Ano 11 | nº 2457 | 02 maio de 2025
NOTÍCIAS
Preços da arroba do boi seguem em ritmo de queda em SP
Cotações do “boi comum”, da novilha gorda e do “boi-China” recuaram R$ 2/@ na quarta-feira (30), para R$ 318/@, R$ 303/@ e R$ 323/@, respectivamente, informou a Scot Consultoria
O boi gordo segue perdendo valor, reflexo de um mercado interno menos comprador e, consequentemente, de um escoamento de carne bovina lento, relata a Scot Consultoria, que identificou novas quedas nos preços da arroba nesta quarta-feira (30/4) em importantes praças brasileiras. “As ofertas de bovinos estão maiores, o que tem contribuído para alongar as escalas de abate”, observam os analistas da consultoria. Nas regiões paulistas, de acordo com apuração da Scot, os preços do boi gordo “comum”, da novilha gorda e do “boi-China” recuaram R$ 2/@ nesta véspera de feriado nacional, para R$ 318/@, R$ 303/@ e R$ 323/@, respectivamente (valores brutos, no prazo). As escalas de abate dos frigoríficos do Estado de São Paulo atendem, em média, a dez dias, acrescenta a consultoria. No Tocantins, o mercado também foi marcado por pressão. A lentidão no escoamento da carne e a queda nos preços pagos pela carne bovina para exportação aumentaram a cautela dos compradores. “Mesmo com o cenário de pressão, as cotações permaneceram estáveis”, afirmaram analistas. As escalas de abate no estado atenderam, em média, a nove dias. Na região Sudeste de Rondônia, a oferta de bovinos foi maior, mas sem impacto nas cotações. “Os preços se mantiveram estáveis para todas as categorias”, apontaram os especialistas. As escalas de abate atenderam, em média, a oito dias. Em Marabá, no Pará, a maior oferta de bovinos pressionou os preços da arroba. O valor do boi gordo e do “boi China” caiu R$3,00, enquanto o preço da vaca e da novilha recuou R$2,00. “As escalas de abate atenderam, em média, a dez dias”, destacaram os analistas. O mercado segue atento ao ritmo da demanda interna e externa, bem como à oferta de animais disponíveis para abate nas próximas semanas.
Scot Consultoria
Preços de boi gordo seguem em baixa
Mercado de boi gordo sente peso da sazonalidade e da maior oferta, mas Dia das Mães e exportações limitam a queda
O mercado físico de boi gordo mantém a tendência de queda, o que reflete o aumento da oferta de animais e as escalas de abate mais folgadas nos frigoríficos. Esse movimento está dentro da sazonalidade esperada para o segundo trimestre, quando a deterioração das pastagens dificulta a retenção dos animais no campo, ampliando a oferta. Os contratos futuros já indicam esse comportamento, projetando a continuidade do viés baixista. Ainda assim, a primeira quinzena de maio pode trazer algum alívio à pressão sobre os preços de boi gordo, sustentado por uma expectativa positiva de consumo interno, impulsionada pelo pagamento dos salários e pelo Dia das Mães, além de exportações em níveis elevados, segundo análise de Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado. Preços do boi gordo no Brasil: São Paulo: R$ 321,33. Goiás: R$ 300,18. Minas Gerais: R$ 316,18. Mato Grosso do Sul: R$ 322,39. Mato Grosso: R$ 323,89. No mercado atacadista, os preços seguem acomodados, mas a expectativa ainda é de alta ao longo da primeira quinzena de maio. A combinação do pagamento dos salários e do tradicional aumento de consumo relacionado ao Dia das Mães pode estimular as vendas de carne bovina neste início de mês. O quarto traseiro segue cotado a R$ 25,00 por quilo. O quarto dianteiro permanece em R$ 20,50. Já a ponta de agulha está precificada em R$ 18,50 por quilo.
