CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2102 DE 09 DE NOVEMBRO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 2102 |09 de novembro de 2023

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo estável em São Paulo

As cotações permanecem estáveis para o boi destinado ao mercado interno e para o boi destinado à exportação, há um mês. Na comparação diária, estabilidade para todas as categorias de bovinos destinados ao abate

A Scot Consultoria apurou estabilidade na quarta-feira no mercado físico do boi gordo. Pelos números da Scot, no mercado paulista, o boi destinado ao consumo interno está cotado em R$ 235/@, a vaca em R$ 215/@ e a novilha em R$ 225/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está sendo negociada em R$ 240, preço bruto e a prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o valor do animal “comum”. Na região Oeste do Rio Grande do Sul os preços permaneceram estáveis na comparação diária. Na região de Marabá no Pará, a cotação do “boi China” caiu R$5,00/@ na comparação feita dia a dia. Na região Sudeste de Rondônia as cotações permaneceram estáveis na comparação diária.

SCOT CONSULTORIA

Boi: preços seguem acomodados

Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da Safras & Mercado, o mercado físico do boi gordo seguiu com preços acomodados na quarta-feira

Segundo o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os negócios ficaram lateralizado após tentativas de compra abaixo da referência média na última semana. Ao que tudo indica, as forças de oferta e de demanda estão se neutralizando neste momento. A oferta de animais confinados garante as escalas de abate das indústrias. Enquanto isso, a demanda de final de ano impossibilita movimentos mais agressivos de queda, explicou Iglesias. O mercado atacadista apresentou preços firmes para a carne bovina. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta no decorrer do último bimestre. Importante mencionar que a busca por proteínas de maior valor agregado é bastante marcante nessa época do ano, devido a essa sazonalidade a expectativa é de movimento de alta mais intenso para o quarto traseiro, assinalou o analista. O quarto traseiro permanece precificado a R$ 18,70 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 12,80 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,00 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Por 53 votos a 24, Senado aprova reforma tributária

Votação em dois turnos registrou o mesmo placar; texto terá que voltar para análise da Câmara

Em sessão histórica, o Senado Federal aprovou a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Após décadas de tentativas fracassadas, prevaleceu o acordo para um texto que busca simplificar a cobrança de tributos, levar ao fim da guerra fiscal, atrair investimentos e promover o crescimento econômico. A matéria ainda passará por nova análise na Câmara. A expectativa do governo e de líderes do Legislativo é que o texto seja promulgado este ano. O resultado da votação, que teve 53 votos favoráveis e 24 contrários nos dois turnos, ficou dentro do esperado pelo governo. A reta final da articulação contou com o reforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reuniu senadores no Palácio do Planalto no início da semana e também garantiu que prefeitos e governadores não ficarão sem recursos, mesmo com a “crise de arrecadação” no país. Já o relator da matéria, Eduardo Braga (MDB-AM), fez diversas concessões até instantes antes da votação. Ele acolheu sugestão para que o setor de eventos também seja beneficiado pela alíquota reduzida de 60%. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou o resultado e destacou que o país sai de um sistema tributário nota 2 para “7,5, com louvor”. “Nós estamos saindo de um sistema tributário nota 2, não para um sistema tributário nota 10, porque teve muita discussão e acordo para chegar a esse resultado, mas essa PEC certamente merece nota 7,5, com louvor”, afirmou o Ministro, que criticou a polarização em torno do projeto. O PL do ex-presidente Jair Bolsonaro votou em peso contra a reforma, que também teve a oposição do Republicanos e de parte do PP e do Podemos. A proposta unifica os tributos IPI, PIS e Cofins (federais), ICMS (estadual) e ISS (municipal). No lugar deles, serão criados dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA Dual) — um gerenciado pela União (CBS), e outro por estados e municípios (IBS), além de um Imposto Seletivo, sobre produtos nocivos à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas. Também prevê a substituição do IPI por uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) na Zona Franca de Manaus. A equipe econômica fez uma estimativa de que a versão original do parecer, antes das modificações feitas nesta semana, teria a alíquota padrão do IVA de até 27,5%. Não há ainda um cálculo sobre a nova versão. O valor final deverá estipulado na regulamentação da PEC. O texto também estabelece que os impostos passarão a ser cobrados no destino final, e não mais na origem. O intuito é acabar com a guerra fiscal entre os estados. Há previsão de um período de transição para a adoção do novo sistema será entre 2026 e 2032. A partir de 2033, os tributos atuais serão extintos. Os itens da cesta básica nacional que terão alíquota zero serão limitados. A escolha dos produtos selecionados ocorrerá por lei complementar. Haverá, ainda, uma cesta básica estendida com alíquota reduzida de 60%. Ao longo da tramitação no Senado, o relator abriu exceções para diversos segmentos. Ele também estabeleceu alíquota reduzida de 60% para produtos e insumos agropecuários, medicamentos, produtos de cuidados básicos à saúde menstrual e serviços de transporte coletivo. Também foi incluída redução de 30% para profissionais liberais, como advogados, engenheiros, médicos e dentistas. Com a aprovação da matéria, haverá a criação do Imposto Seletivo para alguns segmentos, entre eles o de armas e munições, salvo quando destinadas à administração pública. O relator excluiu os setores de energia elétrica e telecomunicações. Foi introduzida uma alíquota de 1% incidente sobre a extração de recursos naturais não renováveis, incluindo minério e petróleo, em um imposto seletivo. O regramento será feito por lei complementar.

