CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1990 DE 31 DE MAIO DE 2023

clipping

Ano 9 | nº 1990 |31 de maio de 2023

 

NOTÍCIAS

Preços estáveis em São Paulo

As cotações de todas as categorias permaneceram estáveis na terça-feira. Mas, com as escalas de abate confortáveis e com a boa oferta de boiadas, alguns compradores abriram o dia ofertando condições abaixo da referência

O boi paulista vale R$ 250/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 230/@ e R$ 240/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” está em R$ 255/@ (preço bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ (base SP). No Espírito Santo, com escalas de abate confortáveis, os compradores ofertaram menos R$10,00/@ para o “boi China” e R$5,00/@ menos para a novilha, para o boi destinado ao mercado interno e para a vaca, os preços permaneceram estáveis. Na região de Cuiabá, em Mato Grosso, os preços ficaram estáveis na região, mas, com a boa oferta de fêmeas e as escalas de abate alongadas, as cotações permanecem pressionadas e houve negócios fechados abaixo da referência.

SCOT CONSULTORIA

Boi: alto volume de animais terminados ainda enfraquece preços

No mercado atacadista, os preços estão acomodados. Viés ainda é de queda no curto prazo, em linha com a situação dos estoques da indústria

O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais fracos na terça-feira (30). O ambiente de negócios pouco mudou, com grande volume de oferta de animais terminados no Centro-Norte brasileiro. A oferta de fêmeas também é expressiva e acentua a pressão baixista, disse o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias. Os pecuaristas ainda se deparam com dificuldade de retenção dos animais no pasto em meio a menor qualidade do pasto, aumentando a urgência para realizar negociações. Nesse ambiente, os frigoríficos não encontram dificuldades na composição de suas escalas de abate. A média nacional está posicionada entre nove e dez dias úteis, completou Iglesias. Cotações da arroba nas principais praças; São Paulo (SP): R$ 243. Dourados (MS): R$ 226,00. Cuiabá (MT): R$ 220. Goiânia (GO): R$ 220. Uberaba (MG): R$ 235. O mercado atacadista volta a operar com preços acomodados. Segundo Iglesias, o viés ainda é de queda dos preços no curto prazo, em linha com a situação dos estoques da indústria, que ainda sinaliza para grande volume de oferta, mesmo durante o período de virada de mês. A situação das proteínas concorrentes também precisa ser mencionada, com a carne suína e principalmente com a carne de frango em queda, disse Iglesias. Quarto traseiro ainda teve preço de R$ 18,40 por quilo. Ponta de agulha segue no patamar de R$ 13,50 por quilo. Quarto dianteiro segue precificado a R$ 13,70 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Febraban aprova regra de autorregulação para crédito a frigoríficos

Bancos terão de cumprir um protocolo com requisitos mínimos para combater o desmatamento ilegal

