Ano 3 | nº 590 | 31 de agosto de 2017
NOTÍCIAS
Oferta curta empurra mercado do boi gordo para cima
Mercado do boi gordo firme. Apesar dos ajustes de preços, ainda há negócios por R$1,00 ou R$2,00 por arroba acima da referência em quase todas as praças do país
A medida que a necessidade de compor escalas de determinada indústria, em determinado dia, é maior, ou aparecem lotes melhores, os compradores não hesitam em elevar os preços para não perder o negócio. Mas, de forma geral, as ofertas de compra de balcão estão alinhadas, o que mostra que não há nenhum frigorífico com facilidade na originação de matéria-prima. Em São Paulo, por exemplo, a diferença entre o maior e o menor preço ofertado foi de R$3,00/@na última quarta-feira (30/8). É a oferta que segue como propulsor deste movimento. É esperado que as vendas de carne melhorem no começo do próximo mês, com o pagamento de salários, já que até agora não há sinal de crescimento da demanda e isso tem contraído o resultado das indústrias. E, mantido este cenário, em algum momento isso pode impactar no mercado do boi gordo.
SCOT CONSULTORIA
Carne de frango ganha competitividade frente à carne bovina
Nos últimos trinta dias, a alta de 10,0% no preço do boi casado de animais castrados piorou a competitividade da carne bovina em relação a carcaça de frango que caiu 5,4% no atacado
Atualmente, a relação de troca entre o boi casado de animais castrados e a carcaça de frango no atacado está em 2,87. Isso que significa que com um quilo da proteína bovina é possível adquirir 2,87 quilos de carcaça de frango. Quando comparado com o início do mês, quando se comprava 2,47 quilos de frango com um quilo de carne bovina, esta relação aumentou. Ou seja, em agosto, foi possível comprar 16,2% mais carne de frango com o valor de um quilo de carne bovina.
SCOT CONSULTORIA
Bancada ruralista quer perdão de dívidas de produtores com o Funrural
A dívida total dos produtores com o Funrural é de R$ 34,1 bilhões, segundo dados fornecidos pela Receita Federal
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pede ao governo que “colabore” com a promulgação do projeto de Resolução do Senado (PRS) que na prática perdoa as dívidas de produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O presidente da frente, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), disse ter solicitado ao ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que o governo desista de recorrer à medida. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou o projeto da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) na semana passada, por 16 votos a um. Caso não haja recurso, a proposta tem caráter terminativo e segue diretamente para a promulgação. A iniciativa é uma reação da bancada ruralista à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou a cobrança do Funrural – uma espécie de contribuição previdenciária – constitucional para as pessoas físicas. Como muitos produtores não vinham fazendo o recolhimento do dinheiro, isso levou a um passivo bilionário e que agora precisa ser quitado. A dívida total dos produtores com o Funrural é de R$ 34,1 bilhões, segundo dados fornecidos pela Receita Federal. “Garantimos votos para a aprovação do projeto da senadora Kátia porque acreditamos que poderá ser uma nova alternativa sobre o passivo que está deixando todo mundo de cabelo em pé, pela quantidade de dívida que gerou a decisão do Supremo”, disse Leitão. No caso das dívidas de pessoas físicas (R$ 17 bilhões), o governo editou um programa de parcelamento de débitos tributários, Refis, para que os devedores possam regularizar a situação. O prazo de adesão do programa vai até 29 de setembro. Diante do PRS aprovado, a FPA também pede o adiamento desse limite para o fim do ano.
