CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2105 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 2105 |14 de novembro de 2023

 

ABRAFRIGO NA MÍDIA

Exportações totais de carne bovina em outubro têm queda de 20% na receita 

A queda dos preços do produto no mercado internacional, que vem se acentuando desde o início do ano, continuaram afetando o desempenho das exportações totais da carne bovina brasileira (in natura + processadas). Em outubro, a receita do mês recuou de US$ 1,223 bilhão em 2022 para US$ 982,6 milhões em 2023, com queda de 20%

A movimentação no mês permaneceu praticamente estável: em 2022 foram exportadas 234.063 toneladas e em outubro de 2023 elas alcançaram 240.946 toneladas (+2,94%). As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Segundo a entidade, no acumulado do ano, a receita caiu 23% até outubro. Em 2022, o acumulado até outubro registrou receita de US$ 11,37 bilhões. Em 2023, queda a US$ 8,76 bilhões. No volume, um leve crescimento inferior a 1%. Foram movimentadas neste ano, até aqui, 1.998.893 toneladas e em 2022 a movimentação alcançou 1.994.804 toneladas. Para a Abrafrigo, o grande problema das exportações em 2023 são os preços pagos pelo produto brasileiro pelos importadores. Em outubro de 2022, os preços médios da carne bovina brasileira foram de US$ 5.228 por tonelada. Em outubro de 2023 houve queda para US$ 4.078 por tonelada. No acumulado do ano, o preço médio de 2022 foi de US$ 5.727 por tonelada. No acumulado de 2023 o valor caiu para US$ 4.381. A China continua sendo o principal importador da carne bovina brasileira no acumulado do ano, respondendo por 49% das vendas brasileiras. Em 2002, o país representava 53,1% do total exportado no período. Até outubro, a China foi responsável pela receita de US$ 4,723 bilhões, o que representou uma queda de 32,3% na arrecadação de divisas. No ano passado, até outubro, a receita foi de US$ 6,979 bilhões. Os preços médios caíram de US$ 6.621 por tonelada em 2022 para US$ 4.819 neste ano. No volume também houve queda de 7%, saindo de 1.054.088 toneladas em 2022 para 980.016 toneladas em 2023. Os Estados Unidos se mantêm como o segundo maior importador da carne bovina brasileira, subindo de uma participação de 8% no total em 2022 para 11,8% até outubro de 2023. A movimentação cresceu 49,1%, passando de 158.260 toneladas em 2022 para 235.903 toneladas em 2023, mas a receita caiu 0.9% devido à redução nos preços do produto. O Chile é o terceiro maior importador, movimentou 82.314 toneladas em 2023 contra 63.927 toneladas em 2022 (+ 28,8%). A receita foi de US$ 322 milhões no ano passado para US$ 400 milhões neste ano (+ 24%). Hong Kong chegou na quarta posição, importando 82.350 toneladas no acumulado até outubro de 2002 e 94.857 toneladas em 2023 (+15%), mas a receita caiu 0,1% passando de US$ 290 milhões para US$ 289 milhões. No total, 74 países aumentaram suas importações até outubro enquanto outros 96 reduziram suas compras.

Publicado em: Valor Econômico/Globo Rural/Reuters/CNN Brasil/Portal DBO/Notícias Agrícolas/Infomoney/Correio do Povo/Forbes Brasil/Agrolink/Agroemdia/Trading View/Space Money/Globo.com/Canal Rural/Invest Max/Compre Rural/Portos e Navios/Carnetec/Pecuaria.com.br

NOTÍCIAS

Estabilidade nos preços da arroba em São Paulo

Parte das indústrias não abriram compras nessa segunda-feira e estão com escalas programadas para a semana. A cotação, em função dessa falta de oferta, não mudou e, ficou estável em relação a sexta-feira (10/11)

