CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2399 DE 04 DE FEVEREIRO DE 2025

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Ano 11 | nº 2399 |04 de fevereiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Queda na cotação do “boi China” nas praças paulistas

O mercado começou a semana com os frigoríficos fora das compras, com isso, não houve alteração na cotação, com exceção para o “boi China”, que recuou R$2,00/@. As escalas estão, em média, para oito dias.

No Rio de Janeiro, os preços ficaram estáveis.  No atacado da carne com osso, a última semana de janeiro encerrou com as vendas consideradas boas, no entanto, o aumento na oferta de bovinos terminados resultou em um mercado que variou entre estabilidade e queda. O preço da carcaça do boi capão não mudou, enquanto a cotação da carcaça do boi inteiro caiu 0,7%. A cotação da carcaça casada da vaca recuou 4,5% e a da novilha caiu 3,1%. No mercado de carnes alternativas, a cotação do frango médio* caiu 2,0% ou R$0,15/kg. No entanto, a carcaça de suíno especial** subiu 4,3% ou R$0,50/kg. *Ave que leva em consideração o peso médio da linhagem para um lote misto, com rendimento de carcaça estimado em 74,0%. **Animal abatido, sem vísceras, patas, rabo e gargantilha. Vencimento do contrato futuro do boi gordo (B3) em janeiro/25. No último dia útil de janeiro, sexta-feira (31/1), na B3, aconteceu a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIF25. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador da B3, ficou em R$325,64/@, à vista e livre de impostos.

Scot Consultoria

Queda geral nos preços dos cortes bovinos no atacado de SP

A carcaça casada encerrou a sexta-feira (31/1) com uma queda semanal de 1,1%, atingindo valor médio de R$ 21,73/kg, segundo a Agrifatto

Na última semana de janeiro/25, todos os cortes bovinos sofreram recuos no atacado de São Paulo, conforme dados apurados pela Agrifatto. A carcaça casada bovina encerrou a sexta-feira (31/1) com uma queda de 1,1% sobre o valor registrado na sexta-feira anterior (24/1), com preço médio de R$ 21,73/kg. Essa queda foi puxada sobretudo pela variação negativa no dianteiro bovino, que terminou a última semana valendo R$ 18,05/kg, em média, um recuo de 1,62% em relação ao preço do dia 24/1. Na outra ponta, o traseiro bovino registrou recuo semanal de 1,26%, fechando a sexta-feira cotado a R$ 25,53/kg, na média. Segundo a Agrifatto, diferença entre o preço do traseiro e do dianteiro bovino atingiu 40,9% em 31/1, o menor nível semanal desde a última semana de novembro/24. “Isso mostra que a população brasileira tem priorizado cortes com menor valor agregado, como consequência das contas mais ‘apertadas’ após as festas de final de ano”, observa a Agrifatto. A carcaça especial suína seguiu caminho oposto ao preço da proteína bovina, apresentando uma valorização de 1,27% no comparativo semanal, ficando precificada em média a R$ 11,62/kg no dia 31/1, informa a Agrifatto. “Após sucessivas quedas semanais, o suíno pode ter encontrado seu ponto de equilibro na casa dos R$ 11,50/kg, o que representa um avanço de mais de 20% frente o preço médio de janeiro/24”, relata a Agrifatto. O frango resfriado foi pelo mesmo caminho da proteína suína, com expansão semanal de 0,31%, encerrando a sexta-feira (31/1) em R$ 8,19/kg, na média, diz a Agrifatto. Segundo a consultoria, na última quarta-feira (29/1), a relação de troca entre o frango e a carcaça bovina atingiu o maior índice desde 10/10/2024, de 0,380 kg/kg. Tal comportamento, diz a Agrifatto, reflete o período final do mês, quando o consumidor brasileiro normalmente está menos capitalizado, optando por proteínas mais baratas.

Agrifatto

Imposições tarifárias dos Estados Unidos em relação a outros países podem gerar efeito positivo sobre as vendas brasileiras

O mercado físico do boi gordo abriu a semana apresentando acomodação em seus preços. De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por tentativas de compra abaixo da referência média, com expectativa em torno da entrada dos salários na economia que pode reaquecer o mercado.