Agência Estado
Servidores do Ministério da Agricultura são presos na Operação Vegas
O Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel, disse na quarta-feira (30) ao Valor que cinco servidores da pasta que atuavam em Tocantins foram presos pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Vegas, deflagrada ontem
A operação apura um suposto esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos e laticínios do Estado. Quem responde interinamente pelo ministério hoje é o Secretário-Executivo, Eumar Novacki. Mas ele está em São José do Rio Preto (SP), em um congresso de municípios do Estado, e segue à tarde para a feira agropecuária Expointer, em Esteio (RS), e não deve retornar a Brasília. O Ministro Blairo Maggi também está fora — viajou na terça (29) à noite para a China, onde se encontrará com o Presidente Michel Temer, e participará do encontro dos BRICS. Na ausência deles, o corregedor do ministério, Luciano Inácio da Silva, é quem está à frente do assunto, mas ainda não se pronunciou a respeito. Além dos cinco servidores (fiscais agropecuários e agentes de inspeção), outras 18 pessoas, entre médicos veterinários que são fiscais estaduais de Tocantins conveniados e estavam cedidos ao Ministério da Agricultura, e funcionários das empresas foram presos. A PF informou que a Vegas é um desdobramento de outra operação, a Lucas, deflagrada em maio, e que também investiga o mesmo esquema de corrupção em Tocantins. À época, a ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Estado, Adriana Carla Floresta, e familiares foram presos, pelo suposto recebimento de propinas de um frigorífico da Minerva, três frigoríficos locais e uma fábrica de gelatinas. Cerca de 115 policiais federais cumprem 51 mandados judiciais, sendo uma prisão preventiva, dez prisões temporárias, 12 mandados de condução coercitiva e 28 mandados de busca e apreensão no Maranhão, em Minas Gerais e nos municípios tocantinenses de Araguaína, Gurupi, Palmas e Paraíso do Tocantins. O fiscal agropecuário, Heleno Guimarães, que trabalha na superintendência regional do Ministério em Tocantins e fez a denúncia que culminou com a Operação Lucas, informou ao Valor que, entre os servidores envolvidos, dois fiscais foram presos (um temporariamente e outro preventivamente) e um conduzido coercitivamente para depor na delegacia da PF em Palmas. Segundo Guimarães, a PF já investiga mais de 300 processos administrativos referentes a fiscalizações da superintendência do ministério em Tocantins, que supostamente contêm irregularidades envolvendo a inspeção de frigoríficos. As investigações da PF apuram possíveis multas não aplicadas aos estabelecimentos, outras retardadas e até multas aplicadas em valores muito inferiores aos previstos na legislação. “Esses problemas todos acontecem por ingerência política. O Ministério da Agricultura tem conhecimento, mas não toma as providências necessárias e ainda faz vista grossa, então precisamos denunciar direto para a PF”, disse Guimarães. Em nota, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) afirmou que apoia a Operação Vegas e defende a punição dos culpados, “caso fique comprovada prática de atos ilícitos após investigação”.
VALOR ECONÔMICO
MT: indústria frigorífica começa a sentir os reflexos da seca
Pressão na indústria: Depois de sete meses mais tranquilos para realizar compra, conseguindo alongar bem suas escalas, a indústria frigorífica começa a sentir os reflexos da seca
A média da escala de abate dos frigoríficos atingiu no mês de ago/17 (média até o dia 25/08) o menor valor do ano, chegando a 6,16 dias. Vale ressaltar que no dia 23/08/17 esta atingiu 5,32 dias. A dificuldade em completar escala tem pressionado as indústrias a oferecerem melhores preços aos produtores, e desta forma o boi gordo à vista tem galgado consecutivas valorizações nas últimas semanas, voltando ao patamar dos R$ 123,00/@, fato que não acontecia desde o dia 25/05/17. Como a seca não deve dar trégua até o início de outubro e as entregas do segundo giro do confinamento se concentram após o mês de setembro, uma lacuna de oferta se abre no mês de setembro e tal fato pode indicar mais poder de barganha para o pecuarista negociar melhores preços.
- Os preços do boi e da vaca continuam exibindo valorização, e nesta semana, o maior aumento deste ano, registrando alta de 2,60% na arroba do macho, cotado a R$ 122,04 e 2,30% na fêmea, cotada a R$ 115,22.
