Ano 9 | nº 1980 |17 de maio de 2023
NOTÍCIAS
Cotações estáveis nas praças paulistas
A oferta de bovinos está suficiente para manter as escalas de abates confortáveis na terça-feira (16/5). Em função disso, as cotações para todas as categorias estão estáveis na comparação feita dia a dia
Para o boi, vaca e novilha, as cotações estão em R$260,00/@, R$240,00/@ e R$250,00/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. O “boi China” está cotado em R$265,00/@, preço bruto e a prazo. Na região Sul de Goiânia, com poucos negócios nos últimos dias, a cotação da arroba do boi está estável. A cotação da vaca e a da novilha, porém, caíram R$5,00/@ e R$7,00/@, respectivamente. A cotação do boi está em R$235,00/@, a da vaca está em R$205,00/@ e a da novilha está em R$210,00/@, preços brutos e a prazo. Na exportação de carne bovina in natura até a segunda semana de maio, foram exportadas 75,0 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária embarcada foi de 8,3 mil toneladas, aumento de 20,4% comparada a maio/22, o faturamento médio diário está em US$42,2 milhões, queda de 5,5% na mesma comparação.
SCOT CONSULTORIA
Boi: preços seguem caindo com escalas confortáveis
Frigoríficos permanecem muito bem escalados, com boa capacidade para exercer pressão sobre o mercado nos próximos dias, diz analista
O mercado físico do boi gordo registrou preços enfraquecidos na terça-feira (16). Segundo o analista da Consultoria Safras 7 Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o volume de animais terminados no Centro-Norte (em especial de fêmeas) segue como elemento de pressão sobre os preços. Os frigoríficos permanecem muito bem escalados, com boa capacidade para exercer pressão sobre o mercado nos próximos dias, uma vez que o pecuarista não conta com boa capacidade de retenção em meio ao desgaste das pastagens em um momento de redução dos índices pluviométricos e de queda das temperaturas. O mercado pode apresentar alguma recuperação dos preços no período de transição entre a safra e a entressafra, uma vez que os frigoríficos não devem encontrar tamanha facilidade na composição de suas escalas de abate, diz Iglesias. Cotações: São Paulo, Capital: R$ 262. Dourados (MS): R$ 247. Cuiabá: R$ 232. Goiânia, Goiás: R$ 230. Uberaba (MG): R$ 250. O mercado atacadista volta a apresentar preços em queda para a carne bovina. O ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento no curto prazo, considerando o arrefecimento da demanda durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo. O quarto traseiro foi precificado a R$ 19,20, por quilo queda de R$ 0,50. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 14,00 por quilo, queda de R$ 0,50. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13,90 por quilo, queda de R$ 0,65.
AGÊNCIA SAFRAS
IMEA estima redução de 9,46% no volume de animais confinados no MT em 2023
Instituto estima que o total de animais confinados neste ano fique em 479,77 mil cabeças
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária do Mato Grosso (IMEA) divulgou a primeira intenção de confinamento de 2023 e que espera que tenha uma redução no volume de 9,46%, frente ao levantamento de abril de 2022. O instituto estima que o total de animais confinados neste ano fique em 479,77 mil cabeças. No levantamento do Instituto foi identificado que 61,05% dos informantes pretendem confinar neste ano, enquanto 32,63% afirmaram que não vão confinar e 6,32% ainda não decidiram. “A média da capacidade estática dos confinamentos em Mato Grosso que afirmaram que irão confinar em 2023 foi de 6.443 cabeças, ao passo que os que não pretendem confinar foi de 3.011 cabeças”, informou o IMEA. De acordo com os informantes que pretendem confinar, as intenções de confinamento em Mato Grosso para 2023 apontam para um cenário de redução na quantidade de animais terminados em confinamento quando comparado com os levantamentos dos mesmos períodos de anos anteriores. Das sete macrorregiões do estado, quatro regiões indicaram aumento do número de animais confinados. “A queda no preço dos insumos somado à redução nos preços dos animais de reposição pode ter motivado os confinadores desta região. Ainda, cabe ressaltar que o volume indicado no 1º levantamento é comumente menor e costuma apresentar ajustes positivos ao longo do ano, de acordo com a movimentação e tendência do mercado”, reportou o IMEA. Os participantes da pesquisa informaram que o preço do animal é o que mais traz preocupações na tomada de decisão para o confinamento, devido a intensa desvalorização do animal no último ano. “Se em abril do ano passado, o pecuarista recebia uma média de R$ 291,93/@ vendida, em abr.23 ele passou a receber R$ 246,05/@ – desvalorização de R$ 45,88/@. Além disso, 14,84% dos entrevistados apontaram também a baixa lucratividade, em reflexo do alto custo de produção, e 14,29% indicaram o preço dos insumos”, reportou. O instituto ainda ressaltou que as cotações do milho e do farelo de soja estão passando por uma forte pressão baixista nos preços. As cotações do milho e do farelo se soja, principais insumos usados na dieta, por exemplo, já reduziram -28,66% e -25,15%, em abr.23 ante a abr.22, respectivamente.
