CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1778 DE 19 DE JULHO DE 2022

clipping

Ano 8 | nº 1778 | 19 de julho de 2022

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo calmo em São Paulo

Segunda-feira com preços estáveis nas praças paulistas. As escalas atendem, em média, mais de 10 dias. Com tal cenário, as indústrias aguardam uma posição do mercado para as ofertas de compra 

No Oeste de Santa Catarina, a cotação da vaca e da novilha subiu R$2,00/@ na comparação com a última sexta-feira (15/7). Para o boi gordo, preços seguiram estáveis.  No atacado de carne com osso, a segunda quinzena do mês começou com a cotação em queda no mercado atacadista de carne com osso em São Paulo. Pela avaliação da equipe da Scot Consultoria, o mercado do boi gordo em São Paulo seguiu calmo neste primeiro dia da semana, com estabilidade nas cotações. “As escalas das indústrias paulistas atendem, em média, em torno de 10 dias e, diante de tal cenário, as indústrias locais aguardam uma posição do mercado para as ofertas de compra”, relata. Pelos dados da Scot, o boi gordo direcionado ao mercado interno paulista segue negociado por R$ 313/@, enquanto a vaca e a novilha gordas estão valendo R$ 282/@ e R$ 304/@ (preços brutos e a prazo). Bovinos destinados ao mercado da China são vendidos por R$ 320/@ em São Paulo, de acordo com a Scot. Segundo apurou a Scot Consultoria, a segunda quinzena do mês começou com a cotação em queda no mercado atacadista de carne com osso de São Paulo. “As escalas das indústrias no Estado estão alongadas e as vendas continuam enfraquecidas”, reforça a Scot. A carcaça casada de bovinos castrados está sendo negociada por R$ 19,25/kg, queda de 2,8% na comparação semanal, enquanto a carcaça de bovinos inteiros está valendo R$ 18,04/kg, baixa de 5,3% considerando a mesma base de comparação, informa a Scot.

SCOT CONSULTORIA

Média diária exportada de carne bovina cresce 7,7% e vai a 8,1 mil toneladas na terceira semana de julho

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, a exportação de carne bovina in natura alcançou 89,1 mil toneladas até a terceira semana de julho

A média diária exportada ficou em 8,1 mil toneladas, alta de 7,7%, frente ao observado no mês de julho do ano passado, com 7,5 mil toneladas. Para o analista da Safras e Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a demanda chinesa segue contribuindo para os embarques de carne bovina e indústrias estão fechando novos contratos por conta do dólar em bons patamares. O preço médio em 11 dias úteis de julho foi de US$ 6.660 por tonelada, alta de 22,40% frente a julho de 2021, com US$ 5.442 por tonelada. Em valor, a média diária ficou em US$ 53, 9 milhões, crescimento de 31,80%, diante de julho do ano passado, com US$ 40,9 milhões. Para o analista, o faturamento deve ser o destaque no fechamento do mês em que pode novamente ultrapassar o patamar de 1 bilhão de dólares em julho. “Ao meu ver o grande destaque permanece na receita, na qual sinaliza para um preço internacional da carne bovina em nível bastante acentuado e o possível recuo em termos de volume não chega a ser uma preocupação”, comentou.

AGÊNCIA SAFRAS

Preço da carne bovina deve cair até 20% em 2023, diz consultoria

O custo final da carne bovina brasileira deve cair em até 20% para o consumidor final em 2023, em função de uma maior oferta do produto no mercado interno. Foi o que apontou o relatório final divulgado pela Safras & Mercado, maior consultoria do setor no país

De acordo com os dados apresentados, atualmente, a carcaça do boi é vendida no Brasil por aproximadamente R$ 320. Para o próximo ano, a expectativa é que esse mesmo produto tenha o custo para os frigoríficos de R$ 250. A maior oferta de animais destinados ao mercado interno é fruto de uma alta “considerável” nos rebanhos brasileiros para o próximo ano. Foi o que explicou à CNN, o diretor da consultoria, Fernando Iglesias. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que o setor também continuará com uma tendência de fortes exportações. “O aumento da oferta dentro do Brasil e as comercializações para o exterior vão andar de mão dadas. Tudo isso é possível em cima da boa ampliação do volume de reposição desses rebanhos – com a incorporação de bezerros”, disse Iglesias. A expectativa é que o setor pecuário brasileiro registre um resultado expressivo para 2023: um montante superior a 226,3 milhões de cabeças de gado – quatro milhões a mais que esse ano. A maior concentração dos rebanhos fica no Centro-Oeste, região que concentra mais de 78 milhões de animais.

