Ano 9 | nº 2103 |10 de novembro de 2023
NOTÍCIAS
Estabilidade no mercado do boi em São Paulo
Com escalas bem-posicionadas, na comparação feita dia a dia, o cenário é de estabilidade para todas as categorias de bovinos destinados ao abate
Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) está valendo R$ 235/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 225/@ (preços brutos e a prazo). A arroba do “boi-China” está sendo negociada em R$ 240, no prazo, bruto, com ágio de R$ 5/@ sobre a cotação do animal “comum”. Subiu a cotação do boi na região Sul da Bahia. Os preços permaneceram estáveis para cotação da arroba da vaca e da novilha destinadas ao abate, na comparação diária. Já para o boi gordo, houve aumento de R$3,00/@. Movimentações distintas nas cotações das fêmeas no Oeste da Bahia. Já no Oeste baiano, houve aumento de R$1,00/@ da vaca gorda e queda de R$2,00/@ da novilha gorda na comparação feita dia a dia, e a arroba do boi gordo seguiu estável. Subiram os preços na região Norte em Mato Grosso. Aumento nas cotações de todas as categorias de bovinos destinados ao abate. Aumentos de R$2,00/@ do boi gordo, R$3,00/@ da vaca gorda e R$4,00/@ da novilha gorda.
SCOT CONSULTORIA
Escalas alongadas pressionam o preço da arroba
Desde o final de outubro, as escalas das indústrias frigoríficas têm se alongado um pouco, pressionando o preço da arroba do boi
Em participação no programa DBO na TV da última quarta-feira (8), Juliana Pila, analista de mercado da Scot Consultoria, explicou esse cenário e as expectativas para os próximos dias. “Em nossos levantamentos, percebemos que, das 32 praças analisadas, houve queda de preço em 6 delas. Isso pode ser explicado pelo alongamento das escalas”, afirma Pila. A especialista também falou sobre exportações e a possibilidade de o Brasil aproveitar a menor oferta americana para crescer em outros mercados, como o sul-coreano.
SCOT CONSULTORIA
Arroba do boi: preços estáveis
De acordo com Allan Maia, analista da consultoria Safras & Mercado, a necessidade dos frigoríficos em manter escalas de abate confortáveis durante um período de maior demanda é a principal justificativa. Em vários estados brasileiros, o perfil das negociações se mantém estável
A entrada de animais confinados ao longo de novembro é um fator relevante, com a perspectiva de um bom volume de animais ao longo do mês. Essa oferta tenderá a diminuir gradualmente, especialmente em dezembro. “Um agravante é a falta de um grande volume de oferta de animais terminados a pasto neste final de ano, devido às chuvas irregulares no Centro-Norte brasileiro”, observou Maia. Em São Paulo, Capital: referência média para a arroba do boi: R$ 235. Goiânia, Goiás: indicação para a arroba do boi gordo: R$ 230. Uberaba (MG): preço da arroba: R$ 230. Dourados (MS): indicação para a arroba: R$ 230. Cuiabá: indicação para a arroba: R$ 209. No atacado os preços da carne bovina permanecem firmes, com alta registrada nos cortes mais nobres, algo comum nesta época de final de ano, devido à demanda mais aquecida, uma vez que o brasileiro médio está mais capitalizado. O quarto traseiro foi precificado a R$ 19,00 por quilo, com um aumento de R$ 0,30. O quarto dianteiro mantém-se no patamar de R$ 12,80 por quilo, enquanto a ponta de agulha permanece no valor de R$ 13,00 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Abate de bovinos sobe 11,1% no 3º trimestre de 2023, aponta IBGE
Também houve aumento de suínos e aves; aquisição de leite e produção de ovos cresceram. Foram abatidas 8,851 milhões de cabeças de bovinos no terceiro trimestre de 2023
O abate de bovinos no país registrou total de 8,851 milhões de cabeças no terceiro trimestre de 2023, aumento de 11,1% ante igual período de 2022. As informações constam das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha: Primeiros resultados para o terceiro trimestre de 2023, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve aumento de 5,8%. A produção ficou em 2,358 milhões de toneladas de carcaças bovinas no período, uma alta de 8,9% frente ao terceiro trimestre de 2022. Em relação ao segundo trimestre de 2023, houve aumento de 8,6%. O IBGE divulgou também dados sobre os curtumes que declararam ter recebido 8,629 milhões de peças inteiras de couro cru no terceiro trimestre deste ano, ganho de 6,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2022; e aumento de 3% em relação ao segundo trimestre de 2023. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano.