VALOR ECONÔMICO

Dólar sobe após cinco sessões de queda em dia de ajustes técnicos no Brasil

O dólar à vista interrompeu uma sequência de cinco sessões consecutivas de baixa e encerrou a quarta-feira em alta ante o real, em meio a ajustes de preços e posições no mercado brasileiro e a uma piora dos mercados globais no período da tarde

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9078 reais na venda, em alta de 0,70%. Em novembro, porém, a divisa norte-americana acumula baixa de 2,63%. Na B3, às 17:25 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,76%, a 4,9195 reais. “O dia foi de realização de lucros, de correção mesmo, um pouco com a ajuda do exterior. Se o exterior tivesse com um dólar mais fraco, teríamos outro dia de queda também no Brasil”, comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. Operador ouvido pela Reuters citou a atuação de estrangeiros na ponta de compra da moeda norte-americana no mercado futuro — o mais líquido do Brasil e, no limite, o que define as cotações no segmento à vista. No mercado global de moedas, o dólar seguia no fim da tarde muito perto da estabilidade ante uma cesta de moedas fortes, e tinha alta ante boa parte das divisas de exportadores de commodities e emergentes.

REUTERS

Ibovespa fecha com recuo discreto em dia de ajustes e cheio de balanços

O Ibovespa encostou em 120 mil pontos, mas perdeu o fôlego e fechou com uma queda discreta na quarta-feira, em dia marcado por movimentos de realização de lucros e forte queda das ações da Petrobras, com agentes financeiros também analisando uma série de balanços corporativos

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,13%, a 119.114,76 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 119.975,84 pontos. Na mínima, a 118.463,87 pontos. O volume financeiro somava 21,6 bilhões de reais antes dos ajustes finais.

REUTERS

Vendas no comércio crescem 0,6% de agosto para setembro, diz IBGE

O volume de vendas no comércio varejista aumentou 0,6% no país em setembro deste ano, na comparação com o mês anterior. O crescimento veio depois de uma variação negativa de 0,1% em agosto. O dado, da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), foi divulgado na quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

O varejo também apresentou altas de 3,3% na comparação com setembro do ano passado, 1,8% no acumulado deste ano e 1,7% no acumulado de 12 meses. A taxa de crescimento de 0,6% de agosto para setembro foi puxada por apenas três das oito atividades pesquisadas pelo IBGE: móveis e eletrodomésticos (2,1%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,4%). Cinco atividades tiveram queda no período: combustíveis e lubrificantes (-1,7%), tecidos, vestuário e calçados (-1,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,1%). A receita nominal cresceu 1% na comparação com agosto, 5,4% em relação a setembro do ano passado, 4,3% no acumulado do ano e 6% no acumulado de 12 meses. O varejo ampliado, que também considera os segmentos de materiais de construção e venda de veículos e peças, cresceu 0,2%, menos que o comércio varejista, devido às quedas de 0,9% nos veículos, motos, partes e peças, e 2% nos materiais de construção. O segmento ampliado também teve altas de 2,9% na comparação com setembro de 2022, 2,4% no acumulado do ano e 1,6% no acumulado de 12 meses. A receita nominal cresceu 0,5% em relação a agosto deste ano, 4,9% na comparação com setembro do ano passado, 5,7% no acumulado do ano e 6,5% no acumulado de 12 meses.