Agência Safras
Autoridades do Japão vêm ao Brasil para discutir inspeção de frigoríficos
Governo também analisa oportunidades e pontos de atenção para os principais produtos exportados aos EUA, informou secretário-adjunto do Ministério da Agricultura. Delegação japonesa vai definir a data e roteiro da inspeção das plantas frigoríficas
Uma delegação japonesa vem ao Brasil, na próxima sexta-feira (2/5), para definir a data e roteiro da inspeção das plantas frigoríficas, visando a abertura de mercado do país oriental às exportações de carne bovina. A informação é do secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcel Moreira, que participou nesta quarta-feira (30/4) de um encontro com empresários do agro e produtores na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). “Temos uma negociação longa com o Japão para essa abertura de mercado, mas, por meio das nossas boas relações e do status sanitário do Brasil, conseguimos com a visita do presidente Lula ao país a excelente sinalização de ir para o próximo passo. Essa visita vai definir exatamente quando e como será a inspeção das nossas plantas”. O evento foi promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) no estande da Baldan, fabricante de máquinas agrícolas. Em sua palestra, o secretário disse que o Brasil tem os Estados Unidos como o terceiro maior parceiro comercial e tem adotado uma postura pragmática nesse novo cenário de guerra tarifária. O país analisa oportunidades e pontos de atenção para os principais produtos exportados ao mercado americano, como café, suco de laranja, carne bovina, açúcar e etanol. “A nossa carne bovina, por exemplo, ganhou uma sobretaxa e pode chegar a ser tarifada em 39% com o acréscimo da tarifa geral de 10%. Estimamos que o Brasil deve manter ou aumentar as exportações pela qualidade e preço de sua carne, mas Canadá e México são pontos de atenção por ter livre comércio com os EUA.” Moreira também citou o programa do Ministério da Agricultura, chamado de Caminho Verde Brasil, que substitui iniciativa anterior de recuperação e conversão de pastagens degradadas. Segundo ele, um estudo identificou 160 milhões de hectares, dos quais 40 milhões são plenamente compatíveis com atividade agrícola e pecuária por ter bons solos e boas condições hídricas. “Logicamente, é preciso investir nessas áreas para correção do solo, mas com a conversão dos 40 milhões de hectares, o Brasil pode dobrar a produção de alimentos.” Na Agrishow, o secretário Márcio Moreira, ressaltou que a intenção é oferecer financiamentos com taxas de juros “bem abaixo” das de mercado para os produtores rurais interessados em converter pastagens degradadas em áreas produtivas.
Valor Econômico
ECONOMIA
Dólar interrompe sequência negativa e sobe 0,81% após dados fracos no Brasil e no exterior
O dólar fechou a quarta-feira pré-feriado em alta ante o real, interrompendo uma sequência de oito sessões consecutivas de perdas, em um dia marcado pela disputa em torno da Ptax de fim de mês, por números de emprego formal abaixo do esperado no Brasil e por dados econômicos fracos da China e dos EUA.
O dólar à vista fechou em alta de 0,81%, aos R$5,6763. Ainda assim, em abril a divisa norte-americana acumulou baixa de 0,54%. Às 17h31 na B3 o dólar para junho — que nesta quarta se tornou o mais líquido — subia 1,07%, aos R$5,7175. A China informou na madrugada de quarta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial caiu para 49,0 em abril, contra 50,5 em março, na leitura mais baixa desde dezembro de 2023. O resultado também ficou abaixo da expectativa de 49,8 de uma pesquisa da Reuters. Já os Estados Unidos informaram que foram abertos 62.000 postos de trabalho no setor privado em abril, após um ganho de 147.000 revisado para baixo em março. Economistas consultados pela Reuters previam criação maior, de 115.000 vagas de emprego no setor privado. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA caiu a uma taxa anualizada de 0,3% nos três primeiros meses do ano. Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB aumentaria em um ritmo de 0,3% no período. No Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego informou à tarde a criação de 71.576 vagas formais de trabalho em março, bem abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 200.000 vagas. Pela manhã, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, já havia antecipado que os números do Caged não seriam tão bons. Para Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos, os dados favoreceram a realização de lucros no câmbio brasileiro, após oito sessões de queda do dólar. “O dia foi de agenda cheia, com dados ruins de PIB lá fora e Caged também não ajudando no Brasil. A gente já vem de alguns pregões de queda do dólar, então não tem jeito: o mercado aproveita o que saiu de dados para colocar dinheiro no bolso”, afirmou. Operador ouvido pela Reuters pontuou que o fato de na quinta-feira os mercados estarem fechados em função do Dia do Trabalhador também favorecia a busca pelo dólar. Segundo ele, muitos agentes preferem enfrentar o feriado prolongado no Brasil comprados na moeda norte-americana. No exterior, o dólar também tinha ganhos firmes no fim da tarde ante boa parte das demais divisas. Às 17h29 o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,50%, a 99,672.