- Com uma significativa redução na oferta de animais, os frigoríficos sentiram certa dificuldade na compra, reduzindo assim a escala de abate para 5,67 dias.
- O diferencial de base MT–SP continuou em queda nesta semana, em decorrência dos preços se valorizando mais em São Paulo, fechando com -0,84p.p. em relação à semana passada.
- Com a valorização dos cortes com osso no atacado, os equivalentes continuam em alta, com maior aumento no equivalente físico, 1,34% a mais se comparado ao da semana passada, finalizando com média de R$ 119,98/@.
A RETOMADA: Depois de uma grande “tempestade” na arroba do boi nos últimos meses, o mercado futuro indica uma melhora. Como vislumbra-se no gráfico ao lado, a expectativa é de valorização após jul/17, uma vez que o referido mês registrou o menor valor cotado em 2017 (até agora), R$ 115,54/@.
Para os próximos seis meses, a BM&F/Bovespa demonstra uma reação nas cotações do boi gordo. E isto já pode ser percebido no mercado físico, visto que os preços disponíveis em meados de agosto já “cumprem” com essa expectativa, chegando a ser cotado a R$ 123,02/@ no dia 25/08/17, valor 6,47% maior que a média de jul/17. Apesar da melhora, ainda não se pode chamar de “recuperação plena”, dado que esta perspectiva aponta preços em média 4,36% menores dos cotados no mesmo período de 2016. Além disso, vale ressaltar que o mercado futuro é muito volátil, e caso queira “garantir” tais preços, o pecuarista deve atuar nele.
Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea)
Nova operação da PF em Tocantins implica Minerva
A Minerva Foods, terceira maior indústria de carne bovina do Brasil, pagou ‘mensalinho’ de R$ 1 mil a R$ 8 mil a fiscais agropecuários e agentes sanitários de Tocantins. O caso veio a público ontem com a deflagração da Operação Vegas pela Polícia Federal (PF)
Os investigadores apuram um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos no Estado, à semelhança do que ocorreu com a Operação Carne Fraca – esta concentrada no Paraná. Em reação, o Ministério da Agricultura anunciou a suspensão temporária das exportações e a interdição de unidade da Minerva em Araguaína (TO), dos frigoríficos do LKJ e Boi Brasil e da fábrica de gelatinas da Gelnex. As revelações da Operação Vegas – desdobramento da Operação Lucas deflagrada em maio – são mais uma evidência das fragilidades do Sistema de Inspeção Federal (SIF), que teve sua credibilidade abalada após a Carne Fraca em março, e posteriormente, em julho, com a delação dos controladores da JBS, a primeira companhia a admitir que pagava mesadas a fiscais federais. Em muitos casos, os pagamentos a fiscais eram feitos a título de “hora-extra”, prática comum há décadas no setor, mas que foi proibida pelo Ministério da Agricultura em 1991. Mas, geralmente os frigoríficos não funcionam só no horário comercial e não há fiscais em número suficiente para fazer o trabalho. Sendo assim, as horas-extras continuaram sendo pagas, só que ilegalmente. Em julho, o Secretário-Executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, admitiu em entrevista dada em Genebra que a mesada não se restringia à JBS. “Parece que eram várias empresas”, afirmou na ocasião. No caso da Minerva, as irregularidades foram levadas espontaneamente à PF em depoimento prestado pelo empresário Edvair Vilela de Queiroz, membro da família fundadora da Minerva e sócio da VDQ Holdings, veículo por meio do qual os Vilela de Queiroz têm 24,4% da empresa. Atualmente, Edvair Vilela de Queiroz não tem função executiva na Minerva. Em comunicado ao mercado, a Minerva informou que a investigação teve o apoio