CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2128 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2023

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Ano 9 | nº 2128 |18 de dezembro de 2023


NOTÍCIAS

A cotação do boi gordo reagiu em São Paulo

Apesar das escalas de abate alongadas em alguns frigoríficos, a cotação da arroba do boi gordo subiu na comparação diária

A cotação da arroba do boi gordo subiu na sexta-feira (15/12) no mercado paulista, informou a Scot Consultoria. Para o “boi comum” (direcionado ao mercado interno) houve um aumento diário de R$ 3/@, enquanto o “boi-China” (com padrão-exportação – abatido com até 30 meses de idade) sofreu reajuste R$ 2/@, acrescenta consultoria. O animal “comum” vale agora R$ 245/@ no Estado de São Paulo, e o bovino com destino ao mercado chinês é negociado por R$ 250/@ (valores a prazo, bruto). Nas praças paulistas, a vaca gorda está cotada em R$ 220/@, enquanto a novilha terminada é vendida por R$ 237/@ (bruto, prazo), segundo a Scot. No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram estáveis na comparação diária nas regiões de Três Lagoas e Campo Grande. Já na região de Dourados, o “boi comum” e a novilha mantiveram-se estáveis na comparação feita dia a dia, mas houve aumento na cotação da arroba da vaca em R$1,00.

Scot Consultoria

Arroba do boi: preços continuam estáveis na maioria das praças

O mercado físico de boi gordo apresentou preços firmes, de estáveis a mais altos, ao longo da semana. De acordo com o analista da Safras & Mercado, Fernando Iglesias, não há sinalização de mudança deste cenário no curto prazo

“A oferta deve seguir limitada até meados do primeiro trimestre, o que sem dúvida é fator relevante para a formação dos preços”, afirmou ele. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 250, estável frente à semana anterior. Já em Dourados (MS), a arroba seguiu em R$ 230,00. Em Cuiabá (MT), a indicação a prazo foi de R$ 211, contra os R$ 210 da semana passada, alta de 0,48%. Já em Uberaba (MG), a indicação a prazo foi de R$ 240 por arroba, estável frente à semana passada. Em Goiânia (GO), a indicação a prazo foi de R$ 240, estável frente à semana passada. O mercado atacadista apresentou preços mais altos durante a semana para os cortes do traseiro, de acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias. O viés segue de alta nas cotações, em linha com o período auge no consumo doméstico no ano. O quarto do traseiro subiu 1,27%, de R$ 19,70 para R$ 19,95. O quarto do dianteiro manteve-se em R$ 13,00. O analista ressalta que o perfil da demanda aquecida deste momento tende a mudar completamente ao longo do primeiro trimestre. Com a descapitalização da população, o alvo prioritário serão as proteínas de menor valor agregado. As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 297,814 milhões em dezembro (6 dias úteis), com média diária de US$ 49,635 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 64,877 mil toneladas, com média diária de 10,812 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.590,40. Em relação a dezembro de 2022, houve alta de 44,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 55,7% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 7,3% no preço médio.

Agência Safras

Estatística da pecuária (Goiânia – GO)

A oferta limitada de bovinos tem dificultado a formação de escalas de abate na região, com isso, ajustes positivos (0,4%) durante a semana foram constatados no mercado físico

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi gordo está sendo negociado em R$232,50/@ na região, preço a prazo, descontados os impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo na praça, em relação a São Paulo, está 2,6% negativo, ou seja, são R$6,00/@ a menos nas negociações. O boi gordo, na praça paulista, está cotado em R$238,50/@, preço a prazo, descontados os impostos. Para a novilha gorda, o cenário é semelhante, com aumento pela demanda da categoria, no decorrer da semana, foi observada uma valorização de 2,3%, estando precificada em R$221,50/@, preço a prazo, descontados os impostos. No curto prazo, os preços deverão permanecer firmes e altas não estão descartadas, especialmente pela maior capitalização da população em dezembro, associado à melhora no consumo interno e menor oferta de boiadas.