Reuters
Ibovespa fecha estável e assegura ganho mensal de 3,7%
O Ibovespa fechou estável na quarta-feira, véspera de feriado, após sete pregões consecutivos de alta, em dia marcado pela fraqueza de commodities no exterior e pelo desempenho negativo das ações da Weg, que representaram a maior pressão de baixa
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,02%, a 135.066,97 pontos, tendo marcado 133.955,00 na mínima e 135.171,39 na máxima do dia. No mês, porém, avançou 3,69%. O volume financeiro somou R$29,2 bilhões no pregão que antecede o feriado do Dia do Trabalho — quando os mercados no Brasil e na Europa estarão fechados. Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 subiram, apagando as perdas observadas na maior parte da sessão após dados mostrarem retração da maior economia do mundo, elevando as preocupações sobre o impacto das políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Trump pediu paciência aos norte-americanos diante da contração do PIB no primeiro trimestre, prejudicado pela grande importação de produtos por empresas ansiosas em evitar custos mais altos, e culpou seu antecessor, Joe Biden, pelo fraco desempenho. “Este é o mercado de ações de Biden, não o de Trump”, disse. “Nosso país vai ter um boom, mas temos que nos livrar do ‘excesso’ de Biden”. Para a analista Bruna Sene, da Rico, a divulgação do PIB dos EUA voltou a trazer para a pauta os temores de recessão no país. “Esse cenário contribui para a queda nas principais commodities e reforça o movimento de realização de lucros no Ibovespa”, afirmou. Dados sobre o mercado de trabalho e a inflação nos EUA também ajudaram a moldar o comportamento dos mercados na sessão. No Brasil, investidores ainda reagiram a resultados corporativos de empresas como Marcopolo, ISA Energia, Iguatemi e Santander Brasil, além de Weg, que foi destaque negativo. Além disso, na próxima semana, entra em vigor nova carteira do Ibovespa, cuja terceira e última prévia confirmou a inclusão das ações da Smartfit e Direcional, além da exclusão dos papéis da LWSA e Automob.
Reuters
Desemprego sobe para 7% no 1º trimestre, mas é a menor taxa para o período na série, diz IBGE
No período, país tinha 7,7 milhões de desempregados, aumento de 13,1% frente ao quarto trimestre de 2024 e queda de 10,5% ante igual período de 2024; renda média real cresce 1,2%
A taxa de desemprego no país subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025. O resultado ficou acima do observado no quarto trimestre de 2024 (6,2%) e abaixo do resultado de igual período de 2024 (7,9%). No trimestre encerrado em fevereiro, a taxa foi de 6,8%. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (30). Apesar da alta, a taxa de 7% é a menor para um primeiro trimestre de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas de 25 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 7% no primeiro trimestre. O intervalo das projeções ia de 6,8% a 7,2%. Tradicionalmente, o início do ano é uma época de dispensa de trabalhadores temporários contratados no fim do ano anterior, por causa de Natal, o que pressiona o mercado. No primeiro trimestre de 2025, o país tinha 7,7 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta aumento de 13,1% frente ao quarto trimestre (891 mil pessoas a mais) e queda de 10,5% ante igual período de 2024 (menos 909 mil pessoas). A população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) no primeiro trimestre, por sua vez, era de 102,5 milhões de pessoas. Isso representa recuo de 1,3% em relação ao quarto trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2024, subiu 2,3% (2,3 milhões de pessoas). Renda A renda média dos trabalhadores avançou 1,2% no primeiro trimestre de 2025 ante o quarto trimestre de 2024, para R$ 3.410. A diferença é de R$ 39 a mais entre os períodos. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos. Já a massa de rendimentos real habitualmente recebida por pessoas ocupadas (em todos os trabalhos) foi de R$ 345,048 bilhões no primeiro trimestre. O número aponta recuo de 0,1% frente ao quarto trimestre, ou R$ 188 milhões a menos. A variação, no entanto, é classificada como estabilidade pelo IBGE por estar dentro da margem de erro da pesquisa. Frente a igual período de 2024, houve aumento de 6,6% (mais R$ 21,244 bilhões).