de “colaboradores da companhia” e que não há “indiciamento ou denúncia contra a companhia, ou contra diretores executivos, estatutários e/ou membros do conselho de administração”. Procurada, a empresa afirmou que não havia sido notificada sobre a interdição de sua planta em Araguaína. Autor da decisão que autorizou a deflagração da Operação Vegas, o juiz federal substituto de Palmas (TO), João Paulo Abe, citou trechos do depoimento de Edvair Vilela de Queiroz em que ele admite o pagamento, entre 2010 e 2016, de R$ 6 mil ao fiscal agropecuário federal Dagoberto Machado Prata, que teve a prisão preventiva decretada. Além do pagamento a Prata, que é suspeito de corromper a fiscalização no norte de Tocantins, a Minerva pagou mensalmente R$ 5 mil a Adriana Feitosa, ex-superintendente do Ministério da Agricultura em Tocantins que foi presa em maio, R$ 8 mil ao fiscal Orliomar da Cruz, além de pagamentos abaixo de R$ 3 mil mensais para três inspetores veterinários, um agente estadual e dois agentes municipais. Esses são os nomes citados nos trechos do depoimento que aparecem na decisão judicial. O Valor não teve acesso à íntegra do depoimento do empresário. Em relação à Minerva, não houve relatos de comprometimento da qualidade dos alimentos no frigorífico da empresa de Araguaína. Em um dos trechos do depoimento citado pelo juiz, Edvair Vilela de Queiroz afirmou que os pagamentos ao fiscal Dagoberto Prata visavam manter um “bom relacionamento”. No entanto, na decisão do juiz também consta que os pagamentos mensais poderiam ter “objetivo obter a constante liberação de produtos de origem animal independentemente da qualidade”. No caso de outras empresas implicadas, há relatos mais fortes sobre o comprometimento da qualidade. À Polícia Federal, a agente sanitária Irivone Siqueira afirmou que Dagoberto Prata autorizou que animais “contaminados pelo vírus da tuberculose, com infecção generalizada em seus linfonodos”, fossem abatidos no frigorífico LKJ (antigo Boi Forte). A proprietária da empresa, Lídia Maria de Sousa Lira, teve condução coercitiva decretada pelo juiz. Ao todo, a Operação Vegas cumpriu 51 mandados judiciais, sendo uma prisão preventiva, dez prisões temporárias, 12 mandados de condução coercitiva e 28 mandados de busca e apreensão. O Ministério da Agricultura informou que afastará os cinco servidores envolvidos.
VALOR ECONÔMICO
MAPA: Nota de esclarecimento
A respeito da Operação Vegas da Polícia Federal, deflagrada nesta quarta-feira (30/08/2017), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que foram adotadas as seguintes providências:
– Os quatro estabelecimentos, todos sediados no Tocantins, citados na Operação serão interditados e irão passar por auditorias com o objetivo de garantir a qualidade dos produtos;
– Os servidores do Mapa envolvidos na investigação serão afastados e investigados por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) junto à Corregedoria do Ministério. Quanto a servidores conveniados de governo estadual ou municipal, serão substituídos;
– O Mapa suspendeu as exportações dos estabelecimentos envolvidos: Minerva S.A., LKJ, Boi Brasil e Gelnex Indústria e Comércio Ltda.
– Desde março, o Ministério ampliou o controle sanitário em todo o país realizando um processo rigoroso de inspeção nas mais de 600 plantas autorizadas a realizar abates. Além disso, o Mapa está ampliando seu quadro de profissionais da área com novas contratações.
– Por fim, o Mapa está implementado programa de compliance e estimulando as empresas do setor a implementarem os seus próprios programas de controle, a exemplo do ministério.
