Ano 3 | nº 432 | 12 de janeiro de 2017
NOTÍCIAS
Quedas pontuais no mercado do boi gordo
A conjuntura é de retomada gradativa dos negócios no mercado do boi
Normalmente, janeiro é marcado pelo lento escoamento da carne bovina, em resposta ao menor poder de compra do consumidor. Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, ocorreram quedas em seis para o macho terminado na última quarta-feira (11/1).
Em Goiânia-GO, a referência para o boi gordo ficou em R$135,00/@, à vista. Queda de 2,2% em relação ao início do mês. Entretanto, na maioria das regiões pesquisadas, apesar da melhor oferta em relação ao final do ano, a disponibilidade de boiadas terminadas não pode ser considerada abundante. Assim, este é um fator limitante para as quedas, o que resulta em preços estáveis na maior parte das regiões. No mercado atacadista de carne com osso os preços estão estáveis. O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,60/kg.
SCOT CONSULTORIA
Pará mantÉm alta cobertura vacinal contra a febre aftosa
Em 2016, o Pará se manteve entre os estados brasileiros com maior cobertura vacinal contra a febre aftosa. O Estado atingiu a marca de 98,21%, ultrapassando a meta de 90% exigida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
Com o índice vacinal alcançado, o Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), e o setor produtivo mantêm o seu compromisso com a defesa agropecuária e com a manutenção do rebanho livre da doença, garantindo mercados, segurança alimentar e produtos de qualidade. O resultado é referente à segunda etapa da Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa, realizada pela Adepará de 1º de novembro a 15 de dezembro do ano passado, abrangendo praticamente todo o Estado, exceto o Arquipélago do Marajó e os municípios de Faro e Terra Santa. “Tivemos um bom resultado na segunda fase da campanha de combate à aftosa em 2016. Esse índice já uma constante nossa, média mantida em novembro de 2015, em maio de 2016 e agora, em novembro de 2016, novamente. De uma maneira geral, estamos mantendo um alto nível de vacinação no Pará”, avaliou o Gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, George Santos. Na etapa de novembro de 2015, a cobertura alcançada foi de 98,89%. Já na etapa seguinte, em maio de 2016, o estado chegou a 98,83%. Ao todo, 19.838.851 milhões de animais foram vacinados e estão livres da febre aftosa em todo o Estado. As regiões de Altamira, Capitão Poço, Itaituba, Novo Progresso, Oriximiná, Rondon do Pará, Tucumã e Xinguara ultrapassaram a marca de 99% de cobertura vacinal. Com o percentual de 98%, o Estado ultrapassou os 90% da meta estipulada pela OIE e também a estabelecida pelo Plano Plurianual do Estado (PPA), que foi de 94% para o ano de 2016. “Um percentual de 98% é um índice importante, sobretudo, para iniciarmos o ano de 2017, que será o ano onde a defesa agropecuária terá um papel fundamental para garantir a nossa produção e conquistar mais mercados. Parabéns para os servidores da Adepará e para o setor produtivo, que é parceiro e responsável por vacinar o seu gado”, agradeceu o Diretor Geral da Adepará, Luciano Guedes.
Adepará
Excesso de calor pode afetar reprodução do gado de corte e de leite
Como não tem controle sobre o clima, o ideal é o pecuarista associar a produção bovina com a introdução de árvores
O calor excessivo durante o verão, atual estação no Brasil, vem causando bastante desconforto tanto nos seres humanos quanto animais. É importante saber que a ambiência na produção de bovinos, por exemplo, frente às alterações do clima em todo o planeta, requer cuidados preventivos por parte do produtor rural. E uma das situações que pode afetar a reprodução do gado de corte e de leite é a exposição às altas temperaturas e à radiação solar intensa, que podem afetar a fertilidade das fêmeas. Como não tem controle sobre o clima, o ideal é o pecuarista associar a produção bovina com a introdução de árvores ao redor da propriedade, adotando sistemas interligados, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Conforme orientação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) – Unidade Pecuária Sudeste (SP), além de outros benefícios, a implantação de árvores disponibiliza sombra, favorecendo a redução da temperatura corporal dos animais. “Esse efeito é mais perceptível na primavera e verão, e nos períodos mais quentes do dia”, afirma o pesquisador da estatal Alexandre Rossetto Garcia. Nas pastagens sem sombra, é necessário que o produtor perceba que os bovinos estressados por causa do calor se expressam fisicamente por meio da movimentação excessiva, agrupamento nos extremos do piquete, ingestão frequente de água e descanso na posição deitada.
