Ano 10 | nº 2262 |10 de julho de 2024
NOTÍCIAS
Mudança de ares no segundo semestre?
A primeira semana de julho foi de preços firmes em São Paulo e em outras regiões – na praça paulista, a cotação da vaca gorda subiu na última quinta-feira. Com a entrada do segundo semestre, alguns pontos de atenção para o período e expectativas para o mercado do boi
A trajetória de estabilidade/alta vigente, seguirá? O mercado futuro indica que sim. Mas, há alguns pontos de atenção: a oferta de boiadas confinadas, que deverá ser maior no segundo semestre, e a oferta de bovinos – principalmente a de fêmeas -, que, se seguir intensa como foi no primeiro semestre, adicionalmente ao aumento da oferta de bovinos confinados, pode pesar no mercado. E a exportação? Historicamente, o segundo semestre é melhor em volume, preços e receita (foi assim nos últimos 20 e 5 anos). No primeiro semestre de 2024, os embarques foram recorde. Com o forte volume embarcado, fica a dúvida quanto à demanda no segundo semestre. Com as compras aceleradas, dois comportamentos podem ocorrer: 1) o comprador internacional estocado e mais ausente das negociações com o Brasil, 2) o histórico se repetir, o que acreditamos que ocorrerá – até porque, mesmo que o preço do boi suba no segundo semestre, como indicam os preços futuros, o dólar alto – e assim deve ser até o fim do ano – mantém o boi brasileiro competitivo no mercado internacional. E a demanda interna? Podemos esperar melhora. O desemprego está mais controlado – próximo a 8,0%, há menor pressão de dívidas pela população na segunda metade do ano e, geralmente, há o aumento da geração de empregos temporários, o recebimento de décimo terceiro salários e bonificações. Somamos a este contexto um preço de carne bovina mais acessível – a demanda deverá ser melhor. O segundo semestre que se desenha é favorável. Aproveitando a conjuntura, ao confinador que está planejando o seu segundo giro, destacamos que o “boi de outubro” é agora. No mercado futuro, a referência do contrato de outubro encerrou o pregão de ontem (3/7), com um ágio de R$20,00/@ em relação ao mercado físico – oportuno para um seguro de preço mínimo.
Scot Consultoria
Preço do bezerro recua pela 4ª semana seguida em MS
Um dos fatores que exerce pressão sobre os preços da reposição é a necessidade de esvaziar as pastagens, aponta a Agrifatto
O preço do bezerro (Indicador Cepea/MS) sofreu a quarta queda semanal consecutiva, fechando a última delas com baixa 1,34%, o que representou um valor médio de R$ 2.013/cabeça (ante R$ 2.040/cabeça da semana anterior), informa a Agrifatto. “Trata-se do menor valor para o bezerro desde a segunda semana de fevereiro/24”, destaca a consultoria. Na avaliação dos analistas da Agrifatto, a necessidade de esvaziar as pastagens, em conjunto com os compradores ainda resistentes, tem feito pressão sobre os preços da reposição. No acumulado de janeiro a junho de 2024, na praça paulista, o boi gordo caiu 9%, enquanto as cotações do garrote e boi magro no mercado de reposição recuaram 2% e 7,9%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano de 2023, informa a médica veterinária Mariana Guimarães, analista da Scot Consultoria. No mesmo comparativo anual, os preços do bezerro de desmama e bezerro de ano subiram 1,2% e 2,7%, acrescenta ela. “Esse comportamento dos preços traduz maior firmeza no mercado de reposição frente ao mercado do boi gordo”, observa a analista.
Portal DBO
Mato Grosso abate menos fêmeas, reforçando tendência de virada no ciclo pecuário
Pela 1ª vez desde o início de 2024, participação da categoria nos abates totais do Estado fica abaixo dos 50%
Pela primeira vez em 2024, a participação de fêmeas no abate total de Mato Grosso ficou abaixo dos 50%, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), referindo-se aos dados do mês passado computados pelo Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT). Em números precisos, a participação de fêmeas sobre o abate total de bovinos no MT foi de 49,72% em junho/24, menor patamar dos últimos seis meses, e 1,78 ponto percentual abaixo do registrado em junho de 2023. No total, Mato Grosso enviou 660,74 mil bovinos para o gancho (Indea-MT) o último mês, volume 4,26% acima do obtido em maio/24. Segundo o Imea, a variação anual dos abates de fêmeas em Mato Grosso em junho/24 perdeu força, subindo 11,57% (ante junho/23) – no mesmo período de 2023 o indicador girava em torno dos 36%. “Isso significa dizer que, apesar de a participação de fêmea em 2024 estar acima da média histórica, a intensidade nos abates tem reduzido”, reforçam os analistas do Imea. Na avaliação do instituto, essa retração na participação de fêmeas (e na variação anual) reforça a transição do ciclo pecuário neste ano. “No curto prazo, a perspectiva é que a intensidade da oferta de animais nas indústrias de Mato Grosso sofra redução”, prevê o Imea.
