CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2160 DE 09 DE FEVEREIRO DE 2024

clipping

Ano 10 | nº 2160 |09 de fevereiro de 2024

 

NOTÍCIAS

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Exportações totais de carne bovina começam o ano com queda de 14,6% nos preços médios

As exportações totais de carne bovina em janeiro (in natura + carnes processadas) começaram o ano com forte queda nos preços médios pagos pelos principais importadores do produto brasileiro

Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), os preços médios caíram de US$ 4.630 por tonelada em janeiro de 2023 para US$ 3.954 por tonelada em janeiro de 2024 (-14,6%). A receita total, em janeiro deste ano, atingiu a US$ 930,6 milhões contra US$ 851,1 milhões em janeiro do ano passado, num crescimento de 9,3%, enquanto o volume embarcado teve aumento de 28%, com a movimentação passando de 183.817 toneladas em 2023 para 235.341 toneladas em 2024. A ABRAFRIGO compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A China continua como o principal cliente da carne bovina brasileira, mas importou 3,1% menos em janeiro de 2024. Das 100.164 toneladas de janeiro de 2023 reduziu para 97.056 toneladas movimentadas neste ano, com queda na receita de US$ 485,3 milhões no ano passado para US$ 427,4 milhões em 2024 (- 11,9%). O preço médio pago pela China caiu de US$ 4.845 para US$ 4.404 neste ano (-9%). Os Estados Unidos foram o segundo maior importador da carne bovina brasileira em janeiro, crescendo significativamente na sua movimentação, mas reduzindo fortemente os preços pagos. Em janeiro de 2023, os norte-americanos pagaram US$ 5.214 por tonelada da carne bovina brasileira e em janeiro de 2024 o preço caiu 43,3% para US$ 2.957 por tonelada. No volume, no entanto, aumentaram as aquisições de 15.296 toneladas no primeiro mês de 2023 para 49.850 toneladas no mesmo mês de 2024 (+225,9%). A receita saiu de US$ 79,75 milhões em 203 para US$ 147,4 milhões em 2024 (+84,8%). Segundo a ABRAFRIGO, outro crescimento significativo no volume foi apresentado pelos Emirados Árabes, que ficou no terceiro lugar entre os maiores importadores. Em 2023 importou 2.880 toneladas em janeiro e em 2024 elevou as compras para 11.805 toneladas (+ 309,9%). A receita passou de US$ 13,35 milhões para US$ 54,52 milhões (+ 308,3%). No quarto lugar veio Hong Kong, com compras de 7.826 toneladas no ano passado e 10.716 toneladas neste ano (+ 36,9%), com a receita passando de US$ 24,8 milhões para US$ 34,9 milhões (+ 40,6%). Na quinta posição chegou o Egito, com aquisições de 6.028 toneladas em 2023 e de 7.294 toneladas em 2024 (+21%), com receita saindo de US$ 20,4 milhões para US$ 25,5 milhões (+ 24,7%). No total, 67 países aumentaram suas aquisições, enquanto outros 56 reduziram compras em janeiro.

Publicado em: Valor Econômico/Infomoney/Notícias Agrícolas/Investing.com/Reuters/ Globo Rural/Portal DBO/Carnetec/Agrolink/CNN Brasil/Forbes Brasil/Money Times/Agroemdia/Broadcast/Poder360/Conexão Tocantins/Norte Agropecuário/Beef Point

NOTÍCIAS

Cotação estável no mercado do boi na praça paulista

Com o feriado se aproximando, alguns frigoríficos completaram as escalas de abate e voltarão às compras na Quarta-Feira de Cinzas. A expectativa é que com o feriado, o volume de carne escoada aumente, em função das confraternizações

Vale ressaltar que mesmo com o aumento do escoamento, o carnaval deixa o mercado moroso, pois fevereiro tem menos dias. Na região Noroeste do Paraná, com escala média para 10 dias de abate e o feriado se aproximando, a cotação ficou estável na região. Na região de Marabá – PA, as cotações permaneceram estáveis na região. Em Santa Catarina a cotação do boi gordo caiu R$5,00/@, para a vaca e novilha gorda, preços estáveis. Na exportação de carne bovina in natura em janeiro foram exportadas 181,7 mil toneladas – média diária de 8,3 mil toneladas/dia, crescimento de 13,4% frente à média de janeiro de 2023. A cotação média está em US$4,5 mil/t, retração de 6,6%, considerando o mesmo intervalo de tempo. Apesar da retração no preço, o forte ritmo dos embarques aumentou o faturamento médio diário para o período em 5,9%.