IMEA
Abates em 2023 são de gado mais leve
Mais vacas e custos da alimentação influenciaram, segundo pesquisador
Os abates de gado deste primeiro trimestre de ano foram de animais mais leves do que os de iguais períodos de 2021 e 2022. Em média, cada animal pesou 259,4 kg. Por ora, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou apenas o número de animais abatidos e o peso total das carcaças no período. Quando o instituto fizer a divulgação mais detalhada, provavelmente vai indicar um número maior de abate de vacas. A avaliação é de Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Para ele, deverá haver também uma oferta maior de gado mais leve, uma vez que a margem de ganho na criação é menor, e o preço do bezerro vem registrando forte queda. Os números do IBGE podem mostrar também uma perda de produtividade, em relação aos mesmos trimestres anteriores. Mesmo assim, porém, ela continua elevada. É a terceira maior do período, inferior apenas às de 2021 e de 2022, quando os animais rederam 263 e 264 kg, respectivamente. Evolução da tecnologia para engorda, nutrição, genética e melhoramento da qualidade do animal vêm permitindo um ganho de peso. Em 2000, o peso médio do animal era de 225 kg, volume que subiu para 239 kg em 2010, e para 253 em 2020, conforme dados do pesquisador. A queda no peso neste ano pode ter sido, ainda, pelo retorno do animal que estava em fase de engorda para o pasto, devido aos elevados custos dos grãos. Uma tendência que pode mudar agora com o recuo dos preços do milho. A saca do cereal está sendo negociada a R$ 59, segundo o Cepea. Há dois anos, neste mesmo período, estava em R$ 100. Bernardino diz que está preocupado com a oferta de cereais no ano que vem. Há uma perda de margem da rentabilidade do produtor, que poderá utilizar semente e adubo de menor qualidade. “Não sei qual será o nível de tecnologia utilizado nas lavouras na próxima safra, mas isso poderá impactar no setor de proteínas”, afirma ele. De janeiro a março deste ano, foram abatidos 7,31 milhões de bovinos, 4,7% a mais do que no primeiro trimestre de 2022. Analistas da Agrifatto apontam esse aumento também como um movimento do ciclo pecuário, com mais fêmeas sendo descartadas devido aos baixos preços do bezerro. No mesmo período, o peso das carcaças somou 1,9 milhão de toneladas, 3% a mais, segundo o IBGE.