VALOR ECONÔMICO
Boi gordo: relação de troca pelo boi magro aumenta em MT
Desvalorização do boi magro foi maior que a do boi gordo no terceiro trimestre. Indicador mede quantas arrobas de boi magro é possível adquirir com uma arroba de boi gordo
A relação de troca de boi gordo por boi magro aumentou em Mato Grosso. A informação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). No terceiro trimestre deste ano, a relação ficou em 0,92. No trimestre anterior, estavam em 0,83 e no terceiro trimestre de 2022, em 0,88. O indicador mede quantas arrobas de boi magro é possível adquirir com uma arroba de boi gordo. Na visão do Imea, a relação de troca ficou maior no terceiro trimestre de 2023 porque a desvalorização do boi magro foi maior que a do boi gordo no período. De acordo com os técnicos, é a maior para o período desde 2020. Em boletim, os técnicos destacam que acompanhar esse movimento é importante, principalmente para pecuaristas que fazem a terminação dos bovinos em confinamento. “Em momentos nos quais a RT recua, com o produto comprado (boi magro) próximo ao valor de venda + custo com alimentação, acaba diminuindo a margem do produto final (boi gordo)”, diz.
IMEA
Rabobank vê virada de ciclo da pecuária somente em 2025
Produção nacional de carne bovina deve apresentar um aumento de 1% a 2% no próximo ano. Mercado pecuário deve seguir pressionado pela maior oferta de animais prontos para abate no Brasil
O mercado pecuário deve seguir pressionado pela maior oferta de animais prontos para abate no Brasil em meio ao descarte de fêmeas típico do ciclo de baixa do setor, apontou na quinta-feira (o Rabobank durante apresentação das suas previsões para o ano-safra 2023/24. De acordo com o banco, a produção nacional de carne bovina deve apresentar um aumento de 1% a 2% no próximo ano, configurando um novo recorde com 9,1 milhões de toneladas equivalente carcaça. “O segundo semestre do próximo ano a gente deve começar a ver um processo maior em termos de retenção de fêmeas, com preço do bezerro começando dar alguns sinais de recuperação, mas esse cenário de inversão de ciclo deve se consolidar mais para o ano de 2025”, observa o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. No curto prazo, ele aponta que as chuvas acima da média são positivas para o setor, ajudando a conter maiores pressões sobre os preços no primeiro trimestre do próximo ano, quando há queda sazonal de preços. “Principalmente agora que a gente está entrando na fase de engorda do gado a pasto, a chuva pode ser um fator adicional e positivo para o produtor em termos de negociação com a indústria diante da possibilidade deixar o animal mais tempo no pasto” destaca o analista. Além das pastagens, os impactos nas condições logísticas do Sul do país também limitam a oferta de animais para a indústria, lembrou Yanaguizawa. No mercado externo, a previsão do Rabobank é de um aumento de 5% no consumo chinês de carne bovina, o que deve favorecer as exportações do Brasil, responsável por 41% de todas as importações do país asiático.