AGÊNCIA BRASIL

Apesar de tropeços, Brasil pretende anunciar acordo Mercosul-UE em dezembro

O governo brasileiro planeja anunciar o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia na próxima reunião do bloco sul-americano, no início de dezembro, disseram à Reuters os negociadores brasileiros, que consideram as negociações adiantadas

Apesar das complicações causadas pela nova lei de desmatamento europeia e mudanças que o governo brasileiro quis fazer no acordo, em especial em relação a compras governamentais, os negociadores brasileiros afirmam que as discussões avançaram muito. “Tivemos reuniões seguidas nas últimas semanas, as conversas avançaram. A ideia é sim anunciar na reunião de dezembro no Rio de Janeiro”, disse a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Tatiana Prazeres. De acordo com um diplomata europeu ouvido pela Reuters, o governo brasileiro está trabalhando de fato para anunciar o acordo em dezembro. A fonte, no entanto, não comentou se a União Europeia considera o prazo factível. A negociação entre os dois blocos foi retomada este ano e a meta do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de terminar o ano com o acordo fechado, mas as discussões tiveram vários percalços. O primeiro deles foi a chamada “side letter”, um documento feito pelos europeus ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas apresentado ao Mercosul em março, depois da eleição de Lula, incluindo penalidades no caso de não cumprimento de metas de desmatamento. O texto foi rechaçado pelo bloco sul-americano. Depois disso, por ordem de Lula, o Brasil pediu a retirada das compras governamentais do pacote acordado em 2019, ainda no governo Bolsonaro. A lei do desmatamento foi o último entrave. A aprovação do texto foi vista como um risco direto para as exportações do Mercosul, especialmente do Brasil, e terminou por entrar na pauta das discussões do acordo. Prazeres, no entanto, não acredita que a lei europeia de desmatamento irá atrapalhar as negociações para o acordo principalmente por uma questão: não há sinais de que os europeus irão mudá-la, então se o Mercosul quer o acordo terá que trabalhar para contornar os resultados, mas não paralisar as negociações. “Evidentemente que as coisas estão relacionadas. O que costumo dizer é que não é possível que os europeus ofereçam com uma mão e tirem com a outra”, disse. A secretária reforça que não há sinais de que os europeus tenham qualquer intenção de rever a legislação, mas que as negociações são uma oportunidade de influenciar a regulamentação. O secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Maurício Lyrio, reforçou também que os europeus não parecem estar dispostos a mudar a norma, mas ressaltou que, neste momento, há um quadro de “completa insegurança jurídica”, porque não há qualquer detalhamento de como o novo regramento será cumprido e verificado. “As dúvidas que levamos aos europeus continuam a pairar. Não sabemos como será o monitoramento e reconhecimento das instituições nacionais de monitoramento, não está claro como a UE irá levar em conta as normas que já existem nos países exportadores, não está definido como será a divisão para produtos e regiões sobre caracterização de alto, médio e baixo risco de desmatamento”, afirmou. Essas conversas continuam, em separado das negociações sobre o acordo UE-Mercosul, e nas próximas semanas uma nova missão deverá ir a Bruxelas conversar com os europeus sobre a regulamentação da lei.

REUTERS

Dívida pública bruta fica em 74,4% do PIB em setembro, mostra BC

A dívida pública bruta do Brasil como proporção do PIB chegou a 74,4% em setembro, de 74,3% no mês anterior, informou o Banco Central nesta quarta-feira

No mês, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 18,071 bilhões de reais. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam saldo positivo de 4,26 bilhões de reais.

