Ano 9 | nº 2060 |08 de setembro de 2023
NOTÍCIAS
Mercado do boi estável em São Paulo
Os preços estavam estáveis na véspera de feriado. A oferta de bovinos caiu
Pelo levantamento da Scot Consultoria, na quarta-feira, os preços dos animais terminado negociados no Estado de São Paulo ficaram estáveis. O boi gordo paulista está sendo negociado em R$ 195/@, a vaca gorda em R$ 185/@ e a novilha gorda em R$ 192/@ (preços brutos e a prazo), segundo a Scot. O “boi-China” está cotado em R$ 200/@ em São Paulo, valor bruto, no prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”, acrescentou a Scot. Em Santa Catarina, os frigoríficos estão priorizando a compra de bovinos machos. Com isso, caiu R$5,00/@ a cotação da vaca gorda, para o boi e novilha os preços estão estáveis na comparação feita dia a dia. Na região Sul da Bahia, as cotações estão estáveis na comparação diária.
SCOT CONSULTORIA
O mercado físico do boi gordo experimentou uma reduzida movimentação comercial na véspera do feriado prolongado
O mercado físico do boi gordo experimentou uma reduzida movimentação comercial na véspera do feriado prolongado. De acordo com dados fornecidos pela Safras & Mercado, em alguns estados, as programações de abate estiveram mais curtas, e esta semana se caracterizou por uma notável desaceleração nas transações
Além disso, as vendas no varejo durante o fim de semana prolongado também desempenharão um papel relevante na consolidação de possíveis altas de preços, como observado pelo analista Fernando Henrique Iglesias. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi alcançou R$ 198. Em Goiânia, Goiás, a indicação ficou em R$ 190 por arroba do boi gordo. Em Uberaba, Minas Gerais, a arroba foi precificada a R$ 198, enquanto em Dourados, Mato Grosso do Sul, foi indicada a R$ 201. Em Cuiabá, a arroba foi cotada a R$ 176. No mercado atacadista, os preços da carne bovina permanecem estáveis. No entanto, conforme Iglesias observa, existe a possibilidade de uma recuperação dos preços ao longo da primeira quinzena deste mês, devido a um aumento no consumo. Por outro lado, a carne de frango permanece mais competitiva em relação às proteínas concorrentes, especialmente quando comparada à carne bovina. Os cortes do quarto traseiro continuam cotados a R$ 15,50 por quilo, enquanto os do quarto dianteiro estão em R$ 12,20 por quilo. A ponta de agulha mantém-se estável em R$ 12,15 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Abate de bovinos e de frango avança no 2º trimestre, mas o de suínos tem queda
Pesquisa do IBGE também traz dados sobre ovos, entregas de couro e compra de leite. Houve produção de 8,36 milhões de toneladas de carcaças no segundo trimestre, 12,6% acima do segundo trimestre de 2022
O segundo trimestre de 2023 registrou alta de 12,6% no abate de bovinos no país e de 4,7% no de frango, na comparação com igual período de 2022, mas no caso de suínos houve queda, de 1%. Frente ao primeiro trimestre de 2023, o resultado apontou aumento de 13,4% no abate de bovinos e recuo de 3,2% no de frangos e de 0,6% no de suínos. As informações são da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, do Leite, do Couro, e da Produção de Ovos de Galinha, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sobre bovinos, o IBGE informou que houve produção de 8,36 milhões de toneladas de carcaças no segundo trimestre, 12,6% acima do segundo trimestre de 2022 e 13,4% superior ao do primeiro trimestre deste ano. O IBGE divulgou também dados sobre os curtumes, que declararam ter recebido 8,38 milhões de peças inteiras de couro cru no segundo trimestre, ganho de 9,5% em comparação ao segundo trimestre de 2022; e aumento de 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023. A Pesquisa Trimestral do Couro investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano. Já o abate de suínos totalizou 14,08 milhões de cabeças entre abril e junho, 1% menos que igual período do ano passado e 0,6% abaixo do primeiro trimestre deste ano. Ainda segundo o instituto, o peso acumulado das carcaças de suínos chegou a 1,3 milhão de toneladas, o que significa um aumento de 0,3% em relação a igual trimestre de 2022. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, houve ganho de 2,3%. No caso do frango, houve abate de 1,56 bilhão de aves, o que representou aumento de 4,7% na relação anual; e queda de 3,2% na comparação trimestral. O IBGE detalhou, ainda, que o peso acumulado das carcaças de frango foi de 3,35 milhões de toneladas no segundo trimestre de 2023, aumento de 7,2% em relação ao segundo trimestre de 2022 e recuo de 2,7% frente ao resultado do trimestre imediatamente anterior.
