Ano 10 | nº 2355 |19 de novembro de 2024
NOTÍCIAS
Alta na cotação do boi gordo em São Paulo
O mercado abriu a semana com a cotação do boi gordo subindo R$3,00/@. As cotações para as outras categorias não mudaram.
O mercado pecuário abriu a semana com a cotação do boi gordo “comum” subindo R$ 3/@ na praça de São Paulo, chegando em R$ 343/@, no prazo, informou a Scot Consultoria. Com isso, o ágio do animal com padrão-exportação, que hoje vale R$ 345/@ no mercado paulista, está em R$ 2/@. No Sudoeste do Mato Grosso, a cotação da vaca subiu R$2,00/@ e a da novilha R$5,00/@. A cotação do boi gordo não mudou. No atacado da carne com osso, na comparação semana a semana, os preços da carne bovina com osso subiram. A cotação da carcaça do boi capão casado subiu 4,5%. A carcaça do boi casado inteiro subiu 4,0%. A cotação da vaca casada subiu 3,1%. Para a novilha casada, o preço subiu 3,7%. Na segunda semana de novembro, o corte do boi casado inteiro cuja cotação se destacou foi a ponta de agulha, com alta de 5,5%. E o corte do boi casado capão foi o traseiro 1×1, com alta de 5,2%.
Scot Consultoria
Escalas de abate evoluem, mas preços do boi gordo não reduzem
Frigoríficos exportadores seguem com grande apetite dentro do mercado, intensificando a compra de gado, diz analista
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços em alta na segunda-feira (18), com negócios saindo acima da referência média em vários estados. De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as escalas de abate apresentam tímida evolução, ainda posicionadas entre quatro e seis dias úteis na média nacional. “O fato é que os frigoríficos exportadores seguem com grande apetite dentro do mercado, mantendo um comportamento agressivo na compra de gado. Como se sabe, a movimentação cambial, somada a recente elevação dos preços em dólar pagos pelas carnes no mercado internacional, torna a conta das exportações altamente vantajosa”, disse o analista da empresa Fernando Henrique Iglesias. Preços da arroba de boi gordo: São Paulo: R$ 345,92. Goiás: R$ 339,64. Minas Gerais: R$ 333,53. Mato Grosso do Sul: R$ 326,48. Mato Grosso: R$ 330,20. O mercado atacadista volta a apresentar elevação de seus preços no início da semana, e o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 26,00 por quilo, alta de R$ 0,50. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 19,50 por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 19,00 por quilo.
Agência Safras
Embarques de carne bovina in natura somam 137,3 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24
O preço médio pago pela carne bovina teve avanço de 5,10% no comparativo anual
As exportações de carne bovina in natura alcançaram 137,3 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24 informou a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do MDIC. O volume embarcado de carne bovina chegou em 187,9 mil toneladas em 20 dias úteis em novembro/23. A média diária exportada ficou em 13,7 mil toneladas, avanço anual de 30,4%, sendo que a média diária exportada no mês de novembro do ano passado ficou em 9,3 mil toneladas. No preço médio, o valor está em US$ 4.828 mil por tonelada, avanço de 5,10% frente ao valor negociado em novembro/23, que estava em US$ 4.592 mil por tonelada. O valor negociado para o produto até a terceira semana de novembro/24 ficou em US$ 663,1 milhões, sendo que no ano anterior a receita total foi de US$ 863,2 milhões. A média diária ficou em US$ 66,3 milhões, avanço de 53,6%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, que ficou em US$ 43,1 milhões.
SECEX/MDIC
ECONOMIA
Dólar fecha em baixa ante o real
O dólar fechou a segunda-feira em queda ante o real, pouco abaixo dos 5,75 reais, acompanhando o recuo praticamente generalizado da moeda norte-americana no exterior, enquanto no Brasil investidores seguiam à espera do anúncio do pacote fiscal do governo Lula.