Scot Consultoria

Rússia renova quota para importação de carne bovina

A medida entrará em vigor, a partir de 1º de janeiro de 2024. O governo brasileiro tomou conhecimento, com satisfação, da decisão do governo russo de renovar as quotas para importação de 570 mil toneladas de carne bovina, com tarifa reduzida de 50% para 15%

O anúncio das quotas foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia, por meio do Decreto da Federação da Rússia 2129/2023. A União Econômica Eurasiática (UEEA) também anunciou quotas para importação de 124,5 mil toneladas de carne bovina (exclusivamente para processamento) com tarifa zero, sendo 100 mil toneladas para o mercado russo e o restante distribuído entre os quatro outros países membros (Belarus, Armênia, Cazaquistão e Quirguistão). A medida valerá de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2024. As exportações brasileiras de carne bovina e carne de aves para o mercado russo, que em 2022 somaram US$ 278 milhões e representaram 15,4% da pauta brasileira, continuaram a crescer em 2023. Entre janeiro e outubro deste ano, o fluxo comercial já alcançou US$ 250 milhões, atingindo 22,2% do total das exportações brasileiras para a Rússia.

MAPA

ECONOMIA

Reforma tributária ficou longe da ideal, mas é avanço e deve aumentar produtividade, dizem economistas

O texto, aprovado pelo Congresso na sexta-feira, vai agora para a sanção presidencial

A reforma tributária, aprovada definitivamente pelo Congresso Nacional na última sexta-feira, ficou longe da ideal, mas representa um avanço em relação sistema tributário atual e tem potencial para aumentar a produtividade e o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo economistas ouvidos pelo Valor. Para o economista e especialista em contas públicas Sergio Gobetti, a reforma deve propiciar a transição para um modelo tributário mais moderno no Brasil e é melhor do que a versão que havia partido do Senado de volta para a Câmara dos Deputados, que finalizou o processo ontem. O texto será promulgado pelo Congresso Nacional. “O texto aprovado é, em geral, melhor do que o do Senado por reduzir as exceções, mas o mais importante de tudo é finalmente estarmos aprovando a reforma tributária. É um feito histórico, de enorme importância política, e que deve propiciar a transição para um modelo tributário mais moderno, eficiente e também justo”, disse Gobetti. “Maior justiça tributária e federativa é uma das principais virtudes da reforma aprovada”, adicionou. Na visão do economista e sócio da Ryo Asset Gabriel Leal de Barros, o ponto alto do texto final é a retirada das exceções a vários setores que haviam sido colocados durante a tramitação no Senado. “Exceções para seis setores foram retiradas, o que é positivo, porque além de contribuir para uma alíquota geral menor do IVA, melhora a qualidade da reforma. O potencial de simplificação do sistema é muito maior do que se essas exceções tivessem sido mantidas”, afirma Leal de Barros. O economista da Ryo Asset e especialista em temas fiscais pondera que não é a reforma dos sonhos para ajustar as contas públicas, mas prevê melhoras e dinamismo para a economia. “Longe da ideal, mas melhor do que o sistema que temos hoje. É uma reforma que entregará um efeito positivo em termos de produtividade e PIB em potencial, embora distante do desejável. A retirada dessas exceções melhora. Nota 6 para essa versão aprovada”, acrescenta. Em relação a qual vai ser a alíquota final do IVA, Leal de Barros prefere não fazer o cálculo neste momento considerando a relevância que a elisão fiscal pode ter sobre o tema, já que é comum no sistema tributário atual do Brasil as empresas se valerem de manobras contábeis para reduzir suas cargas tributárias. Thaís Marzola Zara, economista sênior da LCA Consultores, também avalia que a reforma tende a ser benéfica para o país no médio prazo. “O sistema atual gera muitas distorções. As empresas empregam muitos recursos que poderiam ser direcionados a melhorias em seus processos produtivos no planejamento tributário. Com o novo sistema, esse gasto tende a se reduzir”, afirma. Segundo Zara, há pontos no texto aprovado na Câmara que poderiam ser melhores, mas o saldo final é positivo. “Nem sempre é viável politicamente [se aprovar a reforma ideal]. Minha avaliação é que esse é um texto bastante positivo, que trará avanços importantes para o país”, diz. Ela argumenta que, apesar das exceções e de o relator da reforma na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), ter rejeitado seis regimes específicos criados pelo Senado, o novo código tributário será capaz de reduzir de forma significativa distorções na economia, pois o texto aprovado manteve pilares como a implantação de um sistema de base tributária ampla e não cumulativo, a uniformização da legislação e a simplificação do sistema. Segundo Zara, todos os setores deverão se beneficiar da reforma aprovada, mas a indústria, que é o mais penalizado pelo sistema atual, tende a ter maiores ganhos.

