CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 433 DE 13 DE JANEIRO DE 2017

abra

Ano 3 | nº 433 13 de janeiro de 2017

 NOTÍCIAS

Boi/Cepea: Liquidez é baixa no mercado interno; exportação pode crescer em 2017

As negociações envolvendo boi gordo estão lentas neste início de 2017. A entrada e saída de operadores do mercado conforme necessidade de compra ou venda têm resultado em pequenas oscilações diárias nos preços.

Na quarta-feira, 11, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo, à vista) fechou a R$ 149,50, estável na parcial de janeiro (de 29 de dezembro a 11 de janeiro).

Quanto ao mercado internacional, a menor produção na Austrália neste ano pode favorecer as exportações brasileiras em 2017, especialmente à China – 10% dos embarques de carne australiana tiveram como destino a China em 2016. No ano passado, o Real mais valorizado e a diminuição na demanda de alguns países limitaram os embarques brasileiros da carne. Segundo dados da Secex, foram 1,076 milhão de toneladas de carne in natura exportadas pelo Brasil em 2016, volume 0,3% inferior ao de 2015.

Cepea/Esalq

Sem venda de carne não há porque alongar as escalas

A paradeira no mercado já dura duas semanas. De forma geral, não há escalas sendo alongadas

Algumas programações têm até diminuído nos últimos dias, mas também não há interesse de impedir que isso ocorra. A venda de carne é ruim e manter os estoques regulados é uma boa medida para as indústrias. A essa falta de ímpeto dos compradores para intensificar as compras se somam as tentativas de negócios abaixo da referência, que muitas vezes ocorrem para testar o mercado. Em algumas regiões, há quem oferte preços até R$2,00/@ abaixo da referência. De uma forma ou de outra isso acaba, em algumas praças, determinando um cenário baixista, que embora não seja a realidade de todo o país, tem sido mais frequente do que as altas de preços. A oferta de matéria-prima, que por enquanto é restrita, é o que limita um pouco a ação baixista do fraco escoamento de carne sobre os preços da arroba. A carne voltou a cair, tanto no atacado com osso quanto sem osso. Neste ano ainda não há registro de preços do produto sendo reajustados para cima. A crise, as despesas de início de ano e a falta de pagamento de salários de parte dos funcionários públicos impedem uma melhora nas vendas.

SCOT CONSULTORIA

Relatório do Crea aponta que problemas persistem na JBS de Passo Fundo

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) encontrou inadequações no frigorífico da JBS Aves em Passo Fundo (RS) relacionadas à gestão de segurança e riscos no ambiente de trabalho, informou o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Rio Grande do Sul na quarta-feira (11)

As irregularidades foram apontadas em relatório apresentado pelo Crea ao MPT com base em uma inspeção realizada no frigorífico em novembro de 2016. A inspeção foi parte da força-tarefa do MPT para adequação das condições de saúde e de trabalho em frigoríficos no Rio Grande do Sul. O frigorífico da JBS em Passo Fundo já havia sido interditado temporariamente há dois anos pelo Ministério do Trabalho, e a mais recente inspeção tinha o objetivo de verificar se esses problemas foram resolvidos pela empresa. A JBS informou por meio de nota enviada à CarneTec que “tão logo recebeu as orientações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS), vem realizando os investimentos necessários para implantação das melhorias recomendadas”. A empresa acrescentou que as questões apontadas pelo Crea estão sendo debatidas em inquérito civil conduzido pelo MPT do Rio Grande do Sul. Entre os problemas apontados pelo Crea estão desatualização do plano de resposta a emergência, acionamento de dispositivos de segurança danificados, ausência de programas de gerenciamento de riscos para trabalho em altura e em espaços confinados, inadequação de escadas e elevadores de carga, atuação de profissionais sem registro profissional ativo, entre outros.

CARNETEC

Desde outubro de 2016, a carne bovina vem perdendo competitividade frente à carne de frango

Atualmente, a relação de troca entre o boi casado de animais castrados e a carcaça de frango está em 2,58. Ou seja, com o preço de um quilo da proteína bovina é possível adquirir 2,58 quilos de carcaça de frango no atacado

Em relação a dezembro do ano passado esta relação está 12,3% maior, o que quer dizer que a carne bovina perdeu competitividade frente a carne de frango. Este fato vem ocorrendo desde outubro de 2016, resultado da queda de 17,5% no preço da carcaça de frango e alta de 2,6% no preço do boi casado no período (out/16 a jan/17). Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a relação está 3,5% menor. Isso quer dizer que a carne bovina ganhou competitividade frente à carne de frango em relação a janeiro de 2016.

