CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2378 DE 06 DE JANEIRO DE 2024

clipping

Ano 11 | nº 2378 |06 de janeiro de 2025

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi se ajustando em São Paulo

Na sexta-feira, o cenário para o mercado do boi gordo foi de ajustes. Após a virada do ano, os agentes do mercado estão retornando aos poucos às atividades, que abriu o dia com alta de R$5,00/@ na cotação do “boi China” e estabilidade para as demais categorias.

Dessa forma, o boi gordo está cotado em R$320,00/@, a vaca em R$292,00/@ e a novilha em R$310,00/@. O “boi China” está sendo comercializado em R$325,00/@. Ágio de R$5,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo. As escalas de abate estão, em média, para seis dias. No Noroeste do Paraná, na região, o mercado encerra a semana calmo, com poucos negócios e com ofertas razoáveis de gado terminado. As indústrias frigoríficas trabalham com escalas de abate, em média, para nove dias. As cotações estão estáveis. Assim, o boi gordo está sendo negociado em R$307,00/@, a vaca em R$282,00/@ e a novilha em R$300,00/@. O “boi China” está apregoado em R$312,00/@, com ágio de R$5,00/@. Todos os preços são brutos e com prazo. No Oeste do Maranhão, o mercado abriu com alta de R$3,00/@ para todas as categorias. A cotação do boi gordo está apregoada em R$278,00/@, a da vaca em R$253,00/@ e a da novilha em R$255,00/@. Sem referência de “boi China” para a região. Todos os preços são brutos e com prazo. Vencimento do contrato futuro do boi gordo (B3) em dezembro/24. No último dia útil de dezembro, segunda-feira (30/12), na B3, aconteceu a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIZ24. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador da B3, ficou em R$316,26/@, à vista e livre de impostos. O indicador do boi gordo da Scot Consultoria ficou em R$316,38/@. A média da cotação da arroba do boi destinado ao mercado interno, nos últimos cinco dias úteis de dezembro, foi de R$308,80/@, à vista e livre de impostos. Para o “boi China”, a média de preço no período foi de R$310,80/@. 5

Scot Consultoria

Veja como os preços da arroba do boi gordo finalizaram a semana

Liquidez do mercado físico tende a continuar melhorando gradualmente nos próximos dias, diz analista

O mercado físico do boi gordo apresentou preços firmes no fechamento da semana. Houve sinalização de melhora na oferta no decorrer do dia, mesmo que de maneira comedida. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a liquidez do mercado físico tende a continuar melhorando gradualmente nos próximos dias, com agentes retornado às negociações, agora que o período de festas ficou para trás. “A oferta curta de animais no final de ano e as negociações travadas resultaram no encurtamento das escalar de algumas plantas frigoríficas. Deste modo pode haver uma postura mais ativa delas nas compras do boi gordo no curto prazo, o que pode favorecer os preços”, diz o analista da empresa Allan Maia. Segundo ele, a evolução da carne no atacado, o dólar, o fluxo de exportação e as condições das pastagens são fatores a serem acompanhados no decorrer das próximas semanas. Preços médios da arroba do boi (a prazo). São Paulo: alta nos preços no decorrer do dia. A arroba do boi gordo comum foi sinalizada entre R$ 310 e R$ 315 e o China, em até R$ 325. Minas Gerais: ficou estável. Foi cotado entre R$ 300 e R$ 310. Goiás: cotada entre R$ 300 e R$ 310. Mato Grosso do Sul: em Campo Grande e Naviraí a arroba foi indicada em até R$ 315. Mato Grosso: apresentou preços sustentados. Em Barra do Garças, foi cotada entre R$ 310 e R$ 315 e em Mirassol d’Oeste, em R$ 305. O mercado atacadista apresentou preços estáveis. A entrada da massa salarial é fator que pode ajudar o consumo no curto prazo. “Contudo, vale destacar que o perfil de consumo tende a mudar agora que se passaram as festividades, com migração de demanda de cortes nobres para mais acessíveis”, assinalou Maia. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 20,30, por quilo. Quarto traseiro foi precificado em R$ 26,70. por quilo. Ponta de agulha ficou posicionado em R$ 19,40, por quilo.

