CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2171 DE 29 DE FEVEREIRO DE 2024

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Ano 10 | nº 2171 |29 de fevereiro de 2024

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo passando por ajustes em São Paulo

A cotação dos bovinos estava pressionada na praça de São Paulo, resultando em queda da cotação da arroba da vaca e da novilha. Para o boi gordo, os preços continuaram estáveis

Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, a cotação dos bovinos segue pressionada na praça de São Paulo, resultando em queda nas cotações da vaca e da novilha na quarta-feira. Com isso, o preço da vaca gorda sofreu recuo diário de R$ 3/@ (ou -1,4%) e agora vale R$ 205. Por sua vez, a novilha gorda caiu R$ 5/@ (-2,2%) no mercado paulista, para R$ 220/@, de acordo levantamento da Scot. A cotação do boi gordo paulista ficou estável nesta quarta-feira, em R$ 235/@, acrescenta a Scot. O “boi-China” também andou de lado no Estado de São Paulo e segue valendo R$ 240/@. “Mas há negócios abaixo da referência para o boi-China”, relatou a Scot. A cotação da arroba da vaca gorda caiu R$3,00 (-1,4%) e a da cotação da novilha caiu R$5,00/@ (-2,2%). Em Alagoas os preços permaneceram estáveis. No Sudeste de Rondônia as cotações seguem estáveis na região. Na Bahia, mercado estável.

Scot Consultoria

Preço do boi gordo na B3 chega ao menor nível desde agosto de 2023

Contrato para maio está em R$ 225 por arroba. No mercado físico, frigoríficos seguem ofertando valores mais baixos pelo animal, pressionando os preços pagos aos pecuaristas. Com pressão maior de frigoríficos, preço do boi gordo mantém trajetória de queda no mercado físico

O preço do boi gordo mantém a tendência de queda, aumentando a pressão sobre os pecuaristas. As ofertas dos frigoríficos estão com valores cada vez mais baixos, divulgou, na quarta-feira (28/2), a consultoria Agrifatto. Em São Paulo, a desvalorização em fevereiro chegou a 4% até a terça-feira (27/2), quando o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) ficou em R$ 235,20 por arroba. Na B3, o mercado futuro sinaliza cotações ainda menores. O contrato para maio está em R$ 225, menor valor desde agosto de 2023. As exportações de carne bovina in natura da última semana fecharam em 38,56 mil toneladas, ou 7,71 mil toneladas por dia. As cifras representam uma queda de 57,70% se comparada com a média diária da segunda semana de fevereiro. Com isso, os envios dos 15 primeiros dias úteis desse mês ficaram em 143,48 mil toneladas. A média diária foi de 9,56 mil toneladas. “Diante disso, estimamos que até ao final do mês exportemos cerca de 172 mil toneladas, superando em 8,51% o recorde de fevereiro de 2022”, informou a Agrifatto.

Globo Rural

Preços da arroba do boi continuam caindo no Brasil

Os preços da arroba do boi gordo caíram na quarta-feira nas principais praças de produção e comercialização do país

No entanto, segundo o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a pressão de queda é menos intensa neste momento, consequência da relutância dos pecuaristas em negociar os animais no atual patamar de preços. “As pastagens ainda apresentam boas condições, permitindo a adoção desse tipo de estratégia. Este cenário deve permanecer durante o mês de março. As escalas de abate ainda apresentam relativo conforto, entre sete e nove dias úteis em média, somado ao comportamento da carne que permanece com preços enfraquecidos em meio à lenta reposição durante a segunda quinzena do mês”, assinalou Iglesias. Preço da arroba do boi: São Paulo, Capital: R$ 235. Goiânia, Goiás: R$ 218. Uberaba (MG): R$ 229. Dourados (MS): R$ 221. Cuiabá: R$ 207. O mercado atacadista apresenta preços acomodados para a carne bovina. “O ambiente de negócios ainda sugere fragilidade no restante da semana, com expectativa de melhora durante a primeira quinzena de março, período marcado por um maior apelo ao consumo devido à entrada dos salários na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva”, disse Iglesias. O quarto dianteiro seguiu a R$ 12,80 por quilo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 18 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 12,80 por quilo, estável.

