CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 2010 DE 29 DE JUNHO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 2010 |29 de junho de 2023

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo está estável em SP

As cotações permaneceram estáveis nas praças paulistas após as altas de ontem (27/6). As ofertas de compra aumentaram e os relatos são de que o número de bovinos ofertados tem caído

Na quarta-feira, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis nas praças paulistas, após as altas observadas na terça-feira (27/6), segundo apuração dos analistas da Scot Consultoria. “As ofertas de compra aumentaram e os relatos são de que o número de bovinos ofertados tem caído”, informa a Scot. O boi paulista direcionado ao mercado interno segue negociado em R$ 247/@, enquanto a vaca e a novilhas são vendidas por R$ 212/@ e R$ 230/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” vale R$ 255/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo) – portanto, apresenta um ágio de R$ 8/@ sobre o animal gordo “comum”, acrescentou a Scot. Na região Oeste do Rio Grande do Sul, as cotações estão estáveis na comparação com levantamento anterior (27/6). No Acre, os preços também estão estáveis na comparação feita dia a dia.

SCOT CONSULTORIA

Boi: preços seguem subindo com restrição de oferta

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou estável em R$ 250,00

O mercado físico do boi gordo registrou preços mais altos na quarta-feira (28). Conforme informações da Consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos seguem encontrando dificuldades na composição de suas escalas de abate. A oferta de animais terminados é restrita em grande parte do país, conforme o esperado para esse período de transição entre a safra e a entressafra do boi gordo. A expectativa é de um mês de julho pouco ofertado, o que sugere para maior propensão a reajustes, em especial durante a primeira quinzena, período pautado por maior apelo ao consumo. No entanto, não há apelo para altas explosivas no mercado do boi gordo, salvo um fato novo relacionado à demanda, disse o analista Fernando Henrique Iglesias. Na capital de São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 250,00. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 246,00. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 209,00. Em Goiânia, Goiás, a indicação foi de R$ 228,00 para a arroba do boi gordo. Em Uberaba (MG), a arroba teve preço de R$ 242,00. O mercado atacadista teve preços acomodados no dia. A expectativa ainda é de alguma alta ao longo da primeira quinzena de julho, considerando a entrada dos salários na economia, motivando a reposição ao longo da cadeia produtiva. Por sua vez, a situação das proteínas concorrentes, em especial da carne de frango, ainda é um relevante ponto de atenção, levando em conta a maior competitividade da referida proteína na comparação a carne bovina, assinalou Iglesias. O quarto traseiro foi precificado a R$ 18,15 por quilo. O quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,00 por quilo. A Ponta de agulha foi precificada a R$ 13,65 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Censo projeta 7 milhões de bovinos confinados em 2023

Nesse ano, os cinco estados com maior volume de bovinos confinados são, respectivamente, Mato Grosso, com 1,428 animais (estável sobre 2022); São Paulo, com 1,281 milhão de animais

O Censo de Confinamento projeta um volume de 6,995 milhões de bovinos confinados esse ano, o que representa uma leve queda de 0,5% sobre os 7,028 milhões mapeados no ano passado. Porém, embora esse volume possa ser enxergado como estável do ano passado para esse, é importante reforçar que o sistema intensivo da pecuária de corte vem crescendo ao longo dos anos, chegando esse ano a um rebanho 47% superior ao número registrado em 2015, quando a empresa começou a realizar esse mapeamento e contabilizou 4,75 milhões de bovinos confinados.  Nesse ano, os cinco estados com maior volume de bovinos confinados são, respectivamente, Mato Grosso, com 1,428 animais (estável sobre 2022); São Paulo, com 1,281 milhão de animais (alta de 4%); Goiás, com 1,093 milhão de animais (queda de 3%); Minas Gerais, com 816,98 mil animais (alta de 6%); e Mato Grosso do Sul, com 775,55 mil animais (queda de 6%).

AGROLINK

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em alta de 1,09%, a R$4,8506 na venda

O dólar à vista fechou a quarta-feira com alta firme ante o real, sob influência do exterior e com parte dos investidores recompondo posições compradas na moeda norte-americana, em movimento de realização de lucros, na esteira da divulgação da ata do Copom no dia anterior

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8506 reais na venda, com alta de 1,09%. Na B3, às 17:03 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,77%, a 4,8525 reais. Na sessão de terça-feira, parte dos investidores que vinham mantendo posições vendidas em dólar (no sentido de baixa das cotações) no mercado futuro já se movimentou para realizar lucros recentes e recompor posições compradas (no sentido de alta das cotações). Por trás disso estava a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na manhã de terça. O documento elevou a perspectiva de que o BC começará a cortar a taxa básica Selic, hoje em 13,75% ao ano, em agosto. Com juros mais baixos, o Brasil em tese torna-se um pouco menos atrativo aos investimentos externos. Este movimento abriu espaço para que a moeda norte-americana à vista encerrasse em alta de 0,68% na terça, mas na quarta-feira o movimento de desmontagem de posições vendidas continuou.