O dólar à vista fechou o dia em baixa de 0,65%, cotado a 5,7484 reais. Em novembro, a divisa acumula queda de 0,57%. Às 17h03, o dólar para dezembro — o mais líquido atualmente no Brasil — cedia 0,60%, aos 5,7540. O fato de o dólar ter subido nas últimas semanas abria espaço para correções de preços nesta sessão, avaliou André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online. “O que a gente viu ao longo das últimas semanas foi um processo agudo de valorização do dólar, sobretudo depois da vitória do candidato republicano (Donald Trump) nas eleições dos EUA”, afirmou em comentário enviado a clientes. A demora do governo em anunciar medidas para a área fiscal, prometidas para depois das eleições municipais, voltou a dar suporte às taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), mas não evitou a queda do dólar ante o real. Em entrevista divulgada no domingo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, limitou-se a dizer que o pacote está fechado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e será anunciado “brevemente”. Já o secretário de política econômica do ministério, Guilherme Mello, afirmou na manhã desta segunda-feira que as medidas vão reforçar o compromisso com a regra fiscal. “Esse cenário pode gerar otimismo no mercado, e, combinado com a expectativa de juros mais altos no Brasil, pode ser favorável ao câmbio, caso os investidores se animem com as medidas do pacote fiscal”, disse mais cedo Diego Gardi, gerente comercial e analista da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes. Pela manhã, o relatório Focus do Banco Central revelou que a mediana das projeções do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2024 passou de 5,55 para 5,60 reais e no fim de 2025 de 5,48 para 5,50 reais.
Reuters
Ibovespa tem estabilidade com mercado na expectativa por pacote fiscal
O Ibovespa fechou praticamente estável na segunda-feira, com cautela de investidores que aguardam o anúncio pelo governo federal de um pacote de medidas para contenção de gastos, esperado para após a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro
A Petrobras ainda foi destaque no dia, em meio à antecipação de sua proposta de plano de negócios para os próximos anos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação negativa de 0,02%, a 127.768,19 pontos, após marcar 128.277,27 na máxima e 127.226,37 na mínima da sessão. O volume financeiro no pregão somou 22,7 bilhões de reais, no início de uma semana útil mais curta no Brasil devido a feriado na quarta-feira. “A bolsa fica sem força por conta da expectativa do anúncio do pacote de corte de gastos, que até agora não saiu”, disse o analista Pedro Serra, da Ativa Investimentos. “Existe sempre um receio de frustração (quanto aos cortes), de vir alguma coisa diferente, então acho que o investidor, de um modo geral, acabou optando por ficar de fora do mercado.” O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote com medidas de contenção de gastos está praticamente fechado e será divulgado em breve, estando pendente apenas de resposta do Ministério da Defesa, conforme entrevista ao Times Brasil/CNBC divulgada na noite de domingo. A expectativa, segundo notícias que circulam na imprensa, é de que as medidas sejam anunciadas após a Cúpula do Grupo das 20 principais economias, que reúne chefes de Estado no Rio de Janeiro nesta segunda e terça-feira. “Os investidores estão adotando uma postura mais cautelosa, não apenas em função desse anúncio, mas também devido à deterioração das estimativas de inflação e juros apresentadas no relatório Focus”, acrescentou a analista de renda variável Bruna Sene, da Rico. Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, de 11,50% na semana anterior para 12,00%, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA neste ano e nos próximos dois, mostrou pesquisa Focus divulgada na segunda-feira.
Reuters
Governo eleva projeção de alta do PIB em 2024 para 3,3% e vê inflação próxima ao teto da meta
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,3%, ante estimativa anterior de 3,2%, prevendo também um nível mais alto de inflação à frente, mostrou boletim divulgado na segunda-feira.