Scot Consultoria

Arroba do boi: preços acomodados

O mercado físico do boi gordo manteve cotações estáveis na quinta-feira (8)

Segundo o consultor da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere uma moderada alta dos preços no curto prazo. Ele destaca que foi evidenciada uma melhora nos preços do atacado durante a primeira semana de fevereiro, sendo a entrada dos salários na economia o fator-chave para justificar esse movimento. “A situação das escalas de abate segue como variável chave para a formação dos preços no curto prazo. Vale destacar que o pecuarista ainda encontra condições para controlar o ritmo dos negócios, considerando a boa condição das pastagens”, comentou. Preços da arroba do boi: São Paulo (Capital): R$ 239 Goiânia (GO): R$ 227. Uberaba (MG): R$ 240. Dourados (MS): R$ 231. Cuiabá (MT): R$ 211. O mercado atacadista voltou a apresentar preços estáveis no decorrer desta semana. O cenário de negócios ainda sugere uma alta dos preços no curto prazo, considerando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. Iglesias diz que as exportações seguem em ótimo nível. Ele avalia que o grande problema permanece no preço pago pela tonelada da carne bovina no mercado internacional. Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 18,50 por quilo. Enquanto o quarto dianteiro permanece cotado a R$ 13 por quilo. Ponta de agulha segue cotada a R$ 13 por quilo.

Agência Safras

Boi/Cepea: Mercado doméstico segue fraco; exportação paga mais

Levantamentos do Cepea apontam que os preços do boi gordo e da carne bovina seguem enfraquecidos neste início de fevereiro

Pecuaristas se mostram resistentes em negociar nos valores ofertados, mas, como a demanda no mercado atacadista também está relativamente baixa, frigoríficos não pressionam por volumes maiores – as escalas de abate estão “confortáveis”. Segundo colaboradores consultados pelo Cepea, muitos agentes têm a expectativa de que a procura reaja após o carnaval. As exportações brasileiras de carne bovina, por sua vez, continuam em expansão, e pecuaristas que atendem a este segmento, especialmente os que conseguem animais com peso adequado para abate até os 30 meses, têm obtido preços bem maiores que os registrados na venda para consumo doméstico.

Cepea

ECONOMIA

Alta do IPCA desacelera em janeiro, mas alimentos e serviços acendem alerta

A inflação no Brasil desacelerou em janeiro, mas inicia 2024 levantando sinais de alerta para o peso dos preços dos alimentos, que registraram a maior alta para o primeiro mês do ano em oito anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,42% em janeiro, contra 0,56% em dezembro, mostraram dados divulgados na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso o índice passa a acumular em 12 meses avanço de 4,51%, abaixo da taxa de 4,62% com que encerrou 2023, quando voltou a ficar dentro do limite da faixa determinada como meta para o ano passado. Para este ano, o centro da meta para a inflação, medida pelo IPCA, é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Depois de se acomodar em patamares mais baixos em 2023, o IPCA iniciou o ano sob pressão dos preços de Alimentação e Bebidas, que tem forte peso no orçamento das famílias, com atenção também à inflação de serviços. A alta dos preços de alimentos e bebidas acelerou a 1,38% no primeiro mês do ano, de 1,11% em dezembro, marcando a maior alta para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%). “É uma época de chuvas e secas, muitas variações climáticas. Esse ano tem o fenômeno El Niño muito presente no clima e janeiro foi um mês marcado por questões climáticas”, disse o gerente da pesquisa, André Almeida. A alimentação no domicílio ficou 1,81% mais cara em janeiro, influenciada sobretudo pelo avanço nos preços da cenoura (43,85%), da batata-inglesa (29,45%), do feijão-carioca (9,70%), do arroz (6,39%) e das frutas (5,07%). Por outro lado, o grupo Transportes registrou deflação de 0,65% no período, após alta de 0,48% em dezembro, graças à queda de 15,22% das passagens aéreas após altas nos últimos quatros meses de 2023 –em 12 meses, esse item acumula alta de 25,48%. Também houve queda de 0,39% nos preços dos combustíveis, com recuos do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%). O resultado das passagens aéreas ajudou a inflação de serviços a registrar avanço de apenas 0,02% em janeiro, desacelerando com força ante alta de 0,60% em dezembro e marcando alta de 5,62% em 12 meses. Esse item, no entanto, é considerado bastante volátil e, com sua exclusão do cálculo, a inflação de serviços em janeiro seria de 0,45% e a alta do IPCA, de 0,57%, segundo cálculos do IBGE. O índice de difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, manteve-se em janeiro em 65%.

