Ano 9 | nº 1983 |22 de maio de 2023
NOTÍCIAS
Em São Paulo, cotações estáveis para o mercado do boi gordo
As ofertas de compra diminuíram em função da boa oferta de bovinos e do volume adquirido. Boa parte das indústrias frigoríficas permaneceram fora das compras, com as escalas de abate preenchidas
Segundo apuração da Scot Consultorias, as ofertas de compra de boiadas diminuíram em função da boa oferta de bovinos e do volume já adquirido. “Boa parte das indústrias frigoríficas estão fora das compras, com as escalas de abate preenchidas”, relata a consultoria. Na praça de São Paulo, as cotações do boi, vaca e novilha fecharam a semana estáveis, em R$ 260, R$ 240 e R$ 250, respectivamente (brutos e a prazo). O “boi-China” também ficou estável, em R$ 260/@ (preço bruto e a prazo) – ainda sem ágio frente ao animal “comum”, acrescentou a Scot. Após queda de R$5,00/@ durante a semana, a cotação do “boi China” encerrou a semana estável. Na região Oeste do Maranhão, a maior oferta resultou em queda de R$5,00/@ de boi gordo, na comparação diária. Na região Norte de Minas Gerais, final da semana com poucos negócios. Boa parte da ponta compradora está abastecida o suficiente para deixar as escalas de abates programadas para os próximos dias. Sendo assim, estabilidade de preços para a região.
SCOT CONSULTORIA
Estatística da pecuária (BH-MG)
Na região da capital mineira, o preço do boi gordo continua em queda, com um recuo de 6,69% (ou R$14,50/@) ao longo da semana
A novilha está cotada em R$197,00/@, com um recuo de 7,73% em sete dias. De acordo com o levantamento da Scot Consultoria, a arroba do boi gordo é negociada a R$202,00, a prazo, descontados os impostos (Senar e Funrural). O diferencial de base do boi gordo na praça, em relação à praça de Barretos-SP, está 21,09% negativo, ou R$54,00/@ a menos, com o boi gordo na praça paulista cotado em R$256,00/@, preço descontado os impostos e a prazo. Seguindo a toada, no curto prazo, a expectativa é de baixa devido à alta oferta de bovinos, escalas de abate alongadas e praticamente finalizadas para maio, com a previsão de retomada das compras para junho.
SCOT CONSULTORIA
Boi: mercado termina a semana com preços enfraquecidos
Grande volume de animais ofertados, em especial de fêmeas, e escalas de abate muito confortáveis contribuem para o cenário morno
O mercado físico do boi gordo terminou a semana com preços enfraquecidos. Segundo informações da consultoria Safras & Mercado, a dinâmica continua a mesma dos últimos dias: grande volume de animais ofertados, em especial de fêmeas. Escalas de abate muito confortáveis e sem aspectos de demanda relevantes capazes de inverter a curva de preços. Ao menos no curto prazo, a expectativa é de continuidade deste movimento, considerando a atual conjuntura. Ressaltando que o desgaste das pastagens leva o pecuarista a uma menor capacidade de retenção, reduzindo o poder de barganha, disse o analista Fernando Henrique Iglesias. Cotações da arroba do boi: São Paulo, Capital: R$ 256. Dourados (MS): R$ 238. Cuiabá: R$ 229. Goiânia, Goiás: R$ 230. Uberaba (MG): R$ 245. O mercado atacadista apresentou preços acomodados para a carne bovina. Segundo Iglesias, a expectativa ainda é de queda dos preços no curto prazo, em linha com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. Além disso, o volume de oferta é expressivo, o que também acentua a queda dos preços das carnes. Por isso: o quarto traseiro permaneceu a R$ 18,50 por quilo. O quarto dianteiro segue no patamar de R$ 13,80 por quilo. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,70 por quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
ECONOMIA