Agência Safras

ABRAFRIGO: Frigoríficos devem enfrentar aperto nas margens em 2025

Arroba do boi tende a subir e a elevar custos, com impacto maior para pequenas e médias indústrias; exportação seguirá favorável. Para o consumidor, a tendência é de preço mais alto para a carne bovina

O ano de 2025 será marcado pela virada no ciclo da pecuária de corte, com redução da oferta de bovinos para abate, o que significa custo mais alto da arroba e margens mais apertadas para os frigoríficos. Nos grandes, a exportação e a diversificação de proteínas devem ser as válvulas de escape, mas entre os pequenos e médios frigoríficos já há preocupação. A arroba bovina acumula valorização de 23,32% desde janeiro até a última sexta-feira, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), e a tendência é de novas altas no próximo ano, à medida que a oferta de animais para abate vá se tornando mais restrita. Paulo Mustefaga, presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) estima que, em média, 60% da produção nacional de carne destinada ao consumo interno venham de frigoríficos pequenos e médios, que serão os mais afetados pela pressão das margens. Muitos não poderão surfar a alta do dólar, pois não exportam, e outros não têm acesso aos compradores internacionais mais relevantes, como China e Estados Unidos. “A perspectiva para a exportação do ano que vem continua muito favorável. A China vai continuar comprando devido aos hábitos alimentares da população, embora tenha tido uma diminuição no ritmo do crescimento da economia lá”, observou Mustefaga. A participação da China nas compras de carne bovina brasileira caiu. O país asiático era o destino de 48,4% das exportações brasileiras entre janeiro e novembro do ano passado. No mesmo período de 2024, a fatia caiu para 41,1%, conforme dados da associação. Ainda assim, permanece na liderança entre os clientes internacionais. Os Estados Unidos, que ampliaram de forma expressiva as compras de carne brasileira e assumiram a segunda posição no ranking dos clientes, passaram a ser “uma incógnita”, diz Mustefaga, pois há incertezas sobre a gestão de Donald Trump, que tomará posse em janeiro. “Eles [EUA] estão passando por um processo de redução de oferta [de gado], mas ainda não sabemos quais políticas serão implementadas e podem impactar não só o Brasil como outros mercados”, afirma o dirigente. “Esperamos que não tenha esse impacto, mas se tiver, o mercado vai se ajustar com outros compradores”, avalia. Gustavo Troyano, analista do Itaú BBA, ressalta que, historicamente, a exportação já é mais rentável que o mercado interno. Então, com o patamar do dólar elevado, “quem tem capacidade para exportar, vai exportar”. “Pensando no ano que vem e indo para 2026, vemos uma virada no ciclo na pecuária e que pode se converter em preço [mais alto do gado], com cenário mais inflacionada no mercado interno também para a carne bovina”, afirma. Até que ponto o consumidor pode suportar o repasse de preços nas gôndolas? O economista André Braz, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), observa que as carnes bovinas subiram 9,63% no varejo em 12 meses até novembro, de acordo com o IPC-M do FGV Ibre. “Só em novembro de 2024, a alta [no preço da carne] foi de 6,1%, e pode subir mais em dezembro”, afirma o economista. Se o preço da carne bovina subir muito, o consumidor pode migrar para outras proteínas, como frango e suínos — o que favorece as empresas que atuam nesses segmentos. Na avaliação de Oswaldo Ribeiro Júnior, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), o mercado interno é quem dita os preços da carne e da arroba “e não suporta preços abusivos”. “Vai ficar esse jogo entre custos dos frigoríficos e o mercado varejista para ver como será o valor da arroba, mas a arroba também não vai baixar para menos de R$ 300”, projeta. A queda nos preços do boi gordo neste mês não altera as expectativas de alta para o ano que vem, de acordo com o analista da Datagro Pecuária, João Figueiredo. “A arroba ainda deve experimentar novas altas. É natural, quando se tem um rali [alta forte] de preços como o dos últimos meses, vir essa correção”. “A pequena indústria, que é responsável principalmente por abastecer o mercado doméstico, tem de comprar o boi mais caro, mas não está recebendo em dólar, não está exportando para a China e grandes mercados. Essa indústria é a que vai ser mais impactada”, reforçou o presidente da Abrafrigo.