IMEA
ECONOMIA
Dólar continua movimento recente e cai mais de 1% apesar do exterior
O dólar recuou mais de 1% ante o real na terça-feira e se reaproximou dos 5,40 reais, dando continuidade ao movimento mais recente de redução de prêmios de risco no Brasil e na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana sustentou altas ante várias divisas na esteira de declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell
Em sessão de liquidez menor em função do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,4140 reais na venda, em baixa de 1,15%. Em 2024, a divisa acumula elevação de 11,59%. Às 17h05, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,07%, a 5,4310 reais na venda. O dólar cedeu ante o real durante praticamente toda a sessão. Em um dia de agenda de indicadores esvaziada no Brasil e no exterior, as atenções se voltaram para o depoimento de Powell ao Senado dos Estados Unidos, às 11h. Em sua fala, o chair do Fed defendeu que a inflação norte-americana, apesar de seguir acima da meta de 2%, tem melhorado nos últimos meses. Além disso, pontuou que mais “dados bons” fortaleceriam os argumentos para cortes de juros pelo Fed. Por outro lado, Powell evitou dar indicações de quando o Fed começará a cortar juros, o que frustrou parte do mercado no exterior. Após os comentários de Powell, o dólar renovou mínimas ante o real, ainda que avançasse no exterior ante uma cesta de divisas fortes e em relação a boa parte das demais moedas. Depois de registrar a cotação máxima de 5,4789 reais (+0,04%) às 9h02, o dólar à vista atingiu a mínima de 5,4135 reais (-1,16%) às 15h26. A liquidez menor — percebida inclusive no mercado futuro — ajudou a ampliar as oscilações. Embora os mercados tenham funcionado normalmente, inclusive em São Paulo, o feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 reduziu parte da liquidez na renda fixa, no câmbio e na bolsa brasileira nesta terça-feira.
Reuters
Ibovespa fecha em alta e completa maior série de ganhos em 1 ano com ajuda de Powell
O Ibovespa fechou em alta na terça-feira, completando sete sessões seguidas no azul, o que não acontecia há mais de um ano, endossado por declarações do chair do banco central dos Estados Unidos sinalizando que um maior progresso na inflação pode levar a cortes na taxa básica de juros ainda neste ano
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,44%, a 127.103,99 pontos, perto da máxima do dia, segundo dados preliminares. Na mínima, chegou a 125.936,61 pontos. A última vez que o Ibovespa havia fechado com sinal positivo em sete pregões consecutivos fora em junho de 2023. O volume financeiro somava 14,7 bilhões de reais antes dos ajustes finais, bem abaixo da média diária do ano, de 23,6 bilhões de reais, em pregão marcado por feriado em São Paulo. A B3, contudo, funcionou normalmente.
Reuters
Haddad sugere ampliar cashback sobre carne em vez de isentar produto na reforma tributária
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na terça-feira que em vez de isentar todas as carnes, a regulamentação da reforma tributária poderia prever um cashback ampliado para a compra desses produtos, o que beneficiaria famílias de renda mais baixa.
Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que uma isenção do novo tributo sobre consumo para proteínas animais elevaria a alíquota geral em 0,53 ponto percentual, segundo cálculo da Receita Federal. “O impacto é maior porque o volume de proteína animal consumida no Brasil é relevante”, disse. “Está sendo discutido aumentar a parcela do imposto que é devolvida para as pessoas que estão no Cadastro Único (de benefícios sociais do governo). Isso é uma coisa que tem efeitos distributivos importantes. Então, às vezes não é isentar toda a carne, mas aumentar o cashback de quem não pode pagar o valor cheio da carne”, afirmou. De acordo com Haddad, o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária pode ser votado na Câmara esta semana. O grupo de trabalho da Câmara que discutiu o texto apresentou o relatório do projeto na semana passada, mantendo a tributação de 40% da alíquota geral para carnes bovinas, tema que tem sido foco de pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que seja dada isenção. Na ocasião, os deputados afirmaram que eventual isenção para proteína animal faria a alíquota geral ficar 0,57 ponto percentual acima dos 26,5% previstos pelo governo. Segundo Haddad, esse cálculo foi feito pelo Banco Mundial, que tem modelo diferente da Receita Federal.