Valor Econômico
Brasil abre 71.576 vagas formais de trabalho em março
O Brasil abriu 71.576 vagas formais de trabalho em março, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego, número que veio bem abaixo do esperado, em desempenho atribuído pelo governo ao calendário do Carnaval
O resultado do mês passado foi fruto de 2.234.662 admissões e 2.163.086 desligamentos, registrando queda de cerca de 83,6% em relação a fevereiro e ficando muito abaixo da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters, de criação líquida de 200.000 vagas. O saldo mensal de março foi o segundo pior resultado para o mês desde 2020, início da crise da pandemia da Covid-19, que teve fechamento de 294.985 vagas. No mesmo mês em 2024 foram criados 245.395 postos de trabalho, segundo dados com ajustes. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o país criou 654.503 postos de trabalho, abaixo do registrado no mesmo período de 2024 (725.973 postos), mas ainda acima dos números de 2023 (537.461 vagas) e 2022 (620.070 postos). Já no acumulado dos últimos 12 meses, o saldo é de 1.613.752 vagas. Dos cinco grupamentos de atividades econômicas, três registraram saldos positivos de vagas em março, com o setor de serviços na liderança, com 52.459 postos, seguido pela construção, com 21.946 vagas. Em último lugar, depois de indústria e agropecuária, ficou o setor de comércio com saldo negativo de 10.310 vagas. Alagoas foi a unidade da Federação a registrar o pior saldo negativo com uma queda de 1,84% frente ao mês anterior. Já São Paulo foi o Estado com o maior número de criação de vagas, com alta de 0,24% em relação ao mesmo período. Ao todo, 19 das 27 unidades da Federação registraram saldos positivos. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse após os resultados que já havia afirmado na divulgação dos dados de fevereiro que o desempenho no mês de março poderia ser menor que o normal e apontou questões sazonais, como o fato de o Carnaval deste ano ter ocorrido em março, como motivo para a queda. “Fevereiro foi um mês muito atípico no calendário brasileiro, não teve Carnaval como costumeiramente”, disse. “Eu já preparei o espírito de vocês de que março poderia ser menor que o costumeiro e vem se confirmar”, afirmou. No mês passado, o governo informou que o Caged registrou a criação líquida de 431.995 vagas formais em fevereiro, bem acima das 250.000 vagas esperadas, segundo pesquisa da Reuters.
Reuters
Dívida pública federal sobe 0,22% em março e atinge R$7,5 tri impactada por gasto com juros
A dívida pública federal subiu 0,22% em março ante fevereiro, para R$7,508 trilhões, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, sob impacto dos gastos com juros em meio ao aperto monetário promovido pelo Banco Central.
No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou R$7,199 trilhões, com alta de 0,29%, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu R$309,5 bilhões, com recuo de 1,53%. Contribuiu para a elevação da dívida pública no mês passado uma incorporação de juros no valor de R$71 bilhões, mais que compensando um resgate líquido de R$54,7 bilhões registrado no período. O Tesouro destacou que março foi marcado por incertezas sobre o impacto da política tarifária dos Estados Unidos e uma perspectiva de redução no ritmo de corte de juros na economia norte-americana. No mês, os juros futuros apresentaram recuo em relação a fevereiro. Segundo os dados da pasta, o custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses teve uma elevação no mês passado, passando de 11,57% ao ano em fevereiro para 11,70%. O custo médio das novas emissões de títulos da dívida interna, por sua vez, subiu de 11,92% para 12,61% ao ano, em meio ao choque de juros implementado pelo BC para conter a inflação, o que eleva o custo de papéis atrelados à taxa Selic. Em relação ao perfil de vencimentos da dívida pública, o Tesouro informou que o prazo médio do estoque passou de 4,08 anos para 4,12 anos em março. A reserva de liquidez, por sua vez, passou de R$889 bilhões em fevereiro para R$869 bilhões em março. O valor é suficiente para quitar 6,72 meses de vencimentos de títulos, contra 6,66 registrados um mês antes. Em relação ao mês de abril, o Tesouro apontou que a guerra tarifária entre EUA e China impactou a perspectiva de crescimento da economia norte-americana, ampliando as medidas de aversão a risco. No mês, os juros futuros no Brasil caíram “diante das incertezas globais que devem impactar a economia local e internacional”, segundo a pasta.