O boi está negociado em R$235,00/@, a vaca em R$215,00/@ e a novilha em R$225,00/@, preços brutos e a prazo. O “boi China” está sendo negociado em R$240,00/@, preço bruto e a prazo. Ágio de R$5,00/@. Cai a cotação da vaca gorda em Santa Catarina. A cotação da vaca gorda caiu R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. Para as demais categorias, preços estáveis. O boi está sendo negociado em R$240,00/@, a vaca em R$210,00/@ e a novilha em R$225,00/@, preços brutos e a prazo. Queda no preço do boi gordo em Pelotas, no Rio Grande do Sul. A cotação do boi gordo caiu R$0,20/kg na comparação feita dia a dia. Os preços das fêmeas permaneceram estáveis. O boi está sendo negociado em R$7,30/kg, a vaca gorda em R$6,25/kg e a novilha gorda em R$7,00/kg, preços brutos e a prazo. Mercado atacadista de carne bovina com osso, suína e de aves. Na comparação semana a semana, o preço da carcaça bovina ficou praticamente estável. A cotação da carcaça casada de bovinos castrados caiu 0,2%, negociada em R$15,69/kg. Já a cotação da carcaça de bovinos inteiros está estável, precificada em R$15,07/kg. No mesmo período, o preço do frango no mercado atacadista caiu 1,6% (R$6,92/kg), enquanto a cotação da carcaça especial suína subiu 2,1% (R$9,90/kg). A carcaça bovina perdeu competitividade frente ao frango e ganhou competitividade frente a carcaça suína.

Scot Consultoria

Boi gordo: em algumas regiões preços em alta

Procura maior e escalas de abate favoráveis mantêm algumas cotações em ascensão

O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços acima da referência média em algumas praças no decorrer da segunda-feira (13). Os frigoríficos precisam manter escalas de abate relativamente confortáveis, avaliando a necessidade de cumprir as obrigações relacionadas ao último bimestre. O período é pautado pelo auge do consumo de carne bovina no mercado interno, de acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado. A incidência do 13° salário, demais bonificações comuns ao período, confraternizações e criação dos postos temporários de emprego são fundamentais para justificar o comportamento da indústria, mantendo o atacado em viés de alta. Cotações: São Paulo, capital: R$ 238. Goiânia (GO): R$ 237. Uberaba (MG): R$ 230. Dourados (MS): R$ 231. Cuiabá (MT): R$ 207. O mercado atacadista se depara com expectativa de alta dos preços no médio prazo. O quarto traseiro permaneceu a R$ 19 por quilo. O quarto dianteiro seguiu no patamar de R$ 12,80 por quilo. A ponta de agulha ainda é precificada a R$ 13 por quilo. As exportações de carne bovina in natura do Brasil renderam US$ 336,6 milhões em novembro (sete dias úteis), com média diária de US$ 48 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 73.205 mil toneladas, com média diária de 10.457 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.598. Em relação a novembro de 2022, houve alta de 23,7% no valor médio diário da exportação, ganho de 40,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 12% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX).

AGÊNCIA SAFRAS

Média diária exportada de carne bovina avança na segunda semana de nov/23, mas preço média recua

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a média diária exportada de carne bovina in natura ficou em 10,4 mil toneladas na segunda semana de novembro/23, alta de 40,5%, frente ao observado no mês de novembro do ano anterior, com 7,4 mil toneladas

O volume exportado alcançou 73.205 toneladas na segunda semana de novembro/23. Em novembro do ano anterior, ele foi de 148,8 mil toneladas em 20 dias úteis.  O preço médio em novembro/23 ficou em US$ 4.598 por tonelada, uma queda de 12% frente aos dados de novembro de 2022, com os preços médios registraram o valor médio de US$ 5.226 mil por tonelada. O valor negociado para o produto em novembro/23 ficou em US$ 336,6 milhões. A média diária ficou em US$ 48 milhões, avanço de 23,7%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, com US$ 38,8 milhões.

