Ano 11 | nº 2427 |18 de março de 2025
NOTÍCIAS
ABRAFRIGO NA MÍDIA
Exportações de carne bovina desaceleram em fevereiro, com queda de 6% nos volumes embarcados
As exportações totais de carne bovina em fevereiro (carnes in natura somadas às carnes processadas e subprodutos), apresentaram queda de 6% no volume, informou a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
No volume, a movimentação de fevereiro de 2025 foi de 217.108 toneladas e em 2024 alcançou a 230.504 toneladas. Na receita, houve crescimento de 12,6% no mês de fevereiro, passando de US$ 922,1 milhões em 2024 para US$ 1,038 bilhão em 2025. O preço médio de 2024 em fevereiro foi de US$ 4.000 por tonelada e, neste ano, foi a US$ 4.782 por tonelada. No primeiro bimestre de 2025, as exportações movimentaram 456.146 toneladas (-2%) com receita de US$ 2,066 bilhões (+12%). Em 2024, a movimentação foi de 465.651 toneladas e a receita de US$ 1,852 bilhão. O preço médio do bimestre em 2024 foi de US$ 3.977 por tonelada e em 2025 alcançou a US$ 4.529 por tonelada. O maior cliente do produto brasileiro, a China, importou 194.135 toneladas com receita de US$ 857,5 milhões nos dois primeiros meses de 2024. No primeiro bimestre de 2025 a movimentação da China foi de 183.800 toneladas (-5,3%) e a receita de US$ 895,9 milhões (+4,5%). O preço médio em 2024 foi de US$ 4.417 por tonelada e em 2025 alcançou a US$ 4.874 por tonelada. Os Estados Unidos, segundo maior cliente do Brasil, compraram 89.003 toneladas com receita de US$ 258,2 milhões no primeiro bimestre de 2024. Em 2025, a importação caiu para 78.233 toneladas (- 12,1%) e a receita subiu para US$ 286,3 milhões (+10,9%). O preço médio em 2024 foi de US$ 2.901 por tonelada e em 2025 aumentou para US$ 3.360 por tonelada. O terceiro maior comprador de carne bovina, o Chile, aumentou sua movimentação de 11.926 toneladas, com receita de US$ 54,5 milhões em 2024 para 19.281 toneladas (+61,7%) e receita de US$ 105 milhões em 2025 (+92.5%). A Argélia subiu para quarta posição entre os 20 maiores importadores, elevando suas aquisições de 5.322 toneladas e receita de US$ 24,1 milhões em 2024 para 15.956 toneladas (+199%) e receita de US$ 85,4 milhões em 2025 (+254%). Outros importadores que tiveram crescimento relevante foram a Itália e a Líbia. No total, 89 importadores aumentaram suas aquisições, enquanto outros 51 reduziram suas compras.
Publicado em: Valor Econômico/Globo Rural/Reuters/Notícias Agrícolas/Canal Rural/Istoé Dinheiro/Poder 360/Forbes Brasil/Uol Notícias/Estadão Conteúdo/Metrópoles/GC Notícias/Diário do Comércio/Investing.com/Compre Rural/Página Rural/Canal do Criador/
NOTÍCIAS
Queda na cotação da novilha em São Paulo
A semana começou com poucos negócios. As ofertas estiveram equilibradas, mas, para as fêmeas a disponibilidade esteve maior, pressionando a cotação da novilha. A cotação do boi gordo e da vaca não mudou. As escalas de abate estão, em média, para oito dias
Segundo levantamento da Scot Consultoria, a semana começou com poucos negócios nas praças de São Paulo. “As ofertas estão equilibradas, mas, para as fêmeas, a disponibilidade está maior, pressionando a cotação da novilha gorda”, relatou a Scot. Com isso, a cotação desta categoria sofreu recuo diário de R$ 3/@ na segunda-feira (17/3), para R$ 295/@. O boi gordo “comum” segue cotado em R$ 310/@ em São Paulo, a vaca gorda em R$ 280/@ e o “boi-China” vale R$ 313/@ (todos os preços são brutos e com prazo). Em Santa Catarina, o cenário foi de boa oferta de boiadas e de escalas com média de 11 dias. Na região Noroeste do Paraná, o registro foi de boa oferta e escalas, em média, para oito dias. No atacado da carne com osso, com o aumento do volume disponível e a diminuição da procura pela carcaça casada de boi capão, o preço caiu 0,5%. No entanto, a disponibilidade das demais carcaças esteve menor e com boa demanda, na comparação feita semana a semana. Em função disso a cotação subiu. O preço da carcaça casada do boi inteiro subiu 2,7%, o da vaca subiu 2,2%, e o da novilha teve aumento de 1,3%. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* caiu 1,2% ou R$0,10/kg. Já para a carcaça de suíno especial**, o preço baixou 3,1% ou R$0,40/kg.