Reuters
Mercado de trabalho/Cepea: número de pessoas trabalhando no agronegócio segue renovando recorde
No primeiro trimestre de 2024, o número de pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro somou 28,6 milhões, conforme indicam pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)
Novamente, trata-se de um recorde da série histórica, iniciada em 2012. Diante disso, a participação do setor no total de ocupações do Brasil foi de 26,85% nos primeiros três meses do ano – no mesmo período de 2023, representava 26,67%. A população ocupada no agronegócio cresceu 3,0% (ou aproximadamente 827 mil pessoas) de janeiro a março de 2024 frente ao mesmo período de 2023, avanço que ficou acima do observado para o Brasil, que foi de 2,3% (ou de aproximadamente 2,38 milhões de pessoas). Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, esse incremento esteve relacionado sobretudo ao aumento de 9,9% no número de trabalhadores atuando em agrosserviços – ressalta-se que esse segmento tem o maior número de trabalhadores, que são alocados nas diversas atividades que atendem aquelas dos segmentos de insumos, agropecuária e agroindústria, que incluem desde o transporte, armazenamento e comércio até os serviços jurídicos, administrativos e contábeis. Além disso, a população ocupada nas agroindústrias teve aumento de 3,4% (ou de 149.179 de pessoas). O aumento na população ocupada no agronegócio no primeiro trimestre de 2024 foi puxado por empregados, sobretudo com carteira (evidenciando um aumento na formalização do emprego), por trabalhadores com maior nível de instrução (tendência verificada no setor desde o início da série histórica) e por mulheres (houve aumento da participação feminina no período).
Cepea
Arrecadação continua forte em junho, mas governo terá de bloquear até R$ 20 bi do Orçamento, diz BTG
Segundo estimativas do banco, alta real da arrecadação foi de 9,9% no mês e de 8,9% no semestre; aumento faz parte da estratégia da equipe econômica para tentar cumprir meta de déficit zero
O governo federal terminou o primeiro semestre deste ano com um crescimento de 8,9% na arrecadação em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação, segundo estimativas do banco BTG Pactual, tendo como base dados do sistema Siga Brasil, do Senado Federal. Em junho, a projeção de alta é de 9,9%, também em termos reais. Apesar disso, a expectativa do banco é de um déficit primário nas contas do Tesouro de R$ 35,9 bilhões no mês e de R$ 65,1 bilhões no semestre. “Os dados seguem apontando para um crescimento robusto da arrecadação, que deverá totalizar R$ 207 bilhões no mês, acima da expectativa do mercado (R$ 200 bilhões, segundo o Prisma). A tributação do come-cotas de fundos exclusivos deverá arrecadar R$ 4 bilhões em 2024, sendo metade em junho e metade em dezembro”, diz em relatório o economista Fábio Serrano. O aumento da arrecadação faz parte da estratégia da equipe econômica para tentar cumprir a meta de déficit zero prevista para este ano. Ainda assim, o banco aponta uma série de problemas no Orçamento, tanto pelo lado das receitas, quanto pelo lado das despesas. Entre as receitas, o Orçamento prevê a entrada de R$ 56 bilhões como resultado da volta do voto de qualidade a favor do Tesouro no tribunal do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF). Até junho, porém, não houve entrada de recursos com essa medida. “O governo mantém uma expectativa de arrecadar R$ 56 bilhões com o Carf (projetamos R$ 15 bilhões para 2024) e deveria reduzir sua expectativa, dado que, até o momento, sua arrecadação foi nula”, disse Serrano. Outra rubrica apontada como incerta é com concessões à iniciativa privada. O BTG entende que o governo precisará reduzir de R$ 25 bilhões para R$ 10 bi a estimativa com essa fonte de recursos. Entre as despesas, a estimativa é a de que os gastos com a Previdência estão subestimados em cerca de R$ 20 bilhões. No segundo relatório de receitas e despesas, há uma previsão de gastos de R$ 918 bilhões com esses benefícios. No acumulado em 12 meses até maio, no entanto, as despesas somam R$ 930 bilhões. “Para o próximo relatório bimestral, que será divulgado dia 22 de julho, será importante que o governo atualize sua projeção para gastos com Previdência, que pelos nossos cálculos está subestimada em R$ 20 bilhões. A revisão exigirá um bloqueio entre R$15 a R$ 20 bilhões para adequar sua expectativa para os gastos deste ano ao teto”, diz. O governo precisa realizar o contingenciamento para tentar alcançar a meta de déficit zero prevista para este ano, ainda que na margem de tolerância de um déficit de 0,25% do PIB, cerca de R$ 28 bilhões. Quanto mais tempo demorar para fazer o bloqueio de recursos, menor a margem de manobra da equipe econômica, já que os chamados gastos discricionários (cerca de R$ 200 bilhões) vão sendo consumidos pela execução do Orçamento.