“As escalas de abate no geral estão apertadas, entre cinco e sete dias úteis na média nacional. As exportações seguem no radar, com imposições tarifárias dos Estados Unidos em relação a outros países, podendo gerar efeito positivo sobre as vendas brasileiras”, considera. Preços médios do boi gordo (a prazo): São Paulo: R$ 324,83. Goiás: R$ 306,25. Minas Gerais: R$ 314,41. Mato Grosso do Sul: R$ 312,39. Mato Grosso: R$ 322,01. O mercado atacadista abre a semana com preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, a entrada dos salários na economia é uma variável importante a ser considerada, podendo resultar em alguma elevação dos preços, em especial dos cortes do dianteiro e da ponta de agulha, mais demandados nessa época do ano. “Grande parcela da população prioriza o consumo de proteínas mais acessíveis durante o primeiro bimestre, considerando despesas tradicionais inerentes ao período, como IPTU, IPVA, compra de material escolar, entre outros”, disse o analista. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 24,50 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 17,50, por quilo. O quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 17,50, por quilo.

Canal Rural

Exportação de Carne Angus Certificada cresceu 9,2% em 2024

Balanço divulgado na semana pela Associação Brasileira de Angus e Ultrablack aponta novamente a China como grande destino do produto em nível mundial

A consolidação nacional do Programa Carne Angus Certificada registrou mais um capítulo importante da sua história em 2024. No período, a exportação do produto registrou crescimento de 9,2%, totalizando 3.137 toneladas comercializadas. Entre os principais destinos, a China permanece como grande destaque, importando mais de 50% do total. Oriente Médio e Chile completam a lista dos três primeiros. O balanço foi divulgado nesta semana pela Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, que também apontou novo recorde no volume de abates. Ao longo do ano, 510 mil animais foram abatidos, um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior. Outro dado significativo diz respeito à quantidade de peças Angus certificadas aproveitadas após o abate. De 2023 para 2024, houve um aumento de 19,9% no índice de aproveitamento de produtos retirados das carcaças aprovadas. O presidente da Associação Brasileira de Angus e Ultrablack, José Paulo Cairoli, enfatiza que os números positivos demonstram o sucesso que o programa alcançou e a consolidação da raça. “Temos batido recordes e metas ano após ano. Inclusive, teremos um 2025 superior em todos os aspectos, justamente porque os grandes frigoríficos vêm se conscientizando cada vez mais na necessidade de terem certificação Angus. O mercado pede isso. A pecuária evoluiu muito, e esse cenário nos dá a garantia de que o programa está no rumo certo. O sucesso da raça é o sucesso da carne”, avalia Cairoli. Já o diretor do Programa Carne Angus Certificada, engenheiro agrônomo Wilson Brochmann, comemora os resultados e reforça o alto potencial de expansão de parcerias, foco da atual gestão. “Muitos frigoríficos estão nos procurando para se somarem ao programa. Temos a possibilidade de avançar em parceiros em todas as regiões do Brasil, atingindo locais que ainda não estamos presentes, além de aumentar onde já nos consolidamos”, projeta. Brochmann também considera que o maior aproveitamento das carcaças se deve à procura internacional por novos cortes específicos. “Muitos mercados que não costumavam consumir passaram a procurar a carne angus certificada, gerando uma demanda que impactou diretamente no índice de aproveitamento, chegando a esses quase 20%”, aponta.

Associação Brasileira de Angus

ECONOMIA

Dólar cai pela 11ª sessão no Brasil e tem maior sequência negativa em 20 anos

O dólar fechou em baixa ante o real pela 11ª sessão consecutiva na segunda-feira, na maior sequência de quedas em 20 anos, após os Estados Unidos anunciarem um adiamento de 30 dias na aplicação de tarifas comerciais contra o México, o que pesou sobre as cotações da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes

