Ano 3 | nº 685 | 05 de fevereiro de 2018
NOTÍCIAS
Cotação da arroba do boi gordo cai 0,5%
Na sexta-feira, houve frigoríficos com escalas confortáveis e com ofertas de compra a preços menores
Este cenário é observado com frequência, principalmente no estado de São Paulo. Na contramão, frigoríficos que não se prepararam para o incremento da demanda sazonal de início de mês deparam-se com ofertas restritas e têm que fazer ofertas de compra com ágio em relação às referências. Cenário visto hoje, principalmente em Minas Gerais. Apesar desses ajustes, o cenário predominante é de estabilidade. Na semana, a cotação média da arroba do boi gordo, considerando as praças pesquisadas pela Scot Consultoria, caiu 0,5%.
Scot Consultoria
Carga viva: liminar autoriza exportação dos 28 mil animais pelo porto de Santos
Em sua decisão, a Desembargadora Diva Malerbi determina a partida imediata do navio e afirma que a reversão do processo de embarque provocaria mais sofrimento e desgaste aos bois
A liberação da exportação vale para todo o território nacional. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região suspendeu na noite deste domingo, dia 4, a liminar que proibia a exportação dos 28 mil animais vivos do porto de Santos (SP). A decisão de barrar o embarque do gado havia sido tomada pelo juiz federal Djalma Moreira Gomes na última sexta-feira, dia 2. Na decisão da Desembargadora do TRF 3ª Região Diva Malerbi, o embarque de animais volta a ser autorizado em todo o território nacional. “Requer nos termos do artigo 1019, I, do Código do Processo Civil, “com vista à IMEDIATA SUSPENSÃO da r. decisão proferida pelo MM. Juízo Federal da 25ª Vara Federal Cível de São Paulo, em sede da ação civil pública n° 500325-94.2017.403.6135, para o afastamento da proibição da exportação de animais vivos para o abate no exterior, em todo o território nacional”. Pugna, ainda, pela concessão de efeito suspensivo “para sustar a r. decisão de primeira instância que impede com que o navio MV NADA inicie sua viagem, já estando devidamente carregado com mais de vinte e cinco mil animais vivos (gado) com destino à Turquia, suspendendo, ainda, a determinação de desembarque de tal contingente de animais do Porto de Santos e o retorno dos mesmos aos locais de origem”, diz o documento.
CANAL RURAL
Justiça libera saída de navio com bois no porto de Santos, diz Blairo
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, informou ao Valor que a Desembargadora do Tribunal Regional da 3ª Região (TRF 3) Diva Malerbi autorizou a partida do navio com cerca de 25 mil bois vivos que está atracado no porto de Santos e cujo destino é a Turquia
Apesar de ter autorizado a partida em razão da dificuldade de retirar os bois da embarcação, a desembargadora manteve a parte da decisão de primeira instância que proíbe todas as exportações de animais vivos. O governo ainda tenta reverter essa proibição. Na quinta-feira da semana passada, uma decisão de primeira instância da justiça federal havia proibido todas as exportações brasileiras de animais vivos. A medida, liminar, foi uma resposta a uma ação civil pública da ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. O juiz Federal Djalma Moreira Gomes, da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo, havia acatado a alegação de que o transporte marítimo de animais vivos caracteriza uma situação de maus-tratos, conferindo uma inconstitucionalidade no Brasil. O juiz também autorizou vistoria do navio para elaboração de laudo técnico, a fim de atestar as condições às quais os animais são submetidos. Com o navio impedido pela Justiça de partir, o mau cheiro se espalha nas proximidades do porto de Santos. Além disso, também há problemas de ordem fitossanitária, uma vez que os 25 mil bois não podem ser retirados da embarcação imediatamente. Segundo o Ministro, isso só poderia ocorrer após um período de quarentena, porque os animais estão se alimentando com ração do país de destino da exportação.
VALOR ECONÔMICO
Novacki lidera missão à Ásia e Oriente Médio em busca de novos mercados
Comércio Exterior
Comitiva brasileira será representada por membros do governo, entidades e empresas ligadas à agropecuária
O Secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Eumar Novacki, chefia uma missão brasileira à Ásia e Oriente Médio em busca de novos mercados e de consolidar a posição brasileira já conquistada nestas localidades. A delegação brasileira tem agendadas negociações bilaterais na Coreia do Sul, Cingapura, Indonésia, Malásia e Emirados Árabes Unidos, quando manterá reuniões com autoridades governamentais e lideranças empresariais destes países, entre os dias 4 e 16 de fevereiro próximo. Uma das maiores preocupações do Ministério é com a renda do produtor rural que vem caindo nos últimos anos, e por isso a importância de buscar negócios do outro lado do mundo. “Precisamos garantir a renda do nosso produtor para que ele continue produzindo e melhorando a sua produtividade. É necessário que a gente garanta mercado para os produtos de quem está na ponta da cadeia do agronegócio”, justificou Novacki. Desde que o Ministro Blairo Maggi assumiu a pasta da agricultura, há dois anos, o Ministério estabeleceu um plano para ampliar a participação brasileira no comércio exterior dos quase 7% atuais para 10% em um prazo de cinco anos. Esse salto, garantirá ao País uma injeção de US$ 30 bilhões por ano na economia brasileira, gerando emprego e renda. Para tanto, o Ministério tem intensificado as missões internacionais. Nesta missão, temas como a promoção comercial, sanidade animal e vegetal, investimentos, infraestrutura, importação e exportação de produtos e segurança alimentar farão partes dos debates da delegação nacional com os representantes daqueles países. A comitiva brasileira será composta por integrantes do MAPA, do executivo nacional, de governos estaduais e de representantes de empresas e entidades ligadas ao agronegócio.
