Ano 10 | nº 2332 |16 de outubro de 2024
NOTÍCIAS
As cotações no mercado do boi gordo estão subindo nas praças paulistas
A oferta diminuiu, especialmente a de fêmeas. Em função disso, a cotação subiu R$2,00/@, na comparação feita dia a dia
Pelos dados levantados pela Scot Consultoria, o valor do animal terminado “comum” ainda não bateu os R$ 300/@ no mercado paulista, mas está bem próximo disso: é negociado por R$ 297/@, no prazo. O “boi-China” ultrapassou os R$ 300/@, fechando o segundo em R$ 302/@ em São Paulo – um pequeno ágio de R$ 2/@ sobre o bovino destinado ao mercado doméstico. Por sua vez, a vaca e a novilha gordas paulistas são negociadas no mercado de São Paulo em R$ 267/@ e R$ 287/@, respectivamente, acrescentou a Scot. Para o boi gordo, os preços não mudaram de segunda para terça. As escalas estavam, em média, de quatro e seis dias, o suficiente para os frigoríficos atenderem a demanda. Na região de Redenção e de Marabá – Pará, com pouca oferta e escalas curtas, entre três e seis dias, o cenário foi de alta nos preços na região de Marabá. A cotação subiu R$5,00/@ para todas as categorias. Na região de Redenção, os preços seguiram estáveis. Em Alagoas, o quadro é de muita procura e pouca oferta de boiada no estado, resultando em aumento expressivo nas cotações de todas as categorias. Na exportação de carne bovina in natura, o volume exportado até a segunda semana de outubro foi de 101,7 mil toneladas – média diária de 11,3 mil toneladas – superando o desempenho médio diário do mesmo período de 2023 em 27,4%. O preço médio da tonelada está em US$4,6 mil, variação de 0,1% na comparação com outubro de 2023. Enquanto o faturamento, está 27,5% maior.
Scot Consultoria
Boi gordo continua em alta
Atual posição das escalas de abate, ainda encurtadas em grande parte do país, dá sustentação aos preços da arroba
O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais altos na terça-feira (15), de acordo com a consultoria Safras & Mercado. Segundo o analista da empresa, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere por novos reajustes de preço no curto prazo, considerando a atual posição das escalas de abate, ainda encurtadas em grande parte do país. A oferta de animais terminados está restrita, em um ambiente pautado por demanda superaquecida. “As exportações fazem toda diferença no decorrer da atual temporada, com um ritmo acelerado de embarques”. Preços da arroba do boi gordo: São Paulo: R$ 306,42. Goiás: R$ 291,96. Minas Gerais: R$ 299,41. Mato Grosso do Sul: R$ 302,39. Mato Grosso: R$ 274,46. O mercado atacadista voltou a apresentar alguma alta em seus preços. O ambiente de negócios ainda sugere pela elevação dos patamares no curto prazo, mesmo durante a segunda quinzena do mês. “É importante mencionar que com novos reajustes da carne bovina no varejo, haverá aumento da demanda por proteínas concorrentes, em especial à carne de frango, proteína que causa menor impacto na renda média da população”, apontou Iglesias. O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 23,00 por quilo. Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,00 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 17,25, por quilo, alta de R$ 0,25.
Agência Safras
Carne bovina: Mato Grosso exporta o 4º maior volume da história em setembro
China, Estados Unidos e Filipinas somaram 60% do total exportado no mês passado
Os frigoríficos presentes em Mato Grosso exportaram 66,84 mil toneladas em equivalente-carcaça (TEC) em setembro/24, alta de 1,70% sobre o mês passado, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Foi o quarto maior volume mensal já registrado na série histórica, e recorde para setembro, acrescenta a entidade, que destaca a forte demanda de países como a China, Estados Unidos e Filipinas, que, juntos, somaram 59,96% do total exportado em setembro/24. No acumulado dos primeiros nove meses deste ano, as exportações de carne bovina do Estado somaram 549 mil TECs, avanço de 26,16% em relação ao mesmo período do ano anterior. “Com as exportações mantendo o mesmo ritmo dos embarques mensais nos últimos três meses, 2024 se encaminha para superar 650 mil TECs embarcadas”, prevê o Imea, que acrescenta: “A alta demanda internacional exerceu um papel importante na sustentação dos preços da proteína ao longo da cadeia produtiva”. A arroba do boi gordo em Mato Grosso ficou cotada em média a R$ 257,58 ao longo da última semana (7 a 11 de outubro), com aumento de 10,04% (ou R$ 14,29/@) em relação à semana anterior. Na última semana, após atingir a maior cotação desde janeiro/23 (R$280,32/@), o preço do animal de 12@ de MT continuou com tendência de alta, reflexo dos acréscimos nos preços do boi gordo. Incentivada pela valorização da arroba e a maior demanda, a carcaça casada do boi registrou acréscimo semanal de 5,45% em MT, para R$ 19,33/kg.