Valor Econômico

Dólar sobe ante real após comentários de autoridade do Fed sobre juros

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9379 reais na venda, em alta de 0,46%, interrompendo uma sequência de duas sessões consecutivas de queda. Na semana, a divisa acumulou ganho de 0,18% e, em dezembro até agora, elevação de 0,46%

Na B3, às 17:16 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,50%, a 4,9420 reais. A moeda norte-americana se beneficiou da fraqueza de outras divisas no exterior, após a divulgação de dados fracos na China e na Europa. A Agência Nacional de Estatísticas informou que os preços das casas novas na China caíram pelo quinto mês consecutivo em novembro, enquanto o investimento em imóveis caiu 9,4% de janeiro a novembro em relação ao ano anterior, após uma queda de 9,3% de janeiro a outubro. Já as vendas no varejo chinês cresceram 10,1% em novembro, acelerando em relação ao aumento de 7,6% em outubro, mas não atenderam às expectativas dos analistas, de salto de 12,5%. Na Europa, o PMI composto preliminar do HCOB para a zona do euro, compilado pela S&P Global, caiu para 47,0 em dezembro, ante 47,6 em novembro. Pesquisa da Reuters projetava aumento para 48,0. Além dos números chineses e europeus, fizeram preço no mercado global de dólar os comentários do presidente do Fed de Nova York, John Williams, que rejeitou as crescentes expectativas em relação a cortes na taxa de juros dos EUA. Segundo ele, o Fed ainda se concentra em verificar se a política monetária está no caminho certo para continuar levando a inflação à meta de 2%. “Não estamos realmente falando sobre cortes de juros no momento”, disse Williams em entrevista à CNBC. Um terceiro fator ajudou a sustentar as cotações do dólar no dia, conforme um operador ouvido pela Reuters: a compra sazonal de dólares neste fim de ano, por fundos e multinacionais, para remessas ao exterior. Em paralelo, os agentes do mercado seguiram atentos à agenda de votações no Congresso Nacional. Na quinta-feira, a derrubada do veto presidencial ao projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia foi mal recebida pelo mercado.

Reuters

Ibovespa fecha em queda na sexta após renovar máximas, mas subiu na semana

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, refletindo ajustes, após uma semana marcada por recordes, em meio a perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos no próximo ano e manutenção do ritmo de alívio monetário no Brasil

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,49%, a 130.197,1 pontos, mas acumulou alta de 2,44% na semana. O volume financeiro somou 31 bilhões de reais, ajudado pelas operações relacionadas ao vencimento de opções sobre ações. De acordo com o analista-chefe da Levante Corp, Eduardo Rahal, o mercado exibiu na sexta-feira uma “tendência lateral”, após uma semana marcada por intensa volatilidade, que teve como destaques decisões de juros no Brasil e EUA. Ele citou que, desde a quarta-feira, investidores passaram a recalcular suas expectativas para futuras alterações nas taxas de juros pelo banco central norte-americano, antecipando a chance de cortes, com algumas apostas já para janeiro de 2024. Na quarta-feira, o Federal Reserve confirmou as expectativas do mercado e manteve o juro entre 5,25% e 5,50% ao ano, enquanto 17 dos 19 formuladores de política monetária do Fed passaram a projetar corte da taxa em 2024. Ainda, o chair do Fed, Jerome Powell, afirmou que o BC dos EUA provavelmente já terminou de aumentar os juros e afirmou que eles estão muito focados em não cometer o erro de manter as taxas altas por tempo demais. No mesmo dia, mas após o fechamento do mercado, o Banco Central no Brasil promoveu novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, a 11,75% ao ano, e sinalizou cortes na mesma intensidade nas próximas reuniões. Nesse contexto, o Ibovespa superou na quinta-feira as marcas históricas registradas anteriormente em junho de 2021, com a máxima intradia voltando a ser renovada na sexta-feira. Em conversa com jornalistas na sexta-feira, o chefe de economia no Brasil e estratégia para América Latina do Bank of America, David Beker, reforçou a visão positiva para Brasil, estimando o Ibovespa em 145 mil pontos ao final de 2024. A semana no mercado financeiro ainda terminou com a agência de classificação de risco Fitch reafirmando a nota “BB” para o Brasil, com perspectiva estável, e com a Câmara dos Deputados aprovando texto-base da reforma tributária em primeiro turno.

