Ano 3 | nº 686 | 06 de fevereiro de 2018
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo especulado
Nesta segunda-feira (5/2) o mercado iniciou especulado
Na próxima semana, em função do feriado de Carnaval, os frigoríficos terão um período menor para negociar e certamente menos produtores no mercado. Nesta segunda-feira (5/2), parte dos compradores ficaram fora das compras. No mercado atacadista de carne bovina com osso a cotação ficou estável. O boi casado de animais castrados ficou cotado, em média, em R$8,96/kg.
SCOT CONSULTORIA
Mercado de reposição travado em MS
Nem mesmo a estabilidade do boi gordo em janeiro foi capaz de atrair compradores
Os pecuaristas estão com dificuldade para fechar os negócios envolvendo animais de reposição em Mato Grosso do Sul. O mercado do boi gordo não ganha força. No fechamento de janeiro, a cotação da arroba ficou estável, frente a dezembro. Este é o principal fator que não anima o mercado de reposição. Além desta falta de ímpeto dos compradores, a possibilidade de os vendedores segurarem os bovinos, com baixo custo, no pasto (em função da melhor qualidade das pastagens) prejudica o progresso das comercializações. Nos últimos trinta dias, a relação de troca teve poucas mudanças. O poder de compra do pecuarista caiu na troca com o boi magro (12@), garrote (9,5@) e bezerro de desmama (6@). As quedas foram de 0,4%, 0,1% e 0,6%, respectivamente. Já o poder de compra na troca com o bezerro (7,5@) aumentou 0,7%. Em curto prazo, a tendência é de que as referências no mercado de reposição permaneçam firmes e, se a cotação da arroba do boi gordo não reagir, o poder de compra do invernista e recriador pode continuar diminuindo.
Scot Consultoria
EMPRESAS
Masterboi faz parceria para melhorar qualidade dos bovinos que abate
O frigorífico Masterboi, sediado no Recife (PE), firmou uma parceria com o Grupo Adir, especializado em genérica bovina, para melhorar a qualidade do rebanho que abate
O objetivo da companhia é reduzir a idade média de abate dos bois para entre 18 e 20 meses. Atualmente, os bovinos abatidos no Brasil têm idade média de 32 meses, segundo estimativa da consultoria Agroconsult. De acordo com o Masterboi, o projeto prevê que 2 milhões de vacas serão inseminadas com a genética da raça nelore desenvolvida pelo Grupo Adir. A empresa não detalhou o prazo para atingir essa meta. Por ano, os frigoríficos do Masterboi abatem cerca de 500 mil cabeças de gado.
VALOR ECONÔMICO
JBS eleva capacidade de abate de unidade de bovinos em MT em 50%
A JBS elevará a capacidade de abate de bovinos na unidade de Barra do Garças (MT) em 50% com a criação de um segundo turno de trabalho, informou a empresa na segunda-feira (05)
A processadora de carnes pretende contratar 400 pessoas para trabalhar no segundo turno, que iniciará atividades em duas semanas. O processo de contratação continua em andamento e interessados em se candidatar devem entrar em contato com a unidade em Barra dos Garças, segundo a companhia. A unidade de Barra do Garças está em operação há 20 anos e tem habilitação para exportar aos “principais mercados importadores”, segundo a JBS, que opera 36 unidades de carne bovina no Brasil. A assessoria de imprensa da JBS disse à CarneTec que não revelaria o volume total de abates da unidade porque a informação é estratégica. Em janeiro, a JBS já tinha anunciado a reabertura da unidade de abate e desossa em Goiânia (GO), após um período de 90 dias fechada para reforma. Em dezembro do ano passado, a companhia também informou que elevaria a produção de charque, com investimento na planta de Santana do Parnaíba (SP).
CARNETEC
Marfrig estabelece parceria com a Nestlé
A brasileira Marfrig Global Foods, uma das maiores empresas de proteínas animais do mundo, fechou uma parceria com a Nestlé para ampliar seu portfólio de produtos prontos para consumo
Em nota, a Marfrig comunicou que passará a produzir e comercializar molhos prontos para carne e produtos à base de arroz em pouches e latas. A produção será na unidade do frigorífico em Pampeano, no Rio Grande do Sul. Com a parceria, a Marfrig tem a expectativa de conquistar mais mercado e, dessa forma, ampliar o faturamento mensal de sua operação de industrializados em cerca de R$ 3,3 milhões. Ao todo, a estimativa é comercializar mensalmente 100 toneladas de arroz processado e 100 toneladas de molhos, que também serão exportados – inicialmente para Europa, América do Norte e Caribe.