GLOBO RURAL
Boi/Cepea: Por mais um ano, exportações registram bom desempenho
De janeiro a outubro de 2023, dados da Secex mostram que o Brasil já escoou mais de 1,6 milhão de toneladas de carne bovina in natura, apenas 5% a menos que o mesmo período de 2022, quando as vendas externas foram recordes
Segundo pesquisadores do Cepea, isso evidencia que, à medida que 2023 avança para o fim, o setor pecuário nacional vai se consolidando, por mais um ano, como um dos mais importantes fornecedores de carne bovina do mundo. Em outubro, as vendas externas de proteína bovina in natura somaram 186 mil toneladas, o segundo melhor resultado para o mês, de acordo com dados da Secex, atrás apenas do recorde registrado no ano passado.
Cepea
ECONOMIA
Dólar sobe ante real de olho no exterior após declarações de membros do Fed
O dólar à vista fechou a quinta-feira em alta ante o real, na esteira do avanço da moeda norte-americana no exterior, em uma sessão marcada por declarações duras de autoridades do Federal Reserve sobre a política monetária dos Estados Unidos
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9409 reais na venda, em alta de 0,67%. Foi a segunda sessão consecutiva de elevação da moeda norte-americana, após cinco quedas consecutivas. Em novembro, a divisa dos EUA acumula baixa de 1,98%. Na B3, às 17:33 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,63%, a 4,9500 reais. “Hoje (quinta-feira) tivemos um ‘não-movimento’, com o dólar meio de lado, e os investidores esperando pela fala do Powell”, comentou durante a tarde Luís Guilherme, head de câmbio da Nova Futura Investimentos. As cotações escalaram patamares ainda mais elevados após as 16h, com os comentários de Powell já repercutindo nos negócios. Powell afirmou que as autoridades do Fed “não estão confiantes” de que a taxa de juros nos EUA esteja alta o suficiente para encerrar a batalha contra a inflação. “Se for apropriado apertar ainda mais a política monetária, não hesitaremos em fazê-lo”, disse Powell, em uma conferência de pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI). A fala de Powell — considerada mais dura, ou hawkish, no jargão do mercado — somou-se a comentários igualmente firmes do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, feitos no início da tarde. Segundo ele, embora tenha havido um “progresso real” em relação à inflação, ainda não há certeza sobre se será preciso elevar a taxa de juros para concluir o trabalho de controle de preços nos EUA. As declarações das autoridades do Fed deram suporte à aceleração do dólar ante várias divisas no exterior. No Brasil, o dólar marcou a máxima de 4,9477 reais (+0,81%) às 16h48, já perto do fechamento. À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 3,400 bilhões de dólares em outubro. Pelo canal financeiro, houve saídas líquidas de 699 milhões de dólares em outubro e, pela via comercial, o saldo de outubro foi positivo em 4,099 bilhões de dólares.
REUTERS
Ibovespa fecha com queda marginal em dia cheio de balanços
No setor de proteínas a MINERVA ON desabou 13,45%, a 6,82 reais, tendo no radar balanço do terceiro trimestre, com queda de 11,5% no resultado operacional medido pelo Ebitda, em meio a declínio de receitas da produtora de carne. A dívida líquida em relação ao Ebitda aumentou para 2,8 vezes.
O Ibovespa fechou em queda marginal na quinta-feira, após ultrapassar os 120 mil pontos na máxima, o que não acontecia desde agosto, em dia marcado por uma bateria de balanços corporativos, com as ações de Minerva, Casas Bahia e Banco do Brasil entre os destaques de baixa após divulgarem seus resultados. O penúltimo pregão da semana também foi marcado pela disparada dos papéis da Braskem após nova proposta pelo controle da companhia, assim como alta de Petrobras, que encontrou apoio no avanço do petróleo para se recuperar após três quedas seguidas, tendo no radar ainda o balanço trimestral. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,12%, a 119.034,14 pontos. O volume financeiro somou 25,1 bilhões de reais. Em Wall Street, as ações fecharam em baixa, interrompendo as mais longas sequências de ganhos dos índices Nasdaq e do S&P 500 em dois anos, com os rendimentos dos Treasuries em alta após um leilão decepcionante de títulos de 30 anos e comentários do chair do Federal Reserve, Jerome Powell. Na cena brasileira, a aprovação pelo plenário do Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária que prevê a unificação de tributos e uma “trava” para o crescimento da carga, entre outros pontos, foi bem recebida, embora com certa cautela. “A aprovação é uma boa notícia, pois a reforma reduz a complexidade do sistema tributário brasileiro”, afirmou a equipe da XP Investimento, ponderando, contudo, que os efeitos positivos tendem a ser diluídos por condições especiais dadas pelos legisladores a múltiplos setores da economia. O texto agora volta agora para a Câmara dos Deputados, após ser modificada pelos senadores.