Scot Consultoria
Frigoríficos ainda encontram dificuldades no posicionamento de suas escalas de abate
O mercado físico do boi gordo abriu a semana com preços acomodados. Os frigoríficos ainda encontram dificuldades no posicionamento de suas escalas de abate, o que sugere por tentativas de compra em patamares mais altos.
De acordo com a Safras & Mercado a oferta de fêmeas aparenta ter diminuído em diferentes regiões do país, o que ajuda a entender o motivo de uma maior sustentação dentro do mercado brasileiro. As exportações permanecem em ótimo nível: o Brasil ainda é disparadamente a melhor alternativa global para o fornecimento de carne bovina, ganhando em competitividade na comparação com seus principais concorrentes. Preços médios da arroba de boi gordo ontem: São Paulo: a referência média ficou em R$ 311,83, na modalidade à prazo, contra R$ 311,33 anteriormente. Goiás: indicação média de R$ 297,14, no comparativo com R$ 295,54 da última cotação. Minas Gerais: a arroba teve preço médio de R$ 285, estável. Mato Grosso do Sul: arroba indicada em R$ 294,89, contra R$ 294,77 da última sexta (14). ato Grosso: a arroba ficou indicada em R$ 299,39, estável. O mercado atacadista apresentou preços firmes no decorrer desta segunda-feira (17). O ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes no curto prazo, considerando que o escoamento da carne costuma ser mais lento durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. Quarto traseiro ainda cotado a R$ 25 por quilo. Quarto dianteiro precificado a R$ 18,50 o quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 17 por quilo.
Agência Safras
Carne bovina in natura: Média diária exportada avança 76,6% na segunda semana de março/25
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex, do Mdic, os embarques de carne bovina in natura alcançaram a 117,4 mil toneladas até a segunda semana de março/25. No ano anterior, o mês de março exportou 166,2 mil toneladas em 20 dias úteis.
A média diária exportada até a segunda semana de março/25 ficou em 14,6 mil toneladas e registrou alta de 76,6%, quando comparada com a média de março de 2024, que estava em 8,3 mil toneladas. Os preços médios pagos pela carne bovina ficaram em US$ 4.869 por tonelada e isso representa um ganho anual de 7,5%, quando se compara com os valores observados em março de 2024, em que estavam precificados em US$ 4,529 por tonelada. O valor negociado para a carne bovina até a segunda semana de março ficou em US$ 572 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 753,1 milhões. A média diária do faturamento ficou em US$ 71,5 milhões, com um ganho de 89,9%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, que ficou em US$ 37,6 milhões.