Dólar fecha em alta com novo impasse em negociações da dívida dos EUA
O dólar fechou em alta frente ao real na sexta-feira, com investidores reagindo a novo revés nas negociações para subir o teto da dívida norte-americana
A moeda norte-americana à vista avançou 0,53%, a 4,9949 reais na venda, maior cotação de encerramento desde 8 de maio (5,0150). Em relação ao fechamento da última sexta-feira, o dólar subiu 1,48%, embora essa tenha sido apenas a segunda alta semanal das últimas nove semanas. Depois de abrir em leve baixa –segundo Márcio Riauba, Gerente da mesa de operações da Stonex, provável reflexo de uma contração menor do que a esperada no índice de atividade do Banco Central (IBC-Br) de março–, o dólar ganhou fôlego já nos primeiros negócios e passou a maior parte do pregão em alta, mostrando forte volatilidade. Segundo Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank, alguns comentários de Powell ajudaram a sustentar o humor do mercado global, principalmente depois de ele sugerir que o juro básico norte-americano talvez não precise avançar tanto quanto se pensava por conta da contração da oferta de crédito. Ainda assim, o chair do Federal Reserve disse que ainda não está claro se a taxa básica de juros dos Estados Unidos precisará subir ainda mais, conforme autoridades do banco central avaliam a incerteza sobre o impacto de aumentos anteriores nos custos de empréstimos. Na cena doméstica, investidores continuaram monitorando a tramitação do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, enquanto acompanharam falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do Banco Central. O Ministro voltou a dizer que há espaço para cortes de juros no Brasil e argumentou que debater essa possibilidade não significa afrontar a autoridade monetária, ao mesmo tempo que defendeu novamente uma revisão no prazo de cumprimento das metas de inflação. O dólar ainda está em patamares considerados mais baixos, em torno da faixa de 5 reais, e acumula queda de mais de 5% até agora em 2023. A divisa tem sido pressionada, em grande parte, pelo nível elevado da taxa Selic, de 13,75%. Já Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, acredita que os movimentos do real têm tido relação mais estreita com fatores externos, como a inflação norte-americana e as expectativas sobre a política monetária do Fed.
REUTERS
Ibovespa fecha em alta e avança mais de 2% na semana com apoio de estrangeiros
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira, em sessão marcada por vencimento de opções sobre ações, com Bradesco entre os principais suportes, enquanto Itaú Unibanco caiu após o Morgan Stanley cortar a recomendação dos papéis do maior banco privado brasileiro para “equal weight”.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,58%, a 110.744,51 pontos, acumulando um ganho de 2,1% na semana. O volume financeiro somava 31,7 bilhões de reais. O Ibovespa avançou em 11 das últimas 12 sessões, período em que contabilizou uma valorização de 8,8%, voltando a mostrar sinal positivo no ano, com um acréscimo de 0,92%. De pano de fundo, estão expectativas mais positivas com o andamento do novo marco fiscal no país, que deve ser votado na Câmara dos Deputados na próxima semana, além de sinais mais benignos sobre a inflação, embora dados de atividade resilientes nos últimos meses possam retardar um corte na Selic. Dados da B3 também mostram que o fluxo de capital externo voltou a ficar positivo, com as entradas superando as saídas em 369,4 milhões de reais em maio até o dia 17, conforme dados que excluem recursos relacionados a ofertas de ações (IPOs ou follow-ons). Até o dia 16, o saldo estava negativo em 378,1 milhões.