REUTERS
Após recorde este ano, safra de grãos em 2024 deve cair 2,8%, aponta IBGE
Colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 308,5 milhões no próximo ano. Se confirmada a previsão, será a segunda maior produção anual de soja no país, perdendo apenas para 2023
Após recorde este ano, a colheita brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deverá atingir 308,5 milhões em 2024, o que representa uma queda de 2,8% na comparação com 2023, informou na quinta-feira (9/11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação é do primeiro prognóstico para a safra que está sendo plantada. Em outubro, o instituto previa uma colheita de 317,3 milhões de toneladas. Na divulgação, o IBGE destaca que o recorde 2023 se configura como uma base de comparação elevada, que ajuda a explicar esse movimento de recuo. Na expectativa menor para a safra de 2024, o IBGE destacou a influência principalmente de duas culturas: soja (-1,3% ou -1,985 milhão de toneladas) e milho (-5,6% ou -7,331 milhões de toneladas. As duas devem fechar 2023 também com recordes de produção. Dessa forma, a previsão inicial é de produção de 149,8 milhões de toneladas de soja e de 124,3 milhões de toneladas de milho. Se confirmado, será a segunda maior produção anual de soja no país, perdendo apenas para 2023. O ano de 2024 será de recuperação da produção no Rio Grande do Sul, segundo o IBGE, com crescimento de 65,0%, para 20,9 milhões de toneladas. No caso do milho, o recuo de 5,6% previsto para a produção reflete uma segunda safra menor (-8,2%), com declínio significativo na produtividade de 7,5%. Com relação à área prevista, o IBGE prevê altas em arroz em casca (4,5%), feijão (1,6%) e sorgo (0,2%). Por outro lado, espera-se variações negativas para soja (-0,6%), milho (-0,4%), algodão herbáceo em caroço (-0,8%) e trigo (-0,3%).
GLOBO RURAL
LEGISLAÇÃO
Funrural: “Situação peculiar” adia definição do STF sobre contribuição previdenciária do agro
O impacto do julgamento para a União “é de uns R$ 20 bilhões”, lembrou o presidente da Corte
Uma “situação peculiar”, segundo definição do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, levou a Corte a retirar de pauta uma questão relevante para o agronegócio. A peculiaridade está em saber como o ministro Marco Aurélio, já aposentado, teria votado sobre o principal ponto em análise. “Todos os tribunais constitucionais do mundo deliberam reservadamente e aqui temos que fazer isso em público. É uma situação mais complicada”, afirmou Barroso sobre a retirada de pauta. O ministro lembrou ainda que impacto do julgamento para a União “é de uns R$ 20 bilhões, só para ter esse registro e não passar despercebido”. Trata-se do resultado em ação proposta pela Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) sobre a possibilidade de o Fisco cobrar das empresas os valores que são devidos pelos agropecuaristas, pessoas físicas fornecedores de seus associados, a título de contribuição previdenciária. A Corte definiu, por maioria de votos, que incide o tributo. A discussão agora é se os valores podem ser cobrados das empresas ou devem ser cobrados dos produtores rurais pessoa física, o que, na prática, pode tornar a cobrança quase inviável, por isso a relevância desse ponto. Segundo advogados do setor, muitas empresas acabaram deixando de reter esses valores do produtor rural por força de liminar, ou mesmo por entender que o Funrural era inconstitucional e, com isso, sofreram várias autuações fiscais. Por isso, na ação a Abrafrigo pede a inconstitucionalidade da chamada sub-rogação, que é a retenção do tributo na venda feita por produtor rural a pessoa jurídica (ADI 4395). O