Reuters

IGP-10 tem maior alta mensal em 1 ano e meio com nova pressão das commodities, diz FGV

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta mais do que o esperado em dezembro, marcando a taxa mensal mais intensa em um ano e meio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira, citando nova pressão de commodities importantes

O IGP-10 teve alta 0,62% neste mês, contra avanço de 0,52% em novembro, ficando bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,48% e registrando a variação positiva mais acentuada desde junho de 2022 (+0,74%). Assim, o índice encerrou o ano com queda acumulada em 12 meses de 3,56%, desacelerando as perdas ante a deflação de 3,81% em novembro. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, avançou 0,81% em dezembro, contra alta de 0,60% no mês passado, mas fechou 2023 com queda acumulada de 6,02%. “Os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor (IPA) foram as commodities de grande relevância”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços, sobre o resultado de dezembro. “A influência significativa do minério de ferro (de 0,82% para 4,66%), do milho (de 0,68% para 7,16%), da soja (de -1,27% para 1,76%) e do café (de 3,57% para 5,86%) representou 79% do resultado geral do IPA (em dezembro)”. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), por sua vez, que responde por 30% do indicador geral, desacelerou os ganhos para 0,22%, de 0,39% em novembro. No ano, a alta acumulada foi de 3,43% “No que diz respeito ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC), destacaram-se os serviços bancários (de 0,00% para 2,34%) e o aluguel residencial (de -0,96% para 0,98%)”, disse Braz. Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve variação positiva de 0,01% em dezembro, contra 0,18% em novembro, chegando ao fim de 2023 com avanço de 3,04% no ano.

Reuters

Estrangeiros aportam R$ 860,4 milhões na Bolsa em 13 de dezembro

Superávit do ano dessa categoria de investidor passa de R$ 31 bilhões

Os investidores estrangeiros aportaram R$ 860,4 milhões em recursos no segmento secundário da B3 (ações já listadas) no dia 13 de dezembro, quando o Ibovespa subiu 2,42%. Assim, a categoria tem saldo positivo de R$ 4,16 bilhões no acumulado do mês, enquanto superávit do ano foi para R$ 31,55 bilhões. Já o investidor institucional aportou R$ 143,2 milhões na mesma data. Com isso, o déficit mensal do grupo totaliza R$ 5,08 bilhões, enquanto o déficit do ano é de R$ 57,50 bilhões. E o investidor individual sacou R$ 894,1 milhões no mesmo dia, e passou a registrar déficit de R$ 18,8 milhões no mês, enquanto o saldo positivo em 2023 foi para R$ 4,18 bilhões.