Portal DBO
ECONOMIA
Dólar tem forte alta com eleições dos EUA e commodities no radar
Perspectiva de vitória de Trump pesa especialmente em um dia em que o republicano reforçou o discurso de sobretaxa em importações
O dólar comercial exibiu forte valorização contra o real, movimento observado também em outros mercados emergentes, em especial na América Latina. Além da pressão negativa vinda dos preços das commodities, o aumento da expectativa de vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais americanas foi outro vetor para a apreciação firme do dólar contra a moeda brasileira e seus pares. Tal perspectiva de vitória de Trump pesou especialmente em um dia em que o republicano reforçou o discurso de sobretaxa em importações. Terminadas as negociações, o dólar à vista encerrou em alta de 1,33%, a R$ 5,6565, depois de ter tocado mínima de R$ 5,5813 e encostado na máxima de R$ 5,6648. Perto do fechamento, o dólar também avançava 1,48% ante o peso mexicano; 1,42% ante o peso chileno e 0,85% contra o peso colombiano. Hoje, o euro comercial encerrou a sessão exibindo valorização de 1,19%, a R$ 6,1583.
Valor Econômico
Ibovespa encerra praticamente estável com expectativa de corte de gastos e commodities no radar
Embora as ações da Vale e da Petrobras tenham pressionado negativamente o índice, as ações ligadas à economia doméstica deram suporte à bolsa brasileira
O Ibovespa encerrou praticamente estável nas negociações de hoje, em meio ao aumento de expectativa pelo corte de gastos do governo e à queda do preço das commodities no mercado internacional. Embora as ações da e da tenham pressionado negativamente o índice, as ações ligadas à economia doméstica deram suporte à bolsa brasileira. No fim do dia, o Ibovespa subiu 0,03%, aos 131.043 pontos. Na mínima intradiária, o Ibovespa chegou a 130.200 pontos, enquanto na máxima tocou os 131.457 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até 17h15) foi de R$ 14 bilhões no Ibovespa e de R$ 20 bilhões na B3. Em Nova York, o índice Dow Jones recuou 0,75%; o S&P 500 perdeu 0,76% e o Nasdaq teve queda de 1,01%.
Valor Econômico
IBGE reduz previsão para safra de grãos de 2024 em 0,4%
Se a estimativa for confirmada, produção será 6,4% inferior à colheita de 2023. IBGE prevê uma colheita de 295,1 milhões de toneladas de grãos em 2024
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) reduziu em 0,4% sua estimativa para a safra de grãos e leguminosas em 2024, para 295,1 milhões de toneladas. Se confirmada, será 6,4% inferior ao colhido em 2023. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro, divulgado na terça-feira (13), a área a ser colhida é de 78,7 milhões de hectares, na safra atual. Isso significa aumento de 1,1% frente à área colhida em 2023. O arroz, o milho e a soja representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida. O instituto detalhou ainda que, na safra 2024 ante safra 2023, estão previstos acréscimos de 15,6% na área a ser colhida do algodão herbáceo (em caroço); de 5,4% na do arroz em casca; de 6,6% na do feijão; e de 3,3% na da soja. Em contrapartida, estão previstos declínios de 3,3% na área do milho (quedas de 9,3% no milho 1ª safra e de 1,4% no milho 2ª safra); de 11,9% na do trigo; e de 2,2% na do sorgo. O IBGE informou ainda estimativas de produção, por produtos, para safra de 2024 bem como comparação com a safra de 2023. Em relação à produção, houve acréscimos de 14,2% para o algodão herbáceo (em caroço), de 2,4% para o arroz, de 5,5% para o feijão e de 9,0% para o trigo. Em contrapartida, houve decréscimos, de estimativa de produção na safra de 2024 ante safra 2023, de 4,9% para a soja, de 11,0% para o milho (reduções de 17,4% no milho de 1ª safra e de 9,3% no milho de 2ª safra) e de 8,7% para o sorgo.