REUTERS
IBC-Br cai menos que o esperado em março e indica expansão de 2,4% da economia no 1º tri
A atividade econômica brasileira apresentou crescimento no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados do Banco Central na sexta-feira, em meio a sinais de resiliência das atividades de varejo e serviços e mesmo com os impactos da política monetária restritiva
O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) recuou 0,15% em março em relação ao mês anterior, mostrou dado dessazonalizado do indicador que é um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), menos do que a expectativa em pesquisa da Reuters de uma retração de 0,30%. Com isso, o IBC-Br fechou o primeiro trimestre com avanço de 2,41% na comparação com os três meses anteriores. O IBC-Br iniciou o ano com alta de 0,59% em janeiro na comparação com o mês anterior. Em fevereiro, o IBC-Br teve expansão de 2,53%, em dado fortemente revisado pelo BC de uma expansão de 3,32% informada antes, atrelada ao desempenho das atividades agrícola e de serviços. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve em março alta de 5,46%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 3,31%, de acordo com números observados. Em março, a produção da indústria do Brasil cresceu um pouco mais do que o esperado, 1,1%, e interrompeu dois meses seguidos de quedas, mas ainda assim fechou o primeiro trimestre com estagnação. Ao mesmo tempo, o setor de serviços brasileiro cresceu mais do que o esperado em março, 0,9%, enquanto as vendas varejistas surpreenderam com uma alta de 0,8% em relação ao mês anterior. Com a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, a economia brasileira vem sentindo com mais intensidade os efeitos da política monetária restritiva, com setores industriais ligados ao crédito mais fortemente atingidos e endividamento elevado no país, além de uma desaceleração global. Por outro lado, novas medidas de transferência de renda pelo governo devem dar alguma ajuda, junto com fortes resultados esperados do setor agrícola, ajudando a evitar uma desaceleração mais intensa do PIB. Nesta semana, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a aprovação pelo Congresso de um novo arcabouço fiscal e da reforma tributária colocarão o Brasil em uma trajetória de crescimento acima da média mundial, estimando o crescimento da economia neste ano na casa de 2%, o que ele considerou baixo.
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EMPRESAS
BRF atinge 100% de rastreabilidade de fornecedor direto de grãos e 75% de indireto
A companhia de alimentos BRF atingiu a marca de 100% de rastreabilidade dos seus fornecedores diretos de grãos provenientes dos biomas Amazônia e Cerrado, enquanto o monitoramento dos indiretos avançou para 75% no primeiro trimestre, conforme comunicado divulgado na sexta-feira
A rastreabilidade no fornecimento de grãos da BRF, uma das maiores consumidoras de milho e farelo de soja para a fabricação de rações, segue a busca da companhia por uma cadeia livre de desmatamento e com menor impacto a biodiversidade, em sua “jornada de sustentabilidade e no compromisso de ser Net Zero” em emissões de gases de efeito estufa até 2040. Para obter esse resultado, a empresa investiu na implementação de novas tecnologias voltadas à garantia da rastreabilidade dos grãos. “Por meio de monitoramento geoespacial… além da atuação focada e disciplinada do nosso time, conseguimos garantir um eficiente processo de rastreabilidade…”, disse Gilson Ross, diretor de operações e compras de commodities da BRF. A companhia anunciou em 2020 seu compromisso de garantir a rastreabilidade de 100% de fornecedores de grãos da Amazônia e do Cerrado até 2025.
REUTERS
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: estabilidade no RS e PR
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial caiu, pelo menos, 1,08%, valendo R$ 9,20/R$ 9,80 o quilo
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (18), os valores ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,32/kg), e no Rio Grande do Sul (R$ 6,26/kg). Houve queda de 1,44% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,86/kg, recuo de 0,32% em Santa Catarina, atingindo R$ 6,19/kg, e de 0,44% em São Paulo, fechando em R$ 6,74/kg.
Cepea/Esalq
Cotações do frango sobem no PR e caem em SC
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,91%, atingindo R$ 6,15/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. No Paraná, houve aumento de 1,06%, atingindo R$ 4,76/kg, e baixa de 10,63% em Santa Catarina, cotado em R$ 4,37/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quinta-feira (18), a ave congelada ficou estável em R$ 6,63/kg, enquanto o frango resfriado cedeu 0,75%, fechando em R$ 6,64/kg.