REUTERS

IGP-DI acelera alta a 0,51% em outubro com inflação maior no atacado e no varejo, diz FGV

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,51% em outubro, acelerando ante elevação de 0,45% no mês anterior, com maior pressão tanto para o produtor quando para o consumidor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na quarta-feira

O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,31%, e levou o índice a reduzir a queda acumulada em 12 meses para 4,27%, baixa menos intensa nessa base de comparação desde abril (-2,57%). O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, passou a subir 0,57% em outubro, ante 0,51% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, as commodities bovinos (de -6,22% para 8,33%) e cana-de-açúcar (de -0,14% para 2,30%) responderam por parte importante do resultado do IPA. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que responde por 30% do IGP-DI, acelerou a alta para 0,45% no mês passado, de 0,27% em setembro. “No IPC, o setor de serviços predominou, com destaques para os aumentos nas passagens aéreas (de 8,46% para 24,87%) e no condomínio residencial (de 0,22% para 0,79%)”, disse Braz. A expectativa de analistas é de que –após um período de queda dos preços– a inflação volte em patamares mais elevados no Brasil até o final de 2023, com atenção especial ao aumento dos preços de serviços, sobretudo diante de um mercado de trabalho aquecido e da resiliência que a economia vem apresentando. O BC iniciou em agosto um ciclo de redução da taxa básica de juros que levou a Selic a 12,25%, com três cortes seguidos de 0,5 ponto percentual. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,20% em outubro, ante 0,34% no mês anterior, informou a FGV.

REUTERS

GOVERNO

Programa para conversão de pastagens degradadas deve ser lançado este mês

O potencial anunciado é de recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. Medida pretende captar recursos internacionais para serem emprestados em financiamentos aos produtores rurais para recuperar pastagens degradadas

O governo federal pretende lançar ainda neste mês o programa para a conversão de pastagens degradadas. Divulgado desde o início do ano, em missões do Ministério da Agricultura ao redor do mundo, a medida pretende captar recursos internacionais para serem emprestados em financiamentos aos produtores rurais. O potencial anunciado é de recuperar 40 milhões de hectares em dez anos. A intenção é levantar US$ 140 bilhões nesse período, que serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil, com juros compatíveis e longo prazo para reembolso. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer anunciar o programa no próximo dia 22 de novembro. Os detalhes do programa ainda estão sendo definidos pelas equipes do Ministério da Agricultura e dos bancos federais. Nesta quarta-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a falar do programa durante participação no Brasil Investiment Forum (BIF), evento realizado no Palácio do Itamaraty pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). “Vamos incorporar outros 40 milhões de hectares ao sistema produtivo, mas com diferenças. Não o faremos sobre a floresta, na base do desmatamento. Não queremos mais desmatamento no Brasil e não é porque os outros precisam dizer que o Brasil precisa ter o ativo, é porque nós temos a consciência”, disse Fávaro. “Faremos essa incorporação sobre áreas de pastagens degradadas, que não rendem aquilo que poderiam render. Esse portfólio pode e deve ser incorporado em 10 anos ou talvez 15 anos”, completou.

GLOBO RURAL

MEIO AMBIENTE

Marfrig é a empresa de proteína bovina com melhor colocação no índice da FAIRR Initiative

A Marfrig é a empresa de proteína bovina com melhor colocação no Coller FAIRR Protein Producer Index 2023/24, que foi divulgado na terça-feira (7) e avalia riscos e oportunidades em ESG (atuação ambiental, social e de governança corporativa, em inglês) das 60 maiores empresas globais de proteína animal e laticínios

A Marfrig conquistou o quarto lugar, sendo que os três primeiros colocados são empresas norueguesas de pescado, informou a companhia brasileira na quarta-feira (8). “Assim como no ano passado, entre as empresas de proteína bovina do índice, a Marfrig é a única classificada como de baixo risco em sustentabilidade. A nota geral da companhia registrou avanço anual de 7 pontos percentuais: passou de 61% em 2022 para 68% neste ano”, informou a empresa em comunicado. Para elaborar o índice, que está em sua sexta edição, a FAIRR Initiative, uma rede de investidores com US$ 70 trilhões sob gestão, considera dez fatores ligados a ESG: emissões de gases de efeito estufa (GEE); desmatamento e biodiversidade; desperdício e poluição; antibióticos; condições de trabalho; bem-estar animal; segurança alimentar; uso e escassez de água; governança; e proteínas alternativas. Pela primeira vez, a Marfrig foi avaliada pelo índice como “Best Practice” (melhor prática) nos pilares Governança da Sustentabilidade e Segurança Alimentar. Em relação a 2022, dois pilares passaram de “Medium Risk” (risco médio) para “Low Risk” (risco baixo): Antibióticos e Proteínas Alternativas. E a companhia evoluiu em 8 de 10 pilares. “Esta edição do Coller FAIRR Protein Producer Index mostra que, mesmo com revisão da metodologia do índice, o que representa um desafio ainda maior para as empresas listadas, a Marfrig mantém a liderança entre empresas de proteína bovina”, disse Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade e Comunicação Corporativa da Marfrig, no mesmo comunicado. O executivo chama a atenção para o fato de que a cadeia produtiva bovina é bastante complexa, “o que dá uma melhor dimensão do orgulho da Marfrig ao obter esses resultados”. “O desempenho da Marfrig no índice da FAIRR reflete as conquistas já alcançadas pelo Programa Marfrig Verde+, que tem objetivo de tornar a cadeia de fornecimento da companhia mais sustentável e livre de desmatamento. Entre os resultados estão as taxas de rastreabilidade de 82% de fornecedores indiretos da Amazônia e de 71% dos indiretos do Cerrado. Outro destaque é a reinclusão de mais de 3 mil pecuaristas como fornecedores após adequações socioambientais.