AGÊNCIA SAFRAS

Boi gordo: oferta aumenta e pressiona preços em algumas regiões do Brasil

Demanda interna segue firme, mas não encontra força para sustentar os preços nos locais onde a oferta de animais para abate está maior. Aumento da oferta de animais para abate em algumas regiões está relacionada ao clima seco

Os preços do boi gordo cederam em algumas regiões do país, informa, nesta segunda-feira (13/11), a consultoria Agrifatto. A demanda interna segue firme, mas não encontra força para sustentar os preços nos locais onde a oferta de animais para abate está maior. “A escala de abate andou um dia na média nacional, encerrando a semana em nove dias úteis. Em São Paulo, as escalas avançaram também um dia e encerraram a semana em oito dias úteis”, informa a consultoria, em boletim de mercado. De acordo com os analistas, o aumento da oferta de animais para abate em algumas regiões está relacionado ao clima seco. A situação preocupa os pecuaristas por causa de perdas do teor nutricional das pastagens. Em Tocantins, por exemplo, a arroba foi negociada a R$ 213 na sexta-feira (10/11), queda de 0,7% em comparação com o dia anterior, informa a Agrifatto. Levantamento da Scot Consultoria segue apontando estabilidade na maior parte das praças de negociação. Em Barretos e Araçatuba, no interior paulista, a arroba era negociada, em média, a R$ 232,50. Nas regiões norte e sul de Minas Gerais, a R$ 218. Em Paragominas (PA), a R$ 227,50. “As ofertas estão relativamente boas, as escalas de abate estão bem posicionadas. Tem algumas indústrias completas até o final do mês”, destaca Marina Mioto, analista da Scot Consultoria, em vídeo divulgado pela internet. A expectativa é de maior demanda por carne bovina nesta semana, em função do feriado nacional da Proclamação da República na quarta-feira (15/11). Neste cenário, há possibilidade de alguma sustentação nos preços, especialmente em São Paulo, afirma o analista da Scot Pedro Gonçalves. Marina Mioto destaca que a primeira quinzena do mês, geralmente, é de aumento de preços, o que refletiu nas cotações da carne com osso no atacado. “Tivemos aumentos na carcaça bovina, assim como tivemos aumento também na carcaça suína e de frango no atacado. Ainda assim, a carcaça bovina teve um aumento maior, perdendo competitividade”, diz ela. Para a segunda metade do mês de novembro, a expectativa é de preços mais estabilizados ou até mesmo de queda, acrescenta Marina. Vai depender do ritmo de escoamento da produção depois do feriado.

GLOBO RURAL

ECONOMIA

Dólar à vista tem leve baixa ante real antes de novos dados dos EUA

O dólar à vista fechou a segunda-feira em leve baixa ante o real, perto da estabilidade, em um dia em que as cotações oscilaram em margens estreitas, com os investidores à espera de novos dados econômicos dos Estados Unidos ao longo da semana e antes do feriado de quarta-feira no Brasil

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9080 reais na venda, em baixa de 0,13%. Foi o segundo recuo consecutivo, após duas sessões de ganhos. No mês, a divisa acumula queda de 2,63%. Na B3, às 17:13 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,12%, a 4,9180 reais. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, sem notícias de peso, a liquidez era baixa e os investidores mantinham suas posições, à espera de dados importantes no restante da semana. A agenda prevê a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA na terça-feira e do índice de preços ao produtor (PPI) norte-americano na quarta-feira, além da produção industrial e das vendas no varejo da China, também na quarta. A produção industrial dos EUA sai na quinta-feira. A agenda carregada de indicadores no exterior pegará o mercado brasileiro fechado na quarta-feira, no feriado da Proclamação da República, o que eleva a cautela dos investidores. Tradicionalmente, no mercado de câmbio brasileiro é comum que muitos agentes prefiram enfrentar feriados como este comprados em dólar (posicionados na alta das cotações). Ao mesmo tempo, alguns analistas ouvidos pela Reuters recentemente têm pontuado que há espaço para o dólar buscar níveis mais baixos ante o real, caso os dados da economia norte-americana sejam favoráveis. “A tendência de alta de médio prazo do dólar pode voltar a ser de baixa e o alvo inicial é a região entre 4,80–4,85 reais. Retorno para perto de 4,85 reais indica compra”, avaliou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em análise enviada nesta segunda-feira a clientes. No exterior, durante a tarde o dólar index sustentava leves perdas. A moeda dos EUA também caía ante boa parte das demais divisas de emergentes e exportadores de commodities.