Cepea/Esalq
Mapa confirma mais dois casos de influenza aviária no Brasil
Sobe para 5 o número de confirmações em aves silvestres, mas nenhum em humanos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o país. No sábado (20), o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), confirmou mais dois casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) de subtipo H5N1. Com isso, sobe para 5 o número de confirmações de casos em aves silvestres. O estado de Espírito Santo contabiliza mais um caso confirmado em ave silvestre, agora da espécie Thalasseus Maximus (nome popular trinta-réis-real). O animal foi encontrado na zona rural do município de Nova Venécia. Como a ocorrência foi em área não litorânea, a ação de vigilância será ampliada também para os municípios vizinhos: São Gabriel da Palha e Águia Branca. Já o outro caso, também em ave silvestre, foi detectado no estado do Rio de Janeiro, em São João da Barra em área litorânea. Trata-se de ave da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando). O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF/ES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro (SEAPPA/RJ) já estão adotando os procedimentos técnicos relacionados a essas novas ocorrências, em complementação às ações de comunicação e de vigilância que vinham sendo realizadas desde a detecção dos primeiros casos no Espírito Santo, em 15 de maio de 2023.
MAPA
Governo busca acordos para evitar embargos por gripe aviária
Negociações priorizarão os dez principais compradores da carne de frango brasileira. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia como baixo o risco de os importadores bloquearem totalmente as compras
O governo brasileiro vai tentar avançar nas tratativas com os principais importadores de carne de frango para revisar os requisitos sanitários aplicados ao Brasil em caso de introdução do vírus da gripe aviária em granjas comerciais do país. O objetivo é impedir restrições totais às exportações da proteína de aves — que representam 35% de todo comércio mundial desse produto — e regionalizar os bloqueios nas vendas em uma eventual ocorrência da doença nesses aviários. Esses países isolam áreas dentro de um raio de 10 quilômetros do foco e continuam exportando a partir de outras granjas. Porém, o governo brasileiro vê na falta de um acordo formalizado uma brecha para que, se o vírus for detectado em uma granja comercial brasileira, as exportações de todo o país sejam bloqueadas. Esse cenário seria muito mais grave e preocupante do que a ocorrência do “mal da vaca louca”, por exemplo, que resultou no embargo chinês e de alguns países de forma mais pontual. A proposta do Brasil e de outros países exportadores de carnes de aves é para que apenas as áreas ou regiões onde esses casos eventualmente forem registrados possam ser embargadas até a eliminação da doença, o que evitaria um impacto econômico e social muito maior no restante da cadeia produtiva do país. As negociações são tratadas com prioridade total pelo Ministério da Agricultura e serão o foco das discussões da 90ª reunião anual da Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa), que será realizada em Paris, na França, a partir deste domingo – a primeira após a pandemia. A delegação do Ministério da Agricultura, que embarcou na sexta-feira (19/5) para a Europa, tem nove integrantes, a maior representatividade de um governo no encontro. Além da alteração dos protocolos para garantir a continuidade das exportações, a Omsa também vai discutir a possibilidade de vacinação das aves contra a gripe no mundo todo. “É uma oportunidade única para discutir tecnicamente os requisitos e, se não concluir essa revisão na reunião, ao menos avançar bastante”, afirmou o Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart. A prioridade são os dez principais compradores da carne de frango brasileira: China, Coreia do Sul, Japão, Filipinas, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, México, Chile, África do Sul e Países Baixos. Mas a ideia é conversar com o máximo de parceiros possível, disse Goulart, por isso a delegação é mais numerosa. O Brasil exporta para mais de 130 destinos.
GLOBO RURAL
Frango/Cepea: Negócios seguem firmes, mas setor está em alerta com casos de IAAP em aves silvestres
A notícia sobre três casos de H5N1 (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade, conhecida também como IAAP) em aves silvestres no litoral do Espírito Santo deixou o setor avícola nacional em alerta
A confirmação veio por parte do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) no último dia 15, mas o Ministério reforçou que a doença, por ter sido detectada em animais silvestres, não deve impactar a condição do Brasil como “país livre de IAAP” e nem em imposição de proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros. O Cepea verificou que, mesmo diante das notificações, as comercializações envolvendo o frango vivo e a carne no mercado nacional seguiram firmes.