SECEX
Ministério adia início de programa contra mal da vaca louca
Esse é o segundo adiamento do prazo para a aplicação das medidas, que inicia em março de 2026. O Brasil possui status de risco insignificante para a doença desde 2012
O Ministério da Agricultura adiou para março de 2026 o início da vigência do Programa Nacional de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atualizado, que prevê medidas oficiais de prevenção e vigilância e para a manutenção do status de risco insignificante para a doença conhecida como mal da vaca louca. O novo programa foi instituído em setembro do ano passado, mas esse já é o segundo adiamento do prazo para início da aplicação das medidas. Inicialmente, a previsão era outubro de 2024. A data passou para maio de 2025 e agora março de 2026. De acordo com a Pasta, o adiamento tem como objetivo garantir um processo mais harmonizado com demais países, que são destinos dos produtos de origem animal do Brasil. Segundo o ministério, apesar de a normativa nacional refletir o “excelente status sanitário” do país para EEB e estar em conformidade com a legislação da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), alguns países importadores ainda precisam de tempo para atualizar suas legislações domésticas e possibilitar os ajustes nos modelos de certificação sanitária. A ideia do ministério é ter uma ação de divulgação mais ampla, para atingir o nível adequado de informação na atualização do procedimento, para não haver impacto na cadeia de comércio. Em 2024, o ministério definiu novas diretrizes ao programa contra EEB por conta da atualização de um capítulo do Código Sanitário para Animais Terrestres da OMSA. O novo texto fez ajustes no Feed Ban — regulamentos que proibiram a alimentação de gado com a maioria das proteínas derivadas de mamíferos — para focar exclusivamente em proteínas de origem de ruminantes. A mudança permitirá, segundo a Pasta, uma abordagem “mais específica e menos onerosa, melhorando a eficiência regulatória e reduzindo custos para os produtores, sem comprometer a eficácia da medida”. A vigilância também passa a focar exclusivamente bovinos com sinais clínicos compatíveis com EEB, ao invés de incluir ovinos e caprinos, permitindo alocação mais eficaz dos recursos, concentrando-se nos casos mais relevantes e melhorando a capacidade de detectar e responder a possíveis focos da doença. A esterilização obrigatória de farinhas de carne e ossos foi mantida apenas para atender a requisitos internacionais de exportação ou em caso de alterações no cenário epidemiológico, de acordo com as regras que entrarão em vigência em 2026. O Brasil possui status de risco insignificante para a doença desde 2012. O país já registrou seis casos atípicos do mal da vaca louca no rebanho nacional, o mais recente em fevereiro de 2023. Na ocasião, o comércio de carne bovina para a China, principal comprador, ficou suspenso por cerca de um mês. A doença é de notificação obrigatória à OMSA há mais de 25 anos. O Brasil nunca registrou um caso clássico de vaca louca. O primeiro episódio atípico ocorreu em 2012, sucedido de uma ocorrência em 2014, outra em 2019 e duas em 2021.
Globo Rural
Estatística da pecuária (Campo Grande – MS)
Na região, a cotação do boi gordo teve uma queda, semelhante aos cenários ocorridos em outras praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria. Já os preços da vaca e da novilha, ficaram estáveis na semana
Com isso, na comparação semanal, a cotação do boi gordo apresentou queda de 1,0% ou R$3,00/@, cotado em R$290,50/@. A vaca e a novilha, estão sendo negociadas em R$266,00/@ e em R$276,00/@, respectivamente. Preços a prazo e descontados os impostos (Senar e Funrural). Em São Paulo, o diferencial de base do boi gordo é de R$15,00/@ ou menos 5,1%, comercializado em R$305,50/@, considerando o preço a prazo e livre de impostos. No curto prazo, o mercado deve seguir pressionado.