Os bancos brasileiros terão de cumprir um protocolo com requisitos mínimos comuns para combater o desmatamento ilegal ao oferecer crédito a frigoríficos e matadouros. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a decisão faz parte do novo normativo aprovado pelo Conselho de Autorregulação da entidade. Pelas novas regras, aprovadas em março, os bancos participantes da autorregulação irão solicitar aos seus clientes frigoríficos, na Amazônia Legal e no Maranhão, a implementação de um sistema de rastreabilidade e monitoramento que permita demonstrar, até dezembro de 2025, a não aquisição de gado associado ao desmatamento ilegal de fornecedores diretos e indiretos. “Este sistema deverá contemplar informações como embargos, sobreposições com áreas protegidas, identificação de polígonos de desmatamento e autorizações de supressão de vegetação, além do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades de origem dos animais”, diz a nota da Febraban. “Aspectos sociais, como a verificação do cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, também foram considerados.” Ainda conforme o comunicado, as instituições financeiras definirão os planos de adequação, incentivos e consequências cabíveis. Para que o progresso dos frigoríficos seja monitorado ao longo do tempo, foram estabelecidos indicadores de desempenho, a serem divulgados periodicamente pelos frigoríficos. “Os bancos estão no epicentro das cadeias produtivas do país e irão estimular ações para desenvolver uma economia cada vez mais sustentável”, afirma Isaac Sidney, Presidente da Febraban, na nota. “O setor tem consciência de que é necessário avançar no gerenciamento e na mitigação dos ricos sociais, ambientais e climáticos nos negócios com seus clientes e canalizar cada vez mais recursos para financiar a transição para a economia verde.” Amaury Oliva, diretor de sustentabilidade da Febraban, afirma, na nota, que, ao longo dos últimos meses, a entidade dialogou com representantes da indústria e da sociedade civil, e procurou consolidar critérios alinhados às boas práticas socioambientais já promovidas por iniciativas de mercado. “Esta mobilização setorial dos bancos está alinhada com as melhores práticas adotadas por atores da cadeia de carne, seja individualmente, seja por meio de iniciativas ‘multistakeholder’, que envolvem partes como frigoríficos, supermercados, empresas de tecnologia e ONGs”, diz. “Sabemos que há uma série de entraves para que a rastreabilidade atinja todo o ciclo, principalmente os produtores em estágios iniciais da cadeia de fornecimento. Esses desafios passam pela existência de bases de dados atualizadas, precisas e abrangentes, além da própria capacidade de pequenos pecuaristas, por exemplo, em se adequar. Por isso, iniciamos com os fornecedores diretos dos frigoríficos e o primeiro nível dos indiretos, o que já demonstra avanço, e definimos alguns mecanismos alternativos, por exemplo para os frigoríficos de pequeno porte”, ressalta Oliva.

VALOR ECONÔMICO

Febraban quer financiar só o que é sustentável

Abrafrigo pede “olhar diferenciado” aos pequenos

Um novo normativo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está aprovado e define um novo protocolo para liberação de crédito a frigoríficos e matadouros que atuam na Amazônia e no Maranhão. O objetivo é impedir o financiamento de ações de desmatamento, de ocupação de terras indígenas e de escravização de mão de obra. A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), por intermédio de seu presidente executivo, Paulo Mustefaga, apesar de ser totalmente favorável a ações de controle e monitoramento que visem tornar a bovinocultura de corte uma atividade sustentável, manifestou sua preocupação com as pequenas e médias empresas que precisam de “condições especiais para adequação”. Abrafrigo pede “olhar diferenciado” aos pequenos – Paulo Mustefaga, Presidente Executivo da Abrafrigo, disse que sua entidade ainda precisa analisar com maior profundidade o normativo autorregulatório da Febraban. Ele entende que tudo aquilo que “trabalhar no sentido de promover sustentabilidade, com preservação ambiental, nada de desmatamento, bem-estar animal e social é muito bem-vindo”. Salientou que as empresas, alvos do normativo – aquelas na Amazônia e no Maranhão – na maioria possuem Termo de Ajuste de Conduta (TACs) junto ao Ministério Público, o que mostra o alinhamento com o atual pensamento produtivo. Porém, o dirigente entende que é preciso um “olhar diferenciado” para elas. “Frigoríficos e matadouros pequenos são os grandes empregadores do setor, assim como os principais responsáveis pelo abastecimento de carne bovina no País. Sua capacidade de autofinanciamento é reduzida, precisando de recursos e mais tempo para se adequarem aos processos. Creio que cabem iniciativas que contemplem esse segmento”, enfatiza. Outro ponto que o Presidente atenta é o elo da cadeia produtor. “Os pecuaristas, não importa o tamanho, são clientes dos bancos tanto quanto as empresas. Creio que aqui falta uma equiparação de responsabilidade, mesmo entendendo que a maior obrigação recaia sobre os governos federal, estadual e municipal, com fiscalização e apoio”, explica. Para ele, falta, por exemplo, “um sistema de rastreamento efetivo dos animais produtores de carne, de modo que em qualquer etapa se possa identificar sua origem. Embora as discussões estejam avançadas e já um entendimento de que ele é imprescindível, muito pecuarista vai precisar de respaldo para aderir mais essa exigência”, conclui.