Valor Econômico

Congresso derruba veto de Lula, e desoneração da folha será prorrogada até 2027

Medida atinge 17 setores da economia intensivos em mão de obra, e impacta diretamente quase 9 milhões de postos de trabalho. Texto permite redução de tributos pagos por empresas sobre salários

O Congresso derrubou, em sessão conjunta na quinta-feira (14), o veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao texto que renova, até 2027, a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia que empregam quase 9 milhões de pessoas. O resultado no Senado foi de 60 votos a 13 pela rejeição do veto presidencial. Na Câmara, o placar foi de 378 a 78 pela derrubada. O texto segue agora para promulgação. Com isso, passará a valer a regra que permite às empresas desses setores substituírem a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestado. Em vigor desde 2011, a medida perderia validade no fim deste ano. Pela proposta aprovada no Legislativo, será prorrogada por mais quatro anos — até 31 de dezembro de 2027. Após o Congresso derrubar o veto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo vai contestar a prorrogação da desoneração na Justiça e que vai apresentar uma proposta alternativa aos parlamentares. Segundo o texto, estão entre os setores que poderão alterar o regime de tributação: industrial: couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos; serviços: tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, call center e comunicação; transportes: rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metroferroviário; construção: construção civil e pesada. O texto também reduz — de 20% para 8% — a contribuição previdenciária patronal paga por pequenos municípios sobre o salário de funcionários. A regra valerá para as cidades com menos de 142.633 habitantes, que não recebem a cota reserva do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A medida deve, segundo estimativa do Congresso, atingir mais de 3 mil municípios.

G1/O Globo

MEIO AMBIENTE

BNDES barra crédito rural a produtores com embargo por desmatamento

Mudança foi aprovada pela diretoria do BNDES e divulgada na última sexta (15)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai impedir que produtores rurais com embargo ambiental tenham acesso a linhas de crédito da instituição. A regra vai valer mesmo se o embargo for para imóveis não ligados diretamente ao empréstimo. A mudança foi aprovada pela diretoria do BNDES e divulgada pelo banco na última sexta-feira (15) como mais uma das medidas para restringir o financiamento a fazendeiros envolvidos com desmatamento ilegal. A regra abrange operações de crédito contratadas por meio de uma rede com cerca de 80 agentes credenciados, que, segundo o banco, já foram comunicados sobre a alteração. A modalidade indireta automática, como esse tipo de crédito é chamado, é a operação mais comum entre os financiamentos concedidos pelo BNDES à agropecuária. De acordo com o banco, dos R$ 18,2 bilhões concedidos ao setor neste ano (até setembro), quase 94% do valor era desse tipo de operação. Com a mudança, que passa a valer em março de 2024, fazendeiros que tiverem embargo ambiental emitido pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) não poderão ter acesso ao crédito rural. Se o empréstimo for contratado antes da emissão do embargo, a liberação do recurso será suspensa. Em outra frente para barrar o financiamento de atividades do agronegócio ligadas a crimes ambientais, o BNDES já havia firmado, neste ano, parceria com o Mapbiomas para mapear áreas com registro de desmatamento e impedir a contratação, suspender as liberações ou solicitar o vencimento antecipado das operações de crédito das propriedades em questão. “O Banco já não concede crédito para empreendimentos localizados em áreas com registros de desmatamento ilegal, e esse monitoramento inovador, inclusive com verificação por satélites e o uso da ferramenta MapBiomas, aponta que a esmagadora maioria dos produtores rurais respeitam as normas ambientais”, disse Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, em nota à imprensa.

Folha de SP

EMPRESAS

Frigorífico é fechado e demite 150

O frigorífico Beta Carnes, localizado na saída para São Paulo em Campo Grande (MS), encerrou operações em 8 de dezembro, resultando na demissão de 150 funcionários

Este fechamento ocorreu após a interdição da unidade pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) em 24 de novembro, alegando a problemas sanitários. Os ex-funcionários têm até 18 de dezembro para receber as rescisões. Aproximadamente 100 deles protestaram em frente à sede da Iagro no dia 29 de novembro, contestando o fechamento. Vilson Gimenes Gregório, presidente da CUT-MS e do Sticcg, relatou ao Campo Grande News que o 13° salário e as rescisões ainda não foram pagos. Ele expressa preocupação quanto ao cumprimento do prazo legal para esses pagamentos, destacando a ansiedade dos trabalhadores, muitos sendo responsáveis pelo sustento de suas famílias. Gregório informou que, apesar do fechamento, o salário de novembro foi quitado, mas o 13° e as rescisões permanecem pendentes. CUT-MS e o sindicato acompanham de perto a situação. O presidente do Sticcg aponta um impasse com a Iagro, que citou irregularidades no frigorífico. Segundo ele, mesmo após a regularização de 90% das pendências necessárias para retomada das operações, a Iagro impôs novas exigências, levando ao encerramento das atividades da empresa. Gregório critica a Iagro por, segundo ele, cobrar padrões não exigidos de outros estabelecimentos locais.

