Ano 9 | nº 2059 |06 de setembro de 2023
NOTÍCIAS
Em São Paulo, mercado do boi estável
Nas praças paulistas, as cotações permaneceram estáveis. A oferta diminuiu frente às últimas semanas, com destaque para as fêmeas. Mas, a oferta vigente atende à demanda, com predominância de machos em relação as fêmeas
Pelos dados de campo apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, a oferta de boiadas gordas diminuiu frente às últimas semanas, com destaque para as fêmeas. Na avaliação da consultoria, a oferta atende à demanda, com predominância de machos em relação as fêmeas. Segundo a Scot, o boi gordo paulista segue negociado em R$ 195,00/@, a vaca gorda em R$ 185/@ e a novilha gorda em R$ 192/@, preços brutos e a prazo. O “boi-China” está valendo R$ 200/@, valor bruto, no prazo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal “comum”. Cai a cotação do boi no Espírito Santo. A cotação do boi gordo destinado ao mercado interno e do “boi China” caiu R$5,00/@ na comparação dia a dia. Na região Norte de Tocantins, as cotações ficaram estáveis em relação a segunda-feira (4/9).
SCOT CONSULTORIA
Mercado do boi aparenta ter chegado ao fundo do poço e busca fundamentos para recuperação
Em especial em São Paulo e no Mato Grosso do Sul as escalas de abate, até então confortáveis, passaram a encurtar após dias de fraco ritmo de negócios, disse o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Ao que tudo indica o mercado aparenta ter chegado ao fundo do poço e busca fundamentos para recuperação, mesmo que comedida, completou Iglesias. No atacado, o comportamento das vendas desempenhará um papel fundamental em uma possível retomada dos preços da arroba. O cenário das exportações apresenta poucas alterações no momento, com preços da carne bovina bastante deprimidos no mercado internacional. Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 198. Na capital de Goiás, a indicação foi de R$ 190 para a arroba do boi gordo. Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 198. No interior de Mato Grosso do Sul, a arroba foi indicada em R$ 201. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 176. O mercado atacadista teve preços acomodados para a carne bovina no dia. O ambiente de negócios ainda sugere por alguma alta dos preços durante a primeira quinzena do mês, considerando a entrada dos salários na economia como motivador da reposição entre atacado e varejo. Vale destacar que a carne de frango ainda dispõe de maior competitividade quando comparado a carne bovina, mantendo cativa a parcela da população de menor renda, disse Iglesias.
AGÊNCIA SAFRAS
Boi gordo: arroba cotada em dólar no Brasil cai ao mesmo nível de agosto de 2020, aponta Imea
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, tal situação no Brasil se dá pela grande oferta de bovinos disponíveis para abate
A desvalorização do boi gordo nas praças pecuárias brasileiras fez com que a arroba, quando cotada em dólar, retornasse aos níveis de agosto de 2020, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em boletim semanal. No mês passado, o valor médio da arroba em São Paulo (praça referência do País) fechou a US$ 44,94. Em Mato Grosso, ficou em US$ 39,42 – valores 26,25% e 25,37% inferiores à cotação de agosto de 2022, diz o Imea. Já nos Estados Unidos, outro grande país produtor de carne bovina e concorrente do Brasil no mercado externo, a arroba do boi gordo fechou na média de US$ 109,22 em agosto, ou 28,4% acima da média de agosto de 2022. Tal situação no Brasil se dá pela grande oferta de bovinos disponíveis para abate, informa o Imea, o que pressiona as cotações da arroba. Nos Estados Unidos, o movimento é inverso, com baixa disponibilidade de animais terminados, o que resulta em valorização do boi gordo. Conforme o Imea, a menor produção de carne dos EUA “pode se tornar uma oportunidade para as exportações brasileiras”, tendo em vista o preço mais baixo pago pelo boi gordo no Brasil.