Agência Safras

Boi/Cepea: Com maior oferta e demanda retraída, preços encerram mês em queda

Os preços do boi gordo e da carne encerram fevereiro em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior oferta de animais para abate, a demanda retraída por parte de frigoríficos reforça a pressão sobre as cotações

Apesar dos valores mais baixos da arroba, a instabilidade das vendas no atacado e as escalas alongadas têm limitado o interesse comprador em adquirir novos lotes. Considerando-se todas as negociações em praças paulistas, o intervalo médio entre o fechamento da venda/compra e o abate reduziu ligeiramente de janeiro para fevereiro (até o dia 27), passando de 15 para 13 dias, o que ainda significa escala alongada, conforme pesquisadores do Cepea.

Cepea

Auditores Fiscais Federais Agropecuários se reúnem com o ministro Carlos Fávaro para tratar de reestruturação da carreira

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) se reuniu na quarta-feira (28) com o Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, para debater sobre a necessidade de reestruturação da carreira

Segundo o presidente do Anffa Sindical, Janus Pablo, o Ministro Fávaro mostrou engajamento na negociação, tendo se reunido com interlocutores do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para tratar da proposta apresentada. Além disso, garantiu que em reunião a ser realizada nesta quinta-feira (29) entre o MGI e o Anffa Sindical, haverá uma nova apresentação de proposta. “Estamos tratando tudo com muito equilíbrio. Assim que recebermos a proposta, vamos debatê-la e encaminhar as decisões para nossos filiados por meio de Assembleia Geral Nacional Extraordinária”, explicou Janus Pablo.

Anffa Sindical

ECONOMIA

Dólar tem alta firme com exterior antes de dados de inflação nos EUA

Após duas sessões em queda, o dólar à vista fechou a quarta-feira com alta firme ante o real, acompanhando o avanço quase generalizado da moeda norte-americana no exterior, em sessão marcada pela fuga dos investidores de ativos de maior risco e pela expectativa com novos dados de inflação nos Estados Unidos, na quinta-feira

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9712 reais na venda, em alta de 0,77%. Em fevereiro, a moeda norte-americana acumula alta de 0,66%. Na B3, às 17:22 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,73%, a 4,9685 reais. Depois de ceder 1,20% nos últimos dois dias, o dólar à vista subiu ante o real com investidores recompondo posições compradas com o auxílio do exterior, onde a moeda norte-americana também avançava. A expectativa dos investidores recaía sobre o índice PCE de janeiro — o indicador preferencial de inflação do Federal Reserve –, que será anunciado na quinta-feira. Como vem ocorrendo nos últimos meses, investidores e analistas estarão atentos aos dados para determinar quando o Fed iniciará o processo de corte de juros. Em uma sessão marcada pela aversão a risco, em que os investidores buscaram a segurança do dólar e dos títulos norte-americanos, os principais índices de ações em Nova York recuaram nesta quarta-feira, assim como as moedas de países exportadores de commodities e emergentes. No Brasil, o dólar à vista oscilou em alta durante toda a sessão. Profissionais lembraram que nesta quinta-feira ocorrerá a definição da Ptax de fim de mês, o que tende elevar a volatilidade no câmbio durante o período da manhã — quando também serão divulgados os dados do PCE nos Estados Unidos.

Reuters

Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras com receio sobre dividendos

O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, abaixo dos 131 mil pontos, pressionado particularmente pelo tombo de mais de 5%das ações da Petrobras, em meio a preocupações sobre o montante de dividendos a ser distribuído pela estatal

Indice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,16%, a 130.155,43 pontos. O volume financeiro somou 23,9 bilhões de reais. Na visão do chefe da EQI Research, Luís Moran, o Ibovespa tem oscilado principalmente com o cenário macro internacional e eventos específicos de alguns papéis, em especial aqueles com maior peso no índice, como o caso de Petrobras nesta sessão. Ele reforçou, no entanto, que o Ibovespa continua em um patamar razoável, principalmente considerando a saída de estrangeiros da bolsa paulista, o que sugere um mercado “saudável, com vontade de subir”. Dados da B3 até o dia 26, mostram que o capital externo no segmento Bovespa está negativo em 10,87 bilhões de reais em fevereiro, acumulando no ano déficit de 18,77 bilhões de reais. Em Wall Street, os principais índices acionários também terminaram o dia no vermelho, em sessão marcada por dados revisados sobre o PIB norte-americano. O S&P 500 encerrou com declínio de 0,17%.