A secretaria ainda manteve a expectativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,5%. Em relação à atividade, a secretaria informou que a melhora na projeção para o crescimento deste ano se deu pelo aumento na projeção de expansão para o terceiro trimestre, que subiu de 0,6% para 0,7%, elevando o carregamento estatístico para o crescimento do ano. O documento destacou uma melhora na estimativa para o setor agropecuário, cujo PIB para o terceiro trimestre passou de uma contração de 0,5% para uma expansão de 0,2%. Para o setor industrial e de serviços não houve alterações na margem, com previsão de avanço de 1,2% e 0,7%, respectivamente. Para o ano, a projeção para o PIB do setor agropecuário foi revisada para uma queda de 1,7%, ante uma contração de 1,9% prevista em setembro. Para 2025, a secretaria informou que a manutenção na previsão se deu apesar do aumento esperado para a taxa básica de juros nos próximos meses, que foi compensado por melhoras nas expectativas para a safra de grãos e para a produção extrativa no próximo ano. A secretaria apontou para a “aceleração significativa” nos preços de carnes, de leite e derivados e do café e para o aumento nas tarifas de energia elétrica, que levaram o IPCA a acumular alta de 4,76% nos 12 meses até outubro, mas disse que os preços devem voltar a desacelerar até o fim do ano. “A partir de novembro, a inflação acumulada em doze meses deve voltar a cair. Esse cenário considera bandeira verde para as tarifas de energia elétrica em dezembro e pode ser afetado pela ocorrência de novos eventos climáticos”, relatou a secretário no boletim. As projeções da SPE balizam a programação de receitas e despesas orçamentárias do governo.
Reuters
Mercado eleva projeção para Selic em 2025 a 12,00% e vê inflação mais alta, mostra Focus
Analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente sua projeção para o nível da Selic no próximo ano, em meio a expectativas mais altas para o avanço do IPCA neste ano e nos próximos dois, elevando também as previsões para as cotações do dólar, de acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira
O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou que a mediana das expectativas para a taxa básica de juros ao fim do próximo ano agora é de 12,00%, de 11,50% na semana anterior. Para 2024, a projeção para a Selic, atualmente em 11,25%, manteve-se em 11,75% pela sétima semana consecutiva. O BC volta a se reunir em dezembro para a última decisão de política. De acordo com os dados do Focus, o BC deve voltar a elevar os juros nas duas primeiras reuniões do ano, respectivamente em 0,50 e 0,25 ponto percentual, a 12,50%. Só são esperados cortes então nos dois últimos encontros do ano, ambos de 0,25 ponto. A mudança na previsão ocorre na esteira da divulgação da ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira. No documento, os membros afirmaram que deterioração adicional das expectativas de mercado para a inflação à frente pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto dos juros básicos. O BC também reforçou a defesa da adoção de medidas fiscais pelo governo, argumentando que ações nesse sentido podem induzir o crescimento econômico. O Executivo tem prometido o anúncio de um pacote de medidas de contenção de gastos a fim de garantir a sustentação do arcabouço fiscal. Neste mês, o Copom decidiu acelerar o ritmo de aperto nos juros ao elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, em decisão unânime de sua diretoria que não indicou os próximos passos da política monetária. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda um aumento na projeção para o IPCA neste ano pela sétima semana consecutiva, agora com alta de 4,64% — acima do teto da meta perseguida pelo BC –, ante 4,62% há uma semana. Em 2025, o avanço do índice deve chegar a 4,12%, acima dos 4,10% projetados anteriormente, e em 2026 a conta subiu a 3,70%, de 3,65%. O centro da meta oficial para a inflação é de 3,00%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Houve aumento ainda na expectativa para a cotação do dólar em 2024, agora em 5,60 reais, de 5,55 reais na semana anterior. No final do próximo ano, a moeda norte-americana deve atingir 5,50 reais, segundo os analistas, ante 5,48 reais há uma semana. Sobre o PIB brasileiro, a previsão é de que a economia do país cresça 3,10% neste ano, mesma expectativa da semana anterior. Em 2025, a projeção é de que a expansão seja de 1,94%, também repetindo o dado da pesquisa anterior.