MAPA
Minerva diz que colaborou com operação da PF que investiga servidores do Mapa
A Polícia Federal deflagrou a Operação Vegas na quarta-feira (30) para investigar crimes de corrupção envolvendo servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), frigoríficos e laticínios, informou por meio de nota
A PF esperava cumprir 51 mandados judiciais na quarta-feira, sendo uma prisão preventiva, dez prisões temporárias, 12 mandados de condução coercitiva e 28 mandados de busca e apreensão nos estados do Maranhão, Minas Gerais e nos municípios tocantinenses de Araguaína, Gurupi, Palmas e Paraíso do Tocantins. A Operação Vegas é a segunda fase da Operação Lucas, que foi iniciada após denúncia de que frigoríficos e empresas de laticínios fiscalizados teriam sido favorecidos em processos administrativos, por meio do retardamento na tramitação e anulação de multas. A Minerva S.A. informou em comunicado separado que a PF realizou “um procedimento decorrente” da Operação Lucas na cidade de Araguaína, que “contou com o apoio dos colaboradores da companhia”. A Minerva disse que não existe indiciamento ou denúncia contra a companhia ou seus colaboradores e que a unidade de Araguaína mantém suas atividades regulares.
CARNETEC
Confinamento: mercado futuro e valor dos insumos animam
Preço na bolsa trouxe de volta atratividade da operação; queda dos preços dos principais insumos facilitou a compra e reduziu os custos. Preço da arroba para outubro está em torno de R$ 140
O cenário para o confinamento ganhou novo ânimo a partir de meados de julho com a recuperação do vencimento outubro do boi gordo na B3. Em 21 de junho, o valor chegou ao mínimo de R$ 119,50 após o desenrolar da Operação Carne Fraca, da delação da JBS e da suspensão da importação de carne in natura pelos Estados Unidos. Este mês, gira em torno de R$ 140/@. “A operação, que antes entregava prejuízo, passou, não somente a ser positiva, mas a garantir margens interessantes ao confinador”, afirma o analista Alex Santos Lopes da Silva em nota no site da Scot Consultoria. Segundo ele, embora a cotação na bolsa tenha “destravado” a operação, boas oportunidades nas compras de insumos – principalmente os que compõem a dieta – também ajudaram o cenário. “Milho e farelo de soja atingiram os menores preços do ano, e ficaram, respectivamente, 42,7% e 21,5% mais baixos do que em agosto de 2016”. Os preços foram derrubados pelas safras recordes de soja e milho e as recentes notícias de que a produção nos Estados Unidos pode ficar acima do esperado. Mesmo considerando a queda no preço da arroba em relação à outubro de 2016 – cerca de 8,9% -, a relação para o confinador ainda fica favorável com a arroba fixada em R$ 140, já que é possível reduzir os custos com as baixas no milho e no farelo de soja. A relação de troca melhorou, mostram dados da Scot. A consultoria montou um comparativo entre o preço pago pelos ingredientes da dieta em agosto e o de venda da arroba quando este boi estiver pronto em outubro. Para visualizar a condição apresentada em agosto de 2017, eles compararam o resultado de anos anteriores, considerando a cotação do mercado físico do boi em outubro, ano a ano, de 2010 a 2016 e, para 2017, usaram o contrato futuro de outubro, cuja cotação estava em R$140. “Quem fixou o preço de venda em R$140,00/@, obterá receita suficiente pagar 5,4 sacas de milho, a melhor condição desde 2014. Além disso, com 7,66 arrobas vendidas será possível quitar uma dívida contraída com compra de uma tonelada de farelo de soja, o melhor poder de pagamento desde 2011”. Por isso, Silva conclui que embora a explosão dos preços da arroba na bolsa nos contratos de outubro e novembro, que saíram de R$119,00 em junho para mais de R$140,00 em agosto, chamem a atenção, não se pode ignorar que os insumos foram facilitadores para quem confinou ou confinará neste segundo giro. Em apresentação dos dados do Rally da Pecuária 2017, a Agroconsult projetou que o país tenha mais de 5 milhões de cabeças confinadas até o fim do ano. Para a consultoria, porém, ainda não é possível determinar se isso representa queda ou não em relação à 2016, pois os números do ano passado ainda não estão consolidados.
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