REUTERS

Ibovespa encerra em queda pela terceira sessão seguida e volta aos 116 mil pontos, pressionado por Vale

Índice sofreu com piora do humor externo, na medida em que os bancos centrais de países desenvolvidos mantêm discursos duros e a economia chinesa segue patinando

O Ibovespa firmou tendência de queda durante a tarde e recuou na quarta-feira, completando três sessões consecutivas de baixas. Sem gatilhos internos após valorização recente, o índice sofreu adicionalmente com uma piora do humor externo, na medida em que os bancos centrais de países desenvolvidos mantêm discursos duros e a economia chinesa segue patinando. “Tivemos um alinhamento de vetores positivos para a bolsa andar nas últimas semanas: avanço do arcabouço, dólar fraco, exterior construtivo, perspectiva de cortes de juros. Agora o mercado está embolsando. Além disso, o cenário nos EUA parece mais complicado, com as bolsas negociando em múltiplos elevados e o Fed mantendo discurso duro, e a China mostra dificuldades para continuar crescendo como o mundo se habituou. Faltam gatilhos no curto prazo”, diz Leandro Petrokas, diretor de pesquisas da Quantzed. No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,72%, aos 116.681 pontos. O volume financeiro negociado na sessão foi de R$ 17,13 bilhões no Ibovespa e R$ 21,45 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 caiu 0,04%, aos 4.376 pontos, Dow Jones fechou em baixa de 0,22%, aos 33.852 pontos e Nasdaq registrou ganhos de 0,27%, aos 13.591 pontos. Por um lado, a indústria chinesa segue demonstrando fraqueza e os estímulos alardeados ainda não apareceram como o mercado esperava. O lucro industrial da China caiu 12,6% em relação ao ano anterior em maio, diminuindo em relação à queda de 18,2% registrada em abril, informou o Departamento Nacional de Estatísticas. No período de janeiro a maio, o lucro industrial do país asiático caiu 18,8%.

VALOR ECONÔMICO

Dívida pública federal tem queda de 0,31% em maio sobre mês anterior, diz Tesouro

A dívida pública federal caiu 0,31% em maio sobre abril, para 6,014 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional na quarta-feira

No período, a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) somou 5,767 trilhões de reais, enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) atingiu 246,78 bilhões de reais. Conforme o Tesouro, do total da dívida pública federal no final de maio, 26,17% correspondiam a títulos prefixados, 29,76% a títulos vinculados a índices de preços, 39,74% a papeis com taxas flutuantes e 4,33% a papeis cambiais. Em maio, a queda de 0,31% deveu-se, conforme o Tesouro, “ao resgate líquido, no valor de 75,04 bilhões de reais, neutralizado, em parte, pela apropriação positiva de juros, no valor de 56,19 bilhões de reais. O órgão informou ainda que a reserva de liquidez da dívida pública — uma espécie de “colchão” para o pagamento dos compromissos — caiu 6,66% em termos nominais em maio, para 983,18 bilhões de reais. Na comparação com maio de 2022, a reserva de liquidez caiu 11,27%.

REUTERS

Brasil tem fluxo cambial positivo de US$48 mi em junho até dia 23, diz BC

O Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 48 milhões de dólares em junho até o dia 23, em movimento garantido pela via financeira, informou nesta quarta-feira o Banco Central

Os dados mais recentes são preliminares e fazem parte das estatísticas referentes ao câmbio contratado. Pelo canal financeiro, houve entradas líquidas de 460 milhões de dólares em junho até o dia 23. Por este canal são realizados os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, as remessas de lucro e o pagamento de juros, entre outras operações. Pelo canal comercial, o saldo de junho até o dia 23 foi negativo em 413 milhões de dólares. No acumulado do ano até 23 de junho, o Brasil registra fluxo cambial total positivo de 12,207 bilhões de dólares.