Globo Rural
Primeira estimativa para safra de grãos 2024/25 indica produção de 322,47 milhões de toneladas, diz Conab
A primeira estimativa para a safra de grãos na temporada 2024/2025, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma produção de 322,47 milhões de toneladas
O volume representa um crescimento de 8,3% ao obtido em 2023/24, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. Para a área, estima-se crescimento de 1,9% sobre a safra anterior, passando para 81,34 milhões de hectares. Os dados foram divulgados pela Companhia, na terça-feira (15), durante o anúncio do 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25. Neste ciclo, o arroz deverá apresentar novo crescimento de 9,9% na área semeada. A alta é verificada em todas as regiões do país, com destaque para o Centro-Oeste e o Sudeste, onde o incremento chega a 33,5% e 16,9% respectivamente. Só em Mato Grosso, os produtores irão destinar mais de 133 mil hectares para o cultivo do grão, com uma elevação de 39,3% quando comparada com a área registrada na temporada de 2023/24. Em Goiás esse aumento chega a 24%, índice pouco menor que o registrado em Minas Gerais, onde se verifica uma alta de 25,1%. O Sul, principal região produtora de arroz no país, também tende a registrar uma maior área cultivada, chegando a cerca de 1,16 milhão de hectares. Esse cenário influencia na expectativa de maior produção, com a colheita sendo estimada em aproximadamente 12 milhões de toneladas, recuperando o volume obtido na safra 2017/2018. Para o feijão, a Conab também espera um ligeiro aumento na área semeada, saindo de 2,86 milhões de hectares em 2023/24 para 2,88 milhões de hectares no atual ciclo. Cultivado ao longo do ano, a maior elevação é esperada para a área semeada na primeira safra da leguminosa, com uma alta de 2,3%, sendo estimada em 881,3 mil hectares, resultando em uma produção de 947,3 mil toneladas. Já a expectativa de produção total do grão no país, somando-se os três ciclos cultivados, é de 3,26 milhões de toneladas, 0,5% acima da safra anterior. No caso da soja, os produtores também devem destinar uma maior área para a cultura, com elevação de 2,8% quando comparada com a temporada passada. No entanto, o percentual de crescimento de área da oleaginosa está arrefecido nesta safra, sendo este o terceiro menor percentual de incremento registrado desde o ciclo 2009/2010. O atraso do início das chuvas, sobretudo nos estados da região Centro-Oeste, vem atrapalhando os trabalhos de preparo do solo e do plantio. Ainda assim, a produção está estimada em 166,05 milhões de toneladas. Para o milho, a Conab projeta uma recuperação de 3,5% na safra, sendo estimada uma colheita total em torno de 119,74 milhões de toneladas, com uma área se mantendo em 21 milhões de hectares. Na primeira safra do cereal, tanto a produção como a área cultivada a expectativa são de redução de 1,1% e 5,4% respectivamente, passando para 3,76 milhões de hectares semeados, com a produção estimada em 22,72 milhões de toneladas. No caso do algodão, a primeira previsão indica crescimento de 2,9% na área a ser semeada, para um total de 2 milhões de hectares, e produção de pluma em 3,67 milhões de toneladas. Culturas de inverno: A primeira expectativa de produção acima de 12 milhões de toneladas para as culturas de inverno não se confirmou, influenciada principalmente pelas condições climáticas registradas nas regiões produtoras. O trigo, principal cultura dentre os cultivos de inverno, teve a previsão de safra reduzida para 8,26 milhões de toneladas neste levantamento. Problemas no clima durante todo o ciclo, sobretudo no Paraná, como estiagem no início, a falta de clima frio predominante, ocorrência de dois períodos de geadas em agosto e de doenças justificam tal redução. No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o cenário é mais positivo.
Conab
Brasil tem superávit de US$ 1,4 bi na segunda semana de outubro
Na 2ª semana de outubro de 2024, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,4 bilhão, resultado de US$ 7 bi em exportações contra US$ 5,6 bi em importações – totalizando corrente de comércio de US$ 12,6 bilhões, segundo números divulgados na segunda-feira (14/10) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic)
No acumulado do mês, as exportações somam US$ 12,5 bilhões e as importações US$ 10,1 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,4 bi e corrente de US$ 22,7 bi. No ano, já são US$ 268 bilhões em exportações e US$ 206,5 bilhões em importações, com saldo de US$ 61,5 bi e corrente de US$ 474,5 bi. Com os números divulgados hoje, a média diária de exportações para as duas primeiras semanas de outubro foi de US$ 1,393 bi. No ano passado, a média diária em relação ao mês completo foi de US$ 1,413 bi. Nas importações, as médias para outubro de 2024 e 2023 foram, respectivamente, US$ 1,128 bi e US$ 0,976 bi. Esses números mostram que, na média, a corrente e comércio cresceu 5,5%. Por setores, ainda no comparativo de médias diárias, houve queda nas exportações de US$ 66,41 milhões (21,7%) em Agropecuária; crescimento de US$ 0,49 milhão (0,1%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 44,08 milhões (5,9%) em produtos da Indústria de Transformação. Nas importações, o desempenho foi: crescimento de US$ 2,42 milhões (14,4%) em Agropecuária; queda de US$ 9,05 milhões (11,2%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 160,18 milhões (18,4%) em Indústria de Transformação.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
