumento de cerca de 25% em relação a 2016. A China foi o segundo maior comprador de carne bovina brasileira, importando mais de 210.000 toneladas: quase 30% mais do que em 2016. O PIB do Brasil deve aumentar entre 2% e 3% em 2018, o que, por sua vez, deve apoiar uma recuperação consistente do consumo doméstico de carne bovina. Alguma demanda adicional será mais do que bem-vinda, à medida que uma oferta adicional – estimada em cerca de 400.000 toneladas – deverá estar disponível em 2018, quando a produção total de carne bovina brasileira deverá ultrapassar 9,8 milhões de toneladas. Os frigoríficos se beneficiarão de maior produtividade e melhor utilização da capacidade resultando em custos fixos mais baixos em 2018. Do lado do produtor de gado, a maior disponibilidade de gado para engorda também deve resultar em menores custos. No entanto, o ritmo da recuperação do consumo local será fundamental na definição dos preços do gado vivo. Os impactos sazonais estão novamente impulsionando o mercado australiano. Com as condições mais secas entre janeiro e fevereiro, a demanda do produtor diminuiu e os preços caíram. As previsões do tempo não são muito fortes para as chuvas que poderiam reduzir a seca e que estimulariam a demanda de reabastecimento em Queensland. Assim, os preços podem continuar caindo no primeiro trimestre. O abate de bovinos em 2017 foi 2% menor que em 2016, com 7,2 milhões de cabeças. Os números foram mais fortes no segundo semestre do ano, com os abates sendo5% maior do que o período correspondente em 2016, ilustrando que a manutenção de ações para a reconstrução estava diminuindo e – à medida que o rebanho se reconstrói – mais animais chegaram ao mercado. As exportações em 2017 refletiram o aumento da produção, que subiu 3%, para 1,01 milhão de toneladas. As exportações de gado vivo (engorda e abate) em 2017 foram 22% menores do que em 2016, com 760.466 cabeças. As condições de seca em Queensland – que respondem por 40% do rebanho australiano – atrasarão o processo de reconstrução e limitarão o crescimento da produção até 2018. Na Nova Zelândia, o abastecimento interno mais apertado e a melhoria do retorno das exportações ajudarão a sustentar os preços do gado. No entanto, o fortalecimento do dólar neozelandês em relação ao dólar americano desde o início de dezembro (quase 6%) continua a criar ventos contrários para os processadores. Consequentemente, o Rabobank espera que os preços permaneçam relativamente estáveis nos próximos três meses. Os abates totais na Nova Zelândia nos primeiros três meses da temporada 2017/18 (out-dez) foram 15,5% maiores do mesmo período do ano passado. Desde dezembro, a maioria das principais regiões produtoras de gado tem recebido chuvas significativas, restaurando os níveis de ração e reduzindo a oferta de gado para os processadores. Embora os preços de abate tenham diminuído um pouco no trimestre, os preços permaneceram relativamente firmes, apesar do forte aumento da produção doméstica. A maior produção resultou em um aumento de 18% nas exportações no quarto trimestre de 2017. Combinado com fortes valores médios, o valor das exportações aumentou 29% em relação ao ano anterior. Estima-se que a oferta de carne bovina da UE aumente em 2018, devido a pequenos aumentos na produção e nas importações. Embora os preços na UE sejam variáveis, o Rabobank espera que os preços médios de 2018 sofram mais pressão. A produção de carne bovina estabilizou em 2017, após vários anos de expansão. A oferta total da UE para 2017 foi estimada em 26,5 milhões de cabeças, ou 7,8 milhões de toneladas, um pouco abaixo do nível recorde de 2016. As exportações e importações de carne bovina estavam perto do equilíbrio em 400.000 toneladas em 2017. Quase 75% das importações são provenientes da América do Sul e, em 2017, Argentina e Uruguai ganharam participação de mercado às custas do Brasil. As negociações comerciais UE-Mercosul poderiam levar a um aumento dessas importações. Além do comércio de carne bovina, as exportações de animais vivos aumentaram 7%, para 1 milhão de cabeças, em 2017. O consumo de carne bovina da UE vem caindo. No entanto, no sul da Europa – especialmente na Espanha e na Itália – o atual otimismo econômico sinaliza uma potencial demanda crescente por carne bovina. O mercado chinês de carne bovina teve um forte desempenho nos últimos trimestres. Isso é refletido pelos constantes preços ao produtor desde agosto. O preço de varejo da carne bovina também aumentou, em comparação com outras carnes. Em janeiro, o preço de varejo da carne bovina foi 2,5 vezes maior do que o da carne suína e 3,4 vezes maior do que o da carne de frango. Em janeiro de 2017, a diferença foi de 2,2 vezes e 3,3 vezes, respectivamente. A carne ovina, que é o substituto para a carne bovina, também registrou aumentos mais fortes nos preços nos últimos trimestres. Os baixos volumes de produção causados por dois anos de seca no norte da China sustentaram os fortes preços da carne bovina e ovina. Além disso, a saída de pequenos e médios produtores de leite, motivada pela falta de rentabilidade, também contribuiu para o declínio da oferta de gado. Dado o longo ciclo de produção, espera-se que a oferta local de carne bovina seja limitada durante 2018. Em 2017, as importações oficiais de carne bovina da China aumentaram em 20%, chegando a 695.000 toneladas. A competição entre exportadores sul-americanos tem sido intensa. O Uruguai superou o Brasil nos primeiros 11 meses, mas perdeu a primeira posição para o Brasil no último mês. Os dois países