REUTERS

Concessões de empréstimos no Brasil sobem 15,5% em maio, estoque de crédito avança 0,3%

As concessões de empréstimos no Brasil avançaram 15,5% em maio na comparação com o mês anterior, informou o Banco Central na quarta-feira, com o estoque total de crédito avançando 0,3% no período, a 5,387 trilhões de reais

No mês, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subiram 14,7% em relação ao mês anterior. Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve aumento de 23,3% no período. No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,9%, contra 4,8% no mês anterior. Já as taxas bancárias médias avançaram em maio. Os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 45,4%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. Nos recursos direcionados, também houve alta de 0,3 ponto no mês, a 12,4%. O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, subiu para 33,3 pontos percentuais nos recursos livres, contra 32,7 pontos no mês anterior.

REUTERS

Confiança da indústria do Brasil sobe em junho com redução do pessimismo, diz FGV

A confiança da indústria do Brasil teve recuperação parcial em junho, informou na quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), com redução no pessimismo dos empresários, mesmo diante da manutenção de um ambiente desafiador

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV IBRE subiu 1,1 ponto neste mês, para 94,0 pontos, depois de em maio ter perdido 1,6 ponto. “O resultado de junho da sondagem mostra redução do pessimismo por parte dos empresários”, disse em nota Stéfano Pacini, economista da FGV IBRE. “A melhora nos índices foi influenciada não apenas pela ligeira melhora da situação atual, mas também pelas perspectivas menos negativas em relação aos próximos meses.” Em junho, o Índice da Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre o momento presente do setor industrial, avançou 0,6 ponto, a 92,4 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE), indicador do sentimento em relação aos próximos meses, ganhou 1,6 ponto, para 95,6 pontos. No entanto, “o atual cenário desafiador para a indústria, com taxa de juros elevada e aumento do endividamento, ainda cria um ambiente de incerteza nos empresários em relação a um segundo semestre difícil, porém com alguma melhora na demanda”, disse Pacini. A taxa Selic está atualmente em 13,75% ao ano, nível elevado que tende a esfriar a atividade econômica, mas o Banco Central sugeriu na ata de sua última reunião de política monetária que pode iniciar um ciclo de afrouxamento já em agosto.

REUTERS

Em maio, juros médios dos bancos sobem para 45,4% ao ano

A taxa média de juros das concessões de crédito livre teve alta de 7,4 pontos percentuais (pp) nos últimos 12 meses e chegou a 45,4% ao ano em maio. No mês, o aumento foi de 0,7 pp, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas na quarta-feira (28/06) pelo Banco Central (BC)

Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito ficou em 23,8% ao ano, estável no mês e com alta de 1,9 pp em 12 meses. Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros alcançou 59,9% ao ano, alta de 0,3 pp no mês e de 9,5 pp em 12 meses. No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito. No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 12,1% ao ano em maio, com alta de 0,6 pp em relação ao mês anterior e de 1,7 pp em 12 meses. Para empresas, a taxa caiu 0,9 pp no mês e teve aumento de 0,8 pp em 12 meses, indo para 13,4% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado chegou a 12,4% ao ano, aumento de 0,3 pp no mês e de 1,5 pp em 12 meses. O comportamento dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para pessoas físicas, o destaque do mês foi para o cartão de crédito, cujas taxas tiveram alta de 1,6 pp no mês e 29,6 pp em 12 meses, alcançando 106,2% ao ano. Rotativo – No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve alta de 7,8 pp de abril para maio e aumento de 86,3 pp em 12 meses, indo para 455,1% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros caíram 6,2 pp no mês e registraram alta de 21,6 pp em 12 meses, indo para 194,3% ao ano. Já no cheque especial houve redução de 2,8 pp no mês e alta de 2,8 pp em 12 meses, indo para 130,7% ao ano. A taxa do crédito consignado teve retração de 0,1 pp no mês e alta 1,7 pp em 12 meses (25,8% ao ano). No caso do crédito pessoal não consignado, os juros caíram 0,9 pp no mês de maio e apresentaram crescimento de 5,2 pp em 12 meses (86,7% ao ano). A manutenção dos juros em alta, resultado do aperto monetário, e a própria desaceleração da economia estão levando a uma desaceleração do crédito bancário, em especial para as famílias. No mês passado, as concessões de crédito caíram 0,5% para as pessoas físicas e tiveram incremento de 4,2% para empresas.