Reuters

Dólar sobe e volta a tocar os R$5,00 com dados do mercado de trabalho dos EUA

O dólar à vista subiu e voltou a tocar nos 5,00 reais na quinta-feira, para depois encerrar o dia levemente abaixo deste nível, com as cotações acompanhando o avanço da moeda norte-americana no exterior, após dados do mercado de trabalho reforçarem a perspectiva de corte de juros nos EUA apenas mais à frente

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9956 reais na venda, em alta de 0,55%. Em fevereiro, a moeda acumula ganho de 1,16%. A moeda norte-americana à vista oscilou no território positivo durante todo o dia no Brasil. No início da sessão, os dados da inflação em janeiro foram monitorados, mas não chegaram a influenciar de forma decisiva os preços das moedas, impactando mais diretamente os negócios com juros futuros. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,42% em janeiro, ante alta de 0,56% em dezembro. O exterior, por sua vez, exercia maior influência sobre as cotações. A perspectiva de que o Federal Reserve cortará juros apenas em maio ou depois disso foi reforçada por novos números da economia. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego estaduais caíram 9 mil na semana encerrada em 3 de fevereiro, para 218 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho dos EUA. Em reação, os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir, assim como o dólar ante boa parte das demais divisas, em meio à leitura de que o mercado de trabalho resiliente dificulta o início do ciclo de cortes de juros pelo Fed. No mercado futuro — o mais líquido no Brasil — a moeda norte-americana para março se mantinha levemente acima dos 5,00 reais neste fim de tarde. Na B3, às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,56%, a 5,0055 reais. Os negócios no Brasil ocorreram nesta quinta-feira sob um pano de fundo político conturbado, em meio à operação da Polícia Federal que investiga tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Reuters

Ibovespa recua com alta em rendimentos de Treasuries

O Ibovespa fechou em queda na quinta-feira, com declínio generalizado na bolsa paulista em meio ao avanço nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano, enquanto Totvs desabou após o resultado operacional medido pelo Ebitda da empresa de software frustrar previsões de analistas

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,33%, a 128.216,92 pontos. O volume financeiro somou 26,38 bilhões de reais. Dados disponíveis no site da B3 continuam mostrando saída de capital externo do mercado acionário brasileiro, com o saldo em fevereiro negativo em cerca de 1,8 bilhão de reais até o dia 6. No primeiro mês do ano, as vendas por estrangeiros superaram as compras por esses investidores em quase 7,9 bilhões de reais. Uma boa parte desse movimento é relacionada à correção de alta nos rendimentos dos Treasuries, que fecharam 2023 a 3,86%, mas voltaram a superar os 4% neste ano, quando dados e sinalizações de autoridades do Federal Reserve esfriaram expectativas de uma queda nos juros dos Estados Unidos em março. Na quinta-feira, o Treasury de 10 anos oferecia um yield de 4,1521%, ante 4,098% na véspera, refletindo cautela de agentes financeiros antes de dados de preços ao consumidor norte-americano relativos a janeiro, previstos para a sexta-feira. Além do avanço nos rendimentos da dívida do governo dos EUA, o gestor Tiago Cunha, sócio da Ace Capital, também destacou o resultado acima do esperado do IPCA referente ao mês passado como mais um componente desfavorável às ações brasileiras. Cunha também chamou a atenção para safra de resultados do quarto trimestre, com os resultados nos EUA repercutindo de forma mais positiva em Wall Street do que os balanços brasileiros têm reverberado na B3. “Em um mercado global, com ampla mobilidade de capital, os resultados das empresas norte-americanas têm apresentado mais crescimento de receita, melhor desempenho operacional e perspectivas mais positivas para 2024. O fluxo de saída está, também, ancorado nesse diferencial de resultados e perspectivas para o ano”, afirmou.