FOLHA DE SP
China retira embargo de dois frigoríficos brasileiros
Com a decisão, Brasil não tem mais nenhuma planta com exportações bloqueadas. País passa a não ter nenhuma restrição para venda de carne bovina para a China
A Administração-Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) retirou o embargo para as exportações de carnes de mais dois frigoríficos brasileiros. Na terça-feira, o órgão chinês liberou a retomada das exportações de carnes de aves da unidade da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) e de carne bovina do frigorífico Masterboi, em São Geraldo do Araguaia (PA). Os embargos a essas plantas duravam mais de um ano. A unidade da BRF no Mato Grosso teve as exportações suspensas em março de 2022. Já a planta de bovinos da Masterboi estava bloqueada desde abril do ano passado. “Depois de um dia tenso com a confirmação dos casos de gripe aviária em aves silvestres no litoral brasileiro, nós comprovamos na prática o que sempre dizemos, que o sistema de defesa brasileiro é eficiente, transparente e garante a qualidade dos nossos produtos”, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nas redes sociais. “Independentemente de qualquer crise sanitária, o Brasil tem bom controle, garante a qualidade dos seus produtos e continua exportando para os mercados mais exigentes”, completou. Em novembro de 2022, a China anunciou a retirada das barreiras para dois frigoríficos que estavam suspensos desde a metade de 2020. Em março deste ano, durante visita da comitiva brasileira ao país asiático liderada por Fávaro, Pequim desbloqueou outras duas unidades. O Frigorífico Redentor, de Guarantã do Norte (MT), que ficou sem exportar desde agosto de 2022, e a planta da BRF em Marau (RS), que não embarcou carnes de aves desde dezembro de 2021. A retirada dos embargos para as duas últimas unidades era aguardada desde a missão à China. Haviam poucos detalhes a serem ajustados para a concretização da liberação. Nas últimas semanas, os técnicos brasileiros receberam sinalizações de que a retomada dos embarques seria autorizada. Ao todo, 104 frigoríficos brasileiros são habilitados para exportas carnes de aves, suínos e bovinos para a China.
GLOBO RURAL
EUA pesaram mais que embargo da China sobre balanços de frigoríficos
Aumento dos preços do gado comprimiu as margens da indústria americana, de onde gigantes como JBS e Marfrig tiram a maior fatia de seus resultados
Responsáveis por ganhos robustos dos frigoríficos em anos anteriores, os Estados Unidos pesaram sobre os balanços das maiores companhias do setor no primeiro trimestre de 2023, causando perdas mais expressivas do que a suspensão das vendas da proteína brasileira à China, que durou quase um mês. Preços mais altos do gado, em momento de baixa oferta, comprimiram as margens da indústria americana, de onde JBS e Marfrig tiram a maior fatia de seus resultados. A JBS, por exemplo, teve prejuízo líquido de R$ 1,5 bilhão entre janeiro e março – no mesmo período de 2022, ela lucrou R$ 5,14 bilhões -, enquanto a Marfrig saiu de um lucro de R$ 109 milhões para prejuízo de R$ 634 milhões. “O que mais se refletiu no balanço dos frigoríficos foi essa mudança de ciclo pecuário nos EUA, que reduziu a oferta. É muito mais por causa disso do que o caso de vaca louca atípico que gerou um embargo à carne do Brasil”, disse Felipe Simonsen Biancalana, da Guide Investimentos. Na JBS USA Beef, unidade norte-americana da companhia para carne bovina, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em R$ 115,8 milhões no trimestre, o que representou uma queda de 97,2% em relação ao mesmo intervalo de 2022. O desempenho pressionou o Ebitda ajustado consolidado do grupo, que caiu 78,6%, para R$ 2,16 bilhões. A margem Ebitda ajustada consolidada recuou 8,6 pontos percentuais em relação a um ano antes, para 2,5%. Os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, do Itaú BBA, destacaram, em relatório, que a margem da JBS USA Beef foi negativa em 0,4%, um resultado “decepcionante”, inferior tanto aos 14,3% do primeiro trimestre do ano passado, quanto à projeção do banco, de 1,5%. “Esperamos que os benefícios sazonais da temporada de grelhados atuem como um alívio de curto prazo, o que pode sustentar margens ligeiramente melhores no segundo e terceiro trimestres. No entanto, destacamos o ponto de partida abaixo do esperado, já que as margens da carne bovina ficaram negativas pela primeira vez desde 2016”, disseram eles. Além disso, a inflação nos EUA foi outro fator negativo no primeiro trimestre, pois afetou as vendas da Marfrig na América do Norte. A companhia opera na região com a National Beef, cuja receita caiu 15,5% no primeiro trimestre, somando R$ 13,4 bilhões. Com o encarecimento do gado bovino, o Ebitda da National Beef caiu 78%, para R$ 527 milhões, com margem Ebitda de 3,9%. A companhia projetou um cenário mais favorável no segundo e terceiro trimestres, que tradicionalmente têm rentabilidade maior, com os valores do gado caindo de 3% a 4%. “Julho deve ter o preço mais baixo do ano”, disse Tim Klein, CEO da operação América do Norte da Marfrig. Na avaliação do assessor da Guide, quem “escapou” um pouco deste movimento foi a Minerva Foods, que, por não operar na América do Norte, ficou mais sensível à questão do embargo chinês no primeiro trimestre. A Minerva ainda conseguiu um lucro de R$ 114 milhões nos três primeiros meses do ano, montante 0,5% menor do que o do mesmo período de 2022, e sustentou margens também quase estáveis, apesar de adversidades de crédito e o embargo no Brasil. A empresa contou com a ajuda de unidades na Argentina e Uruguai para continuar atendendo os chineses. A margem Ebitda da empresa atingiu 8,3% no trimestre, somente 0,6 ponto percentual abaixo dos 8,9% do patamar de um ano antes. “É uma margem boa, dada a situação que vimos no trimestre”, disse o CFO da Minerva, Edison Ticle.