Scot Consultoria
ECONOMIA
Dólar cai abaixo de R$5,70 com notícias positivas da China e alta do petróleo
O dólar fechou a segunda-feira com baixa superior a 1% ante o real, na menor cotação desde o início de novembro do ano passado, refletindo notícias favoráveis sobre a economia chinesa, as negociações de paz para o conflito na Ucrânia e o avanço do petróleo
Em mais uma sessão favorável para as moedas de países emergentes, o dólar à vista fechou o dia com baixa de 1,03% frente ao real, aos R$5,6861, menor cotação desde 7 de novembro do ano passado, quando encerrou em R$5,6759. No ano, o dólar acumula queda de 7,98%. Às 17h36 na B3 o dólar para abril — atualmente o mais líquido no Brasil — cedia 1,11%, aos R$5,7015. A busca por ativos de maior risco — como ações, moedas e títulos de países emergentes — era justificada pelo otimismo trazido pela China. O gigante asiático revelou no fim de semana um “plano de ação especial” para impulsionar o consumo interno, apresentando medidas que incluem o aumento da renda das famílias e o estabelecimento de um subsídio para cuidados infantis. Além disso, dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país na segunda-feira mostraram que as vendas no varejo chinês aumentaram 4,0% no período de janeiro a fevereiro, contra alta de 3,7% em dezembro. A perspectiva positiva em relação à economia chinesa, somada aos receios em torno das ações dos EUA contra os houthis do Iêmen no Mar Vermelho, importante rota comercial marítima, dava força ao petróleo nos mercados internacionais. “Medidas que visam estimular o consumo das famílias chinesas tendem a impulsionar a demanda por bens e produtos globais, beneficiando especialmente as economias com fortes laços comerciais com o país asiático”, disse Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad. Outro fator favorável para os ativos de risco era a indicação de que o presidente dos EUA, Donald Trump, planeja falar com o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira e discutir o fim da guerra na Ucrânia, após conversas positivas entre autoridades norte-americanas e russas em Moscou. O movimento esteve em sintonia com o avanço firme do Ibovespa e o recuo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), com investidores à espera das decisões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve marcadas para a próxima quarta-feira — eventos com potencial de alterar a precificação dos ativos no Brasil.
Reuters
Ibovespa sobe e fecha na máxima desde outubro orbitando 131 mil pontos
O Ibovespa fechou em alta pelo quarto pregão seguido na segunda-feira, ultrapassando os 131 mil pontos no melhor momento e renovando máxima em quase cinco meses, em movimento guiado pelas blue chips Itaú, Petrobras e Vale
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,46%, a 130.833,96 pontos, tendo alcançado 131.313,48 pontos na máxima e 128.957,09 pontos na mínima do dia. Foi o maior patamar de fechamento desde 28 de outubro do ano passado, quando o Ibovespa encerrou a 131.212,58 pontos. O volume financeiro nesta segunda-feira somou R$23,1 bilhões. As ações brasileiras vêm se beneficiando de uma rotação global de portfólios, com dados da B3 sobre a movimentação de estrangeiros na bolsa paulista mostrando entrada líquida de R$2,26 bilhões em março até o dia 13. De acordo com os estrategistas Aline Cardoso e Guilherme Motta, do Santander no Brasil, dados de atividade econômica mais fracos recentemente no país também reforçaram a percepção de que o pico da Selic pode ser menor do que o esperado. A equipe de macroeconomia do Santander vê a Selic chegando a 15,5% em junho, com queda para 14,5% até o fim do ano. Atualmente, a taxa básica de juros está em 13,25%. Nesta segunda-feira, a equipe de macroeconomia do Itaú, chefiada pelo ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, reduziu sua projeção para a Selic ao fim deste ano para 15,25%, de 15,75% antes, após cortar expectativa para a taxa de câmbio. Estrategistas do Bank of America reiteraram “overweight” para as ações brasileiras em seu portfólio para a América Latina, citando o efeito do ritmo da atividade na inflação. “Nos últimos três meses, a atividade está finalmente desacelerando, o que pode ancorar as expectativas de inflação e pavimentar o caminho para cortes (na Selic) mais cedo do que o mercado espera”, afirmaram em relatório a clientes. Mais cedo, o Banco Central informou que o IBC-Br, considerado um sinalizador do PIB, cresceu 0,9% em janeiro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado, acima de expectativas no mercado (+0,2%).