Reuters
Agronegócio dá sinais de recuperação
Conab prevê novo recorde para grãos na safra em curso, se as condições climáticas permanecerem, e especialistas estimam colheita histórica de soja
O ritmo acelerado das colheitadeiras permitiu recuperar o atraso inicial no plantio e já avançava para 67% da área de soja esperada para o ciclo 2024/25 ao final da primeira semana de novembro, no acompanhamento da Agroconsult. No ano passado, na mesma época, as máquinas haviam coberto 60% da área total a ser plantada, lembra André Pessoa, CEO da consultoria, diante de 63% na média dos últimos cinco anos. Em seu levantamento de outubro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previa um novo recorde para a produção de grãos na safra em curso, algo em torno de 322,53 milhões de toneladas, frente a 297,98 milhões de toneladas no ano agrícola anterior, com alta de 6,3% para a produtividade e avanço de 1,8% para a área total. As estimativas em geral indicam recuperação para uma colheita histórica no caso da soja, estimada em 167 milhões de toneladas pela analista do Rabobank Marcela Marini, em incremento de 9% frente à safra 2023/24. Os preços do grão em Chicago, complementa, baixaram 22% neste ano, mas tiveram alta de 8% em reais, refletindo a desvalorização da moeda brasileira frente ao dólar. Daniel Furlan Amaral, diretor de economia e assuntos regulatórios da Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), antecipa um “potencial de produção” até mais elevado, entre 168 milhões a 172 milhões de toneladas, “dos quais 100 milhões a 104 milhões deverão ser exportados (em 2025) e outras 56 milhões a 60 milhões de toneladas devem ser processadas domesticamente para produção de farelo e óleo”. Segundo ele, as perspectivas são otimistas para as exportações de farelo, enquanto o mercado de óleo deverá ser favorecido pelo aumento para 15% no percentual da mistura de biodiesel ao combustível fóssil a partir de março do ano que vem. Até aqui, ressalta a Conab, as condições climáticas parecem favorecer a “perspectiva de safra recorde”. Os modelos climáticos indicavam, até o começo de novembro, reforça Pessoa, a possibilidade de ocorrência de um fenômeno La Niña moderado e de curta duração. A perspectiva desenhada para o clima até dezembro pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicava “chuvas abaixo da média para grande parte do país, principalmente no Nordeste”, mas em volumes suficientes para sustentar o desenvolvimento das lavouras. “O agronegócio vai voltar a ser um setor importante na formação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025”, projeta Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados, principalmente em razão do aumento de 8% esperado para a produção de grãos. Num cenário ainda em aberto para os preços agrícolas, muito por conta da expectativa sobre a economia chinesa no próximo ano, Vale aposta em tendência de melhora para o setor em 2025, considerando que o câmbio mantenha a tendência de depreciação e que a produção maior se confirme. Os dados apurados no primeiro semestre deste ano pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), mostravam queda de 3,5% para o PIB, no conceito de renda bruta, mas elevação de 2,9% em volume, seguindo metodologia adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para aferir o comportamento das contas nacionais. Para o restante do ano, diz Maciel Silva, diretor técnico adjunto da CNA, “o desempenho do PIB do agronegócio dependerá principalmente do comportamento dos preços e do ritmo de produção da cadeia da bovinocultura de corte”. O PIB da pecuária em seu conjunto, de fato, já havia anotado salto de 15% no primeiro semestre, sob o ponto de vista da renda real, com evolução de 0,50% em volume, diante de baixas de 1,8% e de 5,1%, respectivamente, para o setor agrícola. A queda nos preços, comenta Silva, foi o principal vetor do desempenho da renda real no setor como um todo. Espera-se uma recuperação dos preços no último trimestre deste ano, que não deve impedir um “pequeno recuo” do PIB nos 12 meses de 2024, lembra. Em 2025, ele projeta uma reversão na tendência de queda dos últimos três anos no PIB do setor pelo potencial na produção, especialmente grãos.
