Ano 10 | nº 2364 |03 de dezembro de 2024
NOTÍCIAS
Mercado do boi gordo estável em São Paulo
A semana começou com os frigoríficos fora das compras e sem alteração nos preços na comparação diária. O quadro é de ofertas normais e com escalas, em média, para sete dias.
Atacado de carne com osso. Na semana, o volume de carne com osso foi suficiente para abastecer os compradores. A cotação da carcaça casada do boi capão caiu 0,6% e a cotação da carcaça casada do boi inteiro caiu 0,7%. Com exceção dos cortes do traseiro, cujas cotações subiram, a cotação dos demais cortes caiu. Para a vaca casada, a cotação não mudou. Para a novilha, o preço caiu 1,6%. No mercado de carnes alternativas, a cotação da carcaça de suíno especial* caiu 5,0%. A cotação do frango médio especial** caiu 2,0%. Vencimento do contrato futuro do boi gordo (B3) em novembro/24. No último dia útil de novembro, sexta-feira (29/11), na B3, aconteceu a liquidação do contrato futuro do boi gordo, cujo código é BGIX24. A cotação da arroba nesse vencimento, segundo o indicador da B3, ficou em R$351,69/@, à vista e livre de impostos.
Scot Consultoria
ECONOMIA
Dólar sobe e bate novo recorde sob influência do exterior
O dólar fechou a segunda-feira em alta superior a 1% ante o real, no quinto avanço consecutivo, estabelecendo uma nova cotação recorde, com o mercado reagindo às ameaças do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, contra os Brics e ainda sensível ao pacote de medidas fiscais anunciado na semana passada no Brasil
O dólar à vista fechou o dia com alta de 1,07%, cotado a 6,0652 reais — maior valor nominal de fechamento da história. No ano a divisa dos EUA acumula elevação de 25%. Às 17h31, o dólar para janeiro — o mais líquido no Brasil — subia 1,42%, aos 6,0865 reais. No sábado Trump exigiu que os países membros do Brics — entre eles, o Brasil — se comprometam a não lançar uma nova moeda ou apoiar outra divisa que substitua o dólar, sob pena de enfrentarem tarifas de 100% sobre seus produtos. “Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump em sua plataforma de mídia social, a Truth Social. Em reação, o dólar subia ante todas as divisas dos Brics nesta segunda-feira, além de avançar em relação às demais moedas em um dia marcado pela queda do euro. Internamente, o pacote fiscal lançado pelo governo na semana passada seguia como fonte de pressão de alta para o dólar. Se por um lado o corte de 71,9 bilhões de reais em despesas em dois anos foi bem recebido, por outro a isenção de Imposto de Renda para quem ganha acima de 5 mil reais por mês seguia sendo criticada. Desde o lançamento do pacote, apesar das tentativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de reduzir a pressão, defendendo as medidas anunciadas, o dólar segue em trajetória de alta. Apesar do cenário de forte pressão para o dólar desde a semana passada, o Banco Central seguiu ausente do mercado. Durante evento pela manhã em São Paulo, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, reiterou que a autarquia só atua no câmbio em caso de disfuncionalidades. “Efetivamente, a gente vai continuar fazendo atuações só por questões de disfuncionalidades, como essa de você ter uma sazonalidade de final de ano de dividendos que vão para fora e coisas desse tipo”, afirmou. Ele disse ainda não esperar mudanças na política cambial do BC com a chegada de Nilton David, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir a diretoria de Política Monetária a partir de janeiro, quando Galípolo tomará posse como presidente da autarquia.
Reuters
Ibovespa fecha em queda e começa dezembro sem catalisadores para rali de fim de ano
O Ibovespa fechou com uma queda discreta na segunda-feira, sem catalisadores positivos para as ações brasileiras no curto prazo no radar de investidores, que permanecem pessimistas sobre a situação fiscal no país e enxergam um ambiente menos favorável a mercados emergentes após a eleição norte-americana
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,09%, a 125.558,02 pontos, de acordo com dados preliminares, com Vale e Ambev oferecendo algum contrapeso. Durante a sessão, marcou 124.733,89 pontos na mínima e 125.901,06 pontos na máxima. O volume financeiro no pregão somava 22,5 bilhões de reais antes dos ajustes finais. No ano, o Ibovespa acumula um declínio de 6,43%, que se mantido durante dezembro reverterá a tendência apurada nos dois anos anteriores — +22,28% em 2023 e +4,69% em 2022.
Reuters
Mercado eleva novamente projeção da Selic em 2025 com inflação mais alta, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas também mais altas para o avanço do IPCA em 2024, 2025 e 2026, confirmando ainda uma esperada alta de 0,5 ponto percentual para a taxa básica de juros na última reunião do Copom no ano, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,63%, de 12,25% na semana anterior. Para o fim de 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela nona semana consecutiva. O BC volta a se reunir neste mês para a última decisão de política monetária do ano. Em novembro, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano, agora com alta de 4,71% — acima do teto da meta perseguida pelo BC –, ante 4,63% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 4,40%, acima dos 4,34% projetados anteriormente. Já em 2026, a nova projeção é de que o IPCA tenha alta de 3,81%, de 3,78% há uma semana. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. As alterações nas projeções para a Selic e a inflação ocorrem na esteira de dados acima do esperado para o IPCA-15 na semana passada, além do pessimismo que marcaram as últimas sessões em decorrência do anúncio pelo governo de um projeto de reforma do Imposto de Renda. Em 12 meses, o IPCA-15 atingiu uma alta de 4,77% em novembro, ante 4,47% em outubro, superando o teto da meta para a inflação. Investidores avaliaram que o pacote fiscal, que prevê uma economia de 71,9 bilhões de reais nos próximos dois anos, veio em linha com as expectativas, mas o anúncio concomitante da reforma do IR teria sinalizado um descompromisso do Executivo com o ajuste das contas públicas, uma vez que o projeto tem sido visto como um contraponto às medidas de contenção de gastos. No Focus da segunda, houve novo aumento na expectativa para a cotação do dólar em 2025, agora em 5,60 reais, de 5,55 reais na semana anterior. Em 2024, a moeda norte-americana deve atingir 5,70 reais ao fim do ano, segundo os analistas, mesma projeção da última pesquisa. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,22% neste ano, acima da expectativa de 3,17% semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,95%, a mesma da semana anterior.