CNN Brasil

Boi gordo: frigoríficos reduzem negociação a termo

Um fator para essa mudança tem a ver com a suspensão, no ano passado, das vendas de carne bovina para a China por cerca de três meses, que deixou frigoríficos mais cautelosos na hora de encomendar bois para abate futuro

Na ponta produtora, pecuaristas relatam que, de fato, as condições de negociação de bois a termo com a indústria mudaram – além da dificuldade e redução dos contratos, outro movimento que vem sendo observado é que os frigoríficos têm preferido arrendar, eles mesmos, unidades de confinamento para engordar boiadas próprias. A diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel, confirma que os frigoríficos vêm verticalizando a produção e ido atrás do arrendamento de estruturas de confinamento. “Esse movimento concentrou a engorda em grandes produtores”, avalia. “Mas trouxe outra solução aos frigoríficos, que é a padronização de carcaça. (Compradores) se tornam responsáveis pela terminação do animal e controlam a padronização dessa carcaça, que é algo desejável”, acrescenta. A Fazenda Santa Fé, localizada em Goiânia (GO), que confinou 72 mil animais no ano passado, de bois padrão exportação, confirma a queda nas “encomendas” de boiadas por parte da indústria neste ano. E viu o número de negociações da modalidade de boi a termo cair 90% de 2021 para 2022. O proprietário da fazenda, Pedro Merola, também acha que o mercado está “mudado” este ano. “Não está mais tão fácil travar (o preço do boi gordo no mercado futuro da B3) com a indústria”, diz o pecuarista. “Está bem complicado.” Ele acrescenta que, se o pecuarista “pedir muito” para a indústria travar preços na B3, ela aceita, “mas as condições mudaram muito”. “No ano passado, a gente conseguia, por exemplo, travar o preço da arroba de São Paulo em Goiás”, comenta Merola – sendo que a arroba em Goiás é mais barata do que a de São Paulo. “Mas, hoje, (frigoríficos) estão mais medrosos com os preços futuros e o referencial”, avalia. O Boitel São Lucas, localizado em Goiás, que confina cerca de 15 mil animais por ano, vem realizando, ao longo das últimas semanas, volume considerável de negócios a termo, diz o gestor do confinamento da empresa, Rogério Togo. Mas não com todos os frigoríficos. Ele diz que as operações têm sido feitas, na maioria absoluta, com a Minerva. “É o único frigorífico que tem dado abertura para nós”, afirma ele, sobre essa modalidade de venda de bois gordos. Ele acrescenta que JBS e Marfrig não têm oferecido a opção a termo, mas aceitam pagar as boiadas com base no índice Cepea de Mato Grosso, somente no dia de entrega dos lotes ao frigorífico. Para Togo, porém, a modalidade proposta por essas indústrias “não fica interessante”, porque “perde a função de proteção”. Do lado das indústrias, o gerente de Compra de Gado da Marfrig, Maurício Manduca, confirma que a modalidade de negociação de boi a termo “perdeu um pouco de força nos últimos anos”. Segundo ele, “existem produtores que faziam esse tipo de operação, mas, com a alta dos preços da arroba, que ficou acima do previamente combinado, acabaram deixando de ganhar em algum momento”, continua ele, afirmando ainda que o boi a termo “tem perdido a atratividade ao produtor”. Manduca disse ainda que, “em alguns momentos, o mercado opera (bois a termo), em outros não”. “A gente analisa caso a caso, depende muito do momento. Nos últimos anos já operamos (boi a termo) e deixamos de operar.” O diretor de operações da Frigol, Orlando Henrique Negrão, avalia que a demanda pela “trava” de preços futuros na B3 pode aumentar, caso os valores dos contratos futuros do boi gordo na bolsa paulista apontem tendência de alta. Para ele, a negociação garantirá ao pecuarista a cobertura dos custos com o confinamento, eliminando o risco de se deparar com a volatilidade do mercado físico. Apesar da resistência de seus pares, Negrão defende que a negociação a termo é interessante aos frigoríficos, já que traz a garantia de fornecimento de animais prontos para abate e uma previsibilidade de custos de aquisição.