O dólar à vista fechou em baixa de 0,34%, aos 5,8159 reais, a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em 5,8096 reais. Apesar da variação contida em algumas sessões, desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. No período, o dólar acumulou uma queda de 4,11% frente ao real. Esta é a maior sequência negativa desde o período entre 24 de março e 13 de abril de 2005, quando o dólar fechou em baixa por 14 sessões consecutivas, chegando ao valor de 2,563 reais. Em 2025 a moeda norte-americana acumula baixa de 5,88%. Às 17h28 na B3 o dólar para março — atualmente o mais líquido no mercado brasileiro — cedia 0,67%, aos 5,8365 reais. O dólar iniciou o dia em alta ante o real com investidores reagindo à perspectiva de uma guerra comercial entre países. No sábado, os EUA haviam anunciado tarifas de 25% sobre as importações canadenses e mexicanas e de 10% sobre os produtos da China a partir de terça-feira, para atender a uma emergência nacional sobre o opioide fentanil e a entrada de estrangeiros ilegais no território norte-americano. O impulso vindo do exterior, somado ao fato de que o dólar havia recuado 3,78% nas dez sessões anteriores, fez a cotação da moeda norte-americana à vista atingir o pico de 5,9058 reais (+1,20%) às 11h54 desta segunda-feira. A mudança de trajetória da moeda norte-americana ocorreu após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que vai suspender as tarifas planejadas contra o México por 30 dias e que as negociações continuarão para se chegar a um “acordo” entre os dois países. Em uma publicação nas redes sociais após telefonema com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, Trump disse ainda que participaria das negociações. A suspensão das tarifas foi bem recebida pelo mercado e fez o dólar despencar ante o real e ante outras moedas de emergentes, como o próprio peso mexicano. “Com o Trump é só emoção no mercado, tanto para cima quanto para baixo”, comentou à tarde o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. “E o dólar a 6,00 reais ou próximo disso estava também muito inflado. Então é normal buscar uma taxa de equilíbrio”, acrescentou, em referência ao fato de a moeda norte-americana ter cedido nas últimas sessões ante o real. Às 16h31, na esteira do acordo entre EUA e México, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,8124 reais (-0,40%), em movimento que também favorecia o recuo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros). Profissionais ouvidos pela Reuters nas últimas semanas têm pontuado que a sequência de quedas do dólar faz parte de um movimento de ajuste de posições ante o “exagero” das cotações visto no fim de 2025, em meio às preocupações com a política fiscal do governo Lula. A avaliação de que a política tarifária de Trump pode não ser tão agressiva quanto o esperado durante a campanha é outro fator de alívio para as cotações — no exterior e no Brasil.

Reuters

Ibovespa tem leve queda após recuo de Trump em tarifas contra México

Sem o apoio de blue chips, índice não conseguiu suporte e fechou em queda de 0,13%, aos 125.970 pontos, perto da mínima intradiária, de 125.566 pontos

O Ibovespa começou o dia pressionado diante dos receios em torno de uma guerra comercial mais ampla após a imposição de duras tarifas dos EUA contra México, Canadá e China. Horas depois, a notícia de que mexicanos e americanos chegaram a um acordo para postergar a implementação das tarifas gerou certo alívio nos mercados: o principal índice da bolsa brasileira chegou a oscilar com um leve viés de alta e bateu os 126.473 pontos na máxima do dia. Porém, sem o apoio das blue chips, o índice não conseguiu suporte e fechou em queda de 0,13%, aos 125.970 pontos, perto da mínima intradiária, de 125.566 pontos. As maiores quedas na sessão foram registradas pelos papéis da Azul, que tiveram perdas de 5,65% após algumas sessões mais positivas. Já a liderança entre as maiores altas ficou para os papéis da Automob, que subiram 3,23%. Ações de elétricas, como a Cemig (+2,10%), também tiveram um dia mais positivo por se beneficiarem de um recuo dos juros futuros longos e por serem vistas como mais defensivas, segundo operadores. Pelas redes sociais, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse que teve “boa conversa” com o presidente dos EUA, Donald Trump, e que firmou uma série de acordos com o país. Entre eles está a suspensão das tarifas de 25% contra produtos mexicanos por um mês. Antes, o líder republicano havia determinado a taxação de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá e de 10% contra itens chineses. A sinalização de um acordo, no entanto, pode indicar que o presidente americano está disposto a negociar. A notícia ajudou a promover certo alívio nos ativos domésticos, ainda que o movimento tenha sido mais contido no Ibovespa na comparação com outros mercados. Os juros futuros passaram por um forte fechamento na sessão, com destaque para as taxas de longo prazo, que recuaram com a visão de que o ciclo de aperto do Banco Central pode ser mais contido. Já o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,38%, a R$ 5,8153. “Após a posse do novo governo dos EUA, como não houve anúncios e/ou indicações mais incisivas de novas tarifas, o mercado tirou um prêmio de risco considerável desse evento e hoje está reprecificando isso”, afirma o gestor de bolsa macro do fundo ASA Hedge, Diego Chumah. O profissional explica que as tarifas americanas implicam menos crescimento de forma geral, o que afeta diretamente as bolsas, devido a uma revisão negativa nos lucros. A incerteza dos impactos da política tarifária na inflação no curto prazo também provoca reações diferentes nos bancos centrais, diz Chumah, como uma visão mais inclinada ao aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Valor Econômico