Reuters
Brasil tem fluxo cambial positivo de US$2,591 bi em abril até dia 25, diz BC
O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$2,591 bilhões em abril até o dia 25, em movimento puxado pela via comercial, informou nesta quarta-feira o Banco Central.
Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de US$2,151 bilhões em abril até o dia 25. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de abril até o dia 25 foi positivo em US$4,742 bilhões. Na semana passada, o fluxo cambial total foi positivo em US$108 milhões. O período considerado foi de 22 a 25 de abril (quatro dias úteis), já que na segunda-feira passada foi feriado do Dia de Tiradentes. No acumulado do ano até 25 de abril, o Brasil registra fluxo cambial total negativo de US$13,342 bilhões.
Reuters
GOVERNO
Governo lista exigências socioambientais para acesso a crédito para áreas degradadas
Crédito para áreas degradadas vai exigir fiscalização constante dos bancos. Programa Ecoinvest é focado na captação de recursos para o financiamento de recuperação de áreas degradadas
A Secretaria do Tesouro Nacional publicou na quarta-feira (30/4) a portaria com as regras do 20 Leilão do Programa Ecoinvest, focado na captação de recursos para o financiamento de recuperação de áreas degradadas. A partir de agora, as instituições financeiras interessadas deverão encaminhar propostas, com a indicação do valor de recursos que deverão captar no mercado para aportar nos financiamentos e da área em hectares que pretendem ajudar a recuperar, em até 45 dias. O resultado da alocação dos valores será encaminhado para homologação e divulgação, processo que pode demorar mais 40 dias. A expectativa é que o dinheiro esteja disponível nos bancos para desembolso aos produtores rurais a partir de agosto. A portaria detalha os critérios para concessão dos recursos. Os produtores financiados que se mantiverem dedicados a uma prática isolada, sem integração, por exemplo, deverão comprovar o aumento da produtividade por hectare e a elevação da produção total nas áreas beneficiadas pelo programa por meio de monitoramento até a quitação integral da operação de crédito. Também será obrigatória a realização de ao menos três análises de saúde do solo nos projetos financiados: na contratação (para comprovar a condição de degradação, estabelecer a linha de base e habilitar a operação de crédito), até o meio do período de execução (para avaliar a efetiva implementação e aferir resultados parciais) e ao término (para comprovar a recuperação do solo). O documento prevê também salvaguardas socioambientais aplicadas às operações de financiamento para recuperação de terras degradadas. A propriedade rural beneficiada não poderá estar localizada, total ou parcialmente, em área de floresta pública não destinada, conforme classificação do Serviço Florestal Brasileiro; em unidades de conservação, exceto quando a atividade econômica estiver expressamente prevista no respectivo plano de manejo; ou em terras indígenas ou territórios quilombolas, salvo se o beneficiário for integrante reconhecido dessas comunidades e a atividade estiverem em conformidade com os usos permitidos. A propriedade rural também não poderá possuir embargos ambientais ativos nem apresentar desmatamento ilegal ocorrido a partir de 22 de julho de 2008, conforme previsão do Código Florestal. O objetivo desses critérios mais rígidos, explica a portaria, é que “os recursos totais, catalíticos e privados, mobilizados no âmbito do Programa Eco Invest Brasil não contribuam, direta ou indiretamente, para a conversão de vegetação nativa, alinhando-se aos princípios de desmatamento zero”. A portaria ressalta que caberá à instituição financeira verificar e atestar o cumprimento dos critérios de elegibilidade e salvaguardas socioambientais adicionais com base em sistemas de monitoramento por sensoriamento remoto, registros oficiais e atestado de especialista técnico responsável. Serão exigidas de todas as atividades financiadas a apresentação de balanço anual de emissões de gases de efeito estufa a partir do terceiro ano do financiamento e a prestação de informações anuais sobre produção e produtividade ao Programa Eco Invest Brasil na prestação de contas. Outra obrigatoriedade