CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2319 DE 27 DE SETEMBRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2319 | 27 de setembro de 2024

 

NOTÍCIAS

Os preços no mercado do boi gordo continuaram subindo

À medida que nos aproximamos do último trimestre, os preços em São Paulo mantêm-se firmes na comparação diária. Os compradores iniciaram o dia ofertando mais pela arroba do boi gordo

O preço do boi gordo subiu R$3,00/@, enquanto a cotação da vaca e a da novilha permaneceu estável em relação ao dia anterior (25/9). No Tocantins, o estado está com a oferta de boiada terminada reduzida. Como resultado, as escalas estão curtas, em média, de quatro a seis dias. Após o aumento no preço do “boi China” na praça no dia anterior (25/9), hoje, a cotação na região Norte do estado apresentou alta de R$2,00/@ para o boi gordo e de R$2,00/@ para a vaca, enquanto a novilha manteve-se estável na comparação diária. Na região Sul, os preços permaneceram estáveis para todas as categorias destinadas ao abate. No Acre, os compradores enfrentam dificuldades para obter matéria-prima. Em função disso, encurtaram as programações das escalas de abate, que estão, em média, em sete dias. Com isso, a cotação de todas as categorias subiu, com alta de R$5,00/@ para o boi gordo, de R$2,00/@ para a vaca e de R$5,00/@ para a novilha.

Scot Consultoria

Mercado do boi gordo surpreende

Exportações que caminham para um recorde histórico combinam com os avanços dos indicadores de consumo no mercado doméstico. O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais altos durante a quinta-feira (26).

Segundo a consultoria Safras & Mercado, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, uma vez que mesmo com sequências altas dos preços da arroba do boi gordo há grande dificuldade na composição das escalas de abate, que ainda estão na pior posição da atual temporada. A demanda aquecida é outro elemento a ser considerado, com exportações caminhando para um recorde histórico em um ano que também é pautado por avanços dos indicadores de consumo no mercado doméstico. Preços da arroba do boi: São Paulo: R$ 275 à vista ou até mesmo em até R$ 280 a prazo. Minas Gerais: R$ 270 a prazo. Goiás: R$ 260 a prazo. Mato Grosso do Sul: R$ 270 a prazo. Mato Grosso: R$ 235 a prazo. O mercado atacadista segue com preços firmes para a carne bovina e os negócios ainda sugerem pela elevação dos preços no curto prazo, em linha com a entrada dos salários na economia durante a 1ª quinzena do mês, motivando a reposição entre atacado e varejo. A carne bovina tende a seguir perdendo competitividade em relação as proteínas concorrentes, em especial da carne de frango. O quarto traseiro segue no patamar de R$ 19,90, por quilo. Ponta de agulha ainda é cotada a R$ 15,00, por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 15,15.

Agência Safras

Boi/Cepea: Indicador sobe mais de 10% no mês

O Indicador do boi gordo CEPEA/B3 acumula forte alta de 10,55% em setembro (até o dia 24), atingindo R$ 265,05 na terça-feira, 24. No atacado da Grande São Paulo, os preços da carne com osso também registram aumentos ao longo do mês na casa de 10%

Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas de abate estão relativamente curtas tanto em São Paulo quanto em outros estados. Em vários casos, o agendamento se dá para a própria semana – em até cinco dias, mesmo em frigoríficos de grande porte. Uma ou outra empresa está com a escala mais abastecida por contratos com confinadores, ainda conforme pesquisadores do Cepea.

Cepea

ECONOMIA

Dólar cai ante real após China sinalizar mais estímulos econômicos

O dólar à vista fechou a quinta-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, após Pequim prometer gastar ainda mais para impulsionar a economia da China, a maior compradora de commodities do mundo