têm participações muito próximas nas importações totais da China em 2017, com o Brasil exportando 197.000 toneladas. A Argentina apresentou o maior crescimento, aumentando as exportações para a China em 66% em 2017. A Argentina terá mais oportunidades em 2018, agora foi aprovada pela China para fornecer carne fresca refrigerada. Em 2017, os EUA e a Nova Zelândia obtiveram acesso ao mercado chinês de carne resfriada, que anteriormente só era acessível à Austrália. Devido aos altos preços, as importações da Austrália diminuíram 14% em 2017. No entanto, a Nova Zelândia apresentou um forte crescimento e, como resultado, o total de importações de carne resfriada caiu apenas 4% em relação ao ano anterior. Devido à tendência de premiumização no mercado consumidor chinês, espera-se que as importações de carne resfriada aumentem em 2018. Os mercados de gado dos EUA iniciaram 2018 com otimismo cauteloso. 2017 terminou como o segundo ano mais rentável para os produtores de gado dos EUA – e, pelo menos para o primeiro trimestre de 2018, o impulso do mercado continua. A expansão mais lenta que o esperado em 2017 e a pesada carga inicial de gado confinado criam uma oferta mais apertada do que o esperado e uma perspectiva de mercado mais brilhante para o segundo semestre de 2018. Os preços do gado no acumulado do ano estão em, ou acima, dos níveis esperados, apoiados por uma continuação da demanda sólida tanto no mercado interno quanto no externo. Embora o tom do mercado tenha iniciado o ano com bases sólidas e continuação da lucratividade em todos os setores, há uma série de obstáculos potenciais que podem se tornar problemáticos à medida que o ano se desenrola. Em primeiro lugar na lista de preocupações estão as condições de seca. Atualmente, existem 27 estados que estão mostrando vários graus de estresse hídrico. A população de vacas desses 27 estados é 31,4 milhões de cabeças, 76% da população de bovinos dos EUA. Outras áreas que precisam de observação atenta são o risco de aumento dos pesos das carcaças. Atualmente, o número de animais confinados cresceu 8% em relação a um ano atrás. Devido à seca, as colocações nos confinamentos estão grandes e devem diminuir até o primeiro semestre do ano. O fornecimento de boi gordo para o primeiro semestre do ano está definido – mas com uma boa disponibilidade de grãos a preços muito atraentes, será extremamente importante evitar o excesso de peso das carcaças para manter a produção total de carne bovina em níveis administráveis. A outra incerteza no mercado são as incógnitas da política comercial dos EUA. As negociações do NAFTA estão em andamento, mas demoram para progredir. Ainda há discussão sobre a reabertura do KORUS, as tarifas ainda são um problema com o Japão e, houve comentários de que os EUA poderiam aderir ao TPP se as condições estivessem certas.
Rabobank
EMPRESAS
JBS pagará multa em Rondônia
A JBS fechou um acordo com o governo de Rondônia e pagará uma multa de quase R$ 270 milhões ao Estado
O pagamento será quitado em dez anos – em 120 parcelas mensais. A multa é um ressarcimento por crimes reconhecidos em delação pelos executivos da empresa. Em Rondônia, a JBS deu propina a políticos para pagar menos impostos. Diferentemente de outros casos nos quais a J&F Investimentos – holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista que controla a JBS – ficou responsável pelas multas, em Rondônia o montante será pago diretamente pela JBS. Isso ocorre porque os Estados não fizeram parte do acordo de leniência firmado pela J&F com o Ministério Público Federal (MPF). Essa não é a única investigação decorrente da delação premiada da JBS que pode gerar multas para a companhia. Também há investigações em curso em Mato Grosso do Sul. Além disso, a empresa brasileira também relatou irregularidades fiscais em Mato Grosso. “A JBS informa que o valor de R$ 267.511.586,01, acordado com o Estado de Rondônia, é relativo a pagamento de débitos fiscais provenientes de relatos apresentados no acordo de colaboração dos ex-executivos da J&F e JBS”, informou a empresa, em comunicado. A reportagem não localizou um representante do governo de Rondônia para comentar.
VALOR ECONÔMICO
Eleição de Conselho de Administração da BRF ocorrerá por chapa
A eleição do novo Conselho de Administração da BRF S.A., marcada para esta quinta-feira (26), ocorrerá por chapa, após a acionista Aberdeen Asset Management retirar pedido para que o processo fosse realizado por meio de voto múltiplo, informou a empresa em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na quarta-feira (25)
O voto múltiplo permitiria que cada membro do conselho fosse eleito separadamente. A retirada do pedido da Aberdeen por esse tipo de votação abre caminho para eleição da única chapa formada, que tem como candidato à presidência o atual Presidente da Petrobras, Pedro Parente. Os outros componentes da chapa são Augusto Marques da Cruz Filho, Dan Ioschpe, Flávia Buarque de Almeida, Francisco Petros Oliveira Lima Papathanasiadis, José Luiz Osório, Luiz Fernando Furlan, Roberto Antonio Mendes, Roberto Rodrigues e Walter Malieni Jr. A destituição do atual Conselho de Administração da BRF, que tem Abílio Diniz como presidente, foi pedida pelos acionistas e fundos de pensão Previ e Petros, após a companhia apresentar um prejuízo de R$ 1,1 bilhão no ano passado. Desde então, houve a apresentação de diversos indicados para a eleição do conselho, até os acionistas chegarem a um acordo quanto à chapa única.
CARNETEC
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