Ano 3 | nº 500| 25 de Abril de 2017
NOTÍCIAS
Exportações de carnes caem e custos se elevam em abril
Um mês depois da Operação Carne Fraca, efetuada pela Polícia Federal, os números de exportações de carnes “in natura” de abril vão apontar uma queda expressiva
Mas não é apenas a Operação Carne Fraca que dificulta a vida do setor. Pesa também a fraca economia. A queda das importações brasileiras faz com que menos contêineres venham ao país, dificultando o escoamento das exportações. À espera dos contêineres, a carne tem de ser armazenada, elevando os gastos. Mas os custos também vêm de fora. Vários países, entre eles grandes importadores, como Coreia do Sul, Rússia e México, passaram a fazer a vistoria de 100% das cargas importadas. Esses gastos de controle de verificação da qualidade da carne saem do bolso dos exportadores. O resultado desse cenário adverso respinga também sobre os agricultores. Para manter a competitividade da carne brasileira no mercado externo, o setor remunera menos produtores de grãos. “Passamos por momentos difíceis, quando todos perdemos. Mas as coisas, aos poucos, estão melhorando”, afirma Francisco Turra, Presidente-Executivo da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). Para sair da crise, “estamos fazendo uma arrumação”, diz ele. Um ponto positivo, segundo o executivo da associação, é que, passado o ímpeto inicial do consumidor brasileiro, houve recuperação no consumo de carne no país.
FOLHA DE SP
Funrural: Não regularização pode gerar multas de até 225% do tributo devido
A Receita Federal orienta os contribuintes com ações judiciais ou em curso para regularização dos débitos de forma a evitar o lançamento de multas
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, no dia 30/3/2017, o julgamento do Recurso Extraordinário (RE) nº 718.874, com repercussão geral, tendo os Ministros do STF decidido ser constitucional a contribuição previdenciária, conhecida como FUNRURAL, incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural dos empregadores, pessoas físicas, após a Emenda Constitucional nº 20/1998. A tese fixada no julgamento foi de que “e constitucional, formal e materialmente, a contribuição social do empregador rural, pessoa física, instituída pela Lei nº 10.256/2001, incidente sobre a receita bruta obtida com a comercialização da sua produção”. Considerando que o julgamento ocorreu em um Recurso Extraordinário com repercussão geral, a tese fixada será aplicada pelos demais tribunais e juízes de 1º grau.
NOTÍCIAS AGRÍCOLAS
Preços firmes no mercado do boi gordo
De maneira geral os negócios acontecem de forma lenta no mercado do boi gordo. As indústrias aguardam um posicionamento da oferta e demanda e os pecuaristas voltam aos poucos às negociações
Mesmo com a melhora na oferta de animais terminados nos últimos dias, o volume não foi suficiente para gerar pressão de baixa. As escalas continuam curtas e os preços firmes. Em São Paulo, a arroba do macho terminado ficou cotada em R$138,00, à vista, já descontado o Funrural nesta segunda-feira (24/4). Em relação ao início do mês esse valor é 1,3% maior. No estado as escalas de abate atendem em torno de quatro dias, tendo alguns casos de frigoríficos mais apertados. No mercado atacadista de carne com osso, o boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,61/kg, queda de 3,5% em relação ao mesmo período da semana passada.
SCOT CONSULTORIA
Mercado do sebo com preços estáveis na semana
A demanda pela gordura animal melhorou, entretanto, a oferta no mercado tem sido suficiente para atender a procura pelo produto e mantém os preços estáveis
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central o sebo está cotado em R$2,00/kg. Na comparação anual houve queda de 16,7%, aliás, esse é o menor patamar desde novembro de 2015, considerando preços nominais. No Rio Grande do Sul o produto está cotado em R$2,10/kg. Para o curto prazo a perspectiva é de que, com a demanda e oferta ajustadas, os preços sigam estáveis.
SCOT CONSULTORIA
Produtores deverão vacinar todo o rebanho bovino a partir de 1º de maio
A partir de 1º de maio os produtores mato-grossenses devem vacinar todo o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa
A partir de 1º de maio os produtores mato-grossenses devem vacinar todo o rebanho bovino e bubalino contra a febre aftosa. A primeira etapa de 2017 da campanha de vacinação contra a doença segue até o dia 31 de maio. Diferente dos últimos anos, nesta etapa todos os animais deverão ser vacinados pois o calendário foi invertido em 2016. Portanto, em maio serão vacinados os animais de mamando a caducando e em novembro os animais de 0 a 24 meses. “A alteração, aprovada pelo Ministério da Agricultura, atende ao pedido dos produtores de Mato Grosso, pois em maio as chuvas são menos frequentes do que em novembro, facilitando assim o manejo dos animais. Além disso, novembro é um mês em que os produtores que fazem Integração Lavoura-pecuária (ILP) estão semeando a soja e a vacinação de todo o rebanho gera mais trabalho do que em apenas nos animais jovens”, explica Antônio Carlos Carvalho de Sousa, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato). A febre aftosa é uma doença viral altamente infeciosa que acomete os animais biungulados. Sua ocorrência representa veto a mercados importantes e, consequentemente, prejuízos econômicos para o setor, por isso a importância de proteger o rebanho da doença por meio da vacinação. Os produtores também precisam fazer a comunicação da vacina e a atualização do rebanho junto ao Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) até o dia 10 de junho. De acordo com a Lei Nº 10.486, de 29 de dezembro de 2016, quem não respeitar o calendário de vacinação poderá ser penalizado com o pagamento de multas no valor de uma Unidade de Padrão Fiscal (UPF) por cabeça não vacinada.
