CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 435 DE 17 DE JANEIRO DE 2017

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Ano 3 | nº 43517 de Janeiro de 2017

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo andando de lado na maioria das praças pesquisadas

Foi baixa a movimentação no mercado do boi gordo nesta segunda-feira (16/1)

Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria para o boi gordo, ocorreram alta em duas e queda em quatro. Aos poucos os pecuaristas estão voltando às negociações, melhorando a oferta de animais. Entretanto, os bovinos confinados estão escassos e os engordados em pasto ainda não têm aparecido com intensidade, o que limita a oferta. Em São Paulo, as programações de abate atendem, em média, cinco dias, mas existem casos de indústrias com escalas mais alongadas que oferecem até R$2,00/@ abaixo da referência. Em Araçatuba- SP, a arroba do animal terminado ficou cotada em R$150,00, à vista. No mercado atacadista de carne bovina com osso os preços ficaram estáveis. O boi casado de animais castrados ficou cotado em R$9,60/kg.

SCOT CONSULTORIA

Com crise, Brasil reduz importações de carnes

A importação brasileira caiu para 61 mil toneladas em 2016, com gastos de US$ 304 milhões

As exportações de carnes de 2016 não tiveram expansão de receitas e de volumes como em períodos anteriores. O país avançou, porém, para mercados de grande potencial e que podem garantir elevação da produção nacional. Mas, assim como as exportações perderam ritmo, as importações também caíram. Pressão da moeda norte-americana e renda menor dos consumidores brasileiros inibiram as compras externas. A importação brasileira caiu para 61 mil toneladas em 2016, com gastos de US$ 304 milhões. Há dois anos, o país importava 75 mil toneladas, com gastos de US$ 476 milhões, aponta a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A maior abertura do mercado brasileiro é para carnes bovinas desossadas frescas, refrigeradas ou congeladas. Os principais países fornecedores são os vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. A Austrália também está na lista, com o fornecimento de fígado bovino.

Folha de S. Paulo

Reformulado, programa ‘Precoce MS’ agrega valor e qualidade ao rebanho

Os frigoríficos credenciados passam a assumir o compromisso de disporem e utilizarem equipamentos de coleta/transmissão de dados e informações sobre a tipificação de animais em tempo real ao banco de dados do Estado, e também de procederem o pagamento de eventuais bonificações, por depósito bancário, na conta do beneficiário, em até três dias após o abate

Os ajustes técnicos, fiscais e de ordem legal realizados pelo governo do Estado na reformulação do programa Precoce MS, que substitui o Novilho Precoce lançado na década de 1990, buscam agregar, de forma voluntária, atributos de qualidade e consequentemente valor à cadeia produtiva da pecuária de Mato Grosso do Sul. Com lançamento em fevereiro, o Precoce MS aumenta a segurança no controle sanitário e eficiência do animal, valoriza o produtor que utiliza sistemas sustentáveis e oferece uma carne diferenciada ao mercado. Aumentar o desfrute do rebanho de corte, incentivando a eficiência e a eficácia do produtor rural, premiando com incentivo financeiro a qualidade do produto obtido e o nível do processo produtivo continuam sendo o mote do programa, do qual podem participar produtores rurais de Mato Grosso do Sul que atendam aos critérios exigidos. A informatização das fases de operacionalização, pelo governo do Estado, é uma importante ação que deve garantir maior transparência ao Precoce MS. As alterações técnicas e operacionais do programa, em discussão com o setor produtivo desde 2015, são a própria síntese da evolução da pecuária – do campo à mesa do consumidor -, nos últimos anos, explicou o Secretário Estadual de Produção e Agricultura Familiar (Sepaf), Fernando Mendes Lamas. O esforço conjunto do Estado e entidades representativas, como a Famasul e Embrapa, visa melhorar os níveis de produtividade, onde se configura produzir um animal de qualidade em menor espaço por hectare com bom acabamento. As mudanças repercutiram bem no meio produtivo, na opinião do empresário Sérgio Capuci, do grupo Naturafrig, com unidades em Rochedo e Nova Andradina. “Essa reformulação era necessária para acompanhar a evolução da pecuária, com critérios mais rigorosos que vão trazer benefícios a toda cadeia, gerando uma produção mais sustentável e profissionalizando o produtor”, disse Capuci. “A indústria também se ajustará para atender aos novos requisitos e quem ganha é o Estado com uma carne de qualidade”, completou. Fernando Lamas explicou que a avaliação técnica, a partir de agora, não se restringirá à melhoria do peso e da cobertura de gordura dos animais e maior uniformidade nos lotes.  Incluirá as boas práticas agropecuárias dentro do sistema de produção na propriedade, como a qualidade da pastagem, nível de conservação do solo, reserva legal, participação associativista do produtor e cumprimento das obrigações sociais e trabalhistas. Conforme as novas regras, o aumento da segurança no controle e na credibilidade dos processos de aferição de resultados de desempenho de estabelecimentos pecuários e dos produtos obtidos (animais), se dará através da cobrança de maior empenho e compromisso dos responsáveis técnicos pelos empreendimentos, com a utilização de instrumentos legais, como a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART’s), devidamente fiscalizados pelos conselhos de classe (Crea e CRMV). Os frigoríficos também assumem, integralmente, a função de classificação e tipificação de carcaças, tarefa anteriormente realizada pela Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Correio do Estado