VALOR ECONÔMICO
ECONOMIA
Dólar interrompe sequência de quedas e sobe mais de 1% sob influência do exterior
O dólar à vista fechou a terça-feira em alta de mais de 1% ante o real, influenciado pelo exterior, onde a moeda norte-americana também subia ante outras divisas, e pela percepção de que a mudança na política de preços da Petrobras pode segurar a inflação
O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9419 reais na venda, com alta de 1,08%. Foi a primeira elevação da moeda norte-americana após cinco sessões em queda, com investidores também aproveitando o dia para realizar lucros e corrigir posições. Na B3, às 17:12 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,98%, a 4,9580 reais. A divisa dos EUA se manteve em alta durante praticamente todo o dia. Pela manhã, as cotações repercutiam dados da economia da China considerados fracos, que penalizavam as divisas de países exportadores como Brasil, Chile, México e Austrália. A Agência Nacional de Estatísticas da China informou que a produção industrial no país cresceu 5,6% em abril em relação ao ano anterior. Analistas consultados pela Reuters projetavam alta de 10,9%. Já as vendas no varejo saltaram 18,4% em abril, mas os analistas esperavam por um crescimento de 21,0%. “Os números ruins da economia chinesa estão valorizando o dólar e desvalorizando as moedas ligadas a commodities”, comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora. “As bolsas estão todas no negativo, então é um dia de aversão ao risco”, acrescentou. No fim da tarde, o dólar se mantinha em alta ante boa parte das divisas no exterior. No Brasil, a nova política de preços da Petrobras, conforme profissionais ouvidos pela Reuters, abriu a perspectiva de que a inflação possa ceder mais rapidamente, o que favorece a queda da taxa básica Selic, hoje em 13,75% ao ano. Durante a manhã, além de divulgar sua nova política de preços, a estatal anunciou a redução no custo dos combustíveis, o que trará impactos para a inflação. “No Brasil, tivemos dias de queda acentuada da moeda norte-americana. Então, nestes momentos, com uma queda tão acentuada, é natural ter movimento técnico de realização dos ganhos”, comentou Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda e quebra série de ganhos
O Ibovespa fechou em queda na terça-feira, quebrando uma sequência de oito altas, enquanto Petrobras PN avançou quase 3% depois de anunciar uma nova política de preços para gasolina e diesel
Agentes financeiros também repercutiram na sessão proposta do novo marco fiscal acordado entre lideranças partidárias na véspera, que, entre outros pontos, prevê gatilhos para conter gastos caso o governo não cumpra objetivos estabelecidos para melhorar as contas públicas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,77 %, a 108.192,96 pontos, de acordo com dados preliminares, após oito altas seguidas, período em que acumulou ganho de 7,1%. Mais cedo, na máxima, chegou a subir a 110.151,03 pontos. O volume financeiro no pregão somava 25,55bilhões de reais.
REUTERS
BNDES tem lucro recorrente de R$1,7 bi no 1º tri, queda de 28% ano a ano
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de 1,7 bilhão de reais no primeiro trimestre deste ano, queda de 28,4% em comparação a igual período do ano passado, informou o banco de fomento na terça-feira.