é que os projetos tenham práticas voltadas à resiliência hídrica, como captação e armazenamento de água de chuva, por meio de cisternas, barraginhas, curvas de nível e sulcos de retenção; irrigação eficiente, com priorização de métodos de alta eficiência hídrica, como gotejamento e aspersão localizada; uso de cultivares adaptadas ao estresse hídrico; práticas de conservação do solo que favoreçam a infiltração e retenção de água, como cobertura permanente, terraceamento e plantio em nível; ou proteção de nascentes, matas ciliares e áreas de recarga hídrica. Os agricultores ainda deverão adotar técnicas agrícolas sustentáveis, como plantio direto, uso de bioinsumos e sementes certificadas, plantas de cobertura, gestão de embalagens de agrotóxicos e plantio de acordo com as recomendações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC). Já os pecuaristas deverão ter formação de piquetes, proteção de corpos d’água contra acesso de animais, com instalação de bebedouros, rastreabilidade de animais, uso de sementes certificadas, adensamento mínimo por hectare, conforme protocolos técnicos da assistência, como o Yield Gap Analysis Framework da Embrapa/Esalq e rotação de pastagens. O risco das operações, incluído o risco de crédito, ficará a cargo integralmente das instituições financeiras, sem ônus para o governo. A intenção do programa é financiar a recuperação de até 1 milhão de hectares degradados no Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Para a Amazônia, o governo vai divulgar um leilão específico posteriormente. A expectativa do governo é mobilizar cerca de R$ 10 bilhões para essa fase, com potencial de apoiar a recuperação ou conversão de até 1 milhão de hectares degradados.
Globo Rural
EMPRESAS
BRF conclui aquisição de unidade de processamento de alimentos na China
Em comunicado enviado à CVM no dia 20 de novembro de 2024, a empresa informou que o negócio estava avaliado em US$ 43 milhões
A BRF informou que concluiu a aquisição de uma companhia de processamento de alimentos na China. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliário (CVM), a empresa lembra que o negócio envolve a BRF GmbH, subsidiária integral da BRF, e a Henan Best, pertencente à OSI Group, companhia norte-americana. “A aquisição sedimenta a presença da companhia no mercado chinês e consolida sua capacidade de atender a clientes na região. A BRF manterá seus acionistas e o mercado em geral devidamente informados acerca de qualquer novo fato relacionado ao presente comunicado”, diz o comunicado. Em comunicado enviado à CVM no dia 20 de novembro de 2024, a empresa informou que o negócio estava avaliado em US$ 43 milhões. Construída em 2013, a fábrica a ser adquirida possui duas linhas para processamento de alimentos. A unidade possui capacidade instalada de 28 mil toneladas por ano e possibilidade de expansão para duas linhas adicionais. Após a expansão, cujo investimento é previsto em cerca de US$ 36 milhões, é esperada uma produção de 60 mil toneladas/ano, informou a BRF.
Estadão Conteúdo
FRANGOS
Desempenho do frango abatido em abril e no 1º quadrimestre de 2025
O primeiro indício de vitalidade do mercado do frango abatido no mês de abril foi registrado ainda março (dia 31) quando, em plena segunda-feira, a cotação do produto deu um salto de quase 1% em relação ao fechamento da semana anterior
Foi apenas o início de um desempenho que iria culminar com o melhor preço médio mensal da moderna história do setor. Resumindo, a média alcançada em abril ficou muito próxima de R$8,70/kg, valor que correspondeu a uma valorização de pouco mais de 3% sobre o mês anterior e de 18% sobre abril de 2024 – um avanço sem dúvida significativo. Notar, porém, que o valor alcançado se encontra apenas 3,7% acima do que foi registrado quase quatro anos atrás (R$8,39/kg em setembro de 2021). E, de lá para cá, a inflação acumulada (IPCA) já ultrapassa os 21%. Com o resultado mais recente, o valor médio do 1º quadrimestre do ano ficou próximo dos R$8,48/kg, valor cerca de 15% superior ao do mesmo período de 2024. É, no entanto, um resultado que – deflacionado pelo IPCA do IBGE – ainda se encontra aquém da média anual registrada em 2021.
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