Globo Rural

Boi/Cepea: Ano deve ser de novas expansões, mas em ritmo menor

2025 deve ser um ano de continuidade dos investimentos da pecuária brasileira, mas os crescimentos das ofertas de animais para abate e da carne e da demanda devem ser menores que os registrados em 2024

As projeções para a economia brasileira sinalizam que o poder de compra do consumidor estará mais apertado que em 2024 e, no front externo, a taxa de avanço do volume exportado também pode ser menor, mesmo com a potencial abertura de novos mercados. É possível que a influência do câmbio seja ainda maior sobre os custos de produção do setor. Nestes primeiros meses do ano, a disparada do dólar no final de 2024 deve influenciar os custos. Com isso, a população tende a ter orçamento apertado e a optar por carnes mais baratas. No cenário internacional, os chineses continuarão comprando muita carne do Brasil. Depois da China, os Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile são os demandantes mais importantes da carne bovina brasileira. É possível que as compras norte-americanas ainda se mantenham elevadas, tendo em vista que a recuperação do rebanho interno ainda está em curso. Para o Oriente Médio, a perspectiva é que a taxa de crescimento aumente e, para o Chile, também pode haver expansão. Enquanto isso, nas propriedades pecuárias, a produção deve seguir firme, mas possivelmente avançando menos que em 2024. Dados do IBGE até setembro mostravam aumento de 19% do número de animais abatidos.

Cepea

Investigação por parte da China sobre carne bovina importada tem caráter protecionista, dizem analistas

Preços da carne bovina produzida localmente no gigante asiático recuaram, e com as importações, pressionaram ainda mais os valores da proteína

O Ministério do Comércio da China anunciou na sexta-feira (27) uma investigação sobre as importações de carne bovina por parte do gigante asiático. A busca por informações aprofundadas se concentrará sobre as compras de carne bovina fresca, carne bovina resfriada, cabeças de boi e carne bovina congelada importadas entre 1 de janeiro de 2019 e 30 de junho de 2024, segundo dados das autoridades locais. A investigação envolve todos os exportadores da proteína bovina para a China e foi declarada a partir de formalização de pedidos por parte de entidades que representam o setor da pecuária no gigante asiático. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) emitiu nota oficial e apontou que “durante os próximos meses, e seguindo o curso e os prazos legais da investigação, o governo brasileiro, em conjunto com o setor exportador, buscará demonstrar que a carne bovina brasileira exportada à China não causa qualquer tipo de prejuízo à indústria chinesa, sendo, pelo contrário, importante fator de complementariedade da produção local chinesa”. De acordo com analistas de mercado esta medida, que pode causar a elevação da tarifa de exportação da carne bovina brasileira de 12% para 22% e, consequentemente, diminuir os volumes importados pela China, tem caráter protecionista. Felipe Fabbri, analista de mercado da Scot Consultoria, destacou que se trata de uma medida protecionista, tendo em vista o cenário da pecuária chinesa, em que o preço do boi local caiu a patamares abaixo do brasileiro (em dólares). “O boi chinês está mais barato que o brasileiro em dólar, e isso coloca uma pressão grande no mercado local. Com carne bovina importada entrando forte em detrimento à carne suína e pressionando a suinocultura chinesa, vemos isso como um freio protecionista. Soma-se a isso uma possível alta nos preços do boi no Brasil no ano que vem, e que pode impactar os valores para exportação”, disse Fabbri. Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, corrobora o que disse Fabbri, que a medida é uma tentativa de diminuir a disponibilidade de outras proteínas em solo chinês e fazer com que os chineses voltem a consumir mais carne suína. Vale lembrar que a China perdeu cerca de metade do rebanho suíno durante uma grave crise de Peste Suína Africana iniciada em meados de 2018 e fez um investimento vultuoso para tonificar a produção de suínos e recuperar o plantel. Neste final de 2024, o governo chinês também anunciou um plano de uma década para aumentar o consumo de grãos de cereais e desenvolver a indústria por meio de padrões de produção mais elevados, pesquisa e cooperação internacional como parte dos esforços para melhorar a segurança alimentar. Os grãos de cereais incluem trigo, milho, arroz, cevada, sorgo, trigo-sarraceno e aveia. Uma grande parte da produção de milho da China é para ração animal. “Pelo que eu vi eles estão querendo aumentar as taxas de 12% para 22%, e se isso for confirmado, pode trazer impacto negativo para as nossas vendas e para os preços no mercado interno”, disse Iglesias, mas ressaltando que os impactos no mercado brasileiro ainda não são possíveis de serem mensurados. Questionado sobre a redução nos números de exportação de carne bovina divulgados em novembro e dezembro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Brasil e se há uma conexão com esta intenção do governo chinês, Iglesias aponta que isso foi um movimento natural do mercado.