ESTADÃO CONTEÚDO
Produção de carne bovina no Brasil pode crescer 8% em 2023
Estimativa é do adido do Departamento de Agricultura americano, que também prevê aumento na oferta para 2024. Aumento da demanda interna e externa deve favorecer produção de carne bovina
O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília projetou que a produção de carne bovina no Brasil termine 2023 com o volume de 11,16 milhões de toneladas por carcaça equivalente. Se confirmado, o número mostra um crescimento de 8% em relação ao ano passado. Já para 2024, a produção de carne pode aumentar um pouco mais e atingir 11,38 milhões de toneladas. Em relatório, o adido do USDA disse que a produção no país será maior devido ao aumento dos abates, melhores condições econômicas para os consumidores, que deve favorecer a demanda, e diminuição da concorrência externa e procura externa firme, especialmente da China. “Outro elemento que favorece o aumento da produção brasileira de carne bovina é que os principais concorrentes do país, como os Estados Unidos, União Europeia, Argentina e Uruguai, devem reduzir a produção para 2023 ou com previsão de crescimento inferior a 1%”, disse o USDA, em relatório. Em relação aos abates, o adido prevê um aumento de 7% até o final de 2023 em comparação com um ano antes, com 45,5 milhões de cabeças e um aumento de 2% em 2024, com 46,4 milhões de cabeças abatidas. A previsão baseia-se no aumento do abate de vacas, que deverá impactar as taxas de natalidade em 2024, e na expectativa de preços baixos para o gado. O órgão americano destaca que o Brasil deve manter o posto de principal exportador mundial de carne bovina neste ano e em 2024. Nas projeções do USDA, o país deve negociar com o exterior 3,35 milhões de toneladas em 2023 e outras 3,40 milhões no próximo ano. O adido do USDA em Brasília apresentou também dados sobre a produção e demanda de carne suína do Brasil. Segundo o relatório, a produção da proteína no país aumentará 7% em 2023, para 4,65 milhões de toneladas. Para o próximo ano haverá um incremento de 5% na oferta, atingindo 4,87 milhões. “A previsão de aumento é motivada pela alta demanda externa, novos mercados acessados ao longo do ano, melhoria das condições econômicas locais, safras recordes de milho e soja, levando a uma melhor disponibilidade e um redução nos preços dos alimentos e aumento da produção”, destacou o relatório. Já as exportações devem crescer 8,42% neste ano, com o envio de 1,43 milhão de toneladas. Para 2024 é esperado um aumento de 7% nas vendas externas, que podem chegar a 1,53 milhão de toneladas.
GLOBO RURAL
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em alta de 0,85%, a R$4,9756 na venda
A divulgação de dados econômicos fracos na China e na zona do euro elevou as preocupações em torno do crescimento global e fez os investidores buscarem a segurança do dólar na terça-feira, o que determinou a alta da moeda norte-americana ante o real durante todo o dia
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9756 reais na venda, com alta de 0,85%. Na B3, às 17:09 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,77%, a 4,9975 reais. Pela manhã, os mercados já repercutiam a divulgação de novos dados econômicos decepcionantes na China — um dos maiores importadores de commodities do mundo. Já os dados da zona do euro mostraram retração mais profunda que o esperado em agosto. Os números da China e da zona do euro dispararam a busca global por ativos de menor risco, como o dólar, em detrimento de ativos mais arriscados, como as divisas ligadas a commodities.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda sem trégua com exterior desfavorável
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, com a persistente desconfiança sobre a capacidade de o governo federal de atingir suas metas fiscais pressionando negativamente, embora o avanço das ações da Petrobras, na esteira da alta do petróleo no mercado externo, tenha atuado como um contrapeso
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,33 %, a 117.387,86 pontos., de acordo com dados preliminares. No pior momento, chegou a 116.637,02 pontos. Na máxima da sessão, marcou 117.956,71 pontos, flertando com o território positivo. O volume financeiro no pregão somava 19,17 bilhões de reais antes dos ajustes finais.
REUTERS
Demanda e confiança melhoram em agosto e expansão de serviços do Brasil acelera, mostra PMI
O crescimento do setor de serviços do Brasil ganhou leve força em agosto diante do aumento dos novos negócios, com a confiança atingindo máxima de 10 meses, de acordo com pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada na terça-feira
Em agosto, o PMI compilado pela S&P Global subiu a 50,6, de 50,2 em julho, marcando o sexto aumento consecutivo na atividade de serviços –a marca de 50 separa crescimento de contração. Segundo a pesquisa, as empresas que relataram crescimento mencionaram conquista de novos negócios, que chegaram a seis meses seguidos de expansão. Foram relatadas recuperação da demanda e captação de novos clientes. O levantamento mostrou ainda que o impacto combinado da redução da taxa de juros, novos negócios pendentes de aprovação e previsões de melhoria das vendas ajudou a aumentar o otimismo em agosto. O nível de confiança das empresas em relação às perspectivas para a atividade de serviços ao longo do próximo ano foi o mais alto registrado desde outubro de 2022, depois de o sentimento ter caído em julho para uma mínima em 26 meses. “Os resultados do PMI de serviços do Brasil mostraram resiliência diante dos desafios. O aumento contínuo da demanda manteve a atividade de serviços dentro da zona de crescimento, enquanto as decisões do Banco Central de começar a cortar taxas estimularam a confiança nos negócios”, destacou em nota a diretora associada de economia da S&P Global Market Intelligence, Pollyanna De Lima. Esse cenário ainda impulsionou a criação de empregos no setor de serviços em agosto pelo sexto mês seguido, a um ritmo mais acelerado do que em julho. Já o cenário para os preços foi misto. Os custos de insumos aumentaram a uma taxa mais forte do que em julho, com os participantes da pesquisa destacando custos salariais, flutuações cambiais e preços mais altos de energia, combustíveis, seguros e água. Mas apesar disso, os preços cobrados pelos fornecedores de serviços aumentaram pela taxa mais fraca desde novembro de 2020. “Essa discrepância poderia ser parcialmente atribuída a pressões competitivas, com as empresas optando por absorver parte dos seus encargos adicionais em meio a estratégias para manter participações no mercado e viabilidade para os consumidores”, explicou De Lima. A atividade da indústria brasileira mostrou sinais de recuperação em agosto o que, somado ao desempenho do setor de serviços, levou a atividade empresarial do Brasil de volta ao território de crescimento. O PMI Composto subiu a 50,6, de 49,6 em julho, quando registrou contração pela primeira vez em cinco meses.