Blairo Maggi já esteve na Europa neste ano. No ano passado, o Ministério da Agricultura organizou missões do agronegócio à União Europeia (Países Baixos, Bélgica, Alemanha, França, Polônia, Suiça, Itália e Espanha), países do Oriente Médio (Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Irã), Ásia Oriental (China), América do Sul (Peru e Bolívia), além dos Estados Unidos e Rússia. As comitivas foram chefiadas pelo Ministro Blairo Maggi e em outras vezes pelo Secretário-Executivo, Eumar Novacki, que se revezaram no papel de divulgar as qualidades dos produtos agropecuários brasileiros no exterior.
MAPA
INTERNACIONAL
Produção de carne sobe, e Argentina avança no mercado externo
O setor de carnes da Argentina, após o fim das intervenções do governo, começa a entrar nos trilhos. O país elevou o consumo interno, exporta mais e importa menos
Os dados mais recentes do Ministério da Agricultura da Argentina e de entidades privadas apontam aumento de consumo per capita em todos os segmentos. Os dados atuais mostram consumo anual de 59 quilos de carne bovina por pessoa, 44 de carne de frango e 14 de carne suína. O maior desempenho ocorreu no setor de suínos, cujo consumo era 36% menor que o atual há cinco anos. Somava apenas 9 quilos per capita. O consumo de carne bovina, após forte recuo nos últimos anos, devido à redução do rebanho, começa a se recuperar. Essa melhora no quadro de produção e de oferta de carnes na Argentina acaba afetando o Brasil, que tinha um bom mercado no país vizinho. Os argentinos, que já foram os principais exportadores mundiais de carne bovina, estão retornando ao mercado mundial com força. No ano passado, as vendas externas renderam US$ 1,3 bilhão, 24% mais do que em 2016. O volume exportado subiu para 208 mil toneladas, 33% mais. O país cresce em duas frentes. Ganha mercado na China e na Rússia, países que elevaram em 71% e em 51% as importações dessa proteína da Argentina em 2017. Os preços ficam próximos de US$ 4.000 por tonelada. Já o mercado europeu compra em quantidades menores, mas alguns países, como Alemanha e Holanda, chegam a pagar US$ 12 mil por tonelada.
Folha de São Paulo.
EUA: Antimicrobianos, carne falsa estão entre as prioridades políticas da NCBA
A Associação Nacional de Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (NCBA) divulgou suas prioridades políticas de 2018, que incluirão, pela primeira vez, um foco na proteção da indústria e dos consumidores de carne falsa e rotulagens de produtos enganosas, disse o grupo
Outra nova ênfase em 2018 será o uso de antimicrobianos – especificamente o objetivo de garantir a reautorização da Lei sobre taxas de uso de medicações animais (ADUFA) e continuar as etapas de ação da Task Force das Tecnologias Chave sobre antimicrobianos. Tal como no ano passado, a NCBA disse que trabalhará para garantir que a Farm Bill pendente inclua o financiamento total de um banco de vacinas contra a febre aftosa, proteja programas de conservação como o Programa de Incentivos à Qualidade Ambiental (EQIP) e evite políticas que prejudiquem o mercado como rotulagem obrigatória do país de origem (COOL). Os esforços de reforma regulatória do grupo voltarão a se concentrar em encontrar uma solução permanente para um mandato de dispositivos de registro eletrônico, modernizando a Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção e substituindo a regra 2015 Waters of the States (WOTUS). “Com a reforma tributária, as reversões regulatórias e o novo acesso ao mercado chinês, tivemos grandes vitórias em Washington no ano passado, mas não é hora de dar uma pausa, e 2018 promete uma mistura de desafios novos e familiares”, disse o presidente da NCBA, Kevin Kester, produtor da quinta geração da Califórnia. “Nós vamos continuar garantindo um acesso justo aos mercados estrangeiros, lutando contra a regulamentação desnecessária, garantindo que a Farm Bill atenda às nossas necessidades e garantindo que os consumidores tenham a capacidade de comprar uma fonte de proteína segura, saudável e rotulada adequadamente.”
MeatingPlace.com
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