SNA – Sociedade Nacional de Agricultura
EMPRESAS
JBS desbanca BRF e vence disputa para fornecer hambúrguer ao McDonald’s
A JBS está prestes a desbancar a BRF e se tornar fornecedora exclusiva de hambúrguer para o McDonald’s no Brasil, apurou o Valor. Até então, as duas empresas forneciam a carne servida no Big Mac, lanche mais famoso da rede de fast food
O contrato ainda não foi assinado, mas as tratativas estão avançadas. A transação é mais um capítulo da disputa acirrada que JBS, dona da marca Seara, e BRF, dona de Sadia e Perdigão, vêm travando nos últimos anos. A concorrência entre as duas é forte nas gôndolas dos supermercados do país e se estende também ao segmento de food service. O McDonald’s, o alvo da vez, é a maior rede de restaurantes do Brasil com mais de 850 lojas. Embora os números envolvidos sejam “pequenos” quando comparados ao porte de BRF e JBS empresas que faturam mais de R$ 30 bilhões e R$ 160 bilhões por ano, respectivamente , o contrato com a rede de fast food é relevante. No Brasil, o McDonald’s consome, em média, 33 mil toneladas de hambúrgueres de carne bovina ao ano, apurou a reportagem. Segundo estimativa de mercado, o preço da tonelada de hambúrguer gira entre R$ 10,5 mil e R$ 13 mil. Considerando o preço mais baixo, o contrato de fornecimento de carne bovina com a rede de restaurantes ficaria próximo de R$ 350 milhões. Para o McDonald’s, é um contrato importante. Entre janeiro e setembro do ano passado (últimos dados disponíveis), a Arcos Dorados, operadora da rede de restaurantes na América Latina, reportou uma receita líquida de US$ 955 milhões. As lojas no Brasil respondem por 50% do total o equivalente a R$ 1,528 bilhão, considerando o dólar a R$ 3,20. Procurada, a JBS não respondeu. A BRF, por sua vez, informou “que o contrato com o referido cliente possui cláusula de confidencialidade e, portanto, não irá comentar o assunto”. Em nota, a Arcos Dorados informou que a BRF “é um importante parceiro comercial da companhia e que seguirá fornecendo produtos para a rede”. Em meio à concorrência pelo contrato de fornecimento para o McDonald’s, JBS e BRF seguem em intensa disputa no varejo, naquela que é uma espécie de reedição da rivalidade travada entre Sadia e Perdigão na década de 2000 a união das duas empresas deu origem à BRF, em 2009. Após adquirir a Seara em 2013, a JBS reestruturou a companhia e, desde então, tem feito pesados investimentos em marketing como a contratação da jornalista Fátima Bernardes como garota propaganda e, recentemente, do ator americano Robert De Niro. Com a ofensiva, a Seara ampliou rapidamente a participação de mercado. Entre julho de 2014 e agosto de 2015, por exemplo, a fatia da JBS em alimentos congelados passou de 19,5% para 30,2%, conforme leitura da consultoria Nielsen disponível em apresentação a investidores feita pela JBS. Ainda que a dona da Seara não tenha detalhado os dados de participação, os sinais são de que o movimento continuou em 2016 e, nessa disputa, a recessão econômica ajudou, na medida em que os consumidores têm migrado para marcas mais baratas. Nesse processo, a Sadia marca mais cara do setor perde participação. Opção mais barata do portfólio da BRF, a Perdigão não tem conseguido estancar todas as perdas da empresa. No balanço do terceiro trimestre de 2016, a BRF informou que perdeu 0,4 ponto percentual de participação nas categorias como um todo, em um movimento puxado pela perda em margarinas. Líder com a marca Qualy, a BRF viu sua fatia na categoria recuar de 64,5% para 63,4% entre julho e agosto. Nesse segmento, a JBS é dona da Doriana.
VALOR ECONÔMICO
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