Reuters

Governo central tem superávit primário de R$79,3 bi em janeiro, diz Tesouro

O governo central registrou superávit primário de 79,3 bilhões de reais em janeiro, ante um saldo positivo de 78,9 bilhões de reais no mesmo mês do ano passado, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira

O governo central compreende as contas de Tesouro, Banco Central e Previdência Social. O superávit primário de janeiro se deve a um resultado positivo nas contas de Tesouro e Banco Central, no valor de 96,0 bilhões de reais, contra um déficit de 16,7 bilhões de reais na conta da Previdência Social. No mês passado, a arrecadação da União foi recorde, marcando o melhor resultado para qualquer mês. “Comparado a janeiro de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 3,0% (R$ 6,9 bilhões) da receita líquida e aumento real de 6,8% (R$ 10,1 bilhões) das despesas totais”, pontuou o Tesouro.

Reuters

IGP-M passa a cair 0,52% em fevereiro com quedas nos preços de soja e milho, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,52% em fevereiro, depois de ter registrado alta de 0,07% no mês anterior, com destaque para a queda nos preços de soja e milho, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira

A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,50%, e com o resultado do mês o índice passou a acumular em 12 meses deflação de 3,76%. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, registrou queda de 0,90% em fevereiro, contra recuo de 0,09% no mês anterior. André Braz, coordenador dos índices de preços, destacou a queda acentuada nos custos da soja e do milho, respectivamente de 14,18% e 7,11%. “Apesar de o El Niño ter prejudicado algumas safras brasileiras, não se observa uma redução generalizada na produção agrícola nacional”, disse ele. “Contrabalanceando esse cenário, a ampliação da oferta global de grãos promete atenuar as pressões inflacionárias sobre os preços dos alimentos no Brasil, proporcionando um alívio moderado à inflação”, completou. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, subiu 0,53% em fevereiro, de uma alta de 0,59% no mês anterior. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) passou a subir no período 0,20%, de uma alta de 0,23% em janeiro.

Reuters

Confiança de serviços no Brasil cai em fevereiro com piora das expectativas, diz FGV

A confiança do setor de serviços do Brasil teve queda em fevereiro em meio à piora das expectativas futuras, mostraram os dados divulgados na quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV)

No mês, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 1,5 ponto, para 94,2 pontos, após ter subido em janeiro. A FGV informou que a queda do ICS em fevereiro foi influenciada exclusivamente pela piora das perspectivas dos empresários do setor para os próximos meses. O Índice de Expectativas (IE-S), que reflete as perspectivas para os próximos meses, caiu 2,9 pontos, 92,1 pontos. “É cedo para esperar um ciclo de quedas no setor que enfrenta um ambiente macroeconômico de manutenção da queda na taxa de juros e bons resultados no mercado de trabalho. Ainda assim, não está evidente que a melhora nos fatores econômicos já tenha impactado a confiança dos empresários”, avaliou em nota Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE. Já Índice de Situação Atual (ISA-S), indicador da percepção sobre o momento presente do setor de serviços, ficou estável em 96,4 pontos. “O resultado ratifica a percepção de perda de fôlego do setor sobre a situação atual observada desde o segundo semestre de 2023. Apesar disso, nota-se certa resiliência na demanda, disse Pacini. Após cinco cortes consecutivos de meio ponto percentual pelo Banco Central, a taxa Selic está atualmente em 11,25%, nível ainda elevado e restritivo à economia. O BC tem indicado manutenção do ritmo de afrouxamento monetário para as próximas reuniões, mas ponderando que os juros devem continuar em patamar contracionista.

Reuters

EMPRESAS

BRF pretende expandir produção com uso de capacidade ociosa em 2024

A BRF trabalha com capacidade ociosa que permitirá à companhia elevar a produção sem a necessidade de realizar fortes investimentos em 2024, segundo o diretor financeiro Fábio Mariano em teleconferência com analistas na terça-feira (27)

A empresa pretende investir entre R$ 2,8 bilhões e R$ 3 bilhões em 2024. “É importante considerar que a companhia, nos anos da pandemia, estendeu bastante a capacidade de produção em produtos processados. Essa capacidade ainda não foi utilizada plenamente”, disse Mariano. A recuperação nos preços de produtos e a redução nos custos tendem a colaborar para a rentabilidade da companhia no primeiro trimestre de 2024, segundo o executivo.

A BRF informou nesta semana que registrou lucro líquido de R$ 754 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo um prejuízo de R$ 956 milhões no mesmo período de 2022, favorecida pelo desempenho das vendas, pela recuperação do preço da proteína in natura de frango no mercado doméstico e pela queda do custo de grãos. O presidente da BRF, Miguel Gularte, disse que novas habilitações conquistadas pela companhia em 2023 também devem colaborar para o desempenho da empresa em 2024, em um ano em que as condições de mercado doméstica e externa estão mais “normalizadas”. A BRF conquistou 66 novas habilitações ao longo de 2023 para novos destinos na América Latina, Ásia, Europa e África. “As novas habilitações trazem a máxima que temos repetido trimestre a trimestre, de que a melhor opção é ter várias opções”, disse Gularte.