Notícias Agrícolas

Cenário global beneficiará pecuária brasileira em 2025

Agroindústria tende a intensificar ainda mais esforços nas exportações, considerando a enorme competitividade do país no mercado internacional

O mercado brasileiro de boi gordo tende a passar por mudanças consistentes ao longo de 2025. Para o analista de Safras & Mercado Fernando Iglesias, um dos pontos de atenção leva em conta a inversão do ciclo pecuário. Assim, é prevista uma menor disponibilidade das categorias de animais mais jovens, levando a um aumento contundente na reposição. “O custo da recria e da engorda de gado tendem a aumentar, exigindo cada vez mais estratégias por parte do pecuarista”. Sob o prisma da demanda, Iglesias destaca que a agroindústria brasileira centrará seus esforços nas exportações, considerando a enorme competitividade do país no mercado internacional. “Como se sabe, o Brasil segue como melhor alternativa global para o fornecimento de carne bovina perante os principais concorrentes, como Estados Unidos, Austrália, União Europeia, Argentina e Uruguai”, pontua. De acordo com o analista, o bom relacionamento construído com os principais parceiros comerciais do Brasil é uma variável importante a ser considerada, uma vez que outros países ocidentais e a Austrália têm adotado uma postura mais agressiva em relação aos produtos manufaturados chineses. “Com isso, o aumento de eventuais tensões comerciais tende a beneficiar o Brasil, que construiu uma sólida relação diplomática/comercial com a China “, sinaliza. Iglesias afirma que as exportações devem se tornar cada vez mais atrativas ao Brasil, considerando a atual movimentação cambial, acima da linha dos R$ 6,20/dólar, o que torna os produtos ainda mais competitivos no ambiente internacional. “O deteriorado quadro fiscal brasileiro, somado a uma geopolítica problemática reforçam a perspectiva de manutenção de um real enfraquecido em 2025”, avalia. Segundo ele, a demanda doméstica mais uma vez contará com estrangulamentos, uma vez que a carne bovina tende a se manter em patamar de preço proibitivo, considerando o grande potencial de exportação somado a uma menor oferta, consequência da inversão do ciclo pecuário. O baixo poder de compra da população brasileira reforçará uma tendência de busca por proteínas de menor valor agregado, a exemplo da carne de frango, embutidos e do ovo. Para Iglesias, as proteínas de origem animal terão grande peso nos índices inflacionários no próximo ano, o que poderá ser observado também ao longo de 2026, ano em que as limitações de oferta causadas pela inversão de ciclo pecuário atingirão o seu ápice. “O ambiente traçado para o mercado pecuário remete a desafios para todos os agentes, exigindo estratégias cada vez mais coerentes, seja na comercialização ou na aquisição de animais para o abate. O fato é que cada vez há menos espaço para erros estratégicos em um segmento cada vez mais exigente e hostil”, conclui.