PORTAL DBO

Novo associado da Febraban, BNDES vai aderir à autorregulação para cadeia de carne

Além do BNDES, outros 21 bancos, incluindo os maiores do país, já fazem parte do eixo socioambiental e, assim, vão aderir automaticamente à autorregulação para a cadeia da carne

Recém-associado à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o BNDES está em há 6 horas processo de consolidação de sua adesão aos fóruns técnicos da entidade. Dessa forma, vai ingressar na autorregulação socioambiental, bem como aderir aos protocolos de gerenciamento do risco de desmatamento ilegal na cadeia de carne no país. A Febraban diz que a iniciativa se soma às outras empreendidas pelo BNDES nos últimos anos em prol da sustentabilidade e da preservação do meio ambiente. A entidade aponta que o banco tem ações importantes voltadas ao gerenciamento do risco social, ambiental e climático, inclusive na cadeia de carnes desde 2009, bem como no direcionamento de investimentos para atividades que tenham impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Além do BNDES, outros 21 bancos, incluindo os maiores do país, já fazem parte do eixo socioambiental e, assim, vão aderir automaticamente à autorregulação para a cadeia da carne. A Febraban estima que o estoque de crédito para o setor de frigoríficos é de cerca de R$ 20 bilhões, mas ressalta que não é possível saber quanto disso vai para a área da Amazônia Legal, que é o foco da autorregulação.

VALOR ECONÔMICO

Fim das restrições do Catar à importação de carne bovina brasileira em razão do caso de EEB atípica no Pará

Anúncio representa plena normalização do comércio do produto com o Catar

O governo brasileiro recebeu com satisfação o anúncio ontem, 29 de maio, do fim das restrições à carne bovina brasileira impostas pelo Catar, em razão do caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) atípica no estado do Pará. O anúncio, que se soma à recente reabertura dos mercados na Tunísia, na Palestina e na Rússia, representa a plena normalização do comércio do produto com o Catar. Diferentemente da forma clássica da enfermidade – conhecida como “mal da vaca louca” -, a forma atípica é de ocorrência natural e espontânea no rebanho bovino, não representa risco à saúde pública, tampouco justifica restrições à importação, conforme diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).Em função do caso, o Catar havia incluído o Brasil, em 05/03/2023, na lista de medidas de precaução, que submetia o produto a condições restritivas. Em 2022, as exportações de carne bovina para o Catar somaram cerca de US$ 36,9 milhões, o equivalente a 6 mil toneladas do produto. No primeiro trimestre de 2023, a corrente de comércio entre o Brasil e o Catar foi de US$ 231,6 milhões; nesse período, as exportações de proteína animal ao Catar corresponderam a aproximadamente 75% do total exportado pelo Brasil.

MAPA

ECONOMIA

Dólar sobe ante real com perspectiva de diferencial de juros menor para Brasil

O dólar à vista emplacou na terça-feira a segunda sessão consecutiva de alta ante o real, após a inflação medida pelo IGP-M elevar a percepção de que a taxa básica Selic poderá começar a cair, enquanto nos Estados Unidos crescem as apostas de que os juros seguirão elevados