REUTERS
Produção da indústria do Brasil cai mais do que o esperado em julho
A indústria brasileira iniciou o terceiro trimestre com perda de força mais intensa do que o esperado em julho, voltando a registrar recuo pela primeira vez em três meses e sem conseguir dar sinais de retomada em meio a um cenário desafiador tanto interna quanto externamente
A produção industrial do Brasil contraiu 0,6% em julho na comparação com o mês anterior, e teve retração de 1,1% ante o mesmo período do ano passado. Ambos os resultados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram mais fracos do que as expectativas em pesquisa da Reuters, de quedas de 0,3% no mês e de 0,5% na base anual. “Esse resultado acentua o movimento de perda de ritmo, especialmente quando comparado com junho e maio”, explicou André Macedo, analista da pesquisa no IBGE. Em maio houve alta de 0,3% e em junho a produção ficou estagnada. Analistas avaliam que a perspectiva para a indústria no restante do ano é de fraqueza, ou até mesmo negativa. As pressões vêm da taxa de juros elevada, ainda que o Banco Central tenha iniciado o afrouxamento monetário, bem como da desaceleração global, com destaque para a China, o que afeta a demanda. Em agosto o Banco Central iniciou um ciclo de afrouxamento monetário com corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, mas a 13,25% a Selic ainda permanece em território restritivo para a atividade. Com o resultado de julho, o setor industrial está 2,3% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 18,7% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011, de acordo com o IBGE. No mês de julho, três das quatro grandes categorias econômicas e 15 dos 25 ramos pesquisados apresentaram recuo na produção. As principais pressões negativas entre as atividades foram exercidas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,5%), indústrias extrativas (-1,4%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,1%) e máquinas e equipamentos (-5,0%). Por outro lado, o setor de alimentos apresentou avanço de 0,9% e marca o primeiro resultado positivo desde dezembro de 2022, impulsionado pelo avanço da expansão de produção de açúcar, soja e carne bovina. Entre as categorias econômicas, o único avanço no mês veio de bens de consumo semi e não duráveis, de 1,5%. Enquanto isso, a fabricação de bens de capital teve queda de 7,4%, a de bens de consumo duráveis recuo de 4,1% e o setor de bens intermediários apresentou retração de 0,6%.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: cotações com altas generalizadas
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF teve aumento de 2,59%, com preço médio de R$ 119,00, enquanto a carcaça especial teve aumento de 3,33%, custando R$ 9,30/kg, em média
Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à segunda-feira (4), houve alta de 0,63% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,40/kg, avanço de 1,52% no Paraná, atingindo R$ 6,00/kg, aumento de 0,68% no Rio Grande do Sul, chegando a R$ 5,90/kg, incremento de 0,52% em Santa Catarina, atingindo R$ 5,85/kg, e de 0,83% em São Paulo, fechando em R$ 6,07/kg.
Cepea/Esalq
Mercado do frango estável. Apenas ave no atacado paulista tem alta
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,00/kg, enquanto o frango no atacado teve alta de 3,19%, valendo R$ 6,50/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná o preço ficou estável em R$ 4,50/kg, assim como em Santa Catarina, valendo R$ 4,38/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (4), tanto a ave congelada quanto o frango resfriado não mudaram de preço, custando, respectivamente, R$ 6,53/kg e R$ 6,52/kg.
Cepea/Esalq
Número de casos de gripe aviária no Brasil sobe para 90
Ministério da Agricultura confirmou mais dois focos da doença nesta terça-feira. Ave da espécie trinta-réis-real foi identificada com gripe aviária na cidade de Santos (SP) Wiki aves
O Ministério da Agricultura confirmou na terça-feira (5/9) mais dois casos de gripe aviária de alta patogenicidade em aves silvestres. O país contabiliza agora 90 focos da doença. A ave da espécie trinta-réis-de-bico-vermelha foi identificada na cidade de Imbituba (SC). O outro foco foi identificado em Santos (SP), em um animal da espécie trinta-réis-real. Dos 90 focos registrados no país até esta terça, 88 foram encontrados em aves silvestres e dois em aves de criações domésticas. A despeito do aumento de casos, o Brasil segue com status livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), de acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), porque nenhuma produção comercial foi atingida.
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