Reuters
Indústria do Brasil perde força em novembro mesmo com resiliência da demanda, mostra PMI
A expansão do setor industrial brasileiro perdeu força em novembro pelo segundo mês seguido mesmo com a resiliência da demanda encorajando as empresas a elevarem os volumes de produção, mostrou na segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI)
O levantamento, compilado pela S&P Global, mostrou que o PMI caiu a 52,3 em novembro, de 52,9 em outubro, marcando a menor taxa de expansão em três meses. Ainda assim, o índice permanece acima da marca de 50 que separa crescimento de produção pelo 11º mês seguido. A categoria de bens intermediários registrou a melhora mais forte das condições operacionais, seguida por bens de capital e bens de consumo. As empresas elevaram os volumes de produção em novembro pelo terceiro mês seguido, mas no ritmo mais fraco nesse período, e os dados de novembro mostraram aumento das novas encomendas aos produtores do Brasil pelo 11º mês seguido. A alta das vendas totais foi impulsionada pela demanda doméstica, já que novos pedidos de exportação mostraram contração, interrompendo sete meses de crescimento. Os entrevistados citaram demanda fraca de clientes na América do Sul, Reino Unido e Estados Unidos. Os produtores também contrataram novos trabalhadores, ainda que num ritmo similar ao de outubro, graças à melhor das novas encomendas e projeções positivas de crescimento. Em relação aos preços, houve aumentos mais fracos nos custos de insumos e nos preços de venda, mas as taxas de inflação seguiram em níveis elevados. Os custos de insumos recuaram para o menor patamar em seis meses em novembro, mas entrevistados citaram fraqueza cambial, além de preços mais altos de combustíveis e frete. “A depreciação cambial continuou a exacerbar os custos para os produtores, com os resultados do PMI de novembro indicando que outro aumento significativo nos custos de insumos levou as empresas a mais uma vez aumentar seus preços de venda”, disse Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia S&P Global Market Intelligence. Os produtores brasileiros ainda permaneceram otimistas em relação ao cenário para o próximo ano, com a confiança alimentada por investimentos, oportunidades de exportação e perspectivas positivas para outros setores.
Reuters
EMPRESAS
JBS quer captar US$ 1 bilhão no exterior
Empresa pretende utilizar os recursos para propósitos gerais corporativos, incluindo o possível pagamento de dívidas existentes. Conselho de Administração da JBS aprovou a criação de seu primeiro programa de notas comerciais
O Conselho de Administração da JBS aprovou a criação de seu primeiro programa de notas comerciais, no valor de até US$ 1 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões), com prazo de até 397 dias. O programa funcionará por meio das controladas JBS USA Holding Lux, JBS USA Food Company e JBS Luxembourg. Segundo comunicado ao mercado, a emissão consistirá em uma outra fonte de captação de recursos de curto prazo para o frigorífico e suas subsidiárias e diversificará o balanço patrimonial da companhia. A JBS pretende utilizar os recursos para propósitos gerais corporativos, incluindo o possível pagamento de dívidas existentes.
Valor Econômico
FRANGOS & SUÍNOS
Preço da carcaça suína cai em SP, cotações do animal vivo estáveis
A segunda-feira (2) terminou com queda de 2,63% para a carcaça suína no mercado paulista e estabilidade nas principais praças comercializadoras de suínos vivos
Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne subiram em menor intensidade nos últimos dias do mês de novembro, refletindo a combinação de oferta de animais restrita e demandas interna e externa aquecidas. Segundo a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 191,00, enquanto a carcaça especial caiu 2,63%, fechando em R$ 14,80/kg, em média. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (29), houve ligeira queda somente no Rio Grande do Sul, na ordem de 0,11%, chegando a R$ 9,48/kg. Os preços ficaram estáveis em Minas Gerais (R$ 10,26/kg, Paraná (R$ 9,84/kg), Santa Catarina (R$ 9,72/kg), e São Paulo (R$ 10,14/kg).
Cepea/Esalq
Cotações fecham estáveis a segunda-feira (2) para o mercado do frango
De acordo com análise do Cepea, os preços da carne de frango seguem firmes no mercado doméstico, operando nos maiores patamares reais desde novembro de 2022
Segundo a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg; já o frango no atacado teve queda de 0,67%, custando, em média, R$ 7,40/kg. No caso do animal vivo, o preço ficou estável no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, e em Santa Catarina, houve aumento de 1,34%, custando R$ 4,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (29), a ave congelada ficou estável, custando R$ 8,14/kg, assim como o frango resfriado, fechando em R$ 8,16/kg.
Cepea/Esalq
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