Valor Econômico
PIB da agropecuária deve cair em 2024 e retomar crescimento em 2025
Estimativa do Ministério da Fazenda é de uma queda de 1,7% no Produto Interno Bruto do setor neste ano. Previsão do PIB agrícola foi revisada devido a perdas na cana-de-açúcar e no café
O Ministério da Fazenda espera uma queda de 1,7% no PIB da Agropecuária em 2024, em um movimento contrário ao desempenho geral da economia do país. A informação está no Boletim Macrofiscal, divulgado nesta segunda-feira (18/11) pela Secretaria de Política Econômica. A previsão anterior da pasta era de uma retração de 1,9% este ano. No boletim, a Secretaria explica que a mudança foi feita depois de revisões nas expectativas de produção nos segmentos de trigo, laranja, café, algodão e cana-de-açúcar. Houve também uma melhora nas expectativas de abate de animais no terceiro trimestre deste ano. Na avaliação do Ministério da Fazenda, a agropecuária teve um leve crescimento de 0,2% no intervalo de julho a setembro, em comparação com o trimestre anterior. Significa uma mudança nas expectativas para o período, já que a previsão anterior era de retração de 0,5%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, a expectativa da Pasta é de um crescimento de 1,2% no PIB do setor. “A revisão repercute resultados melhores do que os inicialmente esperados para a produção pecuária e para a colheita de algodão, em contraposição a revisões para baixo nas estimativas para a safra de cana-de-açúcar e café, devido aos efeitos da estiagem e de queimadas, e da laranja, em decorrência do greening, doença que afeta plantas cítricas”, informa a Secretaria de Política Econômica. Se confirmado, seria, até certa medida, uma recuperação da atividade agropecuária em 2024. Do primeiro para o segundo trimestre do ano, o setor teve queda de 2,3%, e caiu 2,9% na comparação com o resultado do segundo trimestre de 2023. De qualquer forma, não deve ser suficiente para evitar um desempenho negativo em base anual. Já considerando a estimativa para o terceiro trimestre, o Ministério da Fazenda calcula uma retração de 1,6% no PIB Agropecuário no acumulado de 12 meses até setembro de 2024. Para 2025, a previsão do Ministério da Fazenda é de que o agro volte a crescer. O desempenho do setor deve, inclusive, compensar a desaceleração que é esperada para os setores de indústria e de serviços. A Secretaria da Política Econômica projeta uma expansão de 6% no PIB Agropecuário no ano que vem. “A projeção é baseada no primeiro prognóstico do IBGE para a safra de 2025, que prevê novo recorde para a produção de soja, e já considera os efeitos de uma reversão no ciclo de expansão de bovinos observado no triênio 2022-2024″, diz o boletim. No geral, a Secretaria de Política Econômica divulgou uma previsão de crescimento de 3,3% no Produto Interno Bruto do Brasil em 2024. O número é mais otimista que o de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central. Para anos seguintes, a expectativa é de manutenção da trajetória de crescimento econômico. O PIB deve aumentar 2,5% em 2025; 2,6% em 2026 e 2027; e, novamente, 2,5% em 2028. “A estimativa é conservadora, podendo surpreender a depender dos ganhos de produtividade e de eficiência alocativa que emergirem do Plano de Transformação Ecológica e da reforma tributária. O aumento na produção e exportação de petróleo e de energias renováveis também podem contribuir para elevar o potencial de crescimento do Brasil ao longo dos próximos anos”, diz o Ministério da Fazenda.
Globo Rural
GOVERNO
Brasil terá acordo com China para exportar miúdos de suínos e bovinos
Brasil e China formalizarão na quarta-feira acordos para incrementar as exportações brasileiras de produtos como miúdos de bovinos e suínos, além de frutas, disse o ministro da Agricultura brasileiro, Carlos Fávaro, a jornalistas na segunda-feira
Ele revelou que anúncios com a China serão feitos após reunião com presidente chinês, Xi Jinping, em Brasília. O ministro destacou que a China já é um dos principais mercados para carnes do Brasil, notadamente de cortes bovinos. Mas agora o Brasil deve ganhar acesso ao segmento de miúdos. “Os protocolos que já estão prontos (para serem anunciados) são miúdos de bovinos e suínos. O Brasil ainda não exporta miúdos para China, mas os protocolos sanitários já estão prontos”, disse ele a jornalistas. Ele acrescentou que o governo brasileiro tem uma “nova lista” de habilitações de frigoríficos para exportar à China, mas isso pode ficar para depois. “Já batemos todos os recordes de plantas frigoríficas. A nova lista vai ser anunciada, mas talvez não seja já na quarta-feira.” Em frutas, Fávaro vê alto potencial de venda de produtos de valor agregado. “O acordo de frutas com a China vai sair e paga a conta, viu! É muito bom. Vendemos algumas frutas aos chineses e agora vamos vender mais”, afirmou ele, acrescentando que um quilo de uva no mercado chinês vale muito mais do que no Brasil. Em meio às reuniões do G20, no Rio de Janeiro, Fávaro afirmou que está confiante de que um acordo entre o Mercosul e a União Europeia será alcançado em breve. “Na bilateral ontem do presidente Lula com a Ursula von der Leyen (presidente da Comissão Europeia), falamos de União Europeia e Mercosul… os avanços são bastante animadores para que se chegue a bom termo, e a expectativa continua grande para assinaturas desse acordo, que será muito bom para Brasil, Mercosul e comunidade europeia”, afirmou. “Nunca estivemos tão perto da formalização desse protocolo.” Ele lembrou da oposição da França, contudo. “Os franceses estão defendendo os interesses dos produtores locais, que certamente veem nos produtores brasileiros maior eficiência e competitividade.”