Carnetec

Marfrig volta a ficar na frente de concorrentes em mais um ranking internacional

Já é a 2ª vez neste mês que a companhia divulga sua liderança em sustentabilidade diante de concorrentes nacionais: CDP e, agora, Forest 500

A Marfrig subiu cinco pontos percentuais (de 39% a 44%) na edição 2023 do ranking global de combate ao desmatamento Forest 500, informou a empresa na terça-feira (27). Quando consideramos os últimos dois ciclos de avaliação, o aumento é de dez pontos percentuais, “demonstrando a evolução da companhia e sua liderança entre as empresas do setor no Brasil”, disse a empresa em comunicado. Divulgado nesta semana, o ranking compila e analisa dados das 350 empresas e 150 instituições financeiras mais influentes do mundo que atuam em cadeias de abastecimento com risco de desmatamento como couro, óleo de palma, soja, gado, madeira, papel e celulose. Para compor a lista, anualmente a organização ambiental britânica Global Canopy verifica se as companhias abordam os riscos de desmatamento por meio de suas políticas, compromissos assumidos e medidas contra o desmatamento. A Marfrig é a mais bem avaliada na commodity proteína bovina – que está diretamente ligada ao negócio – e cresceu ainda mais sua pontuação no novo levantamento, atingindo 16 pontos percentuais acima do segundo colocado. “A Marfrig tem investido consistentemente em sustentabilidade como parte de sua estratégia de negócio e de uma governança sólida sobre o tema – e isto é refletido no excelente desempenho da companhia no Forest 500 ano a ano. O resultado é consequência do forte compromisso e das entregas da companhia por meio do programa Verde+”, disse Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, no comunicado. O programa tem como meta alcançar uma pecuária de baixo carbono, 100% rastreada, livre de desmatamento, inclusiva e mais produtiva e rentável. No novo ciclo do Programa Verde+, anunciado durante a COP 28, a companhia investirá R$ 100 milhões em frentes como recuperação e transformação, restauração ecológica, agropecuária regenerativa e melhoria genética do rebanho. A empresa se compromete a controlar 100% de sua cadeia de fornecimento de gado (direta e indireta) até 2025 nos biomas Amazônia e Cerrado (que era 2030). A Marfrig já monitora 100% dos fornecedores diretos em todos os biomas brasileiros. Em 2023, atingiu 85% de rastreamento dos indiretos no bioma Amazônia e 71% no Cerrado.

Carnetec

MEIO AMBIENTE

Recuperação de pastagens deve priorizar áreas perto de frigoríficos na Amazônia

Essa é a conclusão de estudo do projeto Amazônia 2030 sobre pastagem degradada. Estudo recomenda recuperação de pastos a um raio de 60 km de frigoríficos