O dólar à vista fechou em baixa de 0,59%, cotado a 5,4452 reais. Em setembro, a divisa acumula queda de 3,39%. Às 17h03, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,55%, a 5,4470 reais na venda. A moeda norte-americana despencou ante o real já no início da sessão, após líderes chineses prometerem “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico deste ano, de aproximadamente 5%. As falas, que incluíram orientações ao governo para sustentar o consumo das famílias e estabilizar o conturbado mercado imobiliário, foram feitas em uma leitura oficial da reunião mensal das principais autoridades do Partido Comunista, o Politburo. Esta promessa somou-se à série de medidas anunciadas pela China na última terça-feira para impulsionar a economia. A movimentação na China deu força às divisas de países exportadores de commodities, como o Brasil, e as cotações do dólar despencaram. “A China é o maior parceiro comercial do Brasil e, com a economia chinesa em crescimento, o país tende a importar mais commodities brasileiras, injetando mais dólares no mercado local e contribuindo para a valorização do real frente à moeda norte-americana”, afirmou Bruno Nascimento, analista de câmbio da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes. “Além disso, esses estímulos reduzem a aversão ao risco global, o que fortalece as moedas de mercados emergentes.” Com a forte influência da China nas cotações, ficou em segundo plano a divulgação do Relatório de Inflação do Banco Central, pela manhã, e a entrevista do presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, em São Paulo. No documento, o BC melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024, de 2,3% para 3,2%. No entanto, informou que espera um menor ritmo de crescimento na segunda metade de 2024 e ao longo de 2025, ano para o qual a autarquia projeta um crescimento de 2,0%. Já Campos Neto afirmou que a alta recente de prêmios na curva a termo brasileira pode ser explicada pela percepção de menor transparência fiscal por parte do governo. Porém, segundo ele, a situação do Brasil não é tão ruim na comparação com outros países. Na terça-feira ele já havia afirmado que houve “exagero” na curva.

Reuters

Ibovespa avança com suporte de Vale, mas Petrobras mina alta maior

O Ibovespa subiu mais de 1% na quinta-feira, ancorado no avanço dos papéis da Vale, em meio ao otimismo renovado com promessas de estímulos econômicos na China, o que também favoreceu outras ações do setor de materiais básicos

Minando um impulso maior, as ações da Petrobras recuaram cerca de 2%, acompanhando o forte declínio nos preços do petróleo no exterior. Índice referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,08%, a 133.009,78 pontos, próximo da máxima da sessão, de 133.312,77 pontos. O volume financeiro somou 27 bilhões de reais. Falas de líderes chineses sobre implementar “gastos fiscais necessários” para atingir a meta de crescimento econômico do país para o ano aumentaram as expectativas do mercado em relação a novos estímulos além das medidas anunciadas nesta semana. O estrategista Felipe Reis, da EQI Research, observou que a China havia se tornado um ponto de atenção entre investidores nos meses recentes, diante de preocupações sobre a saúde econômica da segunda maior economia do mundo. No Brasil, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que o atual ciclo de política monetária está aberto e é necessário observar os dados, sem indicar o que fará à frente. Os comentários foram feitos durante entrevista coletiva para comentar o Relatório Trimestral de Inflação. Analistas do BB Investimentos destacaram em relatório que os agentes permanecem deixando em segundo plano o tema fiscal, enquanto focam em indicadores que possam contribuir para precificar a magnitude e o ritmo do ciclo do aperto monetário.

Reuters

Alta de preços ao produtor desacelera a 0,61% em agosto, diz IBGE

Os preços ao produtor no Brasil passaram a subir 0,61% em agosto e desaceleraram em relação ao avanço de 1,53% em julho, mas chegaram ao sétimo mês seguido de alta, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira

O resultado levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulado em 12 meses a uma alta de 6,42%, abaixo da taxa de 6,58% no período até julho. “O crescimento verificado em agosto foi um pouco menor do que o de julho, com destaque para os aumentos de preços nos setores de alimentos e outros produtos químicos. Por outro lado, a variação negativa obtida pela atividade de indústrias extrativas ajudou a conter o quadro inflacionário na indústria”, explica Alexandre Brandão, gerente do IPP. Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 18 apresentaram variações positivas de preço sobre o mês anterior. As atividades responsáveis pelas maiores influências no resultado de agosto foram alimentos (0,32 pontos percentuais), indústrias extrativas (-0,25 p.p.), outros produtos químicos (0,19 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,12 p.p.). Em termos de variação, os detaques do mês ficaram para indústrias extrativas (-5,06%), impressão (2,85%), outros produtos químicos (2,42%) e móveis (2,04%). O setor de alimentos registrou alta de 1,33% em agosto e chegou ao quinto mês seguido com variação positiva. “Esse desempenho da indústria de alimentos pode ser explicado pela alta de preços da carne bovina, em decorrência de problemas na oferta do produto e uma melhora da renda da população, que por sua vez acarreta um aumento da demanda por carne”, explicou Brandão, acrescentando que também houve crescimento da demanda por arroz. O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de agosto mostrou queda de 0,18% em bens de capital, alta de 0,38% em bens intermediários e avanço de 1,12% em bens de consumo.