VALOR ECONÔMICO
Justiça libera exportação de animais vivos
A presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), desembargadora Cecília Marcondes, derrubou ontem a liminar que proibia todas as exportações brasileiras de animais vivos
A decisão atendeu a um recurso apresentado no último domingo pela Advogacia-Geral da União (AGU). “Determino a suspensão da liminar […] que impedia a exportação de animais vivos para abate no exterior em todo o território nacional, até o trânsito em julgado da ação civil pública”, escreveu Cecília Marcondes na decisão. A liminar que proibia as exportações de animais vivos do país foi proferida na última quinta-feira pelo juiz da 25ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Paulo, Djalma Moreira Gomes, após uma ação civil pública movida pela ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. O alvo da ação era um navio com 25 mil bovinos atracado no porto de Santos e que tinha como destino a Turquia. A carga pertence à Minerva Foods, maior exportadora de bois vivos do Brasil e terceira maior indústria de carne bovina. No pedido de suspensão da liminar, a AGU alegou que a proibição das exportações gerava grave lesão à ordem administrativa, à saúde e à economia pública. Em relação à saúde pública, o governo argumentou que os 25 mil bovinos não poderiam ser retirados do navio sem uma quarentena, sob o risco de introduzir um agente patógeno no Brasil, tendo em vista que o navio é estrangeiro e que animais são alimentados com ração do país de destino da embarcação. Na esfera econômica, a AGU ressaltou que a proibição afetaria o comércio internacional em um setor no qual o Brasil é protagonista. Conforme as informações prestadas pelo governo no recurso, as exportações de bois vivos rendem cerca de US$ 170 milhões por ano, por meio da exportação de 600 mil animais. “Não se pode impedir a exportação de animais destinados a abate no exterior, seja pela existência de normas a respeito do tema, seja por se tratar de modelo eleito pelo administrador e sobre o qual não se pode admitir, em princípio, ingerência do Poder Judiciário, sob pena de violar o indispensável e fundamental princípio da separação dos poderes”, apontou Cecília Marcondes. No domingo, a AGU já havia conseguido uma vitória parcial, com a decisão da desembargadora do TRF-3 Diva Malerbi que autorizou a saída do navio com os 25 mil bois do porto de Santos. Na decisão do domingo, porém, a desembargadora havia mantido a proibição às exportações de animais vivos.
VALOR ECONÔMICO
INTERNACIONAL
Incertezas comerciais podem prejudicar as exportações de carne bovina dos EUA
Incerteza comercial poderia prejudicar a capacidade dos EUA de capturar participação de mercado nos próximos anos, de acordo com um novo relatório da Knowledge Exchange Division do CoBank
O rebanho bovino dos Estados Unidos está crescendo, impulsionado pelos baixos custos de insumos, e também pela demanda de carne em todo o mundo. No entanto, cerca de 80% das exportações de carne são vendidas para países que poderiam ser afetados pelas negociações comerciais em curso. Os acordos comerciais negociados ou recentemente aprovados incluem a Parceria Transpacífica, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte e o Acordo de Livre Comércio entre os Estados Unidos e a Coreia (KORUS), e estão sendo renegociados ou os Estados Unidos abandonaram completamente o acordo. “A produção de carne bovina nos EUA está em alta, e os mercados de exportação nunca foram tão importantes”, disse Trevor Amen, analista da indústria do CoBank. “No entanto, os EUA estão ameaçando retirar-se de acordos comerciais importantes e os concorrentes exportadores de carne de bovino dos EUA estão fazendo seus próprios negócios com os principais importadores globais de carne bovina”. Japão, Coreia do Sul, México, Canadá e Hong Kong apresentam a lista dos países importadores de carne bovina dos Estados Unidos, que representam 83% de todas as exportações de carne americana. Desses parceiros comerciais, apenas Hong Kong não será afetado pelas negociações atuais. Os exportadores concorrentes que fazem parte da TPP ganharão acesso preferencial ao Japão, as exportações para o México e o Canadá correm risco com o NAFTA e o comércio de carne com a Coreia do Sul pode diminuir se KORUS for renegociado. Nova Zelândia, Austrália, Brasil e Argentina esperam aproveitar a reorganização comercial. Enquanto isso, os exportadores de carne dos Estados Unidos veem a China como uma oportunidade chave a longo prazo; no entanto, os requisitos comerciais atuais são inibidores de custos para a maioria dos exportadores dos EUA, e as tarifas dos Estados Unidos recentemente aplicadas sobre outros produtos chineses podem agravar o progresso comercial no curto prazo. Enquanto a produção de carne bovina dos EUA está aumentando, a produção também está aumentando no Brasil, na Argentina e na Austrália. O Brasil e a Argentina são prejudicados por maiores custos de transporte para os principais importadores de carne bovina, e os EUA ainda possuem uma vantagem na qualidade do produto em todos os três países. Mas, à medida que os acordos comerciais dos EUA estão em risco e os novos que excluem os EUA estão sendo negociados, o Brasil, a Argentina e a Austrália buscarão aproveitar o melhor acesso ao mercado.
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