CARNETEC

Frigoríficos localizados na Amazônia ainda têm baixo controle da cadeia, diz estudo

Rastreabilidade ainda pequena dos fornecedores indiretos prejudica nível de controle da indústria. Radar Verde avalia comprometimento das empresas com a garantia de que a carne que compram e vendem não está relacionada ao desmatamento da Amazônia

Apesar dos esforços dos frigoríficos nos últimos anos para monitorar a origem do gado vendido pelos fornecedores diretos, a rastreabilidade ainda pequena dos indiretos prejudica o nível de controle da indústria na área da Amazônia Legal. É o que mostra o estudo do indicador Radar Verde, sinalizando que 92% dos frigoríficos que atuam na região têm controle muito baixo da cadeia pecuária. Criado em 2022, o Radar Verde é um indicador público e independente de transparência e controle da cadeia de produção e comercialização de carne bovina. Ele avalia as iniciativas das empresas que indiquem seu grau de comprometimento com a garantia de que a carne que compram e vendem não está relacionada ao desmatamento da Amazônia Legal. O levantamento identificou 132 frigoríficos com plantas na Amazônia que têm registros de Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e de Serviço de Inspeção Federal (SIF). Os gigantes JBS, Marfrig, Minerva e Frigol estão entre as empresas analisadas. A pesquisa também incluiu companhias do varejo. “Nesse indicador, o frigorífico Marfrig e o varejista Grupo Pão de Açúcar (GPA) são os únicos que demonstraram ter controle intermediário da cadeia, conforme a classe de pontuação utilizada pelo Radar Verde”, diz o estudo. Isso significa que a Marfrig foi o frigorífico com melhor desempenho no chamado ‘Grau de Transparência Pública’, medida que avalia se as informações disponibilizadas nos sites das empresas mapeadas revelam a política de controle do desmatamento na cadeia da carne e se sua eficácia é comprovada por meio de auditoria independente realizada pela empresa. De acordo com os dados, a Marfrig tem um controle muito alto dos fornecedores diretos, muito baixo dos indiretos, porém o grau de exposição ao risco de desmatamento não está entre os maiores. Com isso, a nota final para a companhia é um nível de controle intermediário. Nenhuma empresa foi avaliada com alto nível de controle na nota final. “A transparência é uma prestação de contas das empresas frigoríficas e varejistas para os consumidores e investidores. Saber o status do setor com relação ao controle de fornecedores é fundamental para compreendermos a evolução do Brasil na busca por eliminar o desmatamento da cadeia da pecuária”, afirma Alexandre Mansur, coordenador do Radar Verde e diretor de projetos do Instituto O Mundo Que Queremos. A categoria ‘Grau de Exposição ao Risco de Desmatamento’ é baseada em informações sobre a zona de compra de cada planta frigorífica e sua sobreposição com desmatamento ocorrido, áreas embargadas e risco de desmatamento futuro. A metodologia foi desenvolvida pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). “Esse indicador demonstra a extensão das áreas sob risco de desmatamento onde os frigoríficos atuam. Para cada empresa frigorífica há uma zona potencial de compra de gado e um risco que é calculado”, afirma Ritaumaria Pereira, coordenadora do Radar Verde, pesquisadora adjunta e diretora-executiva do Imazon. Os frigoríficos com maior Grau de Exposição ao Risco de Desmatamento são: JBS, Frialto, Frigo Manaus, Masterboi, Minerva, Mercúrio Alimentos, Rio Beef Frigorífico, Amazonboi, Frig e Frigorífico Redentor. A JBS, por exemplo, atua em uma área de 9,66 milhões de hectares que se enquadram na categoria de risco de desmatamento na área da Amazônia Legal, de acordo com os dados. O controle de fornecedores diretos da empresa é considerado muito alto, o de indiretos é avaliado como baixo, e a nota final é um grau de controle baixo sobre a cadeia.