REUTERS

Ibovespa fecha com declínio discreto antes de balanços e dados de inflação nos EUA

O Ibovespa fechou com um declínio discreto na segunda-feira, em pregão marcado por ajustes, bem como expectativas para uma nova bateria de resultados corporativos após o fechamento e dados de inflação nos Estados Unidos na terça-feira

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,13%, a 120.410,17 pontos. A hesitação vem após o Ibovespa acumular três altas semanais seguidas, totalizando um ganho de 6,55%. Na última sexta-feira, o índice fechou na máxima em três meses. O volume financeiro nesta segunda-feira somou 18,9 bilhões de reais. Em Wall St, o S&P 500 fechou com variação negativa de 0,08%, o Dow Jones subiu 0,16% e o Nasdaq cedeu 0,22%, antes do índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês). Na visão da equipe de macroeconomia do BTG Pactual, o CPI de outubro será crucial para o diagnóstico da inflação, conforme relatório enviado a clientes nesta segunda-feira. No mercado de dívida norte-americano, o Treasury de 10 anos mostrava rendimento de 4,6359% no final da tarde, de 4,628% no pregão anterior. De acordo com economistas do UBS, os mercados continuam a ser impulsionados pela forma como a Federal Reserve reagirá aos dados e ao aumento dos “yields” no mercado, mostrou relatório enviado a clientes na segunda-feira.

REUTERS

Mercado reduz projeção para inflação em 2023 a 4,59%

O mercado voltou a reduzir a expectativa para a inflação neste ano, abaixo do teto da meta, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira

Os analistas consultados pelo BC passaram a ver alta do IPCA de 4,59% em 2023, de 4,63% na pesquisa anterior. Para 2024 a conta foi ajustada em 0,01 ponto percentual para cima, a 3,92%. Por sua vez, as perspectivas para 2025 e 2026 foram mantidas em 3,50%. O centro da meta oficial para a inflação em 2023 é de 3,25% e, para 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. A revisão ocorre na esteira de dados abaixo do esperado para a alta do IPCA de outubro. A queda na gasolina compensou o peso das passagens aéreas e o IPCA desacelerou a alta a 0,24% em outubro, de 0,26% no mês anterior, com a taxa em 12 meses acumulando alta de 4,82%. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seguem em 2,89% para este ano e 1,50% para o próximo. A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que as perspectivas para a taxa básica de juros Selic são de 11,75% e 9,25% respectivamente para 2023 e 2024.

REUTERS

GOVERNO

Governo capta US$ 2 bilhões no mercado internacional em 1ª emissão de títulos verdes, com selo ESG