Agência Safras

Exportações de carne bovina podem crescer em 2025

Ano deve ser de novas expansões, mas em ritmo menor

Segundo a análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o setor pecuário brasileiro deve manter os investimentos e a produção em 2025, embora com ritmo de crescimento inferior ao registrado em 2024. As projeções econômicas apontam para um cenário de menor demanda e desafios no mercado externo, mesmo com a possibilidade de abertura de novos destinos para exportação. Estudos indicam que a oferta de animais para abate e a produção de carne devem apresentar crescimento mais contido. A economia brasileira pode enfrentar um cenário de menor poder de compra, levando os consumidores a optarem por carnes mais baratas. Além disso, a valorização do dólar no final de 2024 deve impactar os custos de produção no início de 2025, pressionando ainda mais o setor. No comércio exterior, a expectativa é de continuidade no volume exportado, mas com taxas de crescimento mais modestas. A China segue como o principal comprador da carne brasileira, com os Estados Unidos, Emirados Árabes e Chile também figurando como mercados importantes. As compras norte-americanas devem permanecer em alta, impulsionadas pela lenta recuperação do rebanho local. Para os mercados do Oriente Médio, as perspectivas são otimistas, com possíveis aumentos nas exportações, enquanto o Chile também deve expandir suas compras. No entanto, o impacto do câmbio pode afetar a competitividade brasileira. Apesar das projeções mais conservadoras, a produção deve seguir firme. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que, até setembro de 2024, o número de animais abatidos cresceu 19%, evidenciando o dinamismo do setor. A expectativa é de que esse ritmo desacelere em 2025, mas continue positivo, conforme dados do Cepea.

Cepea

ECONOMIA

Dólar fecha com leve alta em sessão marcada por baixa liquidez e foco no exterior

O dólar fechou em leve alta na sexta-feira, encerrando uma sessão em que a moeda norte-americana oscilou entre períodos de ganhos e perdas, à medida que os investidores digeriam os poucos dados e notícias do dia e operavam em meio à baixa liquidez no mercado, o que permite maior volatilidade.

O dólar à vista fechou em alta de 0,29%, a 6,183 reais na venda. Na semana, a divisa acumulou perda de quase 0,2%. Na B3, às 17h15, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,39%, a 6,213 reais na venda. Devido a uma agenda econômica vazia no cenário doméstico, os investidores voltaram suas atenções para o exterior nesta sessão, onde fatores relacionados às duas maiores economias do mundo — Estados Unidos e China — movimentavam os mercados. Como um iuan estável e o estímulo econômico na China, maior importador de matérias primas do planeta, são favoráveis para a economia de países emergentes, o real e seus pares reverteram as perdas na sessão e passaram a ganhar contra o dólar. O dólar, no entanto, recuperou as perdas e passou a avançar novamente frente à moeda brasileira no início da tarde, após a divulgação econômica mais importante do dia, que reforçou a percepção de força da economia norte-americana e, consequentemente, de juros elevados no Federal Reserve. Analistas apontaram, entretanto, que a volatilidade da sessão também foi afetada pela baixa liquidez, que pode acentuar o efeito de alguns ajustes no mercado de câmbio. “O calendário econômico global ficará mais interessante a partir desta próxima semana. Até lá, os movimentos no câmbio serão guiados por pequenos ajustes, que podem gerar flutuações maiores devido à liquidez reduzida”, disse Eduardo Moutinho, analista de mercados do Ebury Bank. Nas próximas semanas, o foco do mercado deve retornar para o principal fator determinante das cotações no fim de 2024: os receios com o cenário fiscal brasileiro. Foi justamente na esteira das dúvidas dos investidores com o compromisso fiscal do governo que o dólar saltou quase 3% ante o real em dezembro e passou a operar acima do patamar de 6,00 reais.

Reuters

Ibovespa perde os 119 mil pontos e fecha em mínima em mais de um ano

O Ibovespa contrariou o sinal positivo em Wall Street e recuou mais de 1% na sexta-feira, fechando em uma mínima de mais de um ano e consolidando seu quarto declínio semanal consecutivo, ainda sob o pessimismo do mercado com o quadro fiscal da economia brasileira e os juros altos