GLOBO RURAL
Carcaça casada bovina na Grande SP cai para menor média mensal desde set./19
O valor médio da carcaça casada bovina no atacado da Grande São Paulo foi de R$ 16,21/kg em agosto, queda de 12,6% em relação a agosto de 2022, em termos reais, e a menor média mensal desde setembro de 2019, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea)
Em setembro de 2019, a carcaça casada foi negociada a R$ 15,93/kg, em termos reais. O mercado doméstico tem enfrentado aumento na oferta de animais disponíveis para abate e demanda enfraquecida até agora neste ano, levando a quedas nos cortes de carne bovina no país. O traseiro, que concentra os cortes de maior valor agregado, teve queda de 12% no valor médio desde o início deste ano. Já o dianteiro bovino, que representa os cortes de menor valor agregado, caiu 1%. Segundo o Cepea, muitos agentes de frigoríficos reduziram o ritmo de aquisição de novos lotes em agosto, devido ao alongamento das escalas de abate e também aos menores preços pagos pelos chineses pela carne brasileira. “Os altos patamares da carne no mercado doméstico assustaram o consumidor nos últimos meses. No entanto, agentes do setor estão confiantes de que a demanda possa se reaquecer neste segundo semestre, fundamentados nos atuais menores patamares da carne e também na pequena reação na renda”, disse o Cepea em sua análise Agromensal sobre o segmento bovino em agosto.
CARNETEC
ECONOMIA
Dólar sobe após dados fortes nos EUA
O dólar à vista fechou a quarta-feira em alta ante o real, reagindo ao cenário externo, onde a moeda norte-americana encontrou suporte nos dados fortes do setor de serviços dos EUA e no Livro Bege do Federal Reserve
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,984 reais na venda, com alta de 0,17%. Na B3, às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,25%, a 4,9970 reais. “No dólar, há uma resistência na parte gráfica na casa dos 5 reais. O que a gente enxerga é que, quando a moeda bate nos 5 reais, empresas exportadoras entram nos negócios, o que faz naturalmente que o dólar volte a recuar”, pontuou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital. O cenário mudou quando foram divulgados novos dados do setor de serviços nos EUA. O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou que seu PMI de serviços subiu para 54,5 no mês passado, a leitura mais alta desde fevereiro e acima dos 52,7 registrados em julho. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da economia. Economistas consultados pela Reuters projetavam queda do índice para 52,5, e nenhum economista previu uma leitura mais alta do que 53,9. Os números reforçaram a visão de que o Federal Reserve poderá ser mais rígido em sua política monetária para combater a inflação, eventualmente mantendo os juros mais altos por mais tempo. Isso renovou a força do dólar ante as demais divisas, incluindo o real. A moeda norte-americana voltou a oscilar no campo positivo no Brasil, em sintonia com o índice do dólar no exterior, que também subia ante divisas fortes. Operador ouvido pela Reuters pontuou que, durante a tarde, a divulgação do Livro Bege, com avaliações e projeções do Fed sobre o cenário econômico, também ajudou a sustentar o avanço do dólar. No fim da tarde, a moeda norte-americana seguia também em alta no exterior.