Reuters
EMPRESAS
Decisão final sobre venda de ativos da Marfrig no Uruguai é esperada para dezembro
A Marfrig espera uma decisão final de autoridades uruguaias sobre a venda dos ativos da empresa para a Minerva no Uruguai em dezembro, disse o presidente das operações da Marfrig na América do Sul, Rui Mendonça, em teleconferência com analistas na semana passada.
“Em dezembro, nós vamos ter uma decisão da última instância administrativa do Uruguai”, disse Mendonça. O órgão regulador da concorrência do Uruguai, Coprodec, negou pela segunda vez a autorização da venda das unidades de abates de bovinos da Marfrig em Colônia, Salto e San José para a Minerva. A transação no Uruguai foi inicialmente anunciada em agosto do ano passado como parte da venda de ativos de carnes bovina e ovina da Marfrig para a Minerva na América do Sul. No final de outubro, Marfrig e Minerva anunciaram a conclusão da operação de compra e venda, com exceção dos ativos no Uruguai. A transação concluída foi avaliada em R$ 7,18 bilhões e inclui a venda de 13 unidades industriais e centro de distribuição da Marfrig localizados no Brasil, Chile e na Argentina para a Minerva.
Carnetec
FRANGOS & SUÍNOS
Exportação de carne suína alcança 59,4 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24
O volume exportado de carne suína fresca, refrigerada ou congelada alcançou 59,4 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24, informou a Secretária de Comércio Exterior (Secex), do MDIC
No ano anterior, o volume foi de 91.130 mil toneladas em 20 dias úteis de novembro/23. A média diária ficou em 5,9 mil toneladas, ganho de 30,5% frente a média diária de novembro do ano passado, que ficou em 4,5 mil toneladas. A receita obtida ficou em US$ 151,3 milhões, sendo que o faturamento de novembro do ano anterior, que foi de US$ 208,3 milhões. A média diária do faturamento até a terceira semana de novembro ficou em US$ 15,1 milhões, incremento de 45,3% frente a média diária do ano anterior, que ficou em US$ 10,4 milhões. O preço pago por tonelada até a terceira semana de novembro/24 foi de US$ 2.544 por tonelada, avanço de 11,3% frente ao praticado em novembro do ano passado, que estava sendo negociado em US$ 2.286 por tonelada.
SECEX/MDIC
Média diária exportada de carne de frango tem ganho 50,1% até a 3ª semana de novembro/24
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do MDIC. informou que o volume exportado de carne de aves in natura chegou em 267,3 mil toneladas até a terceira semana de novembro/24
No ano passado, o volume exportado alcançou 356,2 mil toneladas em 20 dias úteis de novembro/23. A média diária até a terceira semana de novembro/24 ficou em 26,7 mil toneladas, aumento de 50,1% frente à média diária exportada do ano anterior, que ficou em 17,8 mil toneladas. O preço pago pelo produto ficou em US$ 1.896 por tonelada, alta de 6,9% se comparado com os valores praticados em novembro do ano anterior, que estavam em US$ 1.773 por tonelada. A receita obtida ficou em US$ 506,9 milhões, enquanto em novembro do ano anterior o valor ficou em US$ 631,9 milhões. Já a média diária do faturamento está em US$ 50,6 milhões, avanço de 60,4% frente a média diária observada em novembro do ano anterior, que ficou em US$ 31,5 milhões.
SECEX/MDIC
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