Mercado de reposição em ritmo lento no começo de 2017 em Rondônia

Poucos têm sido os negócios efetivados até o momento no estado. Há expectativa que o mercado ganhe movimentação nas próximas semanas. Quanto às cotações, desde dezembro o cenário é de poucas mudanças. 

Na comparação anual, em Rondônia ocorreu comportamento atípico em relação à maioria dos estados pesquisados pela Scot Consultoria. No estado ocorreu valorização para todas as categorias, inclusive o boi gordo. Destaque para as categorias garrote e bezerro, ambas com valorizações consideráveis no período, de 10,5% e 7,2%, respectivamente. Já o boi gordo, que há um ano era negociado ao redor de R$123,00/@, a prazo, atualmente está cotado em R$127,00/@, o que representa valorização de 3,1%. Há um ano era possível adquirir 2,05 bezerros desmamados de 6@ com a venda de um boi gordo de 16,5@. Atualmente a relação de troca está em 2,10 animais, melhora de 2,4% no poder de compra.

SCOT CONSULTORIA

EMPRESAS

Empresas investigadas por suspeitas na Caixa receberam R$ 4,3 bilhões

Os procuradores entendem que havia um esquema organizado de crime na Caixa que atingia duas áreas: a de pessoas jurídicas, sob o comando de Geddel, e a do FI-FGTS, fundo com recursos do trabalhador que é gerido pela Caixa