ESTADÃO CONTEÚDO                           

Boi: demanda na 1ª quinzena de agosto pode recuperar preço da carne

Com preços pouco alterados na segunda-feira (18), o mercado espera o Dia dos Pais atuando como motivador do consumo de carne bovina no país

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a semana iniciou com menor fluxo de negócios. “Muitos frigoríficos ainda estão ausentes da compra de gado, avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo. A tendência é que em alguns estados do Centro-Norte persista o movimento de pressão de queda nos preços da arroba do boi, dada a posição ainda confortável das escalas de abate”, disse Iglesias. O comentarista ainda afirma que já a partir de agosto o mercado contará com novos elementos de alta, a começar pelo aquecimento da demanda doméstica, com o Dia dos Pais atuando como motivador do consumo de carnes em todo o país. Em São Paulo (SP), a referência para a arroba do boi continuou a R$ 316. Já em Dourados (MS), os preços subiram em R$5 chegando a R$296. Ao mesmo tempo, em Cuiabá (MT) a arroba de boi gordo caiu R$2 e teve preço de R$ 291. Por outro lado, em Uberaba (MG), os preços continuam a R$ 300. Finalmente, em Goiânia (GO), os preços também permaneceram a R$ 295 a arroba. O mercado atacadista também voltou a operar com preços em queda. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela continuidade deste movimento no curto prazo, em linha com uma reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês. Além disso, o especialista ainda diz que a demanda na primeira quinzena de agosto terá capacidade para promover uma recuperação dos preços da carne bovina. O quarto dianteiro do boi caiu para R$ 17,30, assim como a ponta de agulha caiu a R$ 17,10. O quarto traseiro do boi permaneceu com preço de R$ 22,35 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar inverte tendência do dia e fecha em alta, refletindo exterior

A inversão de sinal refletiu a piora do desempenho dos principais índices acionários de Nova York, além da redução das perdas da divisa americana lá fora

Depois de passar a maior parte do pregão operando no negativo, o dólar apagou as perdas e fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,4247. A inversão de sinal refletiu a piora do desempenho dos principais índices acionários de Nova York. Na máxima do dia, o dólar comercial foi a R$ 5,4282. Por volta das 17h40, o dólar futuro para agosto subia 0,30%, negociado a R$ 5,4480. No exterior, o índice DXY, que mede a força do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, operava em queda de 0,57%, aos 107,45 pontos. “Assim como de manhã, o mercado local está operando totalmente em função do exterior e lá piorou nitidamente agora no final de tarde”, comentou o diretor da FB Capital, Fernando Bergallo. No meio da tarde, os principais índices acionários de Nova York, que operavam em alta desde o início do pregão, viraram para o campo negativo. A reversão veio após relatos de que a Apple deseja desacelerar suas contratações no ano que vem. “Os investidores precisam recompor as posições lá, e isso penaliza o fluxo para emergentes. Esse movimento [do câmbio] desse final de pregão reflete isso”, acrescentou Bergallo, da FB Capital. Apesar da piora nos índices acionários, ainda no mercado internacional, os contratos de petróleo tanto Brent quanto WTI mantiveram seus ganhos e fecharam com alta de mais de 5% em meio à crescente preocupação com uma recessão, principalmente nos Estados Unidos. Os profissionais da Armor Capital afirmaram em relatório semanal que a perspectiva para o real segue negativa. De acordo com eles, de um lado, o plano externo segue adverso pelo fortalecimento do dólar e movimento de aversão ao risco e, de outro, o risco fiscal doméstico segue elevado pelos gastos extra teto expressivos às vésperas das eleições. “Ademais, a tensão entre os Poderes Executivo e Judiciário também acaba por elevar os prêmios de risco e investidores estrangeiros sequem retirando recursos da bolsa brasileira.

VALOR ECONÔMICO                             

Ibovespa fecha em alta, mas distante da máxima com piora de NY

O Ibovespa fechou em alta na segunda-feira pelo segundo pregão seguido, apoiado particularmente no avanço de Petrobras, mas distante da máxima da sessão diante do enfraquecimento das bolsas norte-americanas

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,48%, a 97.010,53 pontos, de acordo com dados preliminares. Mais cedo, no melhor momento, chegou a 98.291,10 pontos (+1,8%). O volume financeiro somava 16 bilhões de reais, contra média diária do mês de 22,9 bilhões de reais e do ano de 29,6 bilhões de reais.