O dólar à vista fechou o dia cotado a 5,0423 reais na venda, com alta de 0,61%. Na B3, às 17:14 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,45%, a 5,0435 reais. A moeda norte-americana avançou frente ao real repercutindo em parte os dados do Índice Geral de Preços–Mercado (IGP-M), divulgados pela manhã, antes da abertura do pregão. O indicador registrou deflação de 1,84% em maio, após ter recuado 0,95% em abril. Foi a maior queda mensal na série histórica iniciada em 1989. Com o resultado de maio, o IGP-M passou a acumular em 12 meses recuo de 4,47%, contra queda de 2,17% em abril, também um recorde. Diante do dado, o dólar iniciou sua escalada ante o real pouco depois da abertura, às 9h, em meio à percepção de que, com índices de preços mais baixos, o Banco Central (BC) terá espaço nos próximos meses para iniciar o ciclo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,75% ao ano. Em contrapartida, no exterior a percepção era de que o Federal Reserve (Fed) caminha para manter os juros em patamares mais elevados por mais tempo, em função da inflação. Durante a tarde, os títulos norte-americanos precificavam 37,1% de probabilidade de o Fed manter a taxa básica na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano em sua próxima reunião. Há 62,9% de chances de alta para 5,25% a 5,50%. Na prática, o cenário que se desenha é de um diferencial de juros menor para o Brasil, o que torna o país menos atrativo aos investimentos externos. “O IGP-M veio com deflação. A leitura do mercado é de que aqui começaremos a cortar juros e, nos EUA, eles devem subir”, pontuou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “Isso diminui a arbitragem, você tem um carry trade menor”, acrescentou. Na noite de segunda-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou durante um evento que os núcleos de inflação no Brasil seguem “bastante altos”, mas pontuou que a média de núcleos está caindo. Ao mesmo tempo, segundo ele, o país entrou em uma “janela” em que a queda dos núcleos de inflação “provavelmente vai continuar”. No fim da manhã da terça-feira, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu o início dos cortes da Selic em agosto.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda com nova correção, mas segue para mês positivo

O Ibovespa teve mais um dia de ajustes e fechou em queda na terça-feira, na segunda baixa consecutiva, pressionado particularmente pelo declínio de blue chips, apesar de noticiário favorável sobre o comportamento dos preços no país

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,24%, a 108.967,03 pontos. O volume financeiro somou 23,2 bilhões de reais. Para o presidente-executivo da Box Asset Management, Fabrício Gonçalvez, a bolsa paulista refletiu um movimento de correção de preços, após a valorização acumulada nos últimos pregões, o que é algo “natural”. Até a última sexta-feira, o Ibovespa subira em 13 de 17 pregões, somando ganho de quase 9%. No mês, ainda contabiliza uma alta de 4,34%, na direção de refutar o velho ditado do mercado “sell in May and go away” (venda em maio e vá embora). De acordo com o gestor de renda variável da Western Asset César Mikail, o Ibovespa saiu de 102 mil para 110 mil, 111 mil pontos, e agora está se acomodando ao redor destes patamares aguardando novos números e notícias para definir uma tendência. “É mais um ajuste técnico”, afirmou. A queda ocorreu mesmo com dados mostrando deflação do IGP-M em maio e do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de abril, um dia após o presidente do Banco Central afirmar que vê “janela” para continuidade na queda dos núcleos de inflação. Na visão do especialista em investimentos da Blue3 Investimentos Gabriel Félix, o IGP-M fortalece expectativas de que o Banco Central esteja ganhando espaço para uma possível antecipação do ciclo de corte da taxa básica de juros.

REUTERS

IGP-M registra queda de preços de 1,84% em maio

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou deflação (queda de preços) de 1,84% em maio deste ano. A queda é mais acentuada do que a observada em abril, quando apresentou deflação de 0,95%. Na comparação com maio de 2022, houve inflação (alta de preços) de 0,52%

Com o resultado, o IGP-M acumula queda de preço de 2,58% desde o início do ano. Em 12 meses, a deflação acumulada chega a 4,47%. Em maio do ano passado, o índice acumulava inflação de 10,72% em 12 meses. A queda da taxa de abril para maio foi puxada pelos preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que registrou deflação de 2,72%, a maior queda de preços da série histórica. Em abril, a deflação havia sido de 1,45%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por outro lado, registraram, em maio, altas de preços mais expressivas do que as taxas de inflação de abril. O IPC subiu de 0,46% em abril para 0,48% em maio. Já o INCC passou de 0,23% para 0,40% no período.

Agência Brasil

Governo central tem superávit primário de R$15,6 bi em abril, aponta Tesouro

O governo central, que reúne Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou um superávit primário de 15,604 bilhões de reais em abril, divulgou o Tesouro na  terça-feira, pior do que o saldo positivo de 28,997 bilhões de reais registrado no mesmo mês do ano passado.