Reuters

BC melhora projeção de alta do PIB para 3,2% em 2024, mas vê desaceleração em 2025

O Banco Central melhorou sua projeção de crescimento econômico em 2024 a 3,2%, ante patamar de 2,3% estimado em junho, conforme Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira, com impacto menor que o esperado das enchentes no Rio Grande do Sul, mas prevendo uma desaceleração no país em 2025

A nova projeção para este ano se alinha aos cálculos do Ministério da Fazenda, que também prevê expansão de 3,2% para o PIB. Já o mercado, segundo a pesquisa Focus mais recente, estima que a economia crescerá 3,00% em 2024. O BC afirmou que a revisão para cima para o PIB deste ano decorre principalmente da “elevada surpresa” positiva no segundo trimestre, mas ponderou que espera um menor ritmo na segunda metade deste ano e ao longo de 2025, ano para o qual a autarquia projeta um crescimento de 2,0%. Entre as razões para a desaceleração, o relatório citou “expectativa de menor impulso fiscal, interrupção da flexibilização monetária iniciada em 2023, menor grau de ociosidade dos fatores de produção e ausência de forte impulso externo.” A autoridade monetária disse esperar que a agropecuária registre recuo de 1,6% em 2024 e alta de 2,0% em 2025. Para a indústria, o BC vê crescimentos de 3,5% em 2024 e 2,4% no próximo ano. No caso de serviços, a previsão é de altas de 3,2% neste ano e 1,9% em 2025. Em fatores analisados de perto pelo risco de gerarem pressões sobre a inflação, a autoridade monetária afirmou que a atividade econômica continuou expandindo em ritmo forte e o mercado de trabalho se mantém aquecido. No documento, o BC afirmou que as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado na comparação com a análise feita em junho, aumentando assim o distanciamento em relação à meta. “O aumento da projeção de inflação no horizonte relevante resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado, da depreciação cambial e do aumento das expectativas de inflação”, afirmou. A autarquia destacou que a inflação acumulada em 12 meses voltou a subir, assim como as expectativas de inflação de curto e médio prazos. Na reunião deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) piorou suas próprias projeções, vendo inflação de 4,3% em 2024 e de 3,7% em 2025, com o relatório desta quinta apontando uma estimativa de 3,3% em 2026. Pelos cálculos do BC, a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior de tolerância da meta em 2024 aumentou de 28% para 36%. Em 2025, a chance aumentou de 21% para 28%. Em 2026, o BC projetou uma probabilidade de 19% de estouro do teto da meta. Em relação à condução dos juros básicos, o BC reiterou mensagem da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de que vai acompanhar os cenários ao longo do tempo, sem dar indicação futura de seus próximos passos, insistindo no “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.

Reuters

EMPRESAS

Marfrig espera reduzir alavancagem com conclusão de venda de ativos para Minerva

Liquidação de dívidas permitirá à Marfrig avançar em seu projeto de expansão no segmento de produtos industrializados, afirma diretoria da companhia. Venda de ativos da Marfrig para a Minerva deve ser concluída até o final de outubro.