Reuters
BC: ‘Prévia do PIB’ surpreende, cresce 0,9% em janeiro e atinge maior nível da série
Após fechar 2024 em estabilidade, a atividade econômica nacional cresceu 0,9% em janeiro, mostram dados divulgados na segunda-feira pelo IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), indicador do BC (Banco Central) conhecido por antecipar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto).
Economia nacional encolheu 0,7% no mês de dezembro. A queda registrada leva a prévia do PIB aos 152,3 pontos na série dessazonalizada (livre de influências). O patamar é o mais baixo registrado desde maio do ano passado (151,2 pontos). O resultado de janeiro devolve o índice a patamar recorde, mostra BC. Após a perda de fôlego ao final do ano passado, a atividade econômica iniciou 2025 em alta e atingiu os 154,6 pontos em janeiro, o maior nível de toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2003. Comparações com o 2024 são positivas. Segundo o IBC-Br, o nível da atividade econômica em janeiro é 3,6% maior do que o verificado no mesmo mês do ano passado. Na do trimestre finalizado, o resultado é 3,4% superior ao apurado no mesmo período do ano passado.
Uol Economia
Mercado reduz projeções para o PIB e inflação no Brasil em 2025, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central reduziram as medianas de suas projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano e no próximo, com a expectativa em relação à expansão de 2025 caindo abaixo da marca de 2%, enquanto também diminuíram a previsão para a inflação deste ano, mas viram uma alta maior em 2026, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do país agora é de avanço de 1,99% ao fim deste ano, de alta de 2,01% na pesquisa anterior. Para 2026, a projeção para a expansão da economia brasileira foi a 1,60%, ante 1,70% há uma semana. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda uma queda na projeção da inflação para este ano, agora a 5,66%, de 5,68% no levantamento anterior, uma redução rara na expectativa para o nível dos preços em 2025, que tem sido aumentada constantemente nos últimos meses. Para 2026, a nova projeção do IPCA subiu, com os analistas prevendo alta de 4,48%, ante 4,40% na semana anterior. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Houve ainda manutenção na expectativa para a taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das projeções para a Selic em 2025 é de 15,00%, enquanto para 2026, a previsão é de que a taxa atinja 12,50%. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para mais uma definição da taxa de juros, com a decisão a ser anunciada na quarta-feira. Os analistas do Focus projetam uma alta de 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano, como já foi sinalizado pela própria autarquia na reunião anterior, em janeiro. No Focus desta segunda, houve ainda redução na expectativa para o preço do dólar em 2025 para R$5,98, de R$5,99 na semana passada, e manutenção da projeção para 2026, a R$6,00. A divisa norte-americana acumula queda ante o real de 7,02% neste ano, em movimento puxado por um processo de correção de preço, após sua disparada no fim do ano passado, e maior incerteza em relação aos planos tarifários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Reuters
EMPRESAS
Ações de frigoríficos figuram entre destaques negativos em dia de alta do Ibovespa
As ações dos frigoríficos capitaneavam a ponta negativa do Ibovespa na segunda-feira, com declínios elevados, em sessão mais negativa para empresas de proteínas e alimentos
Em comentário a clientes mais cedo, analistas da XP afirmaram não ter visto nada específico, mas pontuaram que a alta do milho segue desconfortável e só deve melhorar com a certeza das chuvas de abril. Na sexta-feira, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) disse que os preços do milho no mercado brasileiro fecharam a última semana em alta de cerca de 2%, próximos de R$90 a saca na região referencial de Campinas (SP), em patamar nominal verificado pela última vez em abril de 2022. A equipe da XP também citou fluxo de recursos saindo de ações de exportadoras e migrando para papéis mais atrelados ao mercado doméstico dada a queda do dólar em relação ao real dos últimos dias. Nesta sessão, o dólar recuava cerca de 1%. “Entretanto, nenhum dos dois motivos explicaria a intensidade”, ponderaram Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak. Por volta de 12h25, Marfrig perdia 4,06%, enquanto JBS tinha declínio de 3,97%, BRF recuava 2,48% e Minerva caía 1,68%. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 1,27%. Também no radar do setor estava a notícia de que registros de exportação de mais de 1.000 frigoríficos dos Estados Unidos concedidos pela China no âmbito do acordo comercial “Fase 1” de 2020 expiraram no domingo. Procuradas sobre este tema, JBS e Marfrig, que têm operações nos EUA, não se manifestaram imediatamente.