impacto é estimado em R$ 20,9 bilhões conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024. O tema voltou ser julgado em maio de 2020. Os ministros se dividiram sobre o julgamento. O relator, ministro Gilmar Mendes, votou pela improcedência e foi acompanhado pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Segundo Barroso, todos esses votos consideram que é constitucional a contribuição sobre a comercialização da produção e a sub-rogação. Já os ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello conheceram parcialmente da ação, afastando a tributação. O voto do ministro Marco Aurélio foi computado nesse mesmo sentido. No Plenário Virtual, o ministro Dias Toffoli votou pela constitucionalidade da contribuição, mas pela inconstitucionalidade da sub-rogação. Na sessão de hoje Toffoli afirmou que não há voto a ser colhido porque para o ministro Marco Aurélio se a tributação era inconstitucional a subrogação também seria. “A proclamação aqui é muito simples”, afirmou. Em 2022, o ministro Gilmar Mendes registrou que o resultado deveria ser proclamado de forma presencial (ADI 4395). Já as entidades de classe que entraram com a ação se manifestaram dizendo que o resultado já deveria ser proclamado e que havia maioria contra a sub-rogação. A Advocacia Geral da União (AGU) alegou que o voto do ministro Marco Aurélio, já aposentado, não tratou sobre a sub-rogação e, portanto, os contribuintes não ganharam. A União ainda cita que o próprio ministro Marco Aurélio já havia se manifestado pela constitucionalidade da subrogação em outro julgamento. Portanto, pelas contas da Fazenda, haveriam seis votos de ministros pela constitucionalidade da sub-rogação. O tema voltou hoje ao Plenário para proclamação do resultado, mas os ministros não entraram em consenso sobre o que fazer. O presidente, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou na sessão de hoje que há maioria pela constitucionalidade da contribuição, o que falta decidir é se a regra de sub-rogação é constitucional, mas como o ministro Marco Aurélio não se manifestou sobre esse ponto, seria necessário recolher o voto do ministro André Mendonça – que assumiu a cadeira do ministro Marco Aurélio depois da sua aposentadoria – sobre esse item. Para Toffoli, contudo, não há voto a ser colhido, porque a sub-rogação seria inconstitucional pelo voto do ministro Marco Aurélio que considerou tudo inconstitucional. “É uma situação muito peculiar, se prevalecer o entendimento que faltou manifestação do ministro Marco Aurélio o André Mendonça teria que votar só sobre essa questão, estaria vencido quanto à primeira. Mas quanto ao que o ministro Toffoli falou podemos tirar de pauta e conversar internamente para uma solução”, afirmou Barroso. O procurador da Fazenda Nacional Paulo Mendes afirmou na tribuna que os ministros que votaram pela inconstitucionalidade não se manifestaram pela sub-rogação, então que seria necessário recolher o voto de todos quanto a esse ponto. Para o ministro Alexandre de Moraes, se são duas questões, todos devem votar de novo, inclusive o substituto do ministro Celso de Mello (também aposentado) e não só do Marco Aurélio. O julgamento foi suspenso na sequência.
VALOR ECONÔMICO
EMPRESAS
Frigorífico vende fazendas para quitar dívidas
O Grupo Redentor leiloou uma fazenda de 8.885 hectares em Paranatinga, Mato Grosso
O lance inicial foi de R$ 200 milhões, com opção de pagamento em três anos. Em recuperação judicial desde março de 2023, o grupo deve R$ 270 milhões. A venda da fazenda faz parte do plano de recuperação. O grupo JBS, do setor de carnes, comprou a fazenda, ampliando suas propriedades em Mato Grosso.