Cepea
Órgão de saúde animal pede vacinação contra gripe aviária para evitar pandemia
A partir deste domingo, a Organização Mundial de Saúde Animal se reúne para uma sessão geral de cinco dias, na qual se concentrará no controle global da gripe aviária
A Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês) afirmou ne domingo (21) que governos devem considerar realizar vacinação de aves contra a gripe aviária para evitar que o vírus – responsável pela morte de centenas de milhões de aves e mamíferos infectados no mundo – desencadeie uma nova pandemia. A gravidade do atual surto de influenza aviária, comumente chamada de gripe aviária, e os danos econômicos e pessoais que ela causou levaram governos a reconsiderar a vacinação de aves. No entanto, alguns países, como os Estados Unidos, permanecem relutantes principalmente por causa das restrições comerciais que isso acarretaria. “Estamos saindo de uma crise de Covid em que todos os países perceberam que a hipótese de uma pandemia era real”, disse a Diretora-Geral da WOAH, Monique Eloit, em entrevista à Reuters. “Como quase todos os países que fazem comércio internacional já foram infectados, talvez seja hora de discutir a vacinação, além do abate sistemático que continua sendo a principal ferramenta (para controlar a doença)”, acrescentou. A partir deste domingo, o órgão se reúne para uma sessão geral de cinco dias e se concentrará em debater ações para o controle global da gripe aviária.
REUTERS
INTERNACIONAL
EUA detectam caso atípico de vaca louca
Departamento de Agricultura americano não mudará status de ‘risco insignificante’ no país
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou um caso atípico de vaca louca na sexta-feira (19). A doença neurológica Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE, sigla em inglês) foi detectada em uma vaca de aproximadamente cinco anos, em um matadouro na Carolina do Sul. Esta é a 7ª detecção no país, informou o “Globo Rural”. Segundo o USDA, o animal não foi abatido e em nenhum momento apresentou risco ao abastecimento de alimentos ou à saúde humana dos americanos. Por tratar-se de um caso atípico, os EUA não mudarão o status de risco insignificante no país, sem causar problemas comerciais.
VALOR ECONÔMICO
Produção de carne bovina dos EUA vai diminuir
“Apesar das chuvas recentes, para alguns produtores, o suprimento muito baixo de feno pode não ser suficiente”
A produção de carne bovina nos EUA no próximo ano cairá 8%, para 24,7 bilhões de libras, em meio a uma oferta mais restrita de gado, disse o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em um relatório. O desaparecimento agregado da carne bovina doméstica cairá mais de 7%, para 52,8 libras per capita em uma base equivalente ao varejo, disse a agência. É o nível mais baixo desde que os registros começaram em 1970. A queda na produção levará os preços do gado a novos patamares em 2024, disse o governo. Uma “parte central” do rebanho bovino dos EUA ainda enfrenta condições de seca nas planícies do sul, apesar das condições melhorarem, disse o USDA. Isso resultou em escassez de feno, cujos estoques em 1º de maio caíram 13% em relação ao ano anterior, para o nível mais baixo em uma década. “Apesar das chuvas recentes, para alguns produtores, o suprimento muito baixo de feno pode não ser suficiente para compensar as pastagens ruins para sustentar os rebanhos neste verão e permitir que os produtores mantenham reprodutores para reconstruir seus rebanhos”, disse o USDA. “Como resultado, o abate de vacas de corte continua em uma taxa relativamente alta.” As taxas semanais de abate ainda estão altas, contrariando uma tendência estabelecida nos últimos dois anos em março e abril, o que provavelmente enfraquecerá a previsão de safras de bezerros para o resto deste ano e em 2024, disse à agência. “Pelo lado positivo, os preços dos alimentos devem cair, provavelmente melhorando os retornos para os produtores”, disse o USDA em seu relatório.
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