No acumulado de janeiro a abril, o saldo nas contas públicas foi positivo em 47,165 bilhões de reais, contra superávit de 79,023 bilhões de reais em igual período de 2022. Em 12 meses, o superávit primário somou 22,3 bilhões de reais, equivalente a 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB). Em abril, as receitas do governo central, já descontadas as transferências obrigatórias a Estados e municípios, tiveram queda real de 1,8% sobre o mesmo mês de 2022, para 170,081 bilhões de reais. Já as despesas do governo tiveram alta real de 8,1%, a 154,477 bilhões de reais. Na semana passada, o Ministério da Fazenda piorou sua projeção de déficit primário para o governo central em 2023 a 136,2 bilhões de reais, rombo 28,6 bilhões de reais maior do que a estimativa anterior, diante de uma perspectiva de maior gasto e menor arrecadação. O Ministério da Fazenda vem anunciando medidas para tentar melhorar esse resultado, tendo apresentado o objetivo de levar as contas federais a um déficit de 0,5% do PIB neste ano, zerando o rombo em 2024.

REUTERS

Quadrimestre teve resultado fiscal bom, mas margem deve ser consumida, diz secretário do Tesouro

O primeiro quadrimestre de 2023 se encerrou com um resultado primário bom, mas essa margem deve ser consumida nos próximos meses, disse na terça-feira o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.

Em entrevista para comentar o resultado das contas públicas de abril, Ceron disse que o governo mantém a perspectiva de fechar o ano com um déficit primário inferior a 1% do PIB. No acumulado de janeiro a abril, o saldo nas contas públicas foi positivo em 47,165 bilhões de reais. Em 12 meses até abril, o saldo ficou positivo em 22,3 bilhões de reais, o equivalente a 0,22% do PIB.

REUTERS

Confiança de serviços no Brasil tem alta em maio, diz FGV

A confiança do setor de serviços no Brasil teve variação positiva de 0,5 ponto em maio, para 92,9 pontos, permanecendo no maior nível desde novembro do ano passado, mas indicando desaceleração do ritmo de ganhos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) do FGV Ibre subiu pelo terceiro mês seguido, embora o ritmo de avanço tenha perdido fôlego em relação às leituras anteriores. “Apesar da alta da confiança no setor de serviços, o índice vem desacelerando nos últimos dois meses… Houve piora da percepção sobre a situação atual e pequena oscilação na demanda”, explicou Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. O Índice de Situação Atual (ISA-S) do setor de serviços recuou 1,4 ponto em maio, para 93,4 pontos. Essa baixa foi compensada, no entanto, pela alta de 2,5 pontos do Índice de Expectativas (IE-S), a 92,7 pontos, pico desde outubro de 2022 (98,2). “Para os próximos meses, há uma redução do pessimismo que está relacionada a uma perspectiva de melhora do cenário econômico no segundo semestre do ano”, disse Tobler.

REUTERS

EMPRESAS

BRF bate recorde de exportação de carne de frango para Oriente Médio e norte da África

Empresa vendeu 82 mil toneladas de carnes, 8% a mais do que no mesmo mês do ano passado

A BRF registrou em março o maior volume de exportação de carne de frango e itens de valor agregado para o mercado Halal Mena — sigla usada no mercado para se referir a países do Oriente Médio e do norte da África. Foram 82 mil toneladas, 8% a mais do que em março do ano passado. Nessas regiões, a companhia é líder de mercado. As vendas dos mesmos produtos para o mercado Halal Mena no primeiro trimestre de 2023 também foram maiores do que em igual período de 2022, chegando a 222 mil toneladas, crescimento de 13% em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando foram vendidas 188 mil toneladas. “De um lado, este recorde traduz a clara preferência de nossos consumidores e clientes pelas nossas marcas, Sadia em particular. Do outro lado, reafirma as importantes melhoras operacionais que temos entregue globalmente”, afirma o vice-presidente de Mercado Halal da BRF, Igor Marti. “Seguimos consistentes e animados com as oportunidades no mercado Halal”, continuou. Em maio, a BRF teve sua planta de Lucas do Rio Verde (MT) reabilitada para exportação de carne suína e de frango à China. Foi a terceira habilitação conquistada para abastecer o mercado chinês em menos de seis meses. Em novembro de 2022, a unidade de Lajeado (RS) já havia recebido autorização para exportar carne de frango à China. Em março de 2023, a planta da BRF localizada em Marau (RS) foi autorizada a retomar exportação para o país asiático.