PECUARIA.COM.BR
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: estabilidade no mercado
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 124,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,90/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (8), houve tímida alta de 15% em São Paulo, atingindo R$ 6,55/kg. Os valores não mudaram em Minas Gerais (R$ 6,47/kg), Paraná (R$ 6,15/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,17/kg), e Santa Catarina (R$ 5,98/kg). Na quinta-feira (9) as principais bolsas de comercialização de suínos no mercado independente tiveram altas nos preços, com exceção do Paraná. O relato de lideranças é a proximidade com as festas de final de ano, período em que tradicionalmente as vendas melhoram, e também a alta no preço da carcaça suína, que ajuda a motivar altas para o valor do animal vivo.
Cepea/Esalq
IBGE: Abate de suínos avançou 0,5%
O abate de suínos avançou 0,5% no Brasil no terceiro trimestre de 2023, na comparação com igual trimestre em 2022, para 14,603 milhões de cabeças, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Na comparação com o segundo trimestre de 2023, houve aumento de 3,7%. O peso acumulado das carcaças de suínos chegou a 1,372 milhão de toneladas no terceiro trimestre de 2023. O montante significa aumento de 2,4% em relação a igual trimestre de 2022 e de 3,9% sobre o mês anterior.
GLOBO RURAL
Suinocultura Independente: com exceção do PR, preços sobem nas principais praças
Em São Paulo houve alta, saindo de R$ 6,83/kg para R$ 6,93/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
No mercado mineiro, o valor subiu, passando de R$ 6,50/kg vivo para R$ 6,80/kg vivo nesta semana, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento, saindo de R$ 6,15/kg vivo para R$ 6,20/kg vivo nesta semana. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/11/2023 a 08/11/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,28%, fechando a semana em R$ 5,95/kg vivo. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$6,11/kg vivo”, informou o Lapesui.
AGROLINK
Suínos/Cepea: Vendas externas caem no mês, mas podem ser recordes em 2023
Em outubro, os embarques da carne suína brasileira (considerando-se produtos processados e in natura) somaram 92 mil toneladas, o menor volume desde fevereiro/23, com recuo de 17,3% na comparação com setembro/23, de acordo com dados da Secex
Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da forte retração mensal, o setor exportador nacional caminha para um novo recorde anual em 2023, devendo superar a marca histórica de 1,12 milhão de toneladas atingida em 2021, já que, segundo dados da Secex, os embarques de 2023 já somam 1 milhão de toneladas.
Cepea
Carne suína: aumento no consumo de ultraprocessados deve favorecer demanda em 2024
No cenário externo, segundo Rabobank, as perspectivas também são de aumento da demanda. Rabobank prevê crescimento de 4% nas exportações, para 1,21 milhão de toneladas
O aumento no consumo de ultraprocessados pelas classes C e D no Brasil deve contribuir para uma maior demanda interna por carne suína em 2024, destacou hoje o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. A previsão do banco é de um consumo per capita 2% maior no ano que vem, de 18,4 quilos por habitante. “A gente tem visto um incremento forte no consumo nos últimos meses por conta dessa substituição de uma das duas principais refeições por snacks e lanches mais rápidos, o que têm incrementado a demanda por suínos”, destacou o analista. No caso da carne in natura, que também tem apresentado crescimento no consumo, ele atribui o resultado às campanhas de promoção da proteína desenvolvidas pelo setor. No cenário externo, as perspectivas também são de aumento da demanda, com crescimento de 4% nas exportações, para 1,21 milhão de toneladas, puxado pelo consumo do principal cliente internacional do setor, a China. Destino de 35% das exortações brasileiras, o país asiático deve registrar queda de 0,5% na produção e aumento de 8% a 10% nas suas importações. Com os custos de insumos como milho e soja em queda, a perspectiva para a produção nacional é de aumento de 3,5% em 2024, para 5,2 milhões de toneladas equivalente carcaça, aponta o Rabobank.