No período em que o ex-ministro Geddel Vieira Lima ocupou o cargo de Vice-Presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, área responsável por financiamentos empresariais, foram liberados ao menos R$ 4,3 bilhões às principais empresas investigadas por suspeita de pagamento de propina na Operação Cui Bono?, deflagrada nesta sexta-feira, 13, pela Polícia Federal. Geddel ficou no posto de 2011 a 2013. Os valores estão registrados publicamente em diferentes documentos, como demonstrações contábeis e atas de reuniões de diretoria, das quatro maiores empresas investigadas pela PF: JBS e sua holding J&F, Bertin e Marfrig. Elas fazem parte do que o mercado chama de “campeões nacionais”, grupo beneficiado, nos governos do PT, com financiamento de bancos públicos para fazer fusões e aquisições e se tornarem líderes em seus setores. Os procuradores entendem que havia um esquema organizado de crime na Caixa que atingia duas áreas: a de pessoas jurídicas, sob o comando de Geddel, e a do FI-FGTS, fundo com recursos do trabalhador que é gerido pela Caixa. Quando Geddel estava na Caixa, o frigorífico JBS recebeu um financiamento de R$ 1,8 bilhão. Já sua holding, a J&F, recebeu R$ 500 milhões por meio de uma emissão de debêntures que foi totalmente adquirida pela Caixa. Na época, o mercado questionou os juros, considerados favoráveis à empresa. A área de infraestrutura do grupo Bertin contou ao menos com R$ 1,6 bilhão, liberado para as obras do Rodoanel de São Paulo. O Bertin já foi a maior exportadora de carnes do País e vendeu essa área para a JBS, numa operação que gerou controvérsia por causa de outro financiamento de banco público. Marfrig fez ao menos dois empréstimos na Caixa no período investigado, um de R$ 300 milhões e outro de R$ 50 milhões. A Marfrig também fez negócios com a JBS: vendeu para a rival a Seara e a irlandesa Moy Park. O valor recebido por essas empresas, via Caixa, chegaria a quase R$ 6 bilhões se levado em conta também os empréstimos do FI-FGTS. Esquemas com o fundo foram descritos na delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto e deflagraram a Operação Sépsis, em julho do ano passado. Um dos presos na Sépsis foi Lúcio Bolonha Funaro. Ele foi considerado peça chave no esquema do FI-FGTS e ressurgiu ontem, agora no esquema com financiamentos junto a instituição, ao lado do deputado cassado Eduardo Cunha e do próprio Geddel. Apesar de serem apontadas pelo Ministério Público Federal como suspeitas de envolvimento num esquema de pagamento de propinas para obter financiamentos na Caixa, as empresas citadas na Operação Cui Bono? ainda aguardam notificação oficial. Por meio de notas, elas informaram que não foram alvo da operação de diligência policial realizada ontem. Também afirmaram que os empréstimos firmados com a Caixa foram lícitos. A JBS declarou que “pauta suas relações na ética e profissionalismo e tem convicção da regularidade das suas práticas. A companhia ressalta ainda que sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade”. A J&F, holding que controla a JBS, fez a mesma ressalva, destacando que: “Todas as relações da J&F e de suas empresas com a Caixa foram feitas de maneira profissional, legal e transparente, a exemplo das práticas que adota com outros bancos públicos e instituições privadas. A companhia tem o máximo interesse no esclarecimento dos fatos que, por vezes, indevidamente colocam em dúvida a lisura de seus negócios”. A Marfrig declarou que seus financiamentos foram lícitos. “A Caixa ou seus fundos não são acionistas relevantes da companhia e esclarece que as operações com tal instituição sempre foram feitas em condições de mercado, com custos equivalentes aos dos bancos privados, com garantias reais e sem qualquer privilégio. Todas as operações contratadas durante o período apurado nas investigações foram liquidadas no prazo e condições, não restando, em relação a estas, débitos em aberto”.

O ESTADO DE SÃO PAULO

JBS visa elevar clientes participantes do Açougue Nota 10 em 15% no ano

As vendas de produtos de valor agregado (PVA) da JBS por meio do canal de vendas Açougue Nota 10 cresceram 10% em volume em 2016, e a empresa pretende elevar o número de clientes participantes deste programa em 15% neste ano, segundo informações divulgadas na segunda-feira (16)

O Açougue Nota 10 é um projeto da JBS lançado em 2001 que conta, atualmente, com 600 lojas participantes em 20 estados brasileiros e cerca de 130 redes supermercadistas. “O objetivo do Açougue Nota 10 é desenvolver um canal especial de vendas que fidelize lojas varejistas com soluções para açougues supermercadistas”, disse o Diretor Executivo de Vendas da JBS Carnes, Artêmio Listoni, em nota enviada pela companhia. “O nosso cliente opta por vender exclusivamente os produtos da JBS e recebe, em contrapartida, apoio em gestão, o que garante o estoque no volume e padrão corretos, com preço justo, evitando perdas e proporcionando melhorias nos resultados do estabelecimento”. Ao longo de 2016, a JBS desenvolveu novos produtos com marcas específicas que elevaram as alternativas para os consumidores finais e para clientes diretos. A empresa anunciou que pretende entregar novos produtos desenvolvidos para incrementar os resultados da categoria PVA em 2017. A JBS informou à CarneTec, por meio da assessoria de imprensa, que não divulga o volume total de vendas de produtos nessa categoria “por questões estratégicas”. Segundo a empresa, 10% de toda a carne bovina produzida pela JBS no Brasil é PVA.

CARNETEC

JBS se posiciona sobre situação do frigorífico de Passo Fundo

Comunicado foi emitido para a imprensa após repercussão de operação realizada pelo CREA em frigoríficos da região 

Abaixo segue nota na íntegra:“A JBS esclarece que, tão logo recebeu as orientações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), vem realizando os investimentos necessários para implantação das melhorias recomendadas. A companhia informa ainda que as questões mencionadas no relatório de fiscalização do órgão estão sendo debatidas em inquérito civil conduzido pelo Ministério Público do Trabalho – RS”