A aprovação da venda de parte do negócio de carnes bovina e ovina da Marfrig para Minerva deve injetar cerca de R$ 5,7 bilhões ao caixa da companhia. O capital, segundo a direção do frigorífico, será usado para reduzir a alavancagem da Marfrig de 3,38 vezes reportado no segundo trimestre de 2024 para abaixo de três. “A prioridade da Marfrig é reduzir alavancagem, estoque de dívida bruta e, assim, reduzir a despesa financeira. Esse combo gera valor para o acionista e vamos seguir nessa trajetória”, comentou o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Marfrig, Tang David. A previsão é de que a transferência dos ativos, totalizando 13 unidades industriais, seja concluída até o final do próximo mês. Segundo o executivo, a redução da dívida permitirá à Marfrig avançar em seu projeto de expansão no segmento de produtos industrializados e de marca, onde a companhia tem obtido melhores margens quando comparado à venda de carne in natura. “Nós lembramos sempre que essa otimização do portfólio e de complexos industriais busca operar unidades com o maior número de habilitações e melhor localização e com isso temos um menor custo, maior eficiência, garantindo principalmente margens maiores e mais resilientes”, detalhou o presidente da companhia para a América do Sul, Rui Mendonça. Dentre os projetos de expansão da companhia, o executivo destaca a meta de aumentar os abates de gado próprio mantido em confinamento pela empresa e que foi anunciado no início deste ano. A perspectiva, conta, é que a operação com animais criados pela própria Marfrig permitam à empresa trabalhar com ocupação total de suas unidades de abate com produtos habilitados para exportação para mercados mais exigentes, como o europeu. “Somando-se a operação em complexos industriais, o apoio dos confinamentos e a manutenção de todas as operações de industrializados, nós vamos caracterizar a Marfrig como essa empresa de alimentos que é o nosso projeto de futuro”, detalhou Mendonça. A venda de ativos da Marfrig para Minerva, aprovada nesta quarta-feira (25/9) pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), deve ser concluída até o final de outubro deste ano, segundo informações divulgadas por ambas as companhias em Fato Relevante ao mercado. Avaliada em R$ 7,5 bilhões, a transação prevê a transferência de seis plantas da Marfrig para a Minerva na América no Sul, sendo 11 no Brasil. Como parte das medidas de proteção concorrencial impostas pelo Cade, a minerva aceitou alienar planta produtiva em Pirenópolis. Segundo a minerva, a unidade de Pirenópolis encontra-se desativada desde 2010 sem perspectiva de reabertura. Por determinação do Cade, a venda deve ocorrer em no máximo 12 meses ou ir a leilão caso não surjam compradores interessados dentro do prazo estipulado. A aprovação da compra de ativos da Marfrig por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) “deve trazer o debate dos investidores sobre a Minerva de volta aos fundamentos de mercado, já que remove a pressão do acúmulo de juros sobre o valor de aquisição divulgado”, aponta relatório do Goldman Sachs. Os analistas Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann avaliam como positivo, mas ainda apontam que a parte uruguaia possa trazer “alguma incerteza”. O Goldman Sachs estima que, ao incluir o capital de giro mínimo necessário para impulsionar a operação, a alavancagem da Minerva será de 4,5 vezes o Ebitda. No segundo trimestre de 2024, a alavancagem não ajustada foi de 3,6 vezes. “As perspectivas para o ciclo do gado no Brasil em 2025 estão melhorando progressivamente”, aponta a análise. O Goldman Sachs mantém sua recomendação de compra para a Minerva, com preço de R$ 7,55 por ação.

Globo Rural

Como ficam Marfrig e Minerva após a negociação?

A Marfrig pretende intensificar sua estratégia de focar em alimentos processados e marcas de alto valor agregado após a aprovação da venda de ativos para a Minerva, conforme afirmou o CEO Rui Mendonça após a decisão do Cade.

“Nosso foco é em alimentos de valor agregado e operações em complexos industriais”, disse Mendonça. A companhia prioriza operações sustentáveis e eficientes, com ênfase em unidades com maior capacidade produtiva e localização estratégica. “Queremos concentrar operações com mais habilitações e grande volume, o que reduz o custo por quilo produzido e aumenta as margens”, afirmou o CEO. Atualmente, 30% das vendas de carne desossada da Marfrig são de marcas reconhecidas no mercado. Mendonça destacou o aumento do foco em produtos processados e industrializados, considerados mais sustentáveis. “Seguiremos com commodities, mas com competitividade crescente e foco maior em produtos de valor agregado”, comentou. Ele também destacou a parceria com a BRF, que tem gerado sinergias importantes. “Estamos trabalhando próximos à administração da BRF, aproveitando oportunidades conjuntas”, disse, ressaltando o potencial de capturar mais sinergias. O negócio com a Minerva, anunciado em agosto de 2023, envolve a venda de ativos por R$ 7,5 bilhões, incluindo 11 plantas de bovinos no Brasil, unidades na Argentina, Uruguai, Chile e um centro de distribuição no Brasil. A transação deve ser concluída até o fim de outubro, exceto pelas plantas no Uruguai, que dependem de aprovação das autoridades locais. Do total de R$ 7,5 bilhões, já foram pagos R$ 1,5 bilhão e, com a aprovação do Cade, a Marfrig receberá entre R$ 5,6 bilhões e R$ 5,7 bilhões, ajustados pelo CDI desde agosto de 2023. A companhia planeja usar esses recursos principalmente para reduzir a alavancagem financeira, que estava em 3,38 vezes no segundo trimestre de 2023, segundo o diretor de relações com investidores, David Tang. O Cade aprovou a transação sem grandes restrições, permitindo à Marfrig seguir com seus planos. A planta de Pirenópolis (GO), atualmente da Marfrig, será vendida pela Minerva, que garantiu que a unidade está fechada desde 2010 e sem planos de reabertura. A Minerva informou que espera concluir a aquisição dos ativos da Marfrig até o final de outubro de 2024, após cumprir as condições contratuais e os remédios impostos pelo Cade, que incluem a venda da planta de Pirenópolis.