Pecuaria.com.br

FRANGOS & SUÍNOS

Mercado de suínos fecha a sexta-feira com estabilidade

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 134,00, enquanto a carcaça especial teve aumento de 0,95%, com valor de R$ 10,60/kg, em média

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quinta-feira (14), os preços não mudaram no Paraná (R$ 6,50/kg), nem no Rio Grande do Sul (R$ 6,40/kg). Houve elevação de 0,41% em Minas Gerais, atingindo R$ 7,29/kg, altas de 0,62% em Santa Catarina, chegando a R$ 6,48/kg, e de 0,57% em São Paulo, fechando em R$ 7,02/kg.

Cepea/Esalq

Sexta-feira de estabilidade no mercado do frango

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,71%, valendo R$ 7,00/kg

Na cotação do animal vivo, Santa Catarina ficou estável em R$ 4,25/kg, enquanto no Paraná houve aumento de 1,31%, chegando a R$ 4,65/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quinta-feira (14), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado ficaram com preços estáveis, custando, respectivamente, R$ 7,45/kg e R$ 7,47/kg. 

Cepea/Esalq

Cota russa é oportunidade para exportadores de frangos, afirma ABPA

Rússia renovou cota com tarifa zero para importação de 364 mil toneladas para aves

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destacou que a renovação, anunciada pelo Governo da Rússia, da cota para importação total de 364 mil toneladas de carne de aves com tarifa zero deverá representar uma importante oportunidade para os exportadores brasileiros de carne de frango ao longo de 2024. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura do Brasil, a partir de publicação de decreto do Ministério do Desenvolvimento Econômico da Rússia. Conforme o decreto, ficam estabelecidas cotas divididas em 250 mil toneladas com carcaças, pernas e cortes não desossados e 100 mil de produtos desossados, além de 14 mil toneladas destinadas a peru inteiro e carcaças. Para produtos importados extracotas, a tarifa de importação é de 65%. “As vendas de carne de frango do Brasil para o mercado eurasiático registraram forte expansão ao longo de 2023, e se espera uma ampliação nesta parceria”, avalia o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua. Líder mundial nas exportações de carne de frango, o Brasil é, também, o principal fornecedor internacional desta proteína para o mercado russo. Entre janeiro e novembro, o país do Leste Europeu importou 43,6 mil toneladas do produto avícola brasileiro, volume 44,2% superior às importações de 2022. Estas exportações geraram receita de US$ 81,2 milhões este ano, de acordo com os dados coletados pela ABPA. O país é o 24° principal destino dos produtos brasileiros. “Temos uma longa tradição com o mercado russo em uma relação multiproteínas, que deverá ganhar ainda mais força no próximo ano, reforçando a tendência de incremento já registrado ao longo do último biênio”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

ABPA

Frango/Cepea: Carne de frango eleva competitividade principalmente frente à suína

Os preços médios das carnes de frango, suína e bovina avançam dezembro acima dos patamares praticados em novembro, impulsionados principalmente pela demanda aquecida

Para a proteína avícola, porém, o movimento de alta tem sido menos intenso, o que vem elevando a sua competitividade frente às concorrentes. Segundo pesquisadores do Cepea, o maior ganho é em relação à carne suína, tendo em vista que a diferença entre os valores do frango inteiro resfriado e a carcaça especial suína aumentou 12,8%, passando de 2,68 Reais/kg em novembro para 3,02 Reais/kg na parcial deste mês. Frente à carcaça casada bovina, houve aumento de 1,2% na diferença, de 9,53 Reais/kg para 9,64 Reais/kg.

Cepea

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