Indice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa perdeu 1,33%, a 118.532,68 pontos, menor patamar de fechamento desde 6 de novembro de 2023. O indicador acumulou queda semanal de 1,44%, com os volumes de negociação ainda baixos em semana útil reduzida devido ao feriado de Ano Novo. O volume financeiro no pregão somou 20,48 bilhões de reais, abaixo da média diária de 24 bilhões de reais de 2024. Pairando sobre as incertezas domésticas, dúvidas sobre o crescimento econômico da China, segunda maior economia do mundo, também pesaram sobre setores com exposição ao país asiático, como mineração. Investidores têm se preocupado com a economia chinesa e com a iminência de uma guerra comercial com os Estados Unidos antes da posse presidencial de Donald Trump em 20 de janeiro. A China tem buscado fomentar seu crescimento, e anunciou mais cedo que aumentará drasticamente o financiamento de títulos do tesouro ultralongos em 2025 para estimular o investimento empresarial e as iniciativas de estímulo ao consumidor, conforme o retorno de Trump à Casa Branca se aproxima. Durante sua campanha e mesmo após a reeleição, o republicano tem indicado que adotará maior protecionismo, com a promessa de tarifas sobre produtos de países como China, México e Canadá. Em Nova York, os principais índices acionários fecharam em alta, com o Dow Jones subindo 0,80%, o S&P 500 avançando 1,26% e o Nasdaq em alta de 1,77%. Nesta semana, estarão no radar do mercado os dados de inflação e atividade no Brasil, além de uma série de indicadores do mercado de trabalho norte-americano e a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve.

Reuters

Índice mundial de preços de alimentos cai em dezembro, pressionado pelo açúcar

O índice mundial de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas caiu em dezembro em relação aos níveis de novembro, puxado pela queda nas cotações internacionais do açúcar, mas ainda mostrou um ganho robusto na comparação anual, mostraram dados na sexta-feira

O índice, compilado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para monitorar as commodities alimentares mais comercializadas globalmente, caiu para 127,0 pontos no mês passado, de 127,6 em novembro, valor ligeiramente revisado. O número de novembro foi estimado anteriormente em 127,5. O valor de dezembro subiu 6,7% em relação aos 12 meses anteriores, mas permaneceu 20,7% abaixo da máxima histórica alcançada em março de 2022, disse a FAO. Para 2024 como um todo, o índice teve média de 122,0, 2,1% abaixo do valor de 2023, compensando quedas significativas nas cotações de cereais e açúcar com aumentos menores nos preços de óleos vegetais, laticínios e carnes. Os preços do açúcar lideraram o declínio mensal de dezembro, caindo 5,1% na comparação mensal graças à melhora das perspectivas da safra de cana-de-açúcar nos principais países produtores, ficando 10,6% abaixo do nível de dezembro de 2023. Os preços dos laticínios caíram após sete meses consecutivos de aumentos, perdendo 0,7% em relação a novembro, mas ainda registrando um ganho de 17,0% ano a ano. Os preços do óleo vegetal caíram 0,5% mês a mês, mas subiram 33,5% em relação ao nível do ano anterior. Os preços da carne subiram 0,4% em dezembro em relação a novembro e ficaram 7,1% acima do valor de dezembro de 2023. O índice de preços de cereais da FAO apresentou pouca alteração no mês passado em relação a novembro e ficou 9,3% abaixo do nível do ano anterior, já que uma ligeira alta nas cotações do milho compensou uma queda nas do trigo, disse a FAO. As ações dos EUA fecharam em baixa no primeiro dia de negociação do ano, após abrirem a sessão em alta. A FAO não forneceu uma nova previsão para a produção global de cereais, e a próxima estimativa será divulgada no mês que vem.

Reuters

Com vendas expressivas de dólares pelo BC, reservas recuam US$ 33,3 bilhões em dezembro

No mês passado, a instituição vendeu US$ 21,574 bilhões no mercado à vista e US$ 11 bilhões em leilões de linha

As intervenções no mercado de câmbio realizadas pelo Banco Central (BC) em dezembro contribuíram para que o montante de reservas internacionais caísse US$ 33,3 bilhões em um mês e chegasse a US$ 329,7 bilhões no último dia de 2024. No fim de novembro, o nível de reservas estava em US$ 363 bilhões. Apesar da queda, o volume ainda é considerado confortável por especialistas. O patamar atingido no fim do ano passado é inferior ao nível de reservas registrado no fim de 2023, de US$ 355 bilhões, mas superior aos US$ 324,7 bilhões de 2022. Os valores são nominais. O economista sênior e sócio da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, aponta que a queda no mês de dezembro foi “bastante expressiva” e que as reservas continuaram em um nível saudável. O economista destaca, no entanto, que essa queda rápida do nível acende um alerta para os próximos meses.