Pecuaria.com.br

INTERNACIONAL

UE anuncia na OMC que não irá adiar lei antidesmatamento

Apesar de pressão internacional, bloco europeu reitera que manterá a data de vigor da EUDR para 30 de dezembro deste ano. Contêineres de café, cacau, carne bovina, borracha terão de passar por georreferenciamento para entrada na Europa

A União Europeia (UE) anunciou na Organização Mundial do Comércio (OMC) que não vai adiar a aplicação da sua lei antidesmatamento, rejeitando a pressão de países exportadores agrícolas, como o Brasil. Essa posição poderá resultar num grande confronto na cena comercial internacional no ano que vem. Em reunião do Comitê de Agricultura, que terminou na quinta-feira, a UE foi bombardeada por críticas. Mas desafiou o clamor dos exportadores e insistiu que a legislação (EUDR, no jargão comunitário) entrará em vigor em 30 de dezembro deste ano e “qualquer adiamento exigiria uma mudança legislativa”, algo que ‘não atingiria nosso objetivo de fornecer previsibilidade legal para as operadoras o mais rápido possível’. Usando essa lógica jurídica, a UE enfatizou que está “concentrada em garantir que todos os elementos necessários para a implementação do regulamento estejam prontos a tempo, incluindo a orientação para operadores econômicos e estados membros, bem como os sistemas de TI”. A lei da UE, portanto prevista para entrar em vigor dentro de três meses, visa proibir acesso ao mercado comunitário de seis commodities – carne bovina, soja, café, óleo de palma, madeira e cacau, além de seus derivados – produzidas em zonas desmatadas após o final de 2020. O Brasil é um dos maiores fornecedores para a UE da maioria dos produtos atingidos pela legislação, que correspondem a mais de 30% das exportações brasileiras para o mercado europeu. A lei tem potencial de dano elevado no comércio para a Europa a partir de 2025. No Comitê de Agricultura da OMC, a UE continua tendo de responder a uma série de reclamações dos parceiros. O bloco comunitário argumentou que seu regulamento visa combater as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade, abordando especificamente o desmatamento ligado ao consumo da UE. “Não se trata de uma proibição comercial”, insistiu a UE, explicando que a rastreabilidade por meio de geolocalização será exigida para todos os embarques, tanto importadas quanto exportadas da UE. Contra a acusação de unilateralismo, a UE diz acreditar que sua legislação antidesmatamento está “em conformidade” com seus compromissos com a OMC e outros acordos comerciais. O sistema classificará os países com base em uma abordagem de avaliação de risco em três níveis. Os operadores e comerciantes serão responsáveis por garantir que suas commodities sejam livres de desmatamento e estejam em conformidade com os requisitos. A resposta da UE no Comitê de Agricultura da OMC ocorre num contexto de crescente pressão. Na semana passada, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, pediu para Bruxelas ‘rever’’ sua legislação, diante dos riscos de entravar o comércio das commodities. Esta semana, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mencionou que faria lobby junto a líderes europeus também pela suspensão da medida – certamente recebendo um não, a se julgar pelo que os europeus anunciaram na OMC nessa quarta-feira, em reunião fechada. No Comitê de Agricultura, o Brasil colocou igualmente mais pressão, em questões aos europeus copatrocinadas pela Indonésia, Argentina, Peru, Paraguai, Colômbia e Nigéria. A reunião do Comitê de Agricultura terminou na quinta-feira. E parece claro que países produtores não hesitarão em abrir disputa contra a UE, e mesmo impor medidas retaliatórias, se os europeus não flexibilizarem sua lei. O custo reputacional trazido pela lei é muito alto.