Reuters
As condições do BNDES para abrir mão de voto sobre dupla listagem da JBS
Braço de participações do banco assinou acordo para abrir mão de votar na assembleia da empresa de carnes que tratará de oferta de ações nos EUA
A BNDESPar, subsidiária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assinou um acordo com a J&F Investimentos pelo qual concorda em se abster de votar na assembleia que vai deliberar sobre a dupla listagem da JBS, deixando a decisão para os demais acionistas minoritários. A gigante de carnes está em processo de aprovação da Securities and Exchange Commission (SEC, a comissão de valores mobiliários americana) para ter suas ações negociadas nos Estados Unidos, além do Brasil. A abstenção da BNDESPar, que detém 20,8% do capital social da JBS e historicamente já foi contra a internacionalização da companhia de carnes, no entanto, veio com uma condição. O acordo aprovado pela diretoria do banco na última quinta-feira (13/3) e divulgado hoje (17/3) prevê também uma garantia de pagamento de até R$ 500 milhões pela J&F ao BNDES, “em caso de não valorização das ações da JBS a ser verificada no segundo semestre de 2026”, conforme comunicado ao mercado. Isso significa que o BNDES receberá uma espécie de “seguro” na hipótese de as ações da JBS não atingirem a valorização que se espera em decorrência da dupla listagem, conforme apurou o Valor. O CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, já afirmou em diversas ocasiões que o principal objetivo da companhia com a dupla listagem é destravar valor e alinhar a estrutura de capital ao tamanho operacional que a empresa alcançou. Atualmente, a JBS não acessa, por exemplo, alguns fundos de investimento relevantes que têm a SEC como reguladora. As concorrentes que são listadas nos EUA contam com esse acesso. Com base nisso, a JBS vê uma oportunidade de valorização para o capital da empresa com a dupla listagem. De acordo com uma fonte a par do assunto, será enviada uma atualização à SEC em breve, com os resultados da companhia obtidos em 2024, que serão divulgados no fim deste mês. Feito isso, os demais requerimentos pedidos pela SEC vêm sendo respondidos e são cada vez menores, o que gera a expectativa de que a aprovação pode vir neste ano, segundo a fonte. Ainda assim, não é possível cravar com certeza qual será a resposta da SEC, quando virá e como isso será refletido nas ações da JBS. No comunicado, o BNDES disse que o acordo com a J&F foi firmado pelo fato de a BNDESPAR ser a maior acionista minoritária e ainda deter 20,8% do capital social da JBS, posição que lhe garante representatividade diferenciada na governança da companhia. A listagem envolve a mudança de sede da empresa para a Holanda. Os acionistas controladores e minoritários passarão a deter ações da JBS N.V., empresa que será sediada na Europa, e a companhia negociará Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3 e diferentes classes de ações na Nyse. Caso o processo seja aprovado pela SEC, não há obrigação por parte do BNDESPar em vender sua participação na JBS e nem intenção, segundo uma fonte. No entanto, o banco está sempre atento a oportunidades de compra e venda de ações. Desde 2007, quando iniciou o apoio à JBS, por meio de participação acionária, investindo, aproximadamente, R$ 8,1 bilhões, a BNDESPar já recebeu R$ 4,9 bilhões em dividendos e, considerando os desinvestimentos já realizados e a posição de mercado em 31/12/2024, o total de ganho estimado da BNDESPar está em R$ 22,7 bilhões, o que equivale a uma taxa de retorno sobre o investimento de 11,35%, comparado a uma rentabilidade de 7,25% do Ibovespa.