GLOBO RURAL
Ave congelada sobe no mercado do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,20/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,71%, valendo R$ 7,00/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 4,47/kg, mas em Santa Catarina houve recuo de 0,24%, custando R$ 4,24/kg.
Conforme informações do Cepea/Esalq, Vivo, referentes à quarta-feira (8), a ave congelada teve aumento de 0,27%, atingindo R$ 7,33/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,28%, fechando em R$ 7,29/kg.
Cepea/Esalq
IBGE: abate de frangos avançou 3,1%
O abate de frangos no país totalizou 1,578 bilhão de aves no terceiro trimestre de 2023, o que representou aumento de 3,1% em relação ao terceiro trimestre de 2022; e crescimento de 1,4% na comparação com o segundo trimestre de 2023
As informações são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O peso acumulado das carcaças foi de 3,310 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2023, aumento de 3,4% na comparação anual e queda de 1,3% frente ao resultado do trimestre imediatamente anterior.
GLOBO RURAL
Novos focos de influenza aviária em SC e SP em aves silvestres fazem Brasil chegar a 145 ocorrências
De acordo com a atualização da tarde da quinta-feira (9) da plataforma do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), dedicada a informar casos de influenza aviária de alta patogenicidade, mais dois casos foram confirmados em São Paulo e Santa Catarina
Desta forma, o país soma agora 145 casos da doença, sendo 3 em aves de subsistência e 5 em mamíferos marinhos. Os registros foram em um Trinta-réis-boreal em Penha, no Estado de Santa Catarina, e o outro, em uma ave do tipo Pardela-preta em São Sebastião, no litoral de São Paulo. No Brasil, até o momento, ainda há 9 casos suspeitos de contaminação da a doença em investigação. Total: 145. Espírito Santo: 31 (sendo 30 em aves silvestres e 01 em ave de subsistência). Rio de Janeiro: 23 (aves silvestres). Rio Grande do Sul: 05 (02 em ave silvestre e 03 em animais marinhos). São Paulo: 49 (48 em aves silvestres e 01 em mamífero marinho)
Bahia: 04 (aves silvestres). Paraná: 12 (aves silvestres). Santa Catarina: 20 (18 em ave silvestre, 01 em ave de subsistência e 01 em mamífero marinho). Mato Grosso do Sul: 01 em ave de subsistência.
MAPA
Regionalização de casos de gripe aviária reduz riscos para o setor, aponta Rabobank
Brasil segue considerado livre da gripe aviária, já que nunca registrou casos em granjas comerciais. Previsão do Rabobank é de um crescimento de 2,5% na produção brasileira de carne de frango em 2024
A regionalização dos casos de gripe aviária no Brasil, negociada pelo governo brasileiro e pela indústria de proteína animal com os importadores da carne de frango brasileira, tem contribuído para reduzir os riscos comerciais diante de um eventual caso em granjas comerciais no país, avalia o analista de proteína animal do Rabobank, Wagner Yanaguizawa. “Isso realmente traz uma segurança maior pro setor em um cenário de possível sobreoferta, principalmente porque a gente tem conseguido avançar nessa negociação país a país”, destacou o analista. Seis meses depois do primeiro registro da doença no país, em maio, o Brasil segue considerado livre da gripe aviária, já que nunca registrou casos em granjas comerciais. “A gente acredita que esses protocolos vão continuar restringindo uma possível entrada e a gente deve continuar tanto em produção quanto em exportação bem posicionado”, completa Yanaguizawa. A previsão do Rabobank é de um crescimento de 2,5% na produção brasileira de carne de frango em 2024, com 15,8 milhões de toneladas, e uma 5,1 milhões de toneladas, aumento de 3,5% ante o projeto para este ano. No mercado interno, as previsões do Rabobank são de um crescimento de 1,3% no consumo, para 49,1 quilos por habitante, reflexo da maior competitividade da carne de em relação a outras proteínas.
GLOBO RURAL
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