No caso da Minerva, as avaliações do Radar Verde são semelhantes às da JBS, porém, a área com risco de desmatamento é menor, de 3,22 milhões de hectares. O quadro de avaliações também se repete para a Frigol, mas com 1,86 milhão de hectares citados no grau de exposição do risco de desmatamento, resultado considerado um dos melhores da categoria sobre o desmatamento. Paulo Barreto, coordenador do Radar Verde e pesquisador associado do Imazon, lembra que a pecuária bovina ainda é a principal atividade responsável pelo desmatamento na Amazônia Legal, ocupando cerca de 90% da área desmatada. Mais de 90% do desmatamento é ilegal. “O desmatamento é uma ameaça sistêmica à economia brasileira, pois diminui as chuvas, que são essenciais para o agronegócio”, destaca o pesquisador. O Radar Verde é uma realização do Instituto O Mundo Que Queremos (IOMQQ) e do Imazon.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

Minerva tem lucro de R$ 141 milhões no 3º tri, estável na comparação anual

A Minerva Foods teve um lucro líquido de R$ 141 milhões no terceiro trimestre, praticamente estável em relação aos R$ 141,5 milhões registrados no mesmo período do ano passado, segundo o relatório de resultados divulgado pela companhia na quarta-feira (8)

A receita líquida teve queda de 16,2% a R$ 7,1 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) caiu 11,5% para R$ 713,1 milhões. A Minerva abateu 938 mil cabeças de bovinos no terceiro trimestre, em linha com os 984 mil bovinos abatidos no mesmo período do ano passado. A empresa também abateu 1,1 milhão de cabeças de ovinos na Austrália no terceiro trimestre. “O mercado global de carne bovina segue bastante promissor e com perspectivas positivas para os players da América do Sul”, disse o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, em comunicado. “O aumento na disponibilidade de animais prontos para abate no Brasil combinado com a forte restrição de produção nos Estados Unidos continuam a proporcionar oportunidades únicas para os exportadores sul-americanos.”

CARNETEC

Reação da China deve favorecer vendas de carne do Hemisfério Sul

Avaliação é do CEO da Minerva, que também credita a projeção à oferta de carne dos EUA. Minerva atua com exportações em países do Hemisfério Sul

Após um terceiro trimestre com lucro praticamente estável, o CEO da Minerva Foods, Fernando Galletti de Queiroz, acredita que uma recuperação gradativa na economia da China e a baixa oferta de gado nos Estados Unidos devem favorecer a venda de carne bovina do Hemisfério Sul, região em que a companhia atua com exportações. “A gente vê em China uma gradual recuperação e um otimismo maior”, disse o executivo a jornalistas em videoconferência nesta quarta-feira (08/11). O país é o principal comprador da proteína do Brasil e o baixo patamar de preços pagos pelos chineses afetou as receitas de todo o setor ao longo do ano. Ele ressaltou ainda a abertura da China para o embarque de carne bovina produzida na Colômbia, onde a empresa também está presente. No caso dos Estados Unidos, maior concorrente do Brasil no comércio global, Galletti disse que os norte-americanos passam por um período duro de oferta de gado, que deve demorar para terminar. “O abate de matrizes foi muito grande nos EUA, fez com que gradualmente reduzisse seus volumes (de gado), e esse volume está sendo ocupado pelo Hemisfério Sul”, pontuou. Por outro lado, os Estados Unidos estão em vias de aprovar a entrada da carne produzida no Paraguai, o que configuraria mais uma via de exportação de produtos da Minerva. Para a Argentina, outra país em que a companhia opera, a percepção do CEO é de que independentemente do governo que virá com o resultado das eleições presidenciais que estão em curso, há uma necessidade de moeda forte. “Então, as exportações serão a grande tendência para a Argentina”. Do ponto de vista do consumo, Queiroz afirmou que há indicadores de que a demanda interna por carne bovina está em um momento positivo e deve permanecer “pelo menos nos próximos dois trimestres”. “Sobre preço de gado a gente olha o que está o mercado, estável para os próximos 12 meses”, comentou o diretor financeiro da Minerva, Edison Ticle. “Mas independente do preço do gado, a gente vê com muito otimismo o setor para o curto e médio prazo”, finalizou.