Mercado vê inflação ligeiramente mais alta em 2025 e 2026, mostra Focus

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver uma inflação ligeiramente mais alta ao fim deste ano e do próximo, mantendo suas projeções para Selic, Produto Interno Bruto (PIB) e cotação do dólar em ambos os períodos, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a expectativa para o IPCA agora é de alta de 5,51% ao fim deste ano, de 5,50% na pesquisa anterior, no que foi a 16ª semana consecutiva de aumento na previsão. Para 2026, a projeção para a inflação brasileira é de 4,28%, de 4,22% anteriormente. O centro da meta perseguida pelo BC é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou também a manutenção na expectativa para o nível da taxa básica de juros neste ano e no próximo. A mediana das previsões para a Selic em 2025 continua sendo de 15,00%, enquanto para 2026 a projeção ainda é de que a taxa atinja 12,50%. Esta é a primeira pesquisa Focus divulgada desde a mais recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic novamente em 1 ponto percentual na quarta-feira passada, a 13,25% ao ano, como havia sinalizado no encontro anterior, repetindo ainda a orientação de que realizará uma alta da mesma magnitude em março. Os membros do Copom, no entanto, não forneceram indícios sobre os próximos passos para além de março. A ata da reunião do Copom será divulgada na terça-feira. Analistas também têm demonstrado preocupações com o início do governo de Donald Trump nos EUA. A expectativa é de que as medidas do presidente, que incluem tarifas de importação, possam fortalecer o dólar e prejudicar ativos e as economias de países emergentes. Trump confirmou no fim de semana sua promessa de impor tarifas sobre México, Canadá e China, indicando que as taxas entrarão em vigor na terça-feira. No Focus desta segunda, houve ainda manutenção na expectativa para o dólar em 2025 e 2026, com as projeções indicando que a moeda norte-americana encerrará este ano e o próximo em 6,00 reais. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 2,06% neste ano, mesma projeção da semana anterior. Em 2026, a expectativa é de que a expansão seja de 1,72%, também repetindo a mediana do levantamento anterior.

Reuters

GOVERNO

Abertura de mercado no Quênia para exportação de carne bovina

Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 321 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023

O governo brasileiro informa, com satisfação, que a autoridade sanitária do Quênia aprovou o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação de carne bovina, produtos cárneos e miúdos de bovinos do Brasil. Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 41 milhões em bens agrícolas para o Quênia. Essa abertura de mercado deverá aumentar o fluxo de comércio entre os dois países. Para o Brasil, trata-se de oportunidade de diversificar parcerias comerciais e fortalecer o setor produtivo nacional. Por sua vez, o Quênia, cuja população é de 55 milhões de habitantes, passará a ter acesso a carnes com qualidade reconhecida internacionalmente, atendendo à crescente demanda naquele país por proteína animal. De modo a dar início ao comércio de carne bovina e seus derivados, os importadores locais deverão obter licenças de importação e será necessário realizar avaliação de risco para cada estabelecimento brasileiro interessado em exportar. Com esses anúncios, o agronegócio brasileiro alcança 321 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023. Tais resultados são fruto do trabalho conjunto entre Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

MAPA

MEIO AMBIENTE

Brasil deve ser classificado como ‘risco médio’ de desmatamento por europeus

Integrantes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia deram indicação para comitiva brasileira