Reuters

BC: Brasil tem fluxo cambial positivo de US$5,198 bi em janeiro

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 5,198 bilhões de dólares em janeiro, em movimento puxado pela via comercial, informou na quinta-feira o Banco Central

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 510 milhões de dólares em janeiro. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de janeiro foi positivo em 4,688 bilhões de dólares. Na semana passada, de 19 de janeiro a 2 de fevereiro, o fluxo cambial total foi negativo em 1,473 bilhão de dólares. No acumulado do ano até 2 de fevereiro, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 4,883 bilhões de dólares. No mesmo período do ano passado, o fluxo estava positivo em 3,968 bilhões de dólares.

Reuters

Arrecadação avança 9% em janeiro, traz boa notícia e saia justa

Caixa reforçado facilita o trabalho da equipe econômica, mas tende a ampliar pressões por recursos e isenções

Números preliminares da base de dados do governo indicam que a arrecadação veio forte em janeiro, como tem dito o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O crescimento nominal das receitas administradas, na comparação com janeiro de 2023, foi da ordem de 9%, o que representa um avanço de cerca de 4% acima da inflação. A tributação dos fundos exclusivos, aprovada no ano passado, repetiu o desempenho de dezembro e reforçou as receitas em cerca de R$ 4 bilhões no mês passado, informa fonte da área técnica. É boa notícia para a área econômica. Ao mesmo tempo, coloca o time do Ministério da Fazenda em uma saia justa. Pelo lado bom, a arrecadação está em linha com o projetado no orçamento de 2024. Não é pouca coisa, considerando que se esperam receitas cerca de R$ 170 bilhões superiores às do ano passado. Além disso, janeiro de 2023 foi um mês de alto desempenho das receitas. Os técnicos colocam alguma cautela ao analisar os números por causa do comportamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os recolhimentos vieram fortes, mas o dado pode refletir antecipação dos recolhimentos tributários do trimestre. Assim, avalia-se que a arrecadação de janeiro, isoladamente, não pode ser extrapolada para o restante do ano. Por outro lado, se fevereiro repetir o desempenho do mês anterior, reforça-se a perspectiva de reduzir ou mesmo eliminar a necessidade de contingenciar despesas como meio de se atingir a meta de zerar o déficit no ano. Essa possibilidade foi levantada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Aí, vem a saia justa. Com a arrecadação forte, enfraquece-se o discurso da equipe econômica de que é preciso eliminar renúncias fiscais para atingir a meta fiscal este ano. A Medida Provisória (MP) 1.202, editada no final do ano passado, investiu contra duas renúncias caras ao Congresso Nacional: a desoneração da folha salarial de 17 setores intensivos em mão de obra e o Programa Emergencial de Recuperação do Setor de Eventos (Perse), este sob suspeita de fraudes, que elevaram significativamente o seu impacto sobre as contas públicas. Ambos os benefícios fiscais já foram alvo de vetos presidenciais, e ambos os vetos foram derrubados por deputados e senadores. Assim, está claro o posicionamento do Legislativo sobre esses temas. Mesmo com baixa chance de sucesso, o Planalto editou a MP. A decisão contribuiu para azedar o clima. O caixa reforçado também permite atender demandas, mas não todas. Pelo lado do Executivo, foi atendido o pedido do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter o limite de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em dois salários-mínimos, medida que custará R$ 3 bilhões este ano. Também pode chegar ao fim a novela em torno da regulamentação do bônus de desempenho dos auditores de Receita Federal, tema que se arrasta há sete anos. O espaço para novos gastos, porém, tende a chamar a atenção do Congresso Nacional. As pressões para liberação de recursos tendem a aumentar.

Valor Econômico

Conab aponta para uma produção de grãos em 299,8 milhões de t na safra 2023/24

O volume é 6,3% inferior ao obtido na safra passada, o que representa 20,1 milhões de toneladas