Agência Brasil

GOVERNO

Plano Safra da agricultura familiar será de R$ 77,7 bilhões

Serão destinados R$ 71,6 bilhões ao crédito rural para agricultura familiar, o Pronaf, para a safra 2023/2024, o volume é 34% superior ao anunciado na safra passada

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciaram nesta quarta-feira (28) o retorno do Plano Safra da Agricultura Familiar. No total, somando o crédito rural a medidas como compras públicas, assistência técnica e extensão rural, Política de Garantia de Preços Mínimos para os Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio), Garantia-Safra e Proagro Mais, serão disponibilizados R$ 77,7 bilhões para a agricultura familiar. Uma das principais medidas do novo plano é a redução da taxa de juros de 5% para 4% ao ano para produtores de alimentos como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, entre outros. Segundo o governo, o objetivo é estimular a produção desses alimentos essenciais para as famílias brasileiras e contribuir para a segurança alimentar do país. As alíquotas do Proagro Mais terão uma queda de 50% para a produção de alimentos. Além disso, os agricultores familiares que optarem por uma produção sustentável de alimentos saudáveis, como orgânicos, produtos da sociobiodiversidade, bioeconomia ou agroecologia, terão ainda mais incentivos, com juros de apenas 3% ao ano no custeio e 4% no investimento. Outra novidade importante é a ampliação do microcrédito produtivo, destinado aos agricultores familiares de baixa renda (Pronaf B). O enquadramento da renda familiar anual aumentará de R$ 23 mil para R$ 40 mil, e o limite de crédito passará de R$ 6 mil para R$ 10 mil. O rebate de adimplência para a região Norte também será aumentado de 25% para 40%. O fomento produtivo rural, que é um recurso não reembolsável destinado aos agricultores em situação de pobreza, terá um aumento de R$ 2,4 mil para R$ 4,6 mil por família. Essa ação é realizada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. No Plano Safra da Agricultura Familiar, também foi criada uma linha específica para as mulheres rurais, denominada Pronaf Mulher. Com um limite de financiamento de até R$ 25 mil por ano e taxa de juros de 4% ao ano, essa linha é direcionada às agricultoras com renda anual de até R$ 100 mil. Além disso, no caso do Pronaf B, o limite do financiamento dobrou, chegando a R$ 12 mil, com desconto de adimplência de 25% a 40%. As quilombolas e assentadas da reforma agrária também receberão um aumento no rebate (desconto) no Fomento Mulher, passando de 80% para 90%. O Plano Safra inclui ainda o retorno do Programa Mais Alimentos (PAA), que visa estimular a produção e aquisição de máquinas e implementos agrícolas específicos para a agricultura familiar. O programa tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares, aumentar a produtividade no campo e impulsionar a indústria nacional. Os juros na linha do Pronaf para máquinas e implementos agrícolas foram reduzidos de 6% para 5% ao ano. A coordenação do programa será realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), em parceria com os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Dados do Plano Safra da agricultura familiar: TOTAL: R$ 77,7 bilhões para a safra 2023/2024. Pronaf: R$ 71,6 bilhões. Proagro Mais: 1,9 bilhões. Garantia Safra: R$ 960 milhões. PGPM-bio: R$ 50 milhões. Assistência Técnica e Extensão Rural: R$ 200 milhões. Compras públicas: R$ 3 bilhões (Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/MDS), Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE/FNDE) e PAA Compra Institucional).

CANAL RURAL

MERCADOS

Mercado de produtos ‘halal’ terá 2 bilhões de consumidores

Em 2022, os integrantes da OCI compraram do Brasil US$ 23,4 bilhões em alimentos e bebidas