REUTERS

Monitor do PIB cai 0,8% após três meses de alta, diz FGV

De acordo com análise da pesquisa, a inflação e os juros elevados afetaram o poder de compra das famílias, refletindo no consumo de produtos menos essenciais

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou queda de 0,8% em maio ante abril, após três altas consecutivas, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com maio de 2021, a atividade econômica teve expansão de 4,4% em maio de 2022. “Após três meses consecutivos de crescimento, a economia retraiu 0,8% em maio. A indústria, que havia crescido nos meses anteriores, após um início de ano ruim, voltou a apresentar queda. Outro importante destaque negativo foi o consumo das famílias”, disse em nota a Coordenadora da pesquisa, Juliana Trece. Ela explica que, na atual conjuntura, a inflação e os juros em patamares elevados reduzem o poder de compra das famílias. Isso se reflete no consumo de produtos menos essenciais, como é o caso de semiduráveis e de duráveis, que perderam força e retraíram em maio, informa. O consumo das famílias recuou 2,1% em maio comparado com abril. Na comparação interanual, cresceu 4,7% em maio. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) apresentou crescimento de 1,6% em maio comparado com abril. Na comparação interanual, retraiu 2% no trimestre móvel findo em maio.

O ESTADO DE SÃO PAULO

IGP-10 tem alta de 0,60% em julho com alívio no varejo, mas preços ao produtor aceleram

Os preços ao consumidor arrefeceram e a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a 0,60% em julho, contra 0,74% no mês anterior, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda-feira

A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o índice subiria 0,46% no mês. Com o resultado de julho, o IGP-10 passou a acumular avanço em 12 meses de 10,87%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir 0,42% no mês, depois de alta de 0,72% no mês anterior. Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços, a desaceleração foi motivada por quedas nos custos de gasolina (-1,49%) e energia (-1,45%), que refletiram parcialmente a redução do ICMS. Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, acelerou a alta a 0,57% em julho, de 0,47% antes. A inflação ao produtor avançou sob influência dos preços de alimentos e combustíveis, disse Braz, destacando as disparadas de 16,30% do leite industrializado e de 10,91% do diesel. De acordo com o especialista, a alta do IPA só não foi mais forte por conta da queda nos preços de commodities importantes –como minério de ferro, milho e algodão– diante de temores internacionais de recessão. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,26% em julho, depois de avançar 3,29% em junho. O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

REUTERS

Mercado passa a ver Selic mais alta em 2023 com maior pressão inflacionária, mostra Focus

O mercado passou a ver maior aperto monetário em 2023 em meio a projeções mais elevadas para a inflação geral e para os preços administrados, mostrou a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou manutenção da perspectiva de que a taxa básica de juros encerrará este ano a 13,75%, mas para 2023 a conta para a Selic subiu a 10,75%, de 10,50%. Isso ocorre em meio a uma visão de maior pressão dos preços em 2023. O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA no ano que vem passou a ser de 5,20%, de 5,09%, acima do teto da meta. O ajuste veio acompanhado de alta na estimativa para o avanço dos preços administrados em 2023, passando de 6,15% para 6,50%. Movimento contrário aconteceu no cenário para este ano. A estimativa para a alta do IPCA em 2022 caiu a 7,54%, de 7,67%, enquanto para os preços administrados a projeção de avanço foi a 1,74%, de 2,20%. Esses movimentos têm como pano de fundo medidas do governo para aliviar a inflação elevada neste ano, como a aprovação da lei que estabelece um teto para as alíquotas de ICMS sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo. No entanto, ela não tem efeitos duradouros e analistas alertam que esses preços voltarão a pressionar a inflação geral no ano que vem. O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2022 melhorou em 0,16 ponto percentual, passando a 1,75%, enquanto, para 2023, permaneceu em 0,50%.

REUTERS

Vendas no varejo cresceram 5,9% no Brasil em junho ante um ano antes, diz Cielo

As vendas no varejo brasileiro tiveram em junho um aumento de 5,9% ante o mesmo período de 2021, descontada a inflação, segundo dados da empresa de meios de pagamentos Cielo divulgados na segunda-feira

O avanço está relacionado à baixa base comparativa de junho do ano passado, período atingido pelas restrições ao funcionamento do comércio por causa da Covid-19, disse a Cielo em comunicado. Os efeitos de calendário tiveram pouca interferência no resultado do mês, de acordo com a empresa. “Eliminando os efeitos de aumento de preços no período, o varejo ainda se encontra abaixo do patamar observado em 2019, ano anterior ao do início da pandemia”, afirmou Diego Adorno, Gerente de Produtos de dados da Cielo, no comunicado. O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) é apurado junto a 1,1 milhão de varejistas no país credenciados à companhia e distribuídos por 18 setores.