A colheita total de grãos na safra 2023/24 deve chegar a 299,8 milhões de toneladas, conforme a nova estimativa divulgada no 5º Levantamento da Safra de Grãos, na quinta-feira (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume é 6,3% inferior ao obtido na safra passada, o que representa 20,1 milhões de toneladas. Quando comparada com a primeira estimativa desta safra feita pela Conab, a atual projeção apresenta uma diminuição de 17,7 milhões de toneladas. De acordo com a Conab, o comportamento climático nas principais regiões produtoras, sobretudo para soja e milho primeira safra, vem afetando negativamente as lavouras, desde o plantio. O atraso no plantio da soja possivelmente impactará no plantio da segunda safra de milho. A produção de soja estimada é de 149,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 3,4% se comparado com o volume obtido no ciclo 2022/23. Já se for considerada a expectativa inicial desta temporada, a quebra chega a 7,8%, uma vez que a Conab estimava uma safra de 162 milhões de toneladas. O atraso do início das chuvas nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, seguido por chuvas irregulares e mal distribuídas, com registros de períodos de veranicos superiores a 20 dias, além das altas temperaturas, estão refletindo negativamente no desempenho das lavouras. Outro importante produto que tem estimativa de menor produção é o milho. A queda na safra total do cereal deve chegar a 18,2 milhões de toneladas, resultando em um volume de 113,7 milhões de toneladas. O cultivo de primeira safra do grão, que representa 20,8% da produção total, enfrentou situações adversas como elevadas precipitações no Sul do país e baixas pluviosidades no Centro-Oeste, acompanhadas pelas altas temperaturas, entre outros fatores. Também é esperada uma queda na produção de feijão influenciada pelo clima adverso. A implantação da primeira safra da leguminosa caminha para a sua conclusão e vem apresentando alterações negativas devido às precipitações excessivas, atraso de plantio e ressemeaduras. A semeadura da segunda safra do grão já foi iniciada, especialmente na região Sul, porém o cenário geral é de atraso em razão da colheita da primeira safra estar atrasada. Mesmo assim, a Conab ainda estima uma safra de 2,97 milhões de toneladas de feijão no país. O contexto do El Niño embora tenha afetado inicialmente a lavoura do arroz, não gerou perdas até o momento nesta safra. A produção está estimada em 10,8 milhões de toneladas, 7,6% acima da produção da safra anterior. Alta também para o algodão. A estimativa é que o país estabeleça um novo recorde para a produção da pluma, chegando a 3,3 milhões de toneladas. O preço da commodity e as perspectivas de comercialização refletiram no aumento de área de plantio, que apresenta crescimento de 12,8% sobre a safra 2022/23. As primeiras estimativas para as culturas de inverno apontam para uma recuperação na safra de trigo, estimada em 10,2 milhões de toneladas. O plantio do cereal tem início a partir de fevereiro no Centro-Oeste, e ganhará força em meados de abril, no Paraná, e em maio, no Rio Grande do Sul, estados que representam 82,7% da produção tritícola do país. Com a atualização na estimativa produção da soja, as exportações também devem ser reduzidas em 4,29 milhões de toneladas, saindo de 98,45 milhões de toneladas para 94,16 milhões de toneladas. Além disso, a companhia realizou ajuste estatístico na quantidade da oleaginosa esmagada, totalizando aproximadamente 53,36 milhões de toneladas. Cabe registrar que as perdas da soja no Brasil estão sendo compensadas pela recuperação da safra argentina, semelhante ao ocorrido no Rio Grande do Sul. As vendas de milho ao mercado internacional também foram ajustadas em 3 milhões de toneladas. Com isso, os embarques do cereal devem chegar a 32 milhões de toneladas. Essa queda se explica não só pela atualização da safra estimada, bem como é influenciada pela maior oferta do grão disponível no mercado internacional, em meio à boa safra norte-americana. Já a demanda doméstica está estimada em 84,1 milhões de toneladas.

Gerência de Imprensa Conab

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado dos suínos: estabilidade na 5ª feira

No levantamento realizado pela Scot Consultoria, a carcaça suína especial seguiu estável e está cotado em R$ 10,10/kg, em média, enquanto o preço médio da arroba do suíno CIF seguiu estável custando, em média, R$ 127,00/@

No Indicador do Suíno Vivo, referente a última quarta-feira (07), o preço permaneceu cotado em R$ 6,04/kg no Rio Grande do Sul. No Paraná, o preço do animal também seguiu com estabilidade e está em R$ 6,13/kg. Já na região de Santa Catarina, o animal seguiu precificado em R$ 6,01/kg. Em São Paulo, o valor ficou em R$ 6,63/kg e apresentou ganho de 0,45%. Em Minas Gerais, o valor do suíno teve valorização de 0,15% e está cotado em R$ 6,77/kg. De acordo com o Cepea, os preços do suíno vivo e da carne suína têm reagido neste início de fevereiro. Além da maior demanda neste período de recebimento de salários, o impulso também vem da menor disponibilidade doméstica de animais (sobretudo com peso ideal para abate) e da proteína. “Mesmo diante das altas, a liquidez está elevada no mercado interno, e, segundo agentes consultados pelo Cepea, a procura pela carne suína deve continuar firme nos próximos dias. No Sul, produtores relatam solicitações de adiantamento e pedidos de cargas extras”, informou o Cepea em seu boletim semanal.