Global 2031 tem prazo de sete anos; taxa ao investidor saiu a 6,50% ao ano

O governo brasileiro captou US$ 2 bilhões no mercado internacional na primeira e histórica emissão de títulos verdes do Tesouro Nacional, com o selo de boas práticas nas áreas ambiental, social e de governança, mais conhecidas pela sigla ESG. A venda faz parte da agenda verde do governo. A procura dos investidores internacionais pelos papéis foi alta e atingiu US$ 6 bilhões, o que levou o Brasil a subir a oferta inicial do lote de US$ 1 bilhão. A taxa de retorno ao investidor (yield) saiu a 6,50% ao ano. O papel servirá de referência para as emissões ESG de empresas brasileiras. Dentre os países latino-americanos, os principais emissores de títulos verdes são o México e o Chile, mas a Colômbia também emite esse papel. Para o Tesouro, a emissão representa um novo marco na gestão da dívida público com o compromisso do governo com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores estrangeiros e a expansão do chamado mercado de títulos “temáticos”, como títulos verdes, no mundo. O novo título sustentável foi emitido com taxa final somente 0,15% acima dos papéis do México, país que já tem há muito tempo a nota de grau de investimento conferida pelas agências internacionais de classificação de risco. O Global 2031 tem prazo de sete anos (longo), com vencimento em 2031, e foi vendido com spread (diferença entre os títulos brasileiros) de 1,80% acima do título do Tesouro dos Estados Unidos. O spread despencou e ficou bem abaixo também da última emissão do Brasil (emissão normal, uma vez que esta é a primeira de títulos verdes), realizada em abril, quando o título saiu a 2,85% acima dos papéis norte-americanos. Depois de concluir todo o processo para a emissão do título verde, a janela de oportunidade para a venda ficou muito difícil nos meses de setembro e outubro, com o mercado internacional operando com taxas altas e bastante voláteis. Na semana passada, no entanto, as condições do mercado externo melhoram com a leitura dos analistas de uma probabilidade maior de o Banco Central dos Estados Unidos, o FED, não subir os juros. O mercado deu uma acalmada e um conjunto de países voltou ao mercado internacional, entre eles Colômbia e Costa Rica, seguidos agora pelo Brasil. A operação foi liderada pelos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander. Para lançar esse título, o governo preparou um documento, chamado de arcabouço, que é uma espécie de “carta de visita” para os investidores estrangeiros comprarem o título do Brasil, com base numa lista das despesas em programas ambientais e sociais do Orçamento – que vão lastrear os papéis. Essa lista funciona com um “menu” de despesas elegíveis para as futuras captações. É por meio do arcabouço que o Brasil se compromete com os potenciais compradores dos títulos da dívida externa do País em fazer políticas sustentáveis. Os projetos elencados em cada emissão têm duração de 24 meses, mas serão acompanhados até o fim do prazo de vencimento do papel por meio de relatórios de execução e de impacto. O governo tem destacado aos investidores internacionais para vender os seus títulos que um dos objetivos da República em suas emissões externas é criar referência para as empresas brasileiras emitirem no exterior. No caso das emissões ESG, esta referência é até mais importante, pois muitas não acessam o mercado externo sem a referência da República. Numa análise sobre onde se concentram as emissões externas ESG das empresas brasileiras, o Tesouro percebeu uma preferência pelo prazo de sete anos. Esse foi o principal fator que levou o Tesouro a escolher um título com esse prazo para a emissão inaugural ESG, segundo apurou o Estadão. Entre as emissões ESG de empresas desde 2022, a maior parte foi de prazo de sete anos, seguida por dez, cinco e três anos. Como o governo assumirá o compromisso com a execução dos programas no Orçamento, os títulos verdes são vendidos com taxas mais baratas para o governo. “A emissão reforça o papel importante da dívida externa em termos de alongamento de prazo, diversificação de indexadores e da base de investidores”, diz o Tesouro.

O ESTADO DE SÃO PAULO

EMPRESAS

Minerva diz que abertura dos EUA à carne do Paraguai amplia oportunidades

A Minerva afirmou nesta segunda-feira que a aprovação da exportação de carne bovina paraguaia para os Estados Unidos “é um importante passo para os produtores do país e pode abrir oportunidades em outros mercados que seguem padrões sanitários semelhantes”

A companhia, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, que tem quatro plantas produtivas no Paraguai, com capacidade total de abate de 8 mil cabeças/dia, afirmou que a decisão amplia a “capilaridade da carne bovina paraguaia no mercado global”. Importadores dos EUA, entretanto, afirmam que a decisão dos EUA provavelmente não alterará o volume geral das importações norte-americanas, mesmo em um momento de escassez de oferta e preços altos, devido a uma cota de embarques. Segundo a Minerva, restam apenas os trâmites burocráticos para efetiva habilitação das unidades produtivas paraguaias e autorização final para início das exportações. Às unidades da Minerva no Paraguai, somam-se ativos da empresa no Brasil, na Argentina e no Uruguai. Com a decisão dos EUA, amplia-se a exposição e maximiza “a nossa capacidade de arbitragem para o mercado americano”. “Considerando o atual footprint da Minerva Foods, a nossa exposição para o mercado norte americano totaliza 13 unidades produtivas com capacidade de abate de aproximadamente 16 mil cabeças de gado/dia, sendo sete plantas no Brasil, quatro plantas no Uruguai e duas plantas na Argentina”, disse. Os EUA são o segundo maior importador de carne bovina do mundo. “Cabe destacar que o país passa por uma importante restrição de sua produção de carne bovina, abrindo perspectivas positivas para exportadores”, destacou a Minerva.

REUTERS

Lucro da JBS no 3º tri cai 86% na comparação anual, reverte prejuízo do 2º tri

A JBS S.A. anunciou na segunda-feira (13) que teve um lucro líquido de R$ 572,7 milhões no terceiro trimestre de 2023, queda de 85,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada do grupo somou R$ 91,4 bilhões, 8% abaixo ao registrado um ano antes. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado foi de R$ 5,4 bilhões, queda de 43% na comparação anual.