REUTERS

MEIO AMBIENTE

Brasil desmatou um estádio do Maracanã a cada dois minutos em 2021, aponta MapBiomas

Do total de alertas de desmatamento efetuados pelos vários sistemas e refinados pelo projeto, 97% tiveram como vetor de pressão a agropecuária

Em 2021, o desmatamento no Brasil chegou a 16.557 km². É um crescimento de 20% na cobertura vegetal nativa em relação ao ano anterior. O desmatamento cresce em todos os biomas brasileiros e é rápido: em um único dia foi desmatada uma área equivalente à mais da metade da cidade de Vitória. O país perdeu, no ano passado, 189 hectares de vegetação por hora. Dito de outra forma, o Brasil desmatou um estádio do Maracanã a cada dois minutos. De 2019 a 2021, o Brasil perdeu quase um Estado do Rio de Janeiro de vegetação nativa. Só na Amazônia, 18 árvores vieram abaixo, por segundo, em 2021. Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas. O estudo é o terceiro de uma série que analisa os alertas de desmatamento detectados nos seis biomas brasileiros. Os dados são produzidos a partir da validação, do refinamento e da geração de laudos para cada alerta de desmatamento no ano. A agropecuária é o principal vetor de desmatamento no país. Do total de alertas de desmatamento efetuados pelos vários sistemas com imagens de satélite dos biomas brasileiros e validados e refinados pelo projeto MapBiomas Alerta, 97% dos alertas tiveram como vetor de pressão a agropecuária. O garimpo, no total, respondeu por 0,5% da área desmatada no país, embora tenha exercido um papel forte no sudoeste do Pará. O dia em que o Brasil perdeu mais vegetação no ano passado foi 21 de julho. A estimativa é que 5.940 hectares foram desmatados naquele único dia – ou 687 m² por segundo. Desmatamentos com mais de 100 hectares se tornaram mais frequentes em 2021 e 107 deles superam os 10 km² – ou seja, mil hectares. A título de comparação, o Central Park, em Nova York, tem 3,4 km² e o Parque Ibirapuera, 1,6 km². “O aumento do desmatamento no Brasil não é um fenômeno exclusivo da Amazônia ou do Cerrado. Muitos biomas brasileiros estão subindo também”, diz Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas. Foi na Amazônia que mais se desmatou. A região respondeu por 59% do desmatamento que aconteceu no país.  Em segundo lugar está o Cerrado (30,2% da área desmatada no país). Jaborandi, na Bahia, teve o maior desmatamento detectado no Cerrado. O terceiro bioma que mais sofreu foi a Caatinga (7%). Depois vieram a Mata Atlântica (1,8%), Pantanal (1,7%) e o Pampa (0,1%). Amazônia e Cerrado são os biomas que somam 89,2% do total da área de desmatamento detectada. Embora o Cerrado tenha uma participação de apenas 9,9% no número total de alertas, a área desmatada no bioma representa quase um terço do total desmatado no país (30,2%). O Pará é o Estado com maior área desmatada segundo os alertas — 24,3% do que foi derrubado no país. Um dado novo é o desmatamento no Estado do Amazonas. Pela primeira vez o Amazonas superou o Mato Grosso e passou ao segundo lugar no ranking do desmatamento. Era o quarto em 2020. Em 2021, contudo, a área desmatada no Amazonas cresceu 50% em relação a 2020. O aumento acontece nos municípios ao Sul do Estado — em Humaitá (alta de 95,8%), Lábrea (37,4%) e Apuí (61%). “Avançou tanto o desmatamento no Sul do Amazonas, o que é muito preocupante porque ali é o último grande maciço verde preservado do bioma e está sob forte pressão no caminho da BR- 319”, diz Azevedo.

VALOR ECONÔMICO

EMPRESAS

Moody’s eleva perspectiva da Minerva Foods para positiva

A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service elevou a perspectiva para a Minerva Foods de estável para positiva, refletindo a forte geração de caixa da companhia, boa liquidez, histórico de margens estáveis e redução da dívida, segundo comunicado divulgado na semana passada

“A Moody’s espera que as métricas de crédito (da Minerva) melhorem nos próximos 12 a 18 meses, sustentadas pelos fundamentos favoráveis dos mercados de carne bovina na América Latina, particularmente no Brasil, e fortes exportações”, disse à agência. A Moody’s considera que a Minerva está bem posicionada para capturar ganhos relacionados aos fundamentos favoráveis nos mercados exportadores de carne bovina, dada a sua diversificação geográfica na América Latina. Com operações na Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia, a companhia tem acesso a vários mercados globais e a opção de redirecionar a produção em caso de restrições às exportações de carne bovina de qualquer um destes países. A empresa ainda poderá enfrentar riscos relacionados às demandas domésticas, com a alta inflação limitando o poder de compra, e de exportações, diante da forte exposição ao consumo chinês, que gerou 35% da receita total das vendas externas da Minerva nos 12 meses finalizados em março. A classificação de crédito da Minerva foi reafirmada em Ba3.