Cepea/Esalq

Suinocultura independente: preços com altas em SP, MG e SC

Cotações registraram avanços significativos nesta semana

Em São Paulo, os preços dos suínos apresentaram valorização de 3,07% frente à semana anterior, em que passou de 6,83/kg e está precificado em R$ 7,04/kg por vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). No mercado mineiro, o valor do animal teve ganho de 2,94% e precificado em R$7,00/kg vivo nesta semana, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). “O mercado essa semana foi firme, por isso está buscando mais um reajuste de preços. Isso é positivo embora traz consigo novos desafios na sequência do mês de fevereiro”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles. Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal apresentou ganho de 2,29% nesta a semana frente a anterior, em que passou de R$ 6,11/kg para R$ 6,25/kg vivo.

Agrolink

ABPA: Exportações de carne suína crescem 11,7% em janeiro

Embarques de carne de frango mantém fluxo acima de 400 mil toneladas em 2024

Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 99,6 mil toneladas em janeiro, superando em 11,7% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 89,2 mil toneladas. Em receita, as vendas internacionais do setor totalizaram US$ 199 milhões, saldo 6,3% menor que o total registrado em janeiro de 2023, com US$ 212,4 milhões. A China, maior importadora de carne suína do Brasil, importou 23,1 mil toneladas em janeiro (-44,6% em relação ao ano anterior). Em fluxo altamente positivo, as Filipinas importaram 12,3 mil toneladas no mesmo período (+241,3%), seguida pelo Chile, com 10,8 mil toneladas (+65,7%), Hong Kong, com 9,5 mil toneladas (+34%) e Singapura, com 5,1 mil toneladas (+10%). No ranking dos maiores estados exportadores, Santa Catarina lidera com 55,5 mil toneladas exportadas em janeiro, 11% a mais que no mesmo período de 2023. Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 21,2 mil toneladas (+3,44%), Paraná, com 10,9 mil toneladas (+4,9%), Mato Grosso, com 2,6 mil toneladas (+25,8%) e Mato Grosso do Sul, com 2,5 mil toneladas (+23,8%). “Há uma diversificação nos destinos de exportações de carne suína, com o estabelecimento de maior demanda em determinadas nações da Ásia. Neste mês, também vimos países das Américas, como Chile e Estados Unidos, reforçarem suas compras”, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA

Suínos/Cepea: Preços do vivo e carne reagem com força

Depois de caírem em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne suína têm reagido neste início de fevereiro

Segundo pesquisadores do Cepea, além da maior demanda nesse período de recebimento de salários, o impulso também vem da menor disponibilidade doméstica de animais (sobretudo com peso ideal para abate) e da proteína. Mesmo diante das altas, a liquidez está elevada no mercado interno, e, segundo agentes consultados pelo Cepea, a procura pela carne suína deve continuar firme nos próximos dias. No Sul, produtores relatam solicitações de adiantamento e pedidos de cargas extras

Cepea

Frango no atacado paulista registra valorização de 0,72%

Na quinta-feira (08), o preço do frango no atacado paulista registrou valorização de 0,72% e está precificado em R$ 7,00 por kg, conforme as informações da Scot Consultoria

Já o frango na granja paulista segue com estabilidade e cotado em R$ 5,05 por kg. No Paraná, a cotação do animal vivo não apresentou alteração e está valendo R$ 4,55/kg. Já em Santa Catarina, o valor do frango vivo teve baixa de 0,22% e está precificado em R$ 4,44/kg. Conforme informações divulgadas pelo Cepea/Esalq na última quarta-feira (07), o preço do frango vivo congelado registrou valorização de 0,82% e cotado em R$ 7,39/kg. No caso do frango resfriado, o preço teve um ganho de 1,62% e está sendo comercializado em R$ 7,51/kg.