Apesar das reduções nos resultados em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, a JBS reverteu um prejuízo líquido de R$ 263,6 milhões registrado no segundo trimestre deste ano. “Os resultados no terceiro trimestre de 2023 demonstram que estamos percorrendo um caminho de consistente recuperação dos resultados, como havíamos sinalizado nos trimestres anteriores”, disse o presidente global da JBS, Gilberto Tomazoni, em comunicado de resultados. O executivo disse que a empresa segue trabalhando para recuperar a rentabilidade dos negócios que mostravam desempenho abaixo do potencial: a Seara e o negócio de bovinos nos Estados Unidos. “Na Seara, executamos boa parte dos ajustes já identificados. Isso deve impactar positivamente os nossos resultados nos próximos trimestres. Há ainda espaço para melhorias nos resultados com o aumento de produção das novas fábricas, que ainda não estão em sua capacidade total”, disse Tomazoni. A Seara teve queda de 13,3% na receita líquida do terceiro trimestre para R$ 10,2 bilhões, devido à menor receita com exportações e excesso de oferta de frango pressionando preços no mercado brasileiro. A JBS Brasil, que inclui os negócios de carne bovina no país, teve redução de 11,1% na receita líquida para R$ 14,4 bilhões. O aumento nos volumes vendidos no mercado doméstico não foi suficiente para compensar a queda de 10% na receita líquida de carne bovina in natura no mercado externo, impactada por menores preços praticados. A JBS Beef North America, unidade de carne bovina nos EUA, teve receita estável em relação ao mesmo período do ano passado, a R$ 29 bilhões. “No nosso negócio bovino nos EUA, as medidas operacionais adotadas a partir de março deste ano na área comercial e na parte industrial estão ajudando a atravessar o momento mais baixo do ciclo do boi”, disse Tomazoni. “As margens da operação apresentam uma gradual recuperação, mesmo em meio a um cenário de spreads mais apertados e menor oferta de gado, mostrando o nosso compromisso com a excelência operacional.” A JBS Australia registrou receita líquida de R$ 7,7 bilhões, queda de 12% na comparação anual, impactada pela apreciação de 7% do câmbio médio, que foi de R$ 5,25 no terceiro trimestre do ano passado para R$ 4,88 neste ano. “O volume do negócio de carne bovina cresceu 13% em comparação com o terceiro trimestre de 2022, devido ao crescimento das vendas tanto no mercado doméstico quanto na exportação”, disse a JBS. A JBS USA Pork, unidade de negócios de carne suína nos EUA, teve redução de 11,3% na receita líquida trimestral, a R$ 9,9 bilhões, também afetada pela apreciação do real e queda de 7% nos preços de carne suína no atacado norte-americano, como reflexo da redução dos níveis dos estoques da indústria. A Pilgrim’s Pride teve receita líquida de R$ 21,3 bilhões, queda de 9,3%.

CARNETEC

Marfrig tem prejuízo de R$ 112 milhões no 3º tri

A Marfrig teve um prejuízo líquido (atribuído ao controlador) de R$ 111,7 milhões no terceiro trimestre, revertendo um lucro de R$ 430 milhões registrado no mesmo período do ano passado, com receita impactada negativamente pelo desempenho da Operação América do Sul, informou a empresa na segunda-feira (13).

A receita líquida da companhia teve queda de 2,1% para R$ 35,6 bilhões, com menor volume de vendas e cenário de preços internacionais desfavorável afetando a Operação América do Sul, que inclui Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) caiu 32,5% para R$ 2,6 bilhões, segundo as demonstrações de resultados da empresa. A Marfrig divulgou resultados que contemplam os ativos continuados e descontinuados da Operação América do Sul por todo o terceiro trimestre de 2023. No fim de agosto, a companhia anunciou a venda de 16 unidades de abate e um Centro de Distribuição da Operação América do Sul para a Minerva por R$ 7,5 bilhões. A receita líquida da Operação América do Sul da Marfrig caiu 27,4% para R$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre devido à redução de 28,8% no preço médio de exportação. “A demanda, principalmente no mercado externo, permanece em níveis elevados, porém, com patamar inferior de preços, principalmente quando comparados ao ano de 2022, e que refletem uma produção mundial com um excedente de oferta de frango e uma maior produção de bovinos e suínos, principalmente na China”, disse a empresa. Na Operação América do Norte, representada pela National Beef, o volume de vendas cresceu 6,9% no terceiro trimestre, na comparação anual, para 534 mil toneladas, explicado principalmente por um número maior de semanas no calendário do terceiro trimestre deste ano. A receita líquida da Operação América do Norte somou US$ 3,4 bilhões, alta de 18,6% na comparação anual. Além da alta no volume de vendas, a unidade registrou aumento no preço médio de vendas, principalmente no mercado doméstico, de 12,9% para US$ 6,5/kg.