CARNETEC

FRANGOS & SUÍNOS

Suínos: estabilidade nas cotações

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou estável em R$ 129,00/R$ 138,00, assim como a carcaça especial, custando R$ 9,40 o quilo/R$ 9,80 o quilo

Na cotação do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (15), houve queda apenas em São Paulo, na ordem de 0,14%, chegando em R$ 7,25/kg. Ficaram estáveis os preços em Minas Gerais (R$ 7,26/kg), no Paraná (R$ 6,36/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,28/kg) e em Santa Catarina (R$ 6,36/kg).

Cepea/Esalq

Exportação de carne suína continua crescendo em julho

Em volume e em receita, em 11 dias úteis, o Brasil já ultrapassou os 50% dos resultados obtidos em julho de 2021

Conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura até a terceira semana de julho (11 dias úteis) seguiram mostrando reação pela segunda semana consecutiva. Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as boas vendas estão voltadas para países asiáticos como Vietnam e Filipinas, apesar de ainda haver algum volume embarcado para a China, que vem reduzindo suas compras. “O preço médio pago pela carne suína brasileira também está aumentando o que é algo positivo, para além da melhora no volume embarcado”, disse. A receita obtida com as exportações de carne suína até o momento, de US$ 123,8 milhões, representa 53% do valor de todo julho de 2021, com US$ 231,4 milhões. No volume embarcado, 51.585 toneladas, ele é 55,6% do total exportado em julho do ano passado, com 92.734 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 11,2 milhões, valor 7% superior a julho de 2021. No comparativo com a semana anterior, queda de 0,2%. Em toneladas por média diária, foram 4.689 toneladas, houve alta de 11,3% no comparativo com o mesmo mês de 2021.  Em relação a semana anterior, alta de 1,6%. No preço pago por tonelada, US$ 2.400, ele é 3,8% inferior ao praticado em julho passado. Frente a semana anterior, queda de 1,9%.

AGÊNCIA SAFRAS

Frango mostra estabilidade nos preços

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a ave na granja ficou estável em R$ 6,10/kg, enquanto o frango no atacado cedeu 0,39%, chegando a R$ 7,65/kg.

Na cotação do animal vivo, São Paulo ficou sem referência de preço. Em Santa Catarina não houve mudança de preço, custando R$ 4,25/kg, assim como no Paraná, valendo R$ 5,54/kg. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à sexta-feira (15), a ave congelada apresentou queda de 0,50%, atingindo R$ 7,97/kg, enquanto o frango resfriado subiu 0,88%, fechando em R$ 8,06/kg.

Cepea/Esalq

INTERNACIONAL

Canadá restringe importação de carne de aves e ovos de estados norte americanos devido a gripe aviária

A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) está atualmente respondendo a casos de gripe aviária H5N1 altamente patogênica (HPAI, na sigla em inglês) em aves de criação em todo o Canadá.

“Se você comprar aves ou ovos nos Estados Unidos (EUA), certifique-se de ter prova de que eles são originários e comprados em uma região diferente daquelas sob restrição. Aves e aves (incluindo aves de estimação) originárias das zonas restritas nos estados abaixo estão sob restrição até novo aviso. Além disso, todas as aves vivas, incluindo aves e ovos para incubação, não podem transitar pelas zonas restritas ou por qualquer parte dos estados que são completamente proibidos” informou o órgão canadense. A Agência Canadense de Inspeção de Alimentos (CFIA) implementou medidas para proteger os recursos avícolas do Canadá contra surtos de gripe aviária altamente patogênica relatados em aves nos seguintes estados: Colorado, Idaho, Indiana, Iowa, Kansas, Maine, Maryland, Michigan, Minnesota, Missouri, Nebraska, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oregon, Pensilvânia, Dakota do Sul, Utah, Washington e Wisconsin.

Agência de Serviços de Fronteiras do Canadá

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