O Estado de São Paulo
Exportações crescem 9,1% até a primeira semana de julho
A balança comercial brasileira segue apresentando resultados positivos na primeira semana de julho, com um superávit de US$ 2,5 bilhões e corrente de comércio de US$ 12,2 bilhões. As exportações totalizaram US$ 7,4 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 4,9 bilhões
Esses e outros resultados foram divulgados na segunda-feira (08/07), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). Em comparação com a média de julho de 2023, as exportações na primeira semana de julho de 2024 registraram um aumento de 9,1%, enquanto as importações apresentaram crescimento de 2,0%. A corrente de comércio no período teve um aumento de 6,2%. No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial brasileira chega a US$ 45 bilhões, com exportações de US$ 175 bilhões e importações de US$ 130,2 bilhões. A corrente de comércio no período totalizou US$ 305,1 bilhões. Entre os destaques, a média diária da corrente de comércio na primeira semana de julho de 2024 foi de US$ 2,4 bilhões. O saldo comercial diário no mesmo período foi de US$ 493,04 milhões. As exportações por setor na primeira semana de julho registraram crescimento em relação a julho de 2023: Na Indústria Extrativa, aumento de US$ 40,3 bilhões (13,3%) na média diária; na Indústria de Transformação, elevação de US$ 63,25 bilhões (8,8%) na média diária; e na Agropecuária, houve aumento de US$ 19,03 bilhões (6%) também na média diária. No que diz respeito às importações, o desempenho por setor na primeira semana de julho apresentou resultados mistos: a Agropecuária registrou aumento de US$ 1,69 bilhões (10,0%) na média diária; a Indústria de Transformação teve crescimento de US$ 42,59 bilhões (4,9%) na média diária; e na Indústria Extrativa, queda de US$ 21,4 bilhões (-31,2%) na média diária.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
GOVERNO
Aberturas de mercado no Equador para exportação de óleos e gorduras de aves e de ruminantes para alimentação animal
Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023
O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio, pela autoridade sanitária do Equador, da autorização para que o Brasil exporte óleos e gorduras, tanto de aves quanto de ruminantes, destinados à alimentação animal. Nos cinco primeiros meses deste ano, o Equador importou mais de US$ 140 milhões em produtos agrícolas do Brasil, com destaque para produtos florestais, cereais e farinhas, que alcançaram cerca de 50% do total exportado. Com o anúncio desses dois novos produtos, o Brasil alcança sua 77ª abertura de mercado em 2024, totalizando 155 aberturas em 53 países desde o início de 2023.
MAPA
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: terça-feira com aumentos nos preços do animal vivo
A terça-feira (9) foi de alta para os preços no mercado do suíno vivo. Segundo análise do Cepea, os preços do suíno vivo e da carne iniciam julho em alta na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, as valorizações mais intensas do vivo no mercado independente nos últimos dias foram verificadas nas praças do Sul do País
No mercado atacadista, pesquisas do Cepea mostram que o comportamento de preços da carne tem acompanhado o ritmo de alta do vivo, sinalizando uma demanda doméstica aquecida; o pagamento de salários de grande parte da população ocorre ainda nesta semana, elevando o poder de compra do consumidor. Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (8), houve alta de 2,80% em Minas Gerais, chegando a R$ 7,70/kg, avanço de 1,93% no Paraná, custando R$ 7,41/kg, incremento de 3,12% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 6,95/kg, aumento de 1,90% em Santa Catarina, com preço de R$ 6,97/kg, e de 1,63% em São Paulo, fechando em R$ 7,50/kg.