CARNETEC

BRF tem prejuízo de R$ 262 milhões no 3º tri

A BRF teve um prejuízo líquido de R$ 262 milhões no terceiro trimestre, aumentando um prejuízo de R$ 137 milhões no mesmo período do ano passado, impactada negativamente pela sobreoferta global de frango reduzindo preços, segundo as demonstrações de resultado da empresa divulgadas na segunda-feira (13)

“Os preços ainda refletem os desafios impostos pela persistente sobreoferta global de proteínas e as implicações pontuais da suspensão do Japão para as importações de carne de frango de alguns estados do Brasil, exercendo pressão adicional na precificação de alguns cortes por conta dos novos volumes redirecionados ao país”, disse a empresa. A receita líquida da BRF caiu 1,8%, na comparação anual, para R$ 13,8 bilhões. O Ebitda (lucro, antes de juros, impostos, amortização e depreciação) somou R$ 1,2 bilhão, queda de 13%. No segmento Internacional, a BRF disse que elevou as exportações em todas as categorias de produtos em que atua (in natura de aves e suínos, e processados), atingindo volume recorde dos últimos quatro anos. “Este resultado se deu em função da estratégia de expandir nossa presença global através de novas habilitações que já somam 50 durante o ano de 2023, sendo 19 no terceiro trimestre para destinos nas Américas, África e Ásia.”

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Altas nas cotações no mercado de suínos

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF teve alta de 0,81%, custando, em média, R$ 125,00, enquanto a carcaça especial ficou estável, com valor de R$ 9,90/kg, em média

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à sexta-feira (11), houve queda somente no Paraná, na ordem de 0,16%, custando R$ 6,17/kg. Foram registradas altas de 1,54% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,59/kg, incremento de 0,49% no Rio Grande do Sul, atingindo R$ 6,20/kg, avanço de 0,50% em Santa Catarina, cotado em R$ 6,05/kg, e de 0,30% em São Paulo, fechando em R$ 6,58/kg.

Cepea/Esalq

Exportação de carne suína inicia novembro com preço abaixo de novembro/22

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne suína in natura em 7 dias úteis de novembro tiveram bom desempenho em volume, mas o preço pago pela tonelada ficou abaixo do que foi atingido em novembro de 2022

A receita, US$ 88,3 milhões, representa 40,70% do total arrecadado em todo o mês de novembro de 2022, que foi de US$ 217 milhões. No volume embarcado, as 38.578 toneladas são 45,47% do total registrado em novembro do ano passado, quantidade de 84.828 toneladas. A receita por média diária, US$ 12,6 milhões, é 16,3% maior do que a de novembro de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve aumento de 7,62% em relação aos US$ 11,7 milhões, vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, 5.511 toneladas, houve elevação de 29,9% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Em relação à semana anterior, alta de 40,19%, se comparado às 3.931 toneladas da semana passada. No preço pago por tonelada, US$ 2.290, ele é 10,15% inferior ao praticado em novembro passado. Frente ao valor atingido na semana anterior, alta de 0,11% em relação aos US$ 2.287 anteriores.