Valor Econômico
INTERNACIONAL
OCDE vê mais desaceleração no Brasil com tarifas de Trump
Para entidade, pode ser necessário aumentar mais os juros no Brasil para frear as pressões inflacionárias. A economia brasileira vai desacelerar um pouco mais em 2025 e 2026 no rastro da guerra comercial de Donald Trump, na avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Recentemente, o Ministério da Fazenda apresentou estimativa de crescimento de 2,3% do PIB brasileiro neste ano, impulsionada principalmente pelo setor agropecuário, e embora repercutindo o patamar contracionista da política monetária. Mas a OCDE, em seu primeiro relatório de perspectivas econômicas no ano, publicado hoje em Paris, destaca que “no Brasil, a expansão econômica, rápida nos últimos tempos, deverá desacelerar, com o impacto do aperto da política monetário e da alta de tarifas sobre as exportações de aço e de alumínio para os EUA freando o crescimento que passará de 3,4% em 2024 para 2,1% em 2025 e 1,4% em 2026”. Essa estimativa significa corte de 0,2% neste ano e de 0,5% no ano que vem no crescimento da economia brasileira comparado a projeções de dezembro, pouco antes do retorno de Donald Trump à Casa Branca. Ao mesmo tempo, a projeção para a economia da Argentina, que vem de contração de 1,8% em 2024, é que crescerá mais do dobro que a brasileira neste ano, com taxa de 5,7% (2,1 pontos percentuais a mais que o previsto em dezembro) e 4,8% no ano que vem (1 ponto percentual a mais). A inflação no Brasil, sem surpresa, é projetada para aumentar para 5,4% comparado a 4,4% no ano passado, ou 1,2 ponto percentual a mais que a projeção de dezembro. Para 2026, a alta de preços no Brasil ficaria em torno de 5,3%, ainda alta em plena campanha eleitoral. Já na Argentina, a inflação cairia para 28,4% neste ano comparado a 117,8% no ano passado, representando uma baixa maior que projetado inicialmente. Embora a inflação anual nas economias emergentes deva diminuir mais acentuadamente do que nas economias avançadas, isso reflete, em grande parte, novas quedas significativas da taxa na Argentina e na Turquia. A inflação em vários outros emergentes, incluindo África do Sul, Indonésia e China, deve aumentar. Nesse cenário, a projeção da OCDE é de que a política monetária permaneça restritiva no México, apesar de uma leve flexibilização das taxas nominais de política monetária, “e no Brasil, onde pode ser necessário aumentar ainda mais as taxas de política monetária em 2025 para limitar as pressões inflacionárias”. Para a entidade, diante do risco de bruscas mudanças no sentimento do investidor e da volatilidade dos fluxos de capitais, uma vigilância mais rígida ajudaria a garantir a saúde e a resiliência do setor bancário nas economias emergentes. Calcula que, no caso de choque de reciprocidade tarifária que Trump ameaça impor em abril, a taxa básica de juros nos emergentes poderá subir entre 1,25% e 1,5%. O aperto da política monetária contribui para o enfraquecimento a curto prazo da produção, agravando os efeitos diretos da alta de tarifas de importação. O estudo da OCDE mostra também que o Brasil registra o maior aumento nos salários reais. Ou seja, os salários reais no final de 2024 estavam bem acima dos níveis pré-pandêmicos no Brasil, seguido pelos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido e Canadá.