O ESTADO DE SÃO PAULO

FRANGOS & SUÍNOS

Preço do suíno carcaça especial tem baixa no estado de São Paulo

As negociações para o Suíno Carcaça Especial apresentaram leves quedas na terça-feira (30), em que teve queda de 1,18%/1,12% e ficou cotada em R$ 8,40/R$ 8,80 por kg, segundo a Scot Consultoria

O valor do suíno CIF registrou recuo de 0,93%/0,88 e ficou precificado em R$ 107,00/@ a R$ 112,00/@, conforme o levantamento consultoria. O preço do animal vivo em Minas Gerais registrou perda de 1,46% e está cotado em R$ 6,07/kg, segundo o Cepea/Esalq referente às informações da última segunda-feira (29). Já no Paraná, os preços também tiveram movimento de queda, com desvalorização de 2,56%, precificados em R$ 5,71/kg. O preço do animal vivo em São Paulo está em R$ 6,08/kg, recuo de 3,34% frente ao comparativo diário. Em Santa Catarina, o animal vivo apresentou queda de 3,84% e está em R$ 5,51/kg. Já no Rio Grande do Sul, o preço do suíno apresentou baixa de 3,18%, cotado em R$ 5,79/kg.

Cepea/Esalq

Cotação do frango vivo com recuo de 6,18% em Santa Catarina

Em Santa Catarina, o valor da ave apresentou recuo de 6,18% e cotado em R$ 4,10/kg, conforme a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)

A referência do frango vivo no Paraná não teve alteração e ele está e R$ 4,83/kg, enquanto em São Paulo a cotação do frango vivo está sem referência. O preço do frango no atacado paulista registrou baixa de 1,81% e ficou cotado em R$ 5,43/kg, conforme o levantamento da Scot Consultoria. Já no caso da referência para a carne de frango na granja em São Paulo, a Consultoria informou que os valores apresentaram queda de 2,08% e estão precificados em R$ 4,70/kg. No último levantamento realizado pelo Cepea na segunda-feira (29), o preço do frango congelado permaneceu estável e está cotado em R$ 6,25/kg. Já a cotação do frango resfriado segue com estabilidade e está sendo negociado em R$ 6,30/kg.

Cepea/Esalq

Rio Grande do Sul registra primeiro foco de influenza aviária em aves silvestres

Sobe para 13 o número de focos confirmados em aves silvestres no Brasil

Foi confirmado na noite de segunda-feira (29) o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) no Rio Grande do Sul, na ave silvestre da espécie Cygnus melancoryphus (nome popular cisne-de-pescoço-preto), encontrada na Estação Ecológica do Taim, sul do Estado. O local já foi interditado para visitação. Outros dois casos em aves silvestres também foram confirmados: um Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando) na Ilha do Governador, na capital do Rio de Janeiro, e um Sterna hirundo (nome popular Trinta-réis-boreal), no município de Piúma no Espírito Santo. Com os casos notificados hoje, sobe para 13 o número de confirmações de casos em aves silvestres no Brasil, sendo nove no estado do Espírito Santo, nos municípios de Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares, Itapemirim, Serra e Piúma, três casos no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra, Cabo Frio e Ilha do Governador, e um no sul do Rio Grande do Sul. A doença já foi identificada ao todo em seis espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis de bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato) e Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto). É importante lembrar que doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária podem ser adquiridas, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas). Deste modo, pedimos para que a população evite contato com aves doentes ou mortas e acione o serviço veterinário local ou realize a notificação por meio do e-Sisbravet. O Mapa segue em alerta e informa que com a intensificação das ações de vigilância é comum e esperado o aumento de notificações sobre mortalidades de aves silvestres em diferentes pontos do litoral do Brasil. O Brasil continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária, exportando seus produtos para consumo de forma segura. O consumo de carne e ovos se mantém seguro no país.