O lucro contábil, que inclui efeitos não recorrentes, foi de 4 bilhões de reais, ajudado em especial por recebimentos de dividendos da Petrobras. A carteira expandida de crédito do banco ficou em 479 bilhões de reais no trimestre, alta de 8,2% ano a ano, enquanto os desembolsos totais somaram 19,1 bilhões de reais, crescimento de 29,1% na mesma comparação. O índice inadimplência do BNDES acima de 90 dias caiu a 0,06%, ante 0,13% no último trimestre de 2022 e de 0,21% no primeiro trimestre do ano anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido recorrente (ROE) foi de 5,3% de janeiro ao fim de março, quedas de 2,7 pontos percentuais e de 5,3 pontos percentuais nas bases anuais e trimestrais, respectivamente.
REUTERS
Desembolsos do BNDES devem ficar em cerca de R$ 100 bi em 2023, diz diretor
Alexandre Abreu citou que houve um crescimento expressivo das consultas nos primeiros quatro meses deste ano, de 184%
O diretor financeiro, de controladoria e de operações e canais digitais do BNDES, Alexandre Abreu, disse há pouco que a instituição espera um comportamento “um pouco melhor dos desembolsos” nos próximos trimestres. A estimativa é que somem cerca de R$ 100 bilhões em 2023. O diretor citou que houve um crescimento expressivo das consultas nos primeiros quatro meses deste ano, de 184%. Ainda assim, os desembolsos devem subir de forma mais significativa apenas mais à frente, a partir de 2024. “Tivemos mais consultas, mas as fontes de recursos ainda não estão totalmente estabelecidas”, explicou o diretor. O objetivo da atual gestão do BNDES é chegar ao fim do mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com desembolsos anuais na casa de 2% do PIB, o equivalente a R$ 200 bilhões. Abreu destacou ainda que a instituição conseguiu, por ora, não ser prejudicada pela onda atual de recuperações judiciais. A dívidas da Americanas com o banco eram 100% garantidas por fiança bancária. Já a exposição com a Light é de menos de R$ 10 milhões.
VALOR ECONÔMICO
Volume de serviços no Brasil cresce mais que o esperado em março com transporte de cargas
O setor de serviços brasileiro encerrou o primeiro trimestre com crescimento acima do esperado no volume em março, impulsionado principalmente pelo setor de transporte de cargas
O volume de serviços teve em março alta de 0,9% na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,5%. O setor teve um início de ano com altos e baixos, apresentando forte queda em janeiro de 2,9% em meio ao esgotamento dos efeitos positivos da normalização da economia pós-pandemia, mas mostrou recuperação com taxas positivas nos dois meses seguintes. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve alta de 6,3% no volume de vendas enquanto economistas esperavam crescimento de 5,0%. Segundo o IBGE, o setor está agora 12,4% acima do nível de fevereiro de 2020, pré-pandemia, e 1,3% abaixo de dezembro de 2022, o auge da série histórica. Na visão de especialistas, os serviços devem começar a sentir com mais força o efeito dos juros altos, com expectativa de que ande de lado no ano. Por outro lado, o desemprego baixo e as políticas de transferência de renda do governo podem dar impulso à atividade. O IBGE destacou no mês o desempenho do setor de transporte, que marcou a principal influência positiva em março com um crescimento de 3,6%. Esse resultado foi puxado principalmente pelo avanço de 4,7% no volume do transporte de cargas, que atingiu o ponto mais alto da série, registrado anteriormente em agosto de 2022. Por outro lado, o transporte de passageiros recuou 3,3% na comparação com fevereiro, ficando 22% abaixo do ponto mais alto da série histórica, de fevereiro de 2014. Também tiveram desempenho positivo em março os serviços profissionais, administrativos e complementares (+2,6%) e os serviços de informação e comunicação (+0,2%). Já os serviços prestados às famílias (-1,7%) e outros serviços (-0,6%) tiveram perdas. O índice de atividades turísticas, por sua vez, subiu 0,1% frente a fevereiro, ficando 1,4% acima do patamar pré-pandemia e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em fevereiro de 2014.
REUTERS
EMPRESAS
BRF diz China autorizou exportação de carnes a partir de Lucas do Rio Verde
A empresa de alimentos BRF informou nesta terça-feira que sua unidade produtiva de Lucas do Rio Verde (MT) foi autorizada pela General Administration of Customs China (GACC) a exportar carne suína e de frango à China, segundo comunicado
“A nova habilitação proporciona relevante capacidade de produção e comercialização de proteínas, além de promover flexibilidade e maior agilidade para capturar as melhores oportunidades de mercado”, disse a empresa.