Cepea/Esalq

Embarques de carne de frango mantém fluxo acima de 400 mil toneladas em 2024

Conforme os dados compilados pela ABPA, as exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 404,9 mil toneladas em janeiro, número 3,8% menor que as 420,9 mil toneladas registradas no primeiro mês de 2023

No mesmo período, a receita das exportações alcançou US$ 683,6 milhões, saldo 20,2% menor que o total registrado no ano anterior, com US$ 856,6 milhões. No ranking de destinos de exportações estão Japão, 40,1 mil toneladas importadas em janeiro (+6,4% em relação a janeiro de 2023), seguido por Emirados Árabes Unidos, com 38,7 mil toneladas (+7,5%), China, com 38,4 mil toneladas (-36,2%) Arábia Saudita, com 34,9 mil toneladas (+7,9%) e África do Sul, com 31,9 mil toneladas (+8%). Entre os estados exportadores, o Paraná segue na liderança, com 165,9 mil toneladas embarcadas (+3,8%), seguido por Santa Catarina, com 90,7 mil toneladas (-4,8%), Rio Grande do Sul, com 54,3 mil toneladas (-15,3%), São Paulo, com 23,5 mil toneladas (-3,1%) e Goiás, com 19,3 mil toneladas (-2,9%). “O fluxo mensal de exportações segue acima das 400 mil toneladas, dentro do esperado para o primeiro mês do ano. Apesar do quadro complexo em torno do mar vermelho, as nações do Oriente Médio seguem em destaque, com altas significativas nas importações”, analisa o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

ABPA

INTERNACIONAL

Exportações australianas de carne bovina registram o melhor início de ano desde jan/20

Embarques atingiram 75.585 toneladas no mês passado, ante uma média para o mês (os últimos cinco anos) de 59.000 t, informou o portal Beef Central

As exportações de carne bovina da Austrália tiveram o início de ano mais forte desde o período de seca de 2019-20, quando a atividade de abate ficou sobrecarregada, informou o portal australiano beefcentral.com. Tradicional exportador mundial da commodity, o país da Oceania promete incomodar os concorrentes internacionais este ano, sobretudo o Brasil, que, assim como a Austrália, tem previsões otimistas para o comércio internacional da proteína bovina (mais informações sobre o assunto no Anuário DBO 2024). Segundo reportagem da Beef Central, janeiro é tradicionalmente o mês mais calmo do ano para as exportações de carne bovina australiana, com muitas grandes fábricas de exportação do norte fechadas para as férias. No entanto, os embarques para todos os mercados atingiram 75.585 toneladas no mês passado, o volume mais elevado registrado em janeiro desde 2020, quando grande parte da metade norte da Austrália ainda estava sob grave seca. “A média de janeiro nos últimos cinco anos foi de 59.000 toneladas”, acrescenta o portal. O resultado do mês passado segue o ritmo forte dos embarques de dezembro/23. “O processamento de carne bovina na Austrália teve um forte início de ano, com as primeiras quatro semanas de operações obtendo uma média de quase 88.500 cabeças, 11% a mais que no ano passado e 32% acima do resultado computado em igual período de 2022”, relata. Tal como aconteceu durante o segundo semestre de 2023, os Estados Unidos continuaram a comprar fortemente em janeiro, adquirindo 20.308 toneladas de carne bovina (e de vitela) australiana. Isso foi mais que o dobro do volume visto em janeiro do ano passado (8.953 toneladas), segundo o portal. No mercado dos EUA, a Austrália, diz o Beef Central, se beneficia de uma vantagem competitiva sobre o rival de exportação, o Brasil. Sem um Acordo de Comércio Livre bilateral em vigor, o Brasil exporta para os EUA ao abrigo da pequena cota de carne bovina de “outros países”, de apenas 65.000 toneladas. Em 29 de janeiro/24, de acordo com o portal, essa cota (para este ano) estava preenchida em 71,54%. “Isso sugere que a cota será preenchida no próximo mês, forçando uma tarifa total de 26,4% sobre as exportações brasileiras de carne bovina para os EUA até o final deste ano”, relata o portal, reforçando a vantagem competitiva dos australianos no mercado norte-americano. No entanto, diz a reportagem, apesar da penalização em termos de custos, as exportações de carne bovina do Brasil para os EUA cresceram acentuadamente nos últimos anos. Ao mesmo tempo, o volume de exportações isentas de tarifas da Austrália para os EUA diminuiu gradualmente ao longo dos últimos quatro anos. A Austrália utilizou apenas 29% de sua cota total de carne bovina dos EUA em 2022, 31% em 2021 e 55% no ano passado (2023). A última vez que a cota foi preenchida foi em 2015.

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