MAPA

Gripe aviária no Sul pode pressionar preço do frango no mercado interno

Região é a maior produtora nacional; em eventual chegada da doença a granjas comerciais e embargo no exterior, tendência é de aumento de oferta no país

A confirmação de um caso de gripe aviária em ave silvestre no Rio Grande do Sul no início desta semana marca a entrada da doença no segundo maior produtor de frango no país, elevando o risco para as granjas comerciais. A indústria tem reforçado os cuidados sanitários e ainda não há impacto para o fluxo de negócios do setor, mas se o pior acontecer o efeito imediato pode ser a queda dos preços da proteína, segundo analistas. A avaliação é que um eventual embargo à exportação da carne de frango brasileira em razão da influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1), mesmo que temporário, deixaria volumes adicionais do produto no mercado interno, derrubando os preços. Mas essa retração ocorreria por tempo limitado, dizem analistas, devido ao ciclo na avicultura, que é mais curto e permite ajustes de oferta com maior facilidade se comparado aos setores de suínos e bovinos. Aedson Pereira, analista de mercado da S&P Global, disse que é cedo para definir como será o comportamento do setor caso a gripe aviária chegue às granjas comerciais, mas admitiu que “na pior das hipóteses, a dinâmica de produção seria o deslocamento para o mercado interno”. Nesse cenário, o diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, acredita que haveria uma volatilidade nos preços da carne de frango, que já estão em queda. O indicador de frango congelado do Cepea/Esalq fechou ontem em R$ 6,18 por quilo no atacado de São Paulo, baixa diária de 4,33%. Desde o dia 15 de maio, quando o Ministério da Agricultura divulgou o primeiro caso em ave silvestre, a queda é de 9,25%. Juliana Ferraz, analista de mercado de aves do Cepea, afirma que a baixa é natural para o fim do mês quando a demanda diminui. “(Mas seria) uma volatilidade de vida curta”, disse Torres sobre a hipótese de um surto maior de gripe aviária, considerando o ciclo de produção das aves. Nas galinhas poedeiras, que são responsáveis pela produção de ovos, a situação pode ser mais adversa, pois a reposição de oferta é mais lenta, disse Felipe Sawaia, analista de inteligência de mercado da StoneX. “A oferta de ovos pode ser impactada, mesmo sem qualquer tipo de embargo. Ano passado nos Estados Unidos, por exemplo, a quantidade total de galinhas poedeiras caiu mais de 5%.” A chegada da doença ao Sul aumentou o alerta porque os gaúchos representaram 13,4% do total de abates de frango no Brasil, atrás apenas do Paraná, com 33,5%. Santa Catarina está no terceiro lugar, com 13,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para minimizar eventuais danos, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) está atuando junto ao governo federal para renegociar os certificados sanitários dos países compradores que exigem o status “país livre de influenza aviária” para importação. Cerca de 135 países que importam carnes do Brasil já alteraram os seus certificados sanitários para bloquear embarques apenas de regiões, zonas ou compartimentos infectados desde 2021. A medida blinda a produção e a exportação dos demais locais que estão livres da doença. Em destinos como México, Japão, Coreia do Sul e África do Sul, que ainda não alteraram esses protocolos, as conversas seguem avançando, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin. O nível de apreensão é menor por conta do tratamento que importadores têm dado à identificação da doença. Os Estados Unidos, que registraram casos de gripe aviária em 47 dos 50 Estados, inclusive em criação comercial, mantêm o comércio com o restante do mundo. “Houve algumas suspensões, mas logo depois o mundo revisou suas posições”, disse Santin.

VALOR ECONÔMICO

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