Quase dois bilhões de consumidores ou um quarto da população mundial. Esse é o tamanho do mercado islâmico, que pode chegar a 2,2 bilhões de compradores até 2030. Para atingir esse público, as exportadoras brasileiras precisam garantir nas mercadorias o certificado halal, que atesta que itens, como alimentos e bebidas, são produzidos de acordo com padrões muçulmanos. Com o objetivo de facilitar mais acordos com o bloco, a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e a agência ApexBrasil, de fomento às exportações, criaram o Projeto Halal do Brasil. “O foco é estimular a venda de produtos com a certificação e ampliar a exportação para os 57 países que compõem a Organização para Cooperação Islâmica (OCI)”, explica Silvana Scheffel Gomes, diretora de marketing e conteúdo da Câmara. No ano passado, os integrantes da OCI compraram do Brasil US$ 23,4 bilhões em alimentos e bebidas, segundo Gomes. O valor, no entanto, representa apenas 10% do total adquirido, anualmente, pelos membros da OCI, nessas categorias. “Há muito espaço para crescer”, diz. Para isso, o projeto prevê investir R$ 15,4 milhões até 2025 em ações de promoção de produtos no exterior e no subsídio à certificação de fabricantes. “As companhias podem se candidatar para conseguir um apoio de até 50% nos custos para obter o selo halal”, garante. A meta é sensibilizar 500 companhias sobre o tema em dois anos e habilitar 50 delas ainda em 2023. Até agora, segundo a executiva, cerca de 350 empresas participaram de seminários no Brasil sobre as exigências islâmicas. Dessas, 28 ingressaram no projeto e 20 estão em fase de adesão, com a intenção de participar de ações internacionais, no segundo semestre. Quatro missões estão programadas para destinos como Malásia e Indonésia. Entre novembro de 2022 e fevereiro deste ano, foram organizadas viagens para a Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos (EAU) com 17 companhias, inclusive frigoríficos. No Brasil, o seminário mais recente aconteceu em Belém (PA), para empresas que beneficiam produtos amazônicos. Gomes ressalta que os mercados árabes mais avançados na compra de alimentos do Brasil são a Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Egito, mas há novas movimentações no comércio. “Nos últimos meses, tivemos um incremento no Iraque, Marrocos e na Líbia, que reabriu os portos depois de anos de conflitos.” Além da proteína animal brasileira, despachada para o mercado árabe desde os anos 1970, a especialista enxerga potencial de vendas em frutas, como graviola, cupuaçu e açaí. De acordo com Walid El Orra, gerente de relações internacionais da CDIAL Halal, certificadora que opera no Brasil desde 1984, o país reúne cerca de mil empresas com o selo. Somente a CDIAL diplomou mais de 300, diz ele. No ano passado, a maioria (45%) dos atestados foi para químicos usados nas indústrias de cosméticos e farmacêuticas. O custo para obter o selo varia de acordo com certificadora, tamanho da fabricante e o produto a ser averiguado, diz Orra, sem revelar os valores.

VALOR ECONÔMICO

FRANGOS & SUÍNOS

Cotações do suíno vivo em alta

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 117,00/R$ 120,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 8,70/kg/R$ 9,00/kg

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à terça-feira (27), houve alta de 1,41% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,47/kg, avanço de 1,40% no Paraná, atingindo R$ 5,81/kg, incremento de 3,33% no Rio Grande do Sul, avançando para R$ 5,89/kg, crescimento de 2,13% em Santa Catarina, avançando para R$ 5,75/kg, e de 0,80% em São Paulo, fechando em R$ 5,29/kg.

Cepea/Esalq

Consumo de carne suína atinge níveis recordes em 2023

Os números revelam que o consumo passou de 4,6% em 2021 para 7,6% em 2022, chegando a 9,1% neste ano

De acordo com uma pesquisa realizada pela Kantar, empresa especializada em dados, insights e consultoria, o consumo de carne suína teve um aumento significativo em 2023. Os números revelam que o consumo passou de 4,6% em 2021 para 7,6% em 2022, chegando a 9,1% neste ano. A carne suína é a fonte de proteína animal mais consumida em todo o mundo, e o Brasil se destaca como o quarto maior produtor e exportador global, ficando atrás apenas de países como a China, União Europeia e Estados Unidos. Essa alta da suinocultura é resultado do trabalho conjunto de diversos setores. A tecnologia desempenha um papel importante, permitindo melhorias na produção, eficiência e qualidade dos produtos. Com o uso de técnicas avançadas, os produtores têm obtido resultados cada vez mais satisfatórios, atendendo às demandas dos consumidores por carne suína de alta qualidade. A nutrição adequada dos suínos é fundamental para garantir a qualidade da carne e atender às demandas nutricionais dos consumidores. Os avanços na área de alimentação animal têm contribuído para o desenvolvimento de rações balanceadas, que promovem um crescimento saudável dos animais e melhoram a qualidade da carne suína. Além disso, o bem-estar animal tem se tornado uma preocupação crescente tanto por parte dos produtores quanto dos consumidores. Práticas que assegurem o conforto e a saúde dos suínos são cada vez mais valorizadas, o que influencia diretamente na qualidade do produto final. As questões ambientais também desempenham um papel essencial no crescimento da suinocultura. A indústria tem buscado práticas sustentáveis, como o manejo adequado dos dejetos e a redução do impacto ambiental.