Scot Consultoria

Queda no preço do sebo no Brasil Central

A baixa procura pela gordura animal no fim de 2016 e nesse início de 2017 exerce pressão no mercado de sebo bovino

No Brasil Central o sebo está cotado em R$2,55/kg, segundo levantamento da Scot Consultoria, um recuo de 1,9% frente à última semana. Já no Rio Grande do Sul, apesar da demanda em baixa a oferta restrita do produto mantém os preços estáveis. No estado, o sebo está cotado em R$2,60/kg.

SCOT CONSULTORIA

Número de bovinos confinados no Brasil deve voltar a crescer em 2017, diz Assocon

Estimativa é que, com expectativa de custos menores ao longo do ano, volume ultrapasse 4 milhões de cabeças

A Associação Nacional de Pecuária Intensiva (Assocon) acredita que o número de animais confinados deve voltar a crescer em 2017 e ultrapassar 4 milhões de cabeças. Um dos motivos para o aumento seria a expectativa de custos menores ao longo do ano, como reflexo da previsão de safra recorde de grãos no país. “O milho, que no ano passado foi vendido a valores nunca vistos antes no mercado, começa a apresentar sinais de queda nas cotações”, afirma Fernando Cesar Nunes Saltão, executivo da Assocon. Vale lembrar que o milho é o principal ingrediente da dieta bovina e representa mais de 70% do custo da alimentação. Mato Grosso e Goiás, que têm maior disponibilidade de grãos, devem ser os mais favorecidos com a redução dos custos. Para Saltão, nesses estados o número de animas confinados e suplementados deve ser maior em 2017. “No ano passado, com os custos altos, até a suplementação a pasto com 0,3% do peso vivo do animal a conta não fechava. Assim, muitos pecuaristas reduziram para 0,1% do peso vivo. Esse ano isso deve mudar”, diz. O setor também acredita que o consumo interno deve voltar a crescer, ainda lentamente, com a queda da inflação. Esse fator será decisivo para estimular os preços da arroba, já que 80% da produção de carne bovina é destinada ao mercado interno. No mercado de reposição, a Assocon acredita que o ágio da arroba do boi magro sobre o boi gordo vai ser menor. Muitos confinadores ficaram no prejuízo no ano e, por isso, cautela deve ser a palavra-chave nas negociações de reposição. “Em 2016, a conta não fechou para muitos pecuaristas, mas, neste ano, o cenário deve ser melhor”, finaliza Fernando Saltão.  A Assocon estima que, no ano passado, a quantidade de animais terminados no confinamento foi inferior a 4 milhões de cabeças. O alto custo de produção e a queda no consumo interno reduziram as margens da atividade. Os estados que apresentaram maiores quedas foram Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Já São Paulo acabou tendo incremento de animais confinados, apesar dos altos custos de produção. “Historicamente, o estado de São Paulo tem um ágio de R$ 14 a mais no preço da arroba em relação a Mato Grosso, R$ 6 para Mato Grosso do Sul e R$ 8 para Goiás. Com isso, muitos pecuaristas optaram por levar animais para serem terminados em “boiteis” em São Paulo”, diz o executivo da entidade.

CANAL RURAL

Continua a queda nos preços dos animais de reposição

De maneira geral, o cenário é de quedas de preços no mercado de reposição, assim como vinha acontecendo no ano passado. Este cenário é observado principalmente para as categorias mais jovens.

A situação ainda ruim das pastagens em regiões como a Bahia, Norte de Minas Gerais e Espírito Santo e as incertezas quanto ao mercado do boi gordo não animam a procura pelos animais de reposição. Além disso, janeiro é marcado pela volta gradual do pecuarista aos negócios, após o período de festas, o que colabora para o cenário de baixa movimentação e demanda maior que a oferta. Assim, diante das maiores quedas no mercado de reposição frente ao mercado do boi gordo, o poder de compra do recriador e invernista vêm melhorando. Atualmente em São Paulo, são necessárias 7,8 arrobas de boi gordo para a compra de uma cabeça de bezerro desmamado (6@). Em comparação ao mesmo período do ano passado, está relação está 13,6% menor. Para os próximos dias a perspectiva é de que a demanda continue baixa, contudo, a oferta restrita de sebo deve limitar as quedas de preços.