REUTERS
Marfrig espera recuperação de preços de exportações nos próximos meses
A Marfrig espera uma recuperação nos preços de carne bovina exportada nos próximos meses, com o aumento das vendas para China, Indonésia e México, disse executivo da companhia em teleconferência com analistas na terça-feira (16)
Os volumes e preços de venda para a China vêm se recuperando desde o fim do embargo temporário à carne bovina brasileira em 23 de março, segundo o presidente da Marfrig, Rui Mendonça. “A gente estima que a partir de junho/julho a demanda vai vir forte e os preços também. Então nós estamos bastante otimistas em relação a uma recuperação de preços fortes na China”, disse Mendonça. O executivo também espera que as vendas para Indonésia e México colaborem para o aumento nos preços de exportação. “Nós estamos começando somente agora os embarques para a Indonésia. O México terminou as auditorias nas unidades brasileiras no final de abril. São dois mercados de preço forte que vão auxiliar nessa recomposição, trazendo, com certeza, um ano bem favorável em relação a preços internacionais”, disse Mendonça. A Indonésia habilitou mais de uma dezena de plantas de carne bovina brasileiras a exportarem ao país desde o início do ano. O México anunciou a abertura do mercado para a carne bovina brasileira em março, com a habilitação de mais de 30 frigoríficos.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Suínos: quedas especialmente para o vivo
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 123,00/R$ 128,00, enquanto a carcaça especial cedeu 1,05%/1,00%, valendo R$ 9,40/R$ 9,90 o quilo
Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (15), o preço ficou estável somente em Santa Catarina, custando R$ 6,21/kg. Houve queda de 0,14% em Minas Gerais, atingindo R$ 6,95/kg, baixa de 0,47% no Paraná, alcançando R$ 6,35/kg, recuo de 0,63% no Rio Grande do Sul, cotado em R$ 6,26/kg, e de 0,58% em São Paulo, fechando em R$ 6,80/kg.
Cepea/Esalq
Preços estáveis para o mercado do frango
Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 5,10/kg, enquanto a ave no atacado caiu 1,07%, atingindo R$ 6,45/kg
Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina, o preço ficou inalterado em R$ 4,32/kg, assim como no Paraná, custando R$ 4,71/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (15), a ave congelada teve recuo de 0,15%, chegando a R$ 6,81/kg, enquanto o frango resfriado baixou 0,44%, fechando em R$ 6,81/kg.
Cepea/Esalq
BRF vê redução de excedente global de carne de frango e melhora em margens
Os preços da carne de frango estão subindo à medida que as empresas começam a reduzir a produção para diminuir o excesso de oferta global, disse Fabio Mariano, CFO da BRF, nesta terça-feira, depois que um excedente ajudou a pressionar o resultado da companhia de carnes suína e de aves para um prejuízo no primeiro trimestre
A empresa registrou um prejuízo líquido de 1,024 bilhão de reais nos três meses encerrados em março, com os altos preços dos grãos também afetando os resultados. As ações da BRF caíam 5,6% no início da tarde. O CEO da BRF, Miguel Gularte, disse que uma queda significativa nos preços dos grãos, combinada com esforços para melhorar a eficiência operacional, ajudará a aumentar as margens e impulsionar os resultados daqui para frente. Gularte disse que, quando assumiu o cargo de CEO em agosto de 2022, o plano era obter “ganhos de eficiência” de 24,5%. Ele disse que a empresa já atingiu 25,5%, apesar de um cenário operacional desafiador. Os resultados da BRF refletiram a fraqueza nos mercados de exportação, com os preços mais baixos do frango arrastando as margens para território negativo em um segmento de negócios que registrou margens de dois dígitos no passado. A empresa disse que continuou a aumentar as vendas de produtos alimentícios processados de margem mais alta em mercados como a Turquia e nos estados do Golfo Pérsico, mantendo uma posição de liderança nessas regiões. A BRF também disse estar confiante de que a confirmação de dois casos de gripe aviária altamente patogênica em aves silvestres no Brasil provavelmente não provocará proibições comerciais. A situação sanitária do Brasil permanece inalterada, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal, disse Gularte em resposta à pergunta de um analista.
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