Uma das principais preocupações dos exportadores de produtos do agronegócio brasileiro, a classificação de risco do Brasil para aplicação da lei antidesmatamento da União Europeia pode ficar no nível médio (“standard”) e não no “alto risco”, como se previa até então. A sinalização foi dada por integrantes do Parlamento Europeu e da Comissão Europeia a uma comitiva de lideranças do agronegócio brasileiro que visitou a Europa na semana passada. A definição deve sair até agosto, disse o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), que esteve na viagem. “Acho que a classificação de risco fica na média pelas sinalizações”, disse a jornalistas nesta segunda-feira (3/2). Se confirmada a categoria “standard”, de risco médio de desmatamento, o Brasil pode ter exigências mais brandas. Na viagem, a comitiva brasileira discutiu o tema com a diretora-geral de Meio Ambiente da Comissão Europeia (DG Envi), Florika Fink-Hoojer, com a presidente do Comitê de Agricultura do Parlamento Europeu, Veronika Vrecionová, e com representantes do European Landowners Organization (ELO). Houve visitas também a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). Também participaram da missão o vice-presidente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Marcelo Bertoni, a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, e a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Globo Rural

INTERNACIONAL

Exportações para mercados árabes avançaram 22%

Em 2024, as exportações do Brasil para a Liga Árabe tiveram alta de 22,44% sobre o ano anterior, totalizando US$ 23,68 bilhões, informou a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que acompanha o comércio com o bloco de 22 países.

De acordo com o Departamento de Inteligência de Mercado da instituição, o resultado é o segundo recorde consecutivo de vendas para a região e o melhor desempenho de receitas já alcançado desde o início da compilação série histórica de exportações, em 1989, pelo governo brasileiro. O comércio com a Liga Árabe também teve recorde de superávit para o lado brasileiro, de US$ 13,50 bilhões, alta de 55,54% sobre o do ano anterior. A corrente comercial, que é a soma das importações e exportações, também avançou 12,88%, alcançando o recorde de US$ 33,87 bilhões, segundo a entidade. Em 2024, as exportações brasileiras para todos os parceiros no mundo tiveram recuo de 0,78%, somando US$ 337,04 bilhões, segundo dados do sistema federal Comex Stat. Entre os dez principais destinos dos produtos brasileiros, houve recuo nas vendas em seis, inclusive em mercados importantes, como a China, o maior comprador, e a Argentina, o terceiro do ranking. No caso do país asiático, as vendas recuaram em 9,50%, fechando em US$ 94,41 bilhões. As receitas com a Argentina reduziram 17,56%, para US$ 13,78 bilhões. Já entre os parceiros árabes, o cenário foi de avanço. As exportações para os Emirados Árabes Unidos, o maior cliente na região, cresceram 43,57%, para US$ 4,54 bilhões. O Egito, o segundo maior, comprou 72,29% mais, no caso US$ 3,99 bilhões. Mesmo a Arábia Saudita, o terceiro mercado, onde as vendas recuaram 2,83%, houve a aquisição de US$ 3,11 bilhões em produtos brasileiros. A Argélia, o quarto maior cliente, comprou 8,39% mais, total de US$ 2,57 bilhões. O Iraque, o quinto, avançou 49,13%, para US$ 1,91 bilhão em compras. A pauta brasileira de exportações com a Liga Árabe foi prevalente em produtos do agronegócio, que geraram 75,67% das receitas, ou US$ 17,92 bilhões. Os produtos mais vendidos foram açúcar (alta de 34,22’%, para US$ 6,63 bilhões), frango (+9%, US$ 3,58 bi), minério de ferro (+10,51%, US$ 3,08 bi), fora das commodities do agro, além do milho e outros cereais (+28,04%, US$ 2,46 bi) e da carne bovina (+57,72%, US$ 1,75 bi). O desempenho dos principais produtos do agronegócio também foi comparativamente melhor na Liga Árabe em relação ao conjunto das vendas brasileiras. Se nos países árabes, as exportações de açúcar cresceram 34,22%, no todo do planeta, tiveram avanço menor, de 18,14%. As receitas de frango na Liga Árabe foram 9% maiores, crescendo no conjunto do mundo apenas 1,70%. Além disso, os árabes também pagaram melhor pelo frango brasileiro: US$ 2.091,04 a tonelada, contra US$ 1.840,00 a tonelada, na média de todos os negócios globais. Situação parecida ocorreu com a carne bovina. Nos países árabes, as receitas avançaram 57,72% sobre o ano passado, ao passo que, no conjunto das vendas mundiais, o avanço foi expressivo, mas menor, de 21,80%. O milho teve receitas avançando nos árabes 28,04% e recuando 37,20% no conjunto do mundo. A soja agrupada com outras oleaginosas teve queda. Nos árabes, no entanto, o dano foi menor. Na Liga as vendas caíram 15,19%. No mundo, 18,9%.