SCOT CONSULTORIA 

Valor da produção agropecuária deve atingir recorde de R$ 544,9 bi

Para as carnes a estimativa é de queda da receita. A projeção para a pecuária bovina é de queda de 2,4% na renda, para R$ 71,9 bilhões

O valor bruto da produção agropecuária (VBP) deve atingir R$ 544,99 bilhões em 2017, valor 3,2% (ou R$ 17,084 bilhões) superior ao registrado no ano passado, quando a renda no campo recuou 1,8% (ou R$ 9,58 bilhões) para R$ 527,9 bilhões, por causa da quebra de safra provocada pelo fenômeno El Niño. Os cálculos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura refletem a perspectiva de colheita de safra recorde no ciclo atual, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento em 215 milhões de toneladas. Os cálculos são do Ministério da Agricultura, que prevê aumento de R$ 17 bilhões no faturamento dentro da porteira em 2017. Para o conjunto das lavouras, a expectativa é de aumento de 4,7% (ou 16,165 bilhões) na renda dos agricultores, para R$ 359,9 bilhões. No ano passado, por causa as quebras de safra, o VBP das lavouras recuou 1% (R$ 3,482 bilhões) para R$ 343,7 bilhões.

No caso do setor de proteínas animais, a estimativa é de aumento na renda de 0,5% (R$ 919 milhões), para R$ 185,05 bilhões. No ano passado o faturamento do conjunto das carnes, leite e ovos recuou 3,2% (ou R$ 6,098 bilhões), para R$ 184,13 bilhões. As projeções do Ministério da Agricultura levam em conta os preços médios registrados entre dezembro e janeiro, e os últimos levantamentos de safra e da produção animal. Um dos destaques do estudo é a perspectiva de aumento de 51% (6,341 bilhões) no faturamento dos produtores de feijão, que deve atingir R$ 17,5 bilhões em 2107. No ano passado o VBP do feijão subiu 26,2% (R$ 2,3 bilhões) para R$ 11,1 bilhões. A soja, principal produto do agronegócio brasileiro, responde por um terço do faturamento das lavouras. A projeção para a soja é de crescimento da receita da ordem de 2,9% (R$ 3,337 bilhões) para R$ 119,6 bilhões. No ano passado, mesmo com a quebra de safra a renda da soja cresceu 0,3% (R$ 390 milhões) para R$ 116,2 bilhões).

Outro destaque é a expectativa de aumento de 27,7% (R$ 11,5 bilhões) na renda dos produtores de milho, estimada em R$ 53 bilhões para 2017. No ano passado houve retração de 5,9% no faturamento com a venda do cereal, por causa da forte queda de produção.

Entre as proteínas animais o destaque é o setor leiteiro, com perspectiva de aumento de 8% (R$ 2,2 bilhões) no faturamento em 2017, para R$ 29,4 bilhões. Outro setor que deve crescer é avicultura de postura. A projeção de renda para a venda de ovos é de aumento de 6,5% (R$ 875 milhões), para R$ 14,3 bilhões. Para as carnes a estimativa é de queda da receita. A projeção para a pecuária bovina é de queda de 2,4% na renda, para R$ 71,9 bilhões. No frango a receita deve cair 0,6% (R$ 349,3 milhões) para R$ 55,3 bilhões. No suíno a expectativa é de retração de 0,1% (R$ 18,8 milhões) para 14,08 bilhões.

GLOBO RURAL

Caixa Econômica Federal reduz participação na JBS para 4,99%

A alteração foi comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

A Caixa Econômica Federal reduziu sua participação na JBS para aproximadamente 4,99%, com 142.848.875 ações. A alteração foi comunicada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O banco, que chegou a ter 10,06% de participação no frigorífico, já vinha reduzindo sua participação, que em dezembro do ano passado era de 6,91%. Em comunicado, a Caixa afirmou que não detém “debêntures conversíveis em ações ou quaisquer valores mobiliários conversíveis em ações” e que “não foram celebrados contratos ou acordo que regulem o exercício de direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários emitidos pela companhia”.

VALOR ECONÔMICO

Maiores informações:

ABRAFRIGO

imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br

Powered by Editora Ecocidade LTDA

041 3088 8124

https://www.facebook.com/abrafrigo/

abrafrigo

Leave Comment