REUTERS
Ibovespa fechou em queda de olho nos EUA
O Ibovespa fechou em queda na quarta-feira, conforme prevaleceu a cautela antes do feriado no país, em meio a preocupações com a política monetária norte-americana e desconforto com as perspectivas fiscais no Brasil
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,15%, a 115.985,34 pontos. O volume financeiro somou 20,5 bilhões de reais. Na quinta-feira, a B3 ficou fechada em razão do Dia da Independência. Mas as praças acionárias externas funcionaram normalmente, assim como a negociação dos ADRs de várias empresas brasileiras em Nova York. De acordo com o analista da Terra Investimentos Luis Novaes, a ausência de pregão na quinta-feira corroborou o viés mais vendedor determinado pela perspectiva negativa quanto à trajetória dos juros básicos nos Estados Unidos. Ele acrescentou que recentes dados de atividade econômica nos EUA e falas de dirigentes do Federal Reserve favorecem a tese de que o aperto monetário deverá ser mantido por mais tempo que o anteriormente previsto e que ainda há chance de mais uma alta nos juros. “Esse cenário é negativo para os ativos de risco, ainda mais considerando o risco de país emergente do Brasil e o feriado local “, afirmou. Em Wall Street, o S&P 500 fechou em baixa de 0,7%. No Brasil, conforme destacou a corretora Commcor, “é notório que existe um compreensível desconforto de investidores com a capacidade de o governo entregar as metas do novo marco fiscal, com destaque ao déficit zerado em 2024”. Em relatório a clientes, a corretora afirmou que isso “penaliza” a disposição do investidor considerando o risco de novas manobras do governo quanto à arrecadação, uma vez que, para a Commcor, o aumento de receita no novo marco fiscal não se sustenta. Fontes do Ministério da Fazenda afirmaram à Reuters que a corrida para ampliar a arrecadação tem gerado incômodo em parte dos técnicos da pasta, sob o argumento de que o plano inclui antecipação de medidas que ainda não estavam maduras. Além disso, apesar de a economia brasileira fechar o primeiro semestre do ano com um desempenho consideravelmente mais forte do que o inicialmente previsto, as receitas públicas caíram no período.
REUTERS
Safra recorde: 322,8 milhões de toneladas em 2022/23, diz Conab
Volume corresponde a um aumento de 18,4% na comparação com 2021/22. Produção de soja é calculada em 154,6 milhões de toneladas, alta de 23,2% na comparação com a safra anterior
Em sua última estimativa oficial sobre a safra 2022/23, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirma um recorde de produção de grãos e fibras com 322,8 milhões de toneladas. Esse volume é 2 milhões de toneladas superior ao estimado no mês passado e corresponde a um aumento de 18,4% na comparação com 2021/22. O resultado é reflexo tanto de uma maior área plantada (5,2%), que chegou a 78,5 milhões de hectares, como também de uma melhor produtividade média registrada, que saiu de 3.656 kg/ha em 2021/22, para 4.111 kg/ha agora. “Nos primeiros dados divulgados pela Conab, a previsão de safra era de 312,4 milhões de toneladas, e encerramos o ciclo com 322,8 milhões de toneladas. Uma diferença de 3,3% ou pouco mais de 10 milhões de toneladas. Isso mostra o avanço metodológico da Conab, que tem responsabilidade com os dados públicos”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota. Nesta temporada, a soja apresentou recuperação de produtividade em Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Já no Rio Grande do Sul, também houve melhora no desempenho das lavouras, porém limitado devido às condições climáticas não favoráveis. “Nesta temporada, os efeitos do La Niña se concentraram no estado gaúcho, mas ainda assim em menor escala que no ciclo anterior. Já nos demais Estados, o clima se mostrou bastante favorável, mesmo com alguns atrasos verificados no período da semeadura e da colheita”, analisa o gerente de acompanhamento de safras, Fabiano Vasconcellos, no texto. Diante do cenário favorável, a produção de soja no país é calculada em 154,6 milhões de toneladas, crescimento de 23,2% na comparação com o ciclo passado. Para o milho também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. No somatório das três safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas do obtido no ciclo anterior. Na primeira safra de milho, a produção somou 27,4 milhões de toneladas, enquanto que para a segunda safra, a previsão aponta para um volume de 102,2 milhões de toneladas. Para a terceira safra, a produção estimada é de 2,33 milhões de toneladas. No caso do arroz, a melhoria da produtividade não foi suficiente para compensar a menor área de plantio, de forma que a produção deve ser 6,9% menor em 2022/23, com 10 milhões de toneladas. Já para o feijão, o bom desempenho das lavouras, assegura uma colheita total de 3,04 milhões de toneladas, 1,7% acima do resultado da safra anterior. Dentre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, com 3,45 milhões de hectares, e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas, 2,5% acima da obtida na safra anterior.