CANAL RURAL

Mercado do frango estável no PR e SC

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 4,50/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 0,57%, valendo R$ 5,20/kg

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço não mudou, valendo R$ 4,37/kg, assim como no Paraná, com preço de R$ 4,53/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à terça-feira (27), a ave congelada teve leve aumento de 0,67%, chegando a R$ 5,98/kg, enquanto o frango resfriado baixou 1,48%, fechando em R$ 5,98/kg.

Cepea/Esalq

Japão suspende temporariamente importações de carne de aves do Espírito Santo por gripe aviária

Anúncio veio após detecção de caso de influenza aviária de alta patogenicidade em ave de subsistência em Serra, no Espírito Santo

O governo do Japão anunciou na quarta-feira (28) a suspensão temporária da importação de aves vivas, carne de aves, etc. do estado do Espírito Santo. A informação que partiu do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas japonês veio após a confirmação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ontem (27) sobre a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP – H1N5) em uma criação de subsistência no município da Serra, no estado do Espírito Santo. “A fim de tomar todas as medidas possíveis para evitar a propagação desta doença para o Japão, na quarta-feira, 28 de junho de 2023, a importação de aves vivas, carne de aves, etc. do estado do Espírito Santo foi temporariamente suspensa. O motivo da suspensão da importação de aves vivas e carne de aves do país ou região onde ocorreu o surto é evitar que as aves vivas criadas no Japão sejam infectadas com o vírus e para fins de sanidade alimentar”, indica a publicação. De acordo com a plataforma ComexStat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, entre janeiro a maio deste ano, o Japão foi responsável por 11% das importações de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas saindo do Brasil, representando um faturamento para a avicultura brasileira na ordem de US$ 412 milhões, 20% a mais que o mesmo período do ano passado. O MAPA informou, por meio de ofício, que enviou questionamento às autoridades japonesas questionando a decisão. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) emitiu o seguinte comunicado: “A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamenta a decisão do Japão pela suspensão temporária regionalizada de compras de carne de frango provenientes do Estado do Espírito Santo. A ABPA ressalta que a decisão tomada pelas autoridades japonesas não está em linha com as orientações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que indica suspensão de comércio apenas em casos registrados em produção comercial.  Cabe lembrar que a avicultura industrial do Brasil segue sem qualquer registro da enfermidade. A suspensão se deu após ocorrência de foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma ave de subsistência (fundo de quintal) no município de Serra (ES). Atualmente, o Japão não importa produtos do Espírito Santo.  O estado representa 0,19% do total exportado pelo Brasil, conforme dados de 2022. De qualquer forma, independentemente ao fato registrado, a ABPA lembra que não há qualquer risco de transmissão da enfermidade por meio do consumo de produtos, informação que é respaldada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), OMSA e todos os órgãos internacionais de saúde humana e animal”.

ABPA/MAPA

INTERNACIONAL

FAO estima que produção mundial de carne crescerá para 363,9 milhões de toneladas

A FAO divulgou seu relatório semestral sobre os mercados mundiais de alimentos, que estima que o valor global de alimentos aumentará para US$ 1,98 trilhão em 2023, um aumento de 1,5% em relação ao ano passado devido à escalada dos preços mundiais que reduzem a demanda dos países por alimentos

Quanto às carnes, a expectativa é chegar a 363,9 milhões de toneladas em 2023, o que significa um crescimento de 1,1% em relação às 362,6 milhões de toneladas de 2022. Esse aumento é impulsionado pelo anunciado aumento na produção do mercado mundial de carne de aves, devido ao aumento da demanda e seu apelo como carne “acessível”, disse a FAO. A produção mundial de carne ovina também deve aumentar na Ásia e na Oceania, de acordo com o relatório da FAO. Espera-se que a produção global de carne suína caia após uma queda na produção europeia em meio ao impacto da peste suína africana, margens de produção mais fracas e menor demanda doméstica. Já a produção mundial de carne bovina cairá levemente devido ao aumento do custo da alimentação, à falta de pasto e ao menor peso da carcaça em algumas das principais regiões produtoras. Quanto ao comércio mundial de carnes, ficaria em torno de 42 milhões de toneladas em 2023, mesmo nível dos números de 2022. O Brasil e a Austrália provavelmente atenderão grande parte do aumento da demanda devido à alta disponibilidade de suprimentos exportáveis, status livre de doenças e preços competitivos, disse a FAO. Desde que atingiu um recorde histórico em junho de 2022, a FAO disse: “Os preços internacionais da carne caíram no segundo semestre do ano passado, refletindo o aumento da disponibilidade exportável em alguns dos principais países”.

El País Digital

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