AGÊNCIA SAFRAS

Suínos/Cepea: preços do suíno vivo e da carne subiram no mercado interno na primeira metade de outubro, mas recuaram na segunda quinzena do mês

Nas primeiras semanas de outubro, a menor oferta de animais em peso ideal para abate e o aquecimento na procura elevaram os valores pagos por novos lotes de suínos vivos e também pela proteína. Já na segunda parte do mês, com a diminuição da liquidez, os preços do animal e da carne recuaram, influenciados sobretudo pela redução na demanda doméstica

Diante desse contexto, na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço médio do suíno posto na indústria subiu ligeiro 0,9% entre setembro e outubro, passando para R$ 6,61/kg no último mês. Já no Norte do Paraná e no Sul de Minas Gerais, o suíno se desvalorizou 0,5% e 2,3%, respectivamente, de setembro para outubro, com as médias de negociação passando para R$ 6,52/kg na região paranaense e R$ 6,63/kg na mineira. Quanto ao Rio Grande do Sul, a oferta restrita elevou e/ou sustentou os valores do suíno em outubro. Segundo colaboradores do estado consultados pelo Cepea, este cenário é resultado da desistência da atividade por parte de pequenos e médios produtores independentes, devido ao longo período de margens negativas, em consequência do elevado custo de produção. De fato, a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que o rebanho efetivo de suínos no Rio Grande do Sul caiu 1,4% de 2021 a 2022, indo para 6,17 milhões de cabeças no último ano. Como comparação, a produção média nacional cresceu 4,3%. Dentre as praças acompanhadas pelo Cepea no estado sul-rio-grandense, a maior valorização de setembro a outubro, de 1,9%, foi registrada para o suíno vivo negociado na Serra Gaúcha – no último mês, o animal teve média de R$ 6,39/kg. No mercado da carne, os preços médios das carcaças especial suína e da comum subiram de setembro para outubro, sendo sustentados sobretudo pela forte valorização registrada na primeira quinzena de outubro. Nas últimas semanas do mês, a liquidez esteve baixa para a carne suína, devido à menor demanda final, como típico para o período, que é marcado pela redução no poder de compra da população. Desta forma, no atacado da Grande São Paulo, as carcaças especial e comum se valorizaram leve 0,9% e 0,5% na comparação mensal, indo para R$ 9,84/kg e R$ 9,40/kg em outubro.

Cepea

Preços no mercado do frango estáveis no PR e em alta em SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,43%, valendo R$ 6,92/kg.

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou estável em R$ 4,54/kg, enquanto em Santa Catarina, houve aumento de 0,47%, chegando a R$ 4,24/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à sexta-feira (11), a ave congelada caiu 0,67%, com valor de R$ 7,41/kg, e o frango resfriado não mudou de preço, fechando em R$ 7,39/kg.

Cepea/Esalq

Frango: embarques iniciam novembro com alta no volume

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), as exportações de carne de aves in natura nos 7 dias úteis de novembro registram alta em toneladas por média diária, tanto em relação a novembro do ano passado quanto no comparativo com a última semana de outubro

A receita, US$ 259,7 milhões, representa 26,18% do total arrecadado em todo o mês de novembro de 2022, com US$ 717,8 milhões. No volume embarcado, as 148.821 toneladas são 42,92% do total registrado em novembro do ano passado, com 346.683 toneladas. A receita por média diária, US$ 37,1 milhões, é 3,4% maior do que a registrada em novembro de 2022. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 17,67% quando comparado aos US$ 31,5 milhões vistos na semana passada. Nas toneladas por média diária, 21.260 toneladas, houve elevação de 22,6% no comparativo com o mesmo mês de 2022. Quando comparada a da semana anterior, aumento de 19,20% em relação às 17.835 toneladas da semana anterior. No preço pago por tonelada, US$ 1.745, ele é 15,7% inferior ao praticado em novembro do ano passado. O resultado, frente ao valor atingido na semana anterior, representa baixa de 23,70% no comparativo ao valor de US$ 2.287 visto na semana passada.

AGÊNCIA SAFRAS

Casos de gripe aviária no Brasil chegam a 146 com mais uma ocorrência no litoral paulista

De acordo com a atualização da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, mais um caso foi confirmado em São Paulo. Desta forma, o país soma agora 146 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos

O registro foi em uma ave do tipo Pardela-preta em Ubatuba, no litoral de São Paulo. No Brasil, até o momento, ainda há 6 casos suspeitos de contaminação da doença em investigação. Total: 146. Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 50 (49 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho). Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 20 (18 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.

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