GLOBO RURAL
Inadimplência atinge 28% dos agricultores do país
O indicador é bem mais baixo que a taxa geral da população adulta negativada, que é de 43,7%, segundo a Serasa Experian. Os dados da Serasa mostram que os trabalhadores rurais com mais de 60 anos têm menor inadimplência
Um novo levantamento da Serasa Experian mostrou que 28% dos produtores rurais brasileiros estavam inadimplentes em julho. O número é estável na comparação com estudo semelhante realizado em março, com aumento de 1 ponto percentual. O indicador é bem mais baixo que a taxa geral da população adulta negativada, que é de 43,7%. Também de acordo com o estudo, a idade é um fator determinante em relação à inadimplência no campo. Os dados mostram que os trabalhadores rurais com mais de 60 anos têm menor inadimplência, enquanto aqueles com idade entre 18 e 25 anos marcaram níveis mais altos. Na análise por região, apesar da seca que atingiu o Sul do país nas últimas três safras e que causou problemas de rentabilidade aos produtores, a região é que a tem menor nível de negativação, com 15% dos trabalhadores do campo com nome no vermelho. Na sequência está o Sudeste (24,6%), o Centro-Oeste (30,4%), o Nordeste (33,8%) e o Norte (40,1%). A visão por unidades federativas mostrou que é no Amapá o maior percentual de produtores rurais inadimplentes. Em contrapartida, Santa Catarina mostra o cenário mais positivo. O estudo analisou 10 milhões de perfis de pessoas físicas que possuem financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial no Cadastro Positivo e/ou que sejam donos de propriedades rurais, com CAR (Cadastro Ambiental Rural) ou CAFIR (Cadastro Federal de Imóveis Rurais), distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do país. Os indicadores de inadimplência apresentados consideram todas as dívidas no mercado. Ou seja, se um produtor está adimplente com uma revenda ou uma cooperativa, frente ao cartão de crédito ou uma financeira, se possui dívidas vencidas e/ou negativas em qualquer cenário, ele é considerado inadimplente até que o débito vencido seja pago. Adicionalmente, o estudo avalia todos os portes da população agro, do familiar ao grande exportador.
GLOBO RURAL
FGV: IGP-DI de agosto sobe 0,05%, ante queda de 0,40% em julho
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 0,05% em agosto, após uma redução de 0,40% em julho, divulgou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV)
O resultado do indicador ficou ligeiramente abaixo do esperado pelo mercado – alta de 0,14%, segundo a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo das estimativas do mercado financeiro ia desde queda 0,25% até alta de 0,39%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 5,30% no ano. Em 12 meses, houve recuo de 6,91%. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-DI. O IPA-DI, que representa o atacado, teve elevação de 0,10% em agosto, ante uma queda de 0,61% em julho. O IPC-DI, que apura a evolução de preços no varejo, caiu 0,22% em agosto, após alta de 0,07% em julho. Já o INCC-DI, que mensura o impacto de preços na construção, teve elevação de 0,17% em agosto, depois da alta de 0,10% em julho.