Valor Econômico

GOVERNO

Vietnã abre mercado para compra de pele de bovinos do Brasil

Foi o primeiro anúncio de 2025. Desde o início do atual governo, são 303 autorizações para mais de 60 destinos diferentes. A pele salgada de bovinos é uma matéria-prima amplamente utilizada na produção de artigos de couro

O governo do Vietnã anunciou sua abertura de mercado para a compra de peles salgadas de bovinos do Brasil, matéria-prima amplamente utilizada na indústria de couro, para a produção de calçados, móveis e acessórios. “A abertura reforça ainda mais a relação comercial com o Vietnã, o quinto maior destino das exportações do agronegócio brasileiro no último ano”, disse o Ministério da Agricultura, na quinta-feira (2/1), em nota. Entre janeiro e novembro de 2024, os vietnamitas importaram mais de US$ 3,51 bilhões em produtos agropecuários do Brasil. Esta foi a primeira abertura de mercado obtida pelo Brasil em 2025. Desde o início do atual governo, são 303.

Globo Rural

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: preços do animal vivo fecharam em baixa no PR E SC

De acordo com informações do Cepea, o mês de dezembro tem sido de repetidas baixas nos preços do animal vivo, após recorde nominal atingido em novembro. A razão para isso seria, segundo o órgão, um descompasso entre oferta e demanda no mercado doméstico

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 152,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 12,20/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (2), o preço ficou estável somente em Minas Gerais (R$ 7,96/kg), e houve aumento de 0,37% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,21/kg. Houve queda de 1,94% no Paraná, atingindo R$ 7,58/kg, recuo de 1,65% em Santa Catarina, alcançando R$ 7,76/kg, e de 0,12% em São Paulo, fechando em R$ 8,08/kg.

Cepea/Esalq

Suínos/Perspectiva Cepea: Em 2025, setor deve seguir apostando no mercado externo

Depois de registrar um 2024 bom, com as exportações recordes e preços internos nas máximas nominais, as perspectivas para o setor produtivo de suínos seguem positivas para 2025. Tudo indica que as demandas mundial e brasileira pela carne devem seguir aquecidas

Do lado oferta, estimativas preliminares do Cepea apontam aumento na produção do setor. No front externo, o setor suinícola nacional deve continuar apostando no mercado externo, visando reforçar e/ou melhorar sua posição no ranking dos maiores players internacionais. O excelente desempenho das exportações nos últimos anos está atrelado aos esforços do setor em aumentar a capilaridade no mercado global, em meio à redução gradual (iniciada em meados de 2022) das importações por parte da China. Assim, mesmo diante das reduções nos envios ao país asiático, os embarques a outros parceiros comerciais devem garantir mais um ano de bom desempenho das exportações. Estudos do Cepea apontam que, em 2025, as vendas externas de carne suína podem crescer até 6,6% em relação ao volume de 2024, alcançando 1,22 milhão de toneladas. No mercado interno, a demanda por carne suína deve permanecer firme em 2025, sobretudo considerando que os preços da carne bovina estão elevados. Estimativas do USDA apontam crescimento de 1,8% no consumo per capita de carne suína no Brasil em 2025. Desta forma, para que as demandas externa e interna pela proteína brasileira sejam sustentavelmente atendidas ao longo do ano de 2025, pesquisadores do Cepea indicam que o volume produzido de carne de suína deverá atingir cerca de 5,53 milhões de toneladas neste ano, aumento de 2,8% em relação ao projetado para 2024.

Cepea

Acordo UE-Mercosul deve ter impacto reduzido para exportações do Brasil de carne suína

Os países do Mercosul não deverão atingir o volume total da nova cota de exportação para a União Europeia estabelecida no acordo de comércio com o bloco, devido à competitividade da carne suína produzida localmente na Europa, segundo análise do Rabobank divulgada em dezembro