FAMATO
Carne: Blairo Maggi visita quatro países no decorrer do mês de maio
Primeira viagem do ministro será para Riade, na Arábia Saudita, para participar de reunião com a Saudi Food and Drug Authority
O Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, fará uma série de viagens ao exterior durante o mês de maio para participar de eventos oficiais e também defender a qualidade da carne brasileira, sobretudo depois da operação Carne Fraca da Polícia Federal. Segundo despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), a primeira viagem de Maggi será para Riade, na Arábia Saudita, nos dias 7 a 10, para participar de reunião com a Saudi Food and Drug Authority. Depois, de 10 a 13, Maggi irá para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde terá reunião com autoridades do país. Nos dias seguintes, de 14 a 21, o ministro visitará três localidades chinesas – Hong Kong, Xangai e Pequim – para participar de reunião com o Centre for Food Safety of the Food and Environmental Hygiene Department, da abertura da Sial China e de reuniões com autoridades do país. O último destino de Maggi nessa rodada de visitas ao exterior será Bruxelas, na Bélgica, onde ficará até 24 de maio. Lá, o Ministro terá reunião com o Committee of Professional Agricultural Organisations e General Confederation of Agricultural Cooperatives in the European Union e reuniões com autoridades europeias da área de saúde e segurança do alimento.
CANAL RURAL
EMPRESAS
PM multa JBS em R$ 1 milhão após vazamento de amônia em Campo Grande
A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Mato Grosso do Sul multou a JBS em R$ 1 milhão por danos à saúde humana causados pelo vazamento de amônia ocorrido em unidade de Campo Grande no início do mês, informou a PMA em nota na segunda-feira (24)
A multa inicial é o primeiro passo de um processo administrativo que será julgado pelo Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o qual ainda poderá alterar o valor da penalidade após defesa da empresa. A multa referente à infração mencionada pode variar entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões, segundo a PMA. A PMA disse o vazamento provocou danos à saúde humana já que pessoas tiveram de ser atendidas em hospitais após o ocorrido.
Apesar da multa, os policiais ambientais visitaram a unidade da empresa em Campo Grande na segunda-feira e verificaram que a JBS tomou as medidas corretivas ao ambiente necessárias no local, como controle de contaminantes, atendendo aos requisitos da PMA após o vazamento. “A JBS informa que está analisando seu posicionamento com relação ao processo administrativo. A companhia ressalta que mantém padrões e processos de segurança e que, adicionalmente, já tomou todas as medidas adequadas no controle de contaminantes, reforçando seu compromisso com o bem-estar de seus colaboradores e comunidade”, informou a empresa em nota. A JBS tinha sido notificada a apresentar plano de tratamento de água residual utilizada na contenção do gás de amônia, além de relatório de controle de emissões atmosféricas e de todas as medidas de contingenciamento contra danos ambientais e à saúde dos funcionários.
CARNETEC
INTERNACIONAL
Aguerre confirma que Uruguai não deixará de vacinar contra a febre aftosa
Deveria ser fornecida certeza total de que a região está realmente fora de risco
“Enquanto eu for o ministro, o Uruguai não deixará de vacinar contra a febre aftosa”, disse o Ministro de Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do país, Tabaré Aguerre, ao ser consultado sobre a decisão do Brasil de remover gradualmente a vacinação a partir de 2018. Ele recordou que em 16 de maio de 2016, na reunião da Comissão Sul-americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa), realizada em Punta del Este, tinha dito claramente que quando o Uruguai fizer uma análise técnica “deveria ser fornecida certeza total de que a região está realmente fora de risco”. Além disso, nesse processo, deveriam ser cumpridas todas as etapas previstas pelo Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa. E, em terceiro lugar, em uma decisão política e não técnica, “temos que ter todos a certeza de que as situações de nossos países limítrofes, não somente em matéria de circulação viral, mas também, de segurança e confiança que nos fornecem seus serviços de controle, devem ser elementos importantes para que adotemos a decisão de deixar de vacinar”.
El Observador
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