BROADCAST
GOVERNO
Deputado acusa MAPA de favorecimento a frigorífico
O deputado federal Coronel Antônio Fraga (PL-DF) fez uma séria acusação contra o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro. Ele afirmou que o Ministro está ajudando os grandes frigoríficos, como a JBS e a Minerva, a ampliar suas exportações de carne bovina para a China, em algo que ele chama de “cartel” e crime econômico
De acordo com o deputado, a maioria das unidades de uma nova lista reduzida que será encaminhada à China pertence aos grandes frigoríficos. Por sua vez, Carlos Fávaro disse que a redução no número de frigoríficos habilitados foi um pedido do governo chinês. Ele explicou que antes de tomar essa decisão, se reuniu com representantes de associações do setor para ouvir suas opiniões. Durante um discurso na Câmara dos Deputados na semana passada, o deputado Fraga disse que, em uma atualização recente, o ministro Fávaro retirou oito unidades da lista original, que tinha 21 plantas autorizadas a exportar carne bovina. A maioria das que continuaram na lista tem pertencem à JBS e à Minerva. Fraga declarou que isso é um escândalo e que o Ministério da Agricultura está concentrando ainda mais o mercado. Ele também afirmou que iria pedir à Câmara que chamasse tanto o Ministro Fávaro quanto os donos das empresas mencionadas para explicarem o que está acontecendo. No entanto, esse pedido não foi aceito. Segundo Fávaro, a China pediu que o Brasil reduzisse a lista de frigoríficos habilitados. No dia 24 de agosto, o ministro se reuniu com representantes de associações do setor para ouvir suas opiniões antes de tomar uma decisão final sobre quais empresas seriam autorizadas a exportar carne para a China.
MÍDIA NEWS/FOLHA DO ESTADO ON LINE
FRANGOS & SUÍNOS
Mercado de suínos com altas na quarta-feira
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 119,00, enquanto a carcaça especial teve aumento de 2,15%, custando R$ 9,50/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (5), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, custando R$ 5,85/kg. Houve aumento de 1,25% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,48/kg, avanço de 1,50% no Paraná, com preço de R$ 6,09/kg, incremento de 0,68% no Rio Grande do Sul, valendo R$ 5,94/kg, e de 2,64% em São Paulo, fechando em R$ 6,23/kg.
Cepea/Esalq
Suinocultura Independente: altas nos preços nas principais Bolsas
Em São Paulo, o preço subiu, saindo de R$ 6,40/kg vivo para R$ 6,83/kg vivo, com consenso entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS)
No mercado mineiro, houve aumento de R$ 6,50/kg vivo para R$ 6,90/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve elevação, passando de R$ 6,06/kg vivo para R$ 6,23/kg vivo nesta semana.
AGROLINK
Frango no atacado paulista subiu 2,31% na quarta-feira (6)
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 2,31%, valendo R$ 6,65/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná o preço ficou estável em R$ 4,50/kg, assim como em Santa Catarina, valendo R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (5), a ave congelada teve aumento de 0,61%, chegando a R$ 6,57/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,46%, fechando em R$ 6,55/kg.