GLOBO RURAL

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: Mercado segue estável

A Scot Consultoria informou que o valor da carcaça suína especial seguiu com estabilidade no estado de São Paulo em R$ 9,90/kg. Os valores para o suíno CIF também seguiram estáveis em R$ 124,00/@

A cotação do animal vivo em Minas Gerais está em R$ 6,47/kg e permaneceu sem alteração, conforme foi divulgado pelo Cepea/Esalq referente às informações da última terça-feira (07). Já no estado do Paraná ficou em R$ 6,15/kg e teve ganho de 0,33%. O preço do animal vivo no estado de São Paulo está em R$ 6,54/kg e seguiu estável. Em Santa Catarina, o preço do animal vivo também seguiu com estabilidade em R$ 5,98/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno apresentou valorização de 0,49% e está cotado em R $ 6,17/kg

Cepea/Esalq

Embarques brasileiros de carne suína acumulam alta de 9,6% em 2023

Receita das exportações cresce 13,1% no ano

As exportações brasileiras de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) já acumulam alta de 9,6% em 2023, conforme levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Ao todo, foram 1,013 milhão de toneladas embarcadas entre janeiro e outubro deste ano, contra 924,2 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Em receita, a alta acumulada chega a 13,1%, com US$ 2,361 bilhões nos dez primeiros meses de 2023, contra US$ 2,088 bilhões no mesmo período comparativo do ano anterior. Considerando apenas o mês de outubro, as exportações de carne suína chegaram a 93 mil toneladas, número 5,7% menor que o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 98,6 mil toneladas. A receita registrada no mês chegou a US$ 200,3 milhões, saldo 15,5% menor que o total registrado no ano anterior, com US$ 237,1 milhões. Entre os principais destinos das exportações do setor, a China segue na liderança, com 336,5 mil toneladas exportadas entre janeiro e outubro, 8% menor que o total registrado nos 10 primeiros meses de 2022. Em seguida estão Hong Kong, com 101,3 mil toneladas (+23%), Filipinas, também com 101,3 mil toneladas (+40%), Chile, com 69,1 mil toneladas (+47%), Singapura, com 53,4 mil toneladas (+12%) e Vietnã, com 41,9 mil toneladas (+7%). “Com este desempenho acumulado, que já ultrapassou a casa de um milhão de toneladas somente nos primeiros 10 meses do ano, as projeções do setor mantêm indicativos de embarques em torno de 1,2 milhão de toneladas em 2023. A maior diversificação de mercados além da China, com a viabilização das exportações para outros destinos com boa demanda, como é o caso do México, sustentam boas perspectivas para este e para o próximo ano”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou 542,7 de toneladas entre janeiro e outubro, número 8,9% maior do que o registrado no mesmo período de 2022.  Em seguida estão o Rio Grande do Sul, com 235,7 mil toneladas (+9,6%), Paraná, com 141,7 mil toneladas (+5,2%), Mato Grosso, com 24,8 mil toneladas (+39,2%) e Mato Grosso do Sul, com 21,5 mil toneladas (+29,8%). “Além da abertura de 5 (cinco) novos relevantes mercados em 2023, países como Chile e Filipinas têm demandado mais a proteína brasileira. Acresce-se a isto o aumento das exportações para o Japão e Coreia, consolidando o Brasil como um importante fornecedor nestes que são talvez os mercados de mais valor agregado nos dias atuais” salientou Luís Rua, diretor de mercados da ABPA.