Câmara de Comércio Árabe-Brasileira

JBS aceita pagar US$ 83,5 mi em acordo sobre fixação de preços da carne bovina nos EUA

Outro lado: JBS diz que alegações são ‘frívolas’ e que acordo era do melhor interesse da empresa

A JBS concordou em pagar US$ 83,5 milhões (R$ 485,8 mi) para encerrar as alegações antitruste de que conspirou com outras empresas frigoríficas para restringir a oferta no mercado de carne bovina dos Estados Unidos para inflacionar artificialmente os preços. Os pecuaristas e outros reclamantes divulgaram a proposta de acordo com a empresa brasileira e suas unidades nos EUA na sexta-feira (31), no tribunal federal de Minnesota. O acordo requer a aprovação de um juiz. A ação movida em 2019 alegou que a JBS e outros produtores de carne conspiraram para fixar os preços da carne bovina, violando a lei antitruste dos EUA. A JBS negou qualquer irregularidade ao concordar com o acordo. Em um comunicado, a JBS chamou as alegações de “frívolas e sem mérito” e disse que o acordo era do melhor interesse da empresa. Os advogados dos principais demandantes não quiseram comentar. O acordo proposto resolveria as reivindicações de dois grupos: produtores que venderam gado para a JBS para abate entre 2015 e 2020, e indivíduos e outros que detinham determinadas posições em futuros de gado vivo negociados na Chicago Mercantile Exchange. Os advogados dos autores estimaram milhares de membros em cada um dos dois grupos. Em seu pedido de aprovação do tribunal, os autores chamaram o acordo de “substantivamente justo, proporcionando alívio substancial para todos os membros da classe que apresentarem reivindicações válidas”. Os termos exigem que a JBS coopere com os autores da ação à medida que eles buscam reivindicações relacionadas contra os demais réus, Tyson Foods, Cargill e National Beef. Os três réus não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. O acordo é o terceiro para a JBS, que anteriormente concordou em pagar um total de US$ 78 milhões (R$ 453,8 mi) para os chamados compradores diretos e outros compradores para resolver suas reivindicações de fixação de preços no litígio.

Folha de SP

FRANGOS & SUÍNOS

Arroba suína em São Paulo sobe 1,99%

De acordo com análise divulgada pelo Cepea, após caírem por quase dois meses, os preços do suíno vivo e dos cortes encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo órgão

Nos casos de altas, o Centro de Pesquisas indica que o impulso veio do incremento da demanda da indústria por novos lotes de animais para abate. A redução dos preços em algumas praças, por outro lado, foi influenciada pelo enfraquecimento da procura, devido ao menor poder de compra da população nesta segunda metade do mês. Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo teve aumento de 1,99%, com preço médio de R$ 154,00, enquanto a carcaça especial ficou com valor estável, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (31), houve aumento de 0,01% em Minas Gerais, chegando a R$ 8,04/kg, avanço de 0,13% no Paraná, com preço de R$ 7,67/kg, incremento de 0,13% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 7,92/kg, valorização de 0,52% em Santa Catarina, alcançando R$ 7,70/kg, e de 0,51% em São Paulo, fechando em R$ 7,94/kg.

Cepea/Esalq

Segunda-feira (3) com alta para o frango vivo em SC

De acordo com dados do Cepea, os preços da carne de frango encerram janeiro com comportamentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo órgão

Em algumas praças, o típico enfraquecimento da demanda neste período (menor poder de compra do consumidor brasileiro) pressiona as cotações, enquanto noutras, a oferta enxuta de produtos de origem avícola tem garantido valorizações, segundo explicam pesquisadores do Cepea. De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,40/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,27%, custando, em média, R$ 7,45/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, com valor de R$ 4,65/kg, enquanto em Santa Catarina, houve aumento de 1,10%, custando R$ 4,61/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (30), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado baixaram 0,72%, custando, respectivamente, R$ 8,24/kg e R$ 8,26/kg.

Cepea/Esalq

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