Cepea/Esalq
ABPA: Exportações de carne de frango crescem 2,1% em agosto
No ano, embarques acumulam alta de 7,4%
Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 446,8 mil toneladas em agosto. O número supera em 2,1% as exportações registradas no mesmo período do ano passado, com 437 mil toneladas. A receita da exportação de agosto chegou a US$ 831 milhões, número 9,9% menor que o total alcançado no mesmo período de 2022, com US$ 922,1 milhões. No acumulado do ano (janeiro a agosto), os embarques de carne de frango totalizaram 3,508 milhões de toneladas, volume 7,4% superior ao registrado nos oito primeiros meses do ano passado, com 3,266 milhões de toneladas. Já no saldo em dólares, a alta acumulada em 2023 chegou a 4,8%, com US$ 6,858 bilhões este ano, e US$ 6,542 bilhões no mesmo período comparativo em 2022. No ranking dos maiores destinos das exportações do Brasil, a China (maior importadora) importou 52,8 mil toneladas exportadas em agosto, número 32,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Emirados Árabes Unidos, com 47,3 mil toneladas (+30,2%) e Arábia Saudita, com 37,2 mil toneladas (+12,6%). O Japão, que já restabeleceu as importações de carne de frango do Espírito Santo e de Santa Catarina, importou 29,6 mil toneladas (-25,4%). “As vendas de carne de frango do Brasil seguem em patamares indicativos para vendas totais neste ano acima de cinco milhões de toneladas. Neste mês, além da alta identificada nos embarques para diversos mercados, ganha destaque especial as elevações nas vendas para os três maiores destinos do produto brasileiro”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin. Entre os principais estados exportadores, o Paraná segue líder nos embarques, com 179,4 mil toneladas exportadas em agosto, número 5,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida estão Santa Catarina, com 98,2 mil toneladas (+8,7%) e Rio Grande do Sul, com 65,8 mil toneladas (+3,4%).
ABPA
INTERNACIONAL
China bate recorde nas importações de carne
Novos números revelam que a China importou um recorde de 294.963 toneladas de carne bovina em julho, principalmente do Brasil
O analista de carne da Global Agritrends, Simon Quilty, afirmou que acredita que o mês recorde se deve principalmente ao Brasil, que estava se desfazendo de um estoque de carne bovina após um caso atípico de doença da vaca louca no início do ano ter forçado uma proibição temporária de comércio com a China. “Em um momento, havia cerca de 40.000 toneladas paradas nos portos devido a disputas em torno das datas de produção e de envio”, disse Quilty. “Mas, uma vez que isso foi resolvido, parte do produto brasileiro que estava retido foi enviado, e houve uma renovada confiança na China. “Então, acredito que uma combinação de fatores levou a esse recorde.” O analista disse que espera que a demanda da China por carne bovina “permaneça firme”. “Acredito que estamos a caminho de mais um ano saudável para todos os países fornecedores para a China”, disse ele. “Portanto, mesmo com um crescimento econômico mais lento [na China], estamos confiantes de que sua necessidade de carne bovina permanecerá bastante forte nos próximos anos.” Dados da Meat and Livestock Australia mostram que o Japão foi o maior mercado de exportações de carne bovina e de vitela da Austrália este ano, com 120.000 toneladas, seguido de perto pela China, com 115.000 toneladas, Estados Unidos, com 112.000 toneladas, e Coreia do Sul, com 104.000 toneladas. Quilty disse que espera que a China ou a Coreia se tornem o maior cliente de carne bovina da Austrália este ano. “Muitas exportações de carne bovina da Austrália estão indo para a China, mas não particularmente a preços elevados”, disse ele. “Portanto, não confundamos isso com uma demanda forte; é apenas a Austrália se posicionando nesse mercado em níveis competitivos, o que é um fato muito importante.” Quilty disse que a situação atual da economia chinesa é semelhante ao que aconteceu no Japão na década de 1990. “Foi conhecida como a década perdida no Japão, mas eu diria que foi a década encontrada em termos de importação de carne, e o Japão realmente se apaixonou pela carne bovina da Austrália e dos EUA”, disse ele. “Portanto, mesmo que tenha sido um período desafiador para muitas indústrias, as exportações de carne vermelha da Austrália para o Japão dobraram durante esses 10 anos, e os preços no final daquela década aumentaram 40 por cento.” Ele disse que, assim como o Japão na década de 1990, as economias domésticas na China agora estão entre as mais altas do mundo, e ele acredita que os consumidores chineses usarão isso para manter um certo padrão de vida, que envolve um gasto significativo com alimentos.
Global Agritrends
ABRAFRIGO
imprensaabrafrigo@abrafrigo.com.br
POWERED BY EDITORA ECOCIDADE LTDA
041 3289 7122
041 996978868