ABPA

Preço do frango apresentou estabilidade na 4ª feira

Na quarta-feira (08), a cotação para o frango na granja na praça paulista permaneceu estável em R$ 5,20 por kg

A Scot Consultoria informou que o preço do frango no atacado no estado de São Paulo apresentou estabilidade e o valor está em R$ 7,05 por kg. A cotação do frango vivo no Paraná apresentou estabilidade em R$ 4,47/kg. Em São Paulo, a cotação do frango vivo está sem referência. A cotação do frango vivo em Santa Catarina registrou queda de 0,23% e está em R$ 4,25/kg, conforme divulgado pelo Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). No último levantamento realizado pelo Cepea da terça-feira (07), o preço do frango congelado seguiu estável em R$ 7,31/kg. Já a cotação do frango resfriado também permaneceu estável, sendo negociado em R$ 7,27/kg.

Cepea/Esalq

Exportação de carne de frango do Brasil mantém ritmo para recorde em 2023, diz ABPA

As exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 401,7 mil toneladas em outubro, alta de 2% ante o total embarcado no mesmo período do ano passado, o que mantém o setor no ritmo para bater recordes esperados neste ano, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) na quarta-feira

Considerando todos os produtos, entre in natura e processados, as receitas com exportações de carne de frango de outubro chegaram a 723,5 milhões de dólares, número 12% menor que o resultado alcançado no mesmo período do ano passado. O Brasil, maior exportador global de carne de frango, exportou 4,307 milhões de toneladas de janeiro a outubro, volume 6,1% maior que o registrado no mesmo período de 2022, enquanto receita ainda está 1,3% maior no acumulado do ano, somando 8,301 bilhões de dólares. “A manutenção do fluxo de exportação acima das 400 mil toneladas em outubro reforça as projeções da ABPA para embarques recordes em 2023, superiores a 5 milhões de toneladas, tendência esta que traz expectativas positivas também para o próximo ano”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O recorde anual anterior do Brasil foi registrado em 2022, com 4,82 milhões de toneladas. Entre os principais destinos das exportações de carne de frango em 2023, a ABPA destacou a China, com 592,6 mil toneladas (+31% na comparação anual), Arábia Saudita, com 305 mil toneladas (+5%), África do Sul, com 286 mil toneladas (+25%), Coreia do Sul, com 166,5 mil toneladas (+9%) e México, com 155,6 mil toneladas (+22%). “Somado ao fato da China e outros mercados seguirem demandantes pelo produto brasileiro, neste ano, para além da abertura de quatro novos mercados e da ampliação do número de estabelecimentos habilitados para alguns países para carne de aves, tivemos também recentemente o retorno do pré-listing para o Reino Unido e a formalização do mesmo mecanismo para países como Chile e Cuba”, disse o diretor de mercados da ABPA, Luis Rua. Segundo ele, “isso deverá refletir nos embarques futuros”.

ABPA

Número de focos de gripe aviária no Brasil sobe para 143

Ministério da Agricultura confirmou quatro novos focos da doença nesta quarta-feira. Duas aves da espécie trinta-réis-real foram diagnosticadas com gripe aviária no litoral de São Paulo

O Ministério da Agricultura confirmou na quarta-feira (8/11) quatro novos focos de gripe aviária em aves silvestres que estavam no litoral de São Paulo. De acordo com a ferramenta online da Pasta que monitora os casos no país, duas aves da espécie trinta-réis-real foram diagnosticadas com a doença no município de Praia Grande. A outra ave infectada é um batuiruçu, que estava em Bertioga, e ainda uma ave da espécie bobo-pequeno, localizada em Mongaguá. Com os quatro focos confirmados hoje, o Brasil agora tem 143 casos de gripe aviária, sendo 140 registrados em animais silvestres e outros três notificados em aves de subsistência. Não há registro da doença em plantéis comerciais, por isso o Brasil mantém o status de livre da enfermidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

GLOBO RURAL

INTERNACIONAL

Vaca louca trava exportações da Irlanda à China

As exportações de carne bovina da República da Irlanda para a China foram suspensas devido à detecção de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípico em uma vaca

A informação foi confirmada pelo Departamento Irlandês de Agricultura, após análise de uma vaca de 10 anos morta, segundo a cadeia televisiva RTÉ. A China havia reaberto seu mercado à carne bovina irlandesa em janeiro deste ano, após um embargo de três anos devido a um caso de EEB em 2020. A decisão de retomada das exportações agora depende das autoridades chinesas, informa a RTÉ. O Departamento de Agricultura irlandês assegurou à BBC que não há riscos à saúde pública, uma vez que os animais afetados não entram na cadeia alimentar humana.

BBC Internacional

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