Valor Econômico
China renova registros de frigoríficos dos EUA, diz jornal chinês
Postura do governo chinês vale para suínos e aves
Exportação de carnes suína e de frango são autorizadas, mas China não deu autorização para carne bovina. A China renovou os registros que habilitam frigoríficos dos Estados Unidos a exportar ao país de Xi Jinping, segundo o jornal local, China Daily, na segunda-feira (17/3). A renovação pelos chineses vale para carne suína e aves. De acordo com o jornal, a postura dá um fôlego momentâneo para as plantas norte-americanas. Contudo, o setor de carne bovina aguarda a autorização para embarcar o produto. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) ainda não se pronunciou sobre o caso. A decisão se dá em meio às disputas tarifárias que envolvem a Casa Branca e Pequim, com tensões do mercado para uma eventual escalada da guerra comercial iniciada em 4 de março com tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre produtos chineses. A China, por sua vez, respondeu com taxas retaliatórias.
Globo Rural
FRANGOS & SUÍNOS
Quedas predominaram nas cotações do mercado de suínos na segunda-feira (17)
De acordo com levantamentos do Cepea, após atingirem as máximas nominais para um mês de fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne têm acumulado queda nesta primeira quinzena de março
Segundo dados da Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo cedeu 0,61, com preço médio de R$ 164,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, fechando em R$ 12,50/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (14), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, custando R$ 8,20/kg. Houve queda de 0,58% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,59/kg, baixa de 0,24% no Paraná, valendo R$ 8,29/kg, recuo de 0,48% no Rio Grande do Sul, e de 1,03% em São Paulo, fechando em R$ 8,68/kg.
Cepea/Esalq
Faturamento com exportações de carne suína até a 2ª semana de março tem destaque
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Mdic as exportações de carne suína in natura até a segunda semana de março (oito dias úteis), tiveram destaque para o faturamento
A receita obtida US$ 130 milhões representa 73,10% sobre o total arrecadado em todo o mês de março de 2024, que foi de US$ 179 milhões. No volume embarcado, as 51.509 toneladas representam 65,38% do total registrado em março do ano passado, quantidade de 78.775 toneladas. O faturamento por média diária até este momento de março foi de US$ 16,3 milhões, quantia 82,8% maior do que a de março de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 30,76% observando os US$ 23,6 milhões, vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 6.438 toneladas, houve elevação de 63,5% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, recuo de 30,87%, comparado às 9.314 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.541, ele é 11,8% superior ao praticado em março passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa tímida alta de 0,16% em relação aos US$ 2.536 anteriores.
Secex
Queda em SC e alta no PR para o mercado do frango
Segundo análise do Cepea, os preços da carne de frango encerram esta primeira quinzena de março em alta na maioria das regiões acompanhadas
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo subiu 1,82%, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto a ave no atacado caiu 0,25%, custando, em média, R$ 7,98/kg. Na cotação do animal vivo, o valor subiu 13,33% no Paraná, custando R$ 4,76/kg, mas ficou estável em Santa Catarina, com preço de R$ 4,64/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (14), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram queda de 0,47%, custando, respectivamente, R$ 8,47/kg e R$ 8,55/kg.
Cepea/Esalq
Frango: volume exportado e receita até este momento de março chegam a 60% das exportações de março/24
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Mdic, as exportações de carne de aves in natura até a segunda semana de março (oito dias úteis), atingiram quase 60% do total registrado em março de 2024, tanto para faturamento quanto para volume embarcado
A receita obtida, US$ 406,5 milhões, representa 59,11% do total arrecadado em todo o mês de março de 2024, que foi de US$ 687,7 milhões. No volume embarcado, as 227.768 toneladas representam 58,29% sobre o volume registrado em março de 2024, com 390.744 toneladas. O faturamento por média diária até este momento do mês foi de US$ 50,8 milhões quantia 47,8% a mais do que o registrado em março de 2024. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 35,69% quando comparado aos US$ 79 milhões vistos na semana passada. Em toneladas por média diária, foram 28.471 toneladas, houve incremento de 45,7% no comparativo com o mesmo mês de 2024. Quando comparado ao resultado da semana anterior, baixa de 34,92% em relação às 43.749 toneladas da semana anterior. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.784 é 1,4% superior ao praticado em março do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa retração de 1,18% no comparativo ao valor de US$ 1.806 visto na semana passada.
Secex
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