Valor Econômico

Pela 1ª vez em 10 anos, China pode reduzir importações globais de carne bovina

Depois do ritmo forte registrado nos primeiros meses de 2024, compras chinesas de proteína vermelha vêm perdendo o fôlego nesta etapa final do ano

 As importações totais da China de carne bovina totalizaram 231 mil toneladas em agosto/24, um aumento de 15,5% sobre o volume obtido em julho/24 (200 mil toneladas), mas que marcou a terceira queda consecutiva em relação aos resultados computados nos mesmos meses de 2023, de acordo com dados divulgados pelo governo de Pequim. Em agosto/24, o Brasil representou 48% das compras totais chinesas de proteína vermelha, um acréscimo de 3 pontos percentuais em relação à participação alcançada em julho/24, e bem acima do segundo colocado no ranking dos maiores fornecedores – a Argentina, com 19% do total. No acumulado de janeiro a agosto de 2024, as importações chinesas de carne bovina alcançaram 1,89 milhão de toneladas, o que representou acréscimo de 5,3% sobre a quantidade registrada em igual intervalo do ano passado. No entanto, o saldo chinês de importação só está positivo devidos grandes avanços das compras internacionais nos primeiros meses de 2024, quando houve um aumento anual superior a 30% no período de janeiro-maio, seguido por quedas no trimestre de junho-agosto. Portanto, caso a tendência decrescente dos últimos meses continue nos meses finais deste ano, é possível que as importações mundiais de carne bovina da China terminem 2004 com taxa negativa de até 5% em relação ao resultado de 2023, o que significaria o primeiro declínio anual dos últimos dez anos. Ou seja, desde 2014, quando as importações chinesas eram um décimo do que são hoje, o gigante asiático tem aumentado significativamente as suas compras anuais de carne bovina, sobretudo do Brasil.

Evolução anual das importações totais da China de carne bovina: (Fonte: China Business Industry Research Institute)

2019 – 1,66 milhão de toneladas

2020 – 2,12 milhões de toneladas

2021 – 2,33 milhões de toneladas

2022 – 2,69 milhões de toneladas

2023 – 2,74 milhões de toneladas

2024 (jan-ago) – 1,89 milhão de toneladas

Portal DBO

FRANGOS & SUÍNOS

Quinta-feira (26) com cotações estáveis para o mercado de suínos

Os valores no mercado de suínos nesta quinta-feira (26) ficaram estáveis. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne suína têm se mantido praticamente estáveis na maioria das regiões acompanhadas pelo órgão

Conforme a Scot Consultoria, o valor da arroba do suíno CIF em São Paulo ficou estável, com preço médio de R$ 169,00, assim como a carcaça especial, fechando em R$ 13,20/kg, em média. Segundo informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (25), os preços ficaram estáveis nas principais praças: Minas Gerais 9R$ 8,96/kg), Paraná (R$ 8,52/kg), Rio Grande do Sul (R$ 8,20/kg), Santa Catarina (R$ 8,41/kg), e São Paulo (R$ 8,96/kg).

Cepea/Esalq

Suinocultura Independente: mais uma semana em estabilidade

A quinta-feira (26) foi mais um dia em que as principais praças que comercializam os suínos no mercado independente registraram estabilidade nos preços, e lideranças do setor apontam que, apesar do aparente teto de preços, a próxima semana pode trazer novos realinhamentos positivos nas cotações.

Em São Paulo, o preço ficou estável pela sexta semana consecutiva em R$ 9,07/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o preço ficou estável pela sexta semana consecutiva, valendo R$ 9,00/kg vivo pela quarta semana consecutiva, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal ficou estável pela segunda semana em R$ 8,57/kg vivo.

Agrolink

Mercado do frango seguiu com preços estáveis

De acordo com a Scot Consultoria, o valor do frango na granja em São Paulo ficou estável, custando, em média, R$ 5,50/kg, enquanto a ave no atacado cedeu 0,31%, fechando, em média, R$ 6,48/kg

No caso do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, cotado a R$ 4,65/kg, da mesma forma que em Santa Catarina, valendo a R$ 4,41/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (25), os preços da ave congelada e da resfriada ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,34/kg e R$ 7,51/kg.

Cepea/Esalq

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