Cepea/Esalq
Preços estáveis no mercado do frango na terça-feira (9)
Devido ao feriado no Estado de São Paulo na terça-feira, 9 de julho, em celebração à Revolução Constitucionalista, não há cotações disponíveis da Scot Consultoria, localizada em Bebedouro (SP).
Na cotação do animal vivo, o preço ficou estável em Santa Catarina, cotado a R$ 4,37/kg, da mesma forma que no Paraná, custando R$ 4,33/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (8), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,03/kg e R$ 7,29/kg.
Cepea/Esalq
INTERNACIONAL
Demanda da China aquece embarques de couro do Brasil
Avanço da indústria automotiva, principalmente com os carros elétricos chineses, impulsionou a procura pelo produto para estofados dos veículos. Só no primeiro semestre deste ano, a país asiático foi o destino de 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros
Um movimento de expansão da indústria automotiva na China alimenta a demanda por couro e favorece o Brasil. Só no primeiro semestre deste ano, a país asiático foi o destino de 40% dos couros e peles exportados pelos curtumes brasileiros. A matéria-prima é usada na fabricação dos estofados de carros elétricos, por exemplo. Diante dessa procura aquecida, a expectativa do setor é fechar o ano com crescimento em relação a 2023, ainda que a oferta elevada pressione os valores de venda no exterior. De janeiro a junho, a China adquiriu 39,17 milhões de metros quadrados de couros e peles, um aumento de 33,3% em relação ao mesmo período de 2023. Com essas compras, os chineses responderam por 29,9% do faturamento com as exportações brasileiras de couro. “A China, durante a pandemia da covid-19, tinha reduzido muito a produção de automóveis e calçados. Agora, o mercado entrou quase que em uma normalidade, voltaram a produzir e consumir”, disse ao Valor o presidente do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), José Fernando Bello. O couro brasileiro não é um dos melhores do mundo em qualidade, devido à prática de marcar o gado com ferro para identificação. Ainda assim, atende bem os setores moveleiro, automotivo e calçadista no mercado internacional — cerca de 80% do couro produzido aqui vai para fora do país. Especificamente neste ano, em que os abates de bovinos estão em nível recorde, cresceu também a oferta dos subprodutos do boi, como couro e sebo. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, no primeiro trimestre de 2024, os curtumes declararam ter recebido 9,32 milhões de peças inteiras de couro cru, avanço de 19,9% no comparativo anual. “Com mais disponibilidade de matéria-prima, a gente intensificou a busca por compradores no mercado externo”, disse Bello. Além da China, o Vietnã ficou entre os destaques ao dobrar as importações de couro do Brasil. Também houve avanços significativos nas vendas para Itália, México e Tunísia. Ainda que tenham reduzido suas compras no semestre, os Estados Unidos continuam a ser um mercado relevante, respondendo por 13,4% da receita das exportações. Estão atrás dos chineses no ranking de importadores. No total, o setor encerrou o primeiro semestre com alta de 15,4% no faturamento das exportações, que somou US$ 650,076 milhões, puxado por crescimentos na área e volume embarcados, segundo o CICB. Na avaliação de Bello, o câmbio deve ser um fator importante para dar mais competitividade ao couro brasileiro neste semestre. Mas, observa, o dólar alto também eleva os custos, uma vez que a indústria local importa insumos químicos e máquinas. Mesmo com despesas maiores, a expectativa do CICB é que a receita com as vendas externas cresça 15% neste ano, e os volumes, 25%. No ano passado, a receita alcançou US$ 1,117 bilhão, com o embarque de 430,63 mil toneladas de couros e peles. Uma fonte de frigorífico, que fornece couro para processamento aos curtumes, tem uma visão menos otimista. Ela acredita que está sobrando couro devido à alta produção. “O preço de venda para o frigorífico é muito ruim, no couro verde e no wet blue também”. De acordo com o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, os preços do subproduto estão praticamente estáveis neste mês, com avanço apenas no Rio Grande do Sul. “O couro verde de primeira linha está cotado a R$ 0,80 por quilo. No Rio Grande do Sul, o preço está R$ 1,30 por quilo, subiu R$ 0,10 na comparação semana a semana. Mas couro não é só preço, precisa ter qualidade”, afirmou. Para o ano que vem, a preocupação do setor é com a nova lei da União Europeia, que exige rastreabilidade total da cadeia e não aceitará, a partir de janeiro, a importação de produtos ligados a desmatamento. “Não somos contra essa normativa, só precisamos de mais prazo”, disse o presidente do CICB.
Globo Rural
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