O plano ambicioso do governo federal de recuperar 40 milhões de hectares de pastos degradados no Brasil deveria priorizar áreas próximas aos frigoríficos, indica estudo do projeto Amazônia 2030, que traça estratégias socioeconômicas para o bioma. Os pesquisadores afirmam que pecuaristas próximos geograficamente da indústria são mais propensos a adotar tecnologias que aumentam a produtividade do rebanho e, consequentemente, liberam áreas para outros fins. Apenas a Amazônia Legal já tem 40 milhões de hectares de pasto com algum grau de degradação, área duas vezes maior que a do Estado do Paraná. No entanto, os pesquisadores concluíram que 25 milhões de hectares bastariam para suprir a demanda por carne em 2030 caso os pecuaristas triplicassem a produtividade do rebanho. “Não existe demanda para reformar todo esse pasto [40 milhões de hectares] no curto prazo, nem no longo. Então, fomos olhar que área seria necessária se tivéssemos uma boa produtividade”, afirma o engenheiro florestal Paulo Barreto, coordenador da pesquisa, em entrevista ao Valor. Para ele, o Brasil não deveria apoiar seu planejamento nos US$ 120 bilhões que o governo ainda quer captar. “Já tem muito dinheiro, mas no que o dinheiro está sendo usado é o elemento-chave”. As tecnologias que estão disponíveis ao pecuarista hoje poderiam aumentar a produtividade média do gado bovino de 80 quilos de carne para 300 quilos de carne por hectare no ano, diz a equipe formada por Paulo Barreto, Ritaumaria Pereira e Arthur Rocha. Assim, pastagens abertas em um raio de 60 quilômetros de frigoríficos estabelecidos na Amazônia Legal seriam suficientes para atender a necessidade dos consumidores. Segundo os pesquisadores, a vantagem das fazendas localizadas em zonas próximas aos frigoríficos são os custos geralmente menores para a aquisição de insumos e o acesso a serviços como educação e assistência técnica. O aumento da produtividade da pecuária é imperioso para lidar com o desmatamento a médio e longo prazo, enquanto, no presente, o combate direto aos criminosos pode frear a abertura de novas áreas, diz Barreto. Na visão do pesquisador, o poder público foi condescendente com o desflorestamento no passado, com medidas como a regularização de terras ocupadas ilegalmente, o que incentiva o desmatamento especulativo e desestimula a manutenção e melhoria dos pastos. “A primeira coisa é combater o desmatamento diretamente, senão sempre vai sobrar terra e vai continuar ‘valendo a pena’ para o pecuarista pouco eficiente”, diz. De acordo com o estudo, dos cerca de R$ 10 bilhões em crédito rural subsidiado que vão para pecuaristas da Amazônia Legal, a maior parte vai para compra de gado, e uma fração pequena é usada para reformar as pastagens. Seria possível recuperar três milhões de hectares degradados por ano com o montante de R$ 10 bilhões. Hoje, o custo para levar infraestrutura até as fazendas — desde estradas até acesso à internet — é um impeditivo à adoção de tecnologia nos rincões do país. Diante disso, a estratégia de até 60 quilômetros dos frigoríficos também teria impacto positivo, reduzindo de 3,9 milhões para 1,4 milhão de quilômetros de estradas e ramais a serem melhorados, diz o estudo. Outra medida importante para estimular a pecuária sustentável seria o reajuste do Imposto Territorial Rural (ITR), que ainda hoje é calculado a partir de dados do Censo Agropecuário de 1975, segundo Barreto. Na prática, quanto maior o grau de utilização da terra, menor é a alíquota paga. Mas o ITR hoje considera como área produtiva aquela com lotação de 0,15 a 0,5 cabeça de gado por hectare, números que ficam até seis vezes abaixo do potencial nos principais polos pecuários da Amazônia, abrindo espaço a criadores pouco eficientes. “O segundo governo Lula prometeu que ia fazer essa atualização, mas não conseguiu”, afirma Barreto, atribuindo o problema à pressão de latifundiários. Uma vez que os índices sejam modificados, será possível verificar o grau de utilização da terra por meio de imagens de satélite e de arrecadação de imposto de circulação de bens e serviços. Os pesquisadores dizem que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, após adotar essa abordagem, detectou que alguns municípios cediam à pressão de ruralistas para a redução de valores, o que também foi detectado na Amazônia.

Valor Econômico

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: tendência baixista na quarta-feira

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 122,00, enquanto a carcaça especial teve queda de 2,13%, com valor de R$ 9,20/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (27), o preço ficou estável somente em São Paulo, fixado em R$ 6,65/kg. Houve recuo de 2,30% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,38/kg, baixa de 0,96% no Paraná, atingindo R$ 6,22/kg, queda de 0,33% no Rio Grande do Sul, custando R$ 6,01/kg, e de 1,51% em Santa Catarina, fechando em R$ 5,87/kg.

Cepea/Esalq

Suínos/Cepea: Preços médios caem em fevereiro

Os preços médios do suíno vivo no mercado independente caíram em fevereiro, na comparação com o mês anterior.

Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão veio do aumento no número de animais disponível para abate, associado à menor procura pela proteína suína, sobretudo neste período de encerramento de mês. Nem mesmo as fortes altas registradas no início de fevereiro foram suficientes para garantir avanço das médias mensais. No mercado de carne, diante da demanda enfraquecida, agentes do setor adotaram a estratégia de baixar os preços na tentativa de melhorar a liquidez, ainda conforme pesquisadores do Cepea.

Cepea

Frango com cotações estáveis ou leves quedas

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável, valendo R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado caiu 0,30%, valendo R$ 6,60/kg

Na cotação do animal vivo, o preço não mudou no Paraná, fixado em R$ 4,55/kg, assim como em Santa Catarina, com valor de R$ 4,36/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à segunda-feira (26), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado tiveram baixa de 0,54%, custando, respectivamente, R$ 7,30/kg e R$ 7,36/kg.

Cepea/Esalq

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