O acordo de comércio entre Mercosul e UE estabelece uma cota de 25 mil toneladas com tarifa reduzida de EUR83/tonelada para as exportações de carne suína dos países do bloco sul-americano à Europa. O Rabobank disse que essa cota é significativamente maior do que as exportações históricas do bloco para a UE. “É altamente improvável que o fluxo futuro real de carne suína do Mercosul se aproxime da cota, já que a UE é e continuará sendo uma produtora competitiva de carne suína”, disse o Rabobank em relatório. O analista de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, também vê impacto reduzido do acordo para os fluxos de carne suína do Brasil para a UE. “Para a carne suína, sendo a União Europeia um dos principais produtores do mundo e pouco importador, o acordo pouco deverá inferir em mudanças”, escreveu Fabbri em análise sobre o acordo. Segundo levantamento da Scot, o Brasil exportou 350 toneladas de carne suína para a UE de janeiro a novembro de 2024, de um total geral de 1,08 milhão de toneladas exportadas para todos os destinos. O acordo de comércio entre Mercosul e UE ainda precisa ser ratificado, com aprovação do Parlamento Europeu e de países membros da UE.

Carnetec

Preços sobem no mercado do frango; ave no atacado paulista tem elevação de 1,85%

Preços em alta encerraram a sexta-feira (3) para o mercado do frango. Informações do Cepea dão conta de que o período de festas de fim de ano aqueceu a demanda pela proteína e, consequentemente, intensificou a busca de frigoríficos por novos lotes de animal vivo

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,60/kg, enquanto o frango no atacado subiu 1,85%, custando, em média, R$ 8,25/kg. No caso do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,60/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,56/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (2), a ave congelada teve leve alta de 0,60%, chegando a R$ 8,42/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,48%, fechando em R$ 8,34/kg.

Cepea/Esalq

Brasil conquista novo mercado para exportar proteína hidrolisada de aves

O Peru autorizou o Brasil a exportar proteína hidrolisada de aves para o país, um insumo empregado na produção de ração animal, segundo nota divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)

A proteína hidrolisada de frango é um ingrediente funcional utilizado na nutrição animal para composição de rações devido ao seu alto valor nutricional. A proteína é produzida com matérias-primas originadas no abate de frangos como vísceras, miúdos e carne de frango, contribuindo para melhorar a performance de rações animais, segundo informações da BRF Ingredients, unidade de negócios da BRF que produz ingredientes para as indústrias de saúde, nutrição e bem-estar.

Carnetec

Frango: setor projeta crescimento em 2025

Produção de carne de frango deve atingir 14,2 milhões de toneladas

Projeções do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que o setor avícola brasileiro deve registrar crescimento em 2025, mas enfrenta desafios importantes relacionados à biossegurança animal e a conflitos geopolíticos em mercados estratégicos. A produção de carne de frango pode alcançar 14,2 milhões de toneladas no próximo ano, representando alta de 2,9% em relação a 2024. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que o consumo per capita de carne de frango atinja 46,6 quilos em 2025, crescimento de 1,9%. No mercado internacional, a ausência de casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1 ou IAAP) no Brasil tem favorecido as exportações, consolidando o país como fornecedor seguro e competitivo. Conforme a Organização Mundial para Saúde Animal (OMSA), o Brasil permanece livre da doença, condição que atrai importadores de mercados afetados por surtos da Influenza. Entretanto, autoridades e especialistas alertam para a necessidade de manter rígidos protocolos de biossegurança nas granjas. Outro fator que preocupa o setor avícola é o impacto dos conflitos no Oriente Médio, região estratégica para as exportações brasileiras. O Brasil é o maior fornecedor global de carne de frango Halal e os Emirados Árabes Unidos se consolidaram como o segundo maior mercado para o produto nacional. Em 2024, até novembro, foram enviadas 425 mil toneladas para o país árabe, conforme o apontado pelo Cepea. No âmbito regional, o Rio Grande do Sul segue com a ampliação da cadeia produtiva. Empresas como a Vibra Foods têm apostado em expansão para fortalecer sua presença no mercado internacional. A companhia inaugurou um novo incubatório em Soledade, no norte do estado, ampliando seu ciclo de crescimento na região. A nova planta se junta a um frigorífico adquirido em 2020 e uma fábrica de ração construída em 2021, formando um parque fabril integrado para a produção de carne de frango. Com 6.400 metros quadrados, a estrutura tem capacidade para manejar sete milhões de pintos por mês, abastecendo mais de 150 granjas na região e gerando 50 empregos diretos.

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