FRANGOS & SUÍNOS
Custos de produção de frangos de corte e de suínos sobem em setembro nos principais estados produtores
Os custos de produção de frangos de corte e de suínos nos principais estados produtores e exportadores do país subiram no mês de setembro conforme estudos da Embrapa Suínos e Aves divulgados em sua Central de Inteligência de Aves e Suínos embrapa.br/suínos-e-aves/cias
Em Santa Catarina, o custo de produção do quilo de suíno vivo alcançou R$ 5,91 em setembro, um aumento de 0,06% em comparação a agosto, mas ainda com uma queda acumulada no ano (-4,79%), enquanto registra alta nos últimos 12 meses (3,13%), com o ICPSuíno atingindo 337,92 pontos. Os custos com o Funrural e a genética foram determinantes, com aumentos de +5,87% e +4,43%, respectivamente. Enquanto isso, os custos com a ração tiveram uma leve baixa (-0,23%), embora os gastos com a ração dos animais representem a maior parte dos custos (72,34%). No Paraná, o custo de produção do quilo do frango de corte atingiu R$ 4,61, representando uma alta de 1,91% em relação ao mês de agosto. No ano, o ICPFrango registra um aumento acumulado de 4,58%, enquanto nos últimos 12 meses houve uma variação de +9,23%, com o índice da Embrapa alcançando 357,01 pontos em setembro. A ração se destacou como o principal componente de custo, com um aumento de 0,78% e uma participação de 65,87% no custo total de produção, além dos pintinhos de 1 dia (+8,15%) e o transporte de frangos com 4,93%. Também estão disponíveis os custos de produção para os estados de Goiás (suínos), Minas Gerais (suínos), Paraná (suínos), Rio Grande do Sul (suínos e frangos de corte) e de Santa Catarina (frangos de corte).
Embrapa Suínos e Aves
Mercado de suínos começou a mostrar altas nas cotações na terça-feira (15).
Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo subiu 0,59%, com preço médio de R$ 170,00, enquanto a carcaça especial aumentou 0,75%, fechando em R$ 13,40/kg, em média
Segundo o Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (14), o preço ficou estável somente em Minas Gerais, cotado a R$ 8,96/kg, e houve queda apenas em São Paulo, na ordem de 0,11%, com valor de R$ 8,98/kg. Foi registrado aumento de 0,47% no Paraná, atingindo R$ 8,57/kg, avanço de 0,85% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 8,35/kg, e de 0,36% em Santa Catarina, fechando em R$ 8,46/kg.
Cepea/Esalq
Leve alta para o mercado do frango em São Paulo na terça-feira (15)
As cotações no mercado do frango na terça-feira (15) tiveram altas pontuais para os preços em São Paulo
De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado subiu 0,74%, fechando, em média, R$ 6,85/kg. Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,49/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,43/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (14), a ave congelada teve aumento de 0,67%, atingindo R$ 7,49/kg, enquanto o frango congelado subiu 0,53%, fechando em R$ 7,61/kg.
Cepea/Esalq
Brasil deve dominar exportações globais de carne de frango em 2025, segundo o USDA
Segundo relatório do Departamento Norte Americano de Agricultura (USDA), a retomada do crescimento do comércio global de carne de frango deve ser liderada pelo Brasil
Praticamente estagnadas há cerca de dois anos, as exportações globais de proteína avícola devem aumentar 2% em 2025, de acordo com previsões do USDA, chegando a um volume recorde de 13,8 milhões de toneladas. Mesmo com a ponderação do Departamento de que há outros players importantes no que diz respeito à carne de frango, o Brasil, que também cresce em produção, deve seguir à frente dos Estados Unidos e da União Europeia. Um dos pontos trazidos na análise norte-americana é de que, quando se fala em milho e farelo de soja, elementos cruciais na fabricação da ração para as aves, o Brasil é grande produtor, e isso torna a carne de frango brasileira mais competitiva que as de outras origens. Mesmo que os Estados Unidos também sejam grandes produtores de grãos, o custo com a nutrição das aves ainda é maior que no Brasil. “Além disso, os custos trabalhistas no Brasil são significativamente mais baixos em comparação aos Estados Unidos”. O USDA projeta que as exportações de carne de frango brasileiras em 2025 devam aumentar 2%, o que representa um acréscimo de 100 mil toneladas aos volumes que já são embarcados pelo país. Já os Estados Unidos devem ter elevação de 1% nas exportações no ano que vem, um volume de 40 mil toneladas somado ao que já é exportado. “Os maiores aumentos nas importações são esperados para o México, Arábia Saudita, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido – todos mercados atendidos pelo Brasil e que podem fortemente competir com outros fornecedores potenciais em preço e oferta de produtos”, aponta a análise. O Departamento informou que estes mercados de importação com maior crescimento em 2025, exceto o México, não são mercados significativos para os Estados Unidos, o que restringe a expansão norte-americana. Além disso, o USDA projeta que o Brasil continue a ganhar mais espaço entre os clientes dos Estados Unidos devido à competitividade dos preços e maior oferta de produtos.
USDA
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