ASSESSORIA JBS 

Roubo de gado: falta de punição preocupa produtores mineiros

Pena para o crime varia de dois a cinco anos de prisão, mas, em alguns casos, é preciso cumprir apenas um terço do tempo em regime fechado O roubo de gado tem se tornado cada vez mais comum na região do Triângulo Mineiro. A falta de rigor na lei tem alarmado produtores rurais e, segundo a polícia, estimulando a ação dos bandidos

No ano de 2016, a cidade de Uberaba (MG) registrou 24 ocorrências relacionadas a esse tipo de crime e alguns pecuaristas foram vítimas em mais de uma oportunidade. Luiz Carlos Rodrigues lembra com clareza das três vezes em que sua propriedade foi invadida no ano passado. “Na primeira, roubaram toda a fábrica de ração, os motores e bombas d’água, além de um tourinho. Na segunda vez, um mês depois, me levaram duas novilhas que estavam no pré- parto e, na terceira, levaram outra novilha que estava no trabalho de pré-parto”, disse. Após essa onda de crimes na região, apenas duas pessoas foram presas e libertadas pouco tempo depois. A pena para quem pratica o roubo de gado varia de dois a cinco anos de prisão, mas, em alguns casos, o bandido precisa cumprir apenas um terço da pena em regime fechado. “Nós estamos com algumas investigações já direcionadas com possibilidade de identificação de autores, pois quando você consegue prender um ladrão de gado, você consegue identificar uma série de furtos praticados pela quadrilha nesse sentido. Acredito que existam de duas a três quadrilhas de roubo de gado na nossa região”, falou o delegado-chefe do 5º Departamento de Polícia Civil de Uberaba, Heli Andrade. Segundo o policial, a maioria desses crimes ocorre à noite, o que dificulta a investigação. Ele diz ainda que a identificação de veículos estranhos pode ajudar o trabalho da polícia. “Os funcionários da fazenda sempre que notarem um veículo diferente, anotem a placa. O roubo pode ocorrer em outro lugar e, essa placa anotada pode ajudar a polícia na identificação dos autores”. O patrulhamento da zona rural em Uberaba é por 12 policiais militares em quatro viaturas, em uma área que abriga quase 4 mil propriedades. “Nós estamos formando 218 policias militares e vários serão direcionados também para potencializar essas ações nas áreas rurais. Nós acreditamos que a formação desse efetivo e a formação de um novo batalhão que está previsto para o próximo ano vai ajudar bastante na redução da criminalidade, tanto da área urbana como da área rural”, informou o tenente-coronel Valdemir Soares Ferreira, Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar. Para o Presidente do Sindicato Rural de Uberaba, Romeu Borges, é preciso que todos os órgãos trabalhem juntos. “É um jogo da fiscalização sanitária, Polícia Militar, da Polícia Civil, Ministério Público e dos juízes, para punir exemplarmente este tipo de crime”, falou.

CANAL RURAL 

INTERNACIONAL

Uruguai: Rendimento de novilhos aumentou em 2% ao ser aplicado o dressing máximo da carcaça

O Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), publicou o relatório semanal de pesos médios, o rendimento e dressing segundo o estabelecimento de abate, da primeira semana de janeiro

A partir do este ano, está funcionando o novo decreto de dressing máximo, que limita o que pode ser removido da carcaça, sistema controlado por técnicos do Instituto. Em uma primeira aproximação, pode-se concluir que o rendimento aumentou em cerca de 2%. O desempenho, como pode ser visto no gráfico é variável ao longo do ano, com picos na primavera e mínimos no outono. Para comparar períodos semelhantes, tanto para novilhos como para vacas, comparou-se a primeira semana de janeiro, nos últimos sete anos. O desempenho em janeiro de 2017 é o maior em todos os anos da série. No caso dos novilhos, atingiu 53,88%. Na comparação com janeiro de cada semana dos seis anos anteriores, o desempenho deste é a maior também. O desempenho de janeiro de 2017, de 53,88%, foi 2,2% maior do que o desempenho médio dos janeiros de 2010-2016, que é de 52,71%. Essa é a primeira referência sobre o impacto do decreto sobre o rendimento do efetivo e ainda é cedo para tirar quaisquer conclusões firmes sobre a tendência de peso na quarta balança. Caso se sustente, deve melhorar e deve-se prestar atenção se este ganho de peso vai trazer alguma mudança no preço por quilo na quarta balança.

Blasina y Asociados

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