Ano 8 | nº 1684| 04 de março de 2022
NOTÍCIAS
“Boi-China” recebe ágio de até R$ 30/@ em SP, alcançando R$ 360/@
Sustentados pela demanda externa aquecida e pelo baixo volume de animais terminados, os preços do boi-China (abatido mais jovem, geralmente com idade inferior a 30 meses) chegam a valer R$ 360/@ nos balcões de negócios do Estado de São Paulo, o que significa premiação de até R$ 30/@ em relação aos valores do animal gordo comum (direcionado ao mercado doméstico), informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário
Segundo dados da Scot Consultoria, nas regiões paulistas, o boi gordo direcionado para o mercado interno vale hoje R$ 338/@, a prazo, valor bruto. Por sua vez, nas mesmas praças, a vaca e a novilha prontas para abater são negociadas a R$ 303/@ e R$ 330/@, respectivamente (também preços brutos e a prazo), de acordo com os dados levantados pela Scot. Segundo a IHS Markit, devido à enorme escassez de oferta de animais com padrão para exportação, muitos frigoríficos estão buscando animais longe de suas regiões de atuação. “Há relatos de indústrias que chegam a originar garrotes de 16 arrobas no sul do Maranhão, com o propósito em efetuar terminação na região Sudeste”, informa a IHS. No mercado atacadista de carne bovina, há indicações de aumento de procura e reposição de estoques por partes dos distribuidores e varejistas.
SCOT CONSULTORIA/IHS
Mercado doméstico é chave para desempenho da indústria de carne bovina
O consumo doméstico de carne bovina será chave para o desempenho da indústria brasileira deste setor em 2022, mesmo com as fortes exportações verificadas desde janeiro, segundo relatório do Rabobank divulgado na quinta-feira (03)
“O consumo doméstico de carne bovina tem sido fraco e resultou em menores escalas de abate por parte dos processadores, causando pressão baixista nos preços de gado vivo, especialmente nos frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico”, disse o Rabobank. Em janeiro, as exportações brasileiras de carne bovina tiveram o melhor resultado já registrado para o mês, segundo o Rabobank. Mas a queda nos preços das carnes de frango e suína colaborou para reduzir a competitividade da carne bovina no mercado interno. Mesmo com a fraca demanda doméstica, os preços de gado vivo têm se recuperado desde novembro do ano passado. Em janeiro, houve alta de 17% nesse preço ante o mesmo mês de 2021, a R$ 338,46/15 kg. No quarto trimestre do ano passado, as incertezas relacionadas à retomada das importações chinesas levaram a um menor número de animais indo para a engorda em confinamento, reduzindo a oferta de gado terminado temporariamente e elevando os preços do animal. O Rabobank disse que essa tendência deve continuar até que animais a pasto estejam prontos para serem ofertados no mercado.
CARNETEC
Exportação de carne bovina in natura vai a 159,1 mil toneladas em fevereiro
Os preços médios ficaram em US$ 5.590 mil por tonelada, alta de 23,2% frente aos valores de fevereiro de 2021, com US$ 4.539,3 mil por tonelada
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, o volume embarcado de carne bovina in natura atingiu 159,1 mil toneladas em fevereiro de 2022. O volume é superior ao total exportado em fevereiro do ano passado, que ficou em 102,1 mil toneladas em 18 dias úteis. A média diária ficou em 8,3 mil toneladas, avanço de 47,6% frente à média exportada no mês de fevereiro do ano passado, com 5,6 mil toneladas. O analista de mercado da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destacou que o desempenho do mês de fevereiro foi muito positivo e que isso é reflexo da retomada da China às compras após ficar um longo período sem comprar devido ao embargo dos embarques. “As exportações de carne bovina estão muito positivas neste momento e isso permite melhores preços do boi no mercado físico”, comentou. O valor da exportação ficou em US$ 889,4 milhões, contra US$ 463,4 milhões no mesmo mês de 2021. A média diária ficou em US$ 46,8 milhões, registrando um crescimento de 81,8%, frente ao observado no mês de fevereiro do ano passado, que ficou em US$ 25,7 milhões.
AGÊNCIA SAFRAS
Rebanho bovino de Rondônia ultrapassa 16,2 milhões de cabeças, aponta Idaron
A capital do estado, Porto Velho, é o município com maior desempenho na pecuária rondoniense, reunindo mais de 1,4 milhão de cabeças em 8,2 mil propriedades rurais; a predominância da região é a criação de gado de corte
O Estado de Rondônia continua batendo recordes na pecuária e, com o rebanho bovino ultrapassando as 16,2 milhões de cabeças, continua sendo o maior rebanho dentro das áreas brasileiras reconhecidas internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação. Dados registrados pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) apontam que o rebanho bovino de Rondônia possui 16.240.416 cabeças de gado. Atualmente, o Brasil tem o reconhecimento internacional de zonas livres de febre aftosa sem vacinação em sete estados. A área abrange Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso. O reconhecimento é conferido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Dentre os municípios, quatro detém o título de maiores produtores de gado: Porto Velho, Nova Mamoré, Buritis e Jaru. Porto Velho é o primeiro, com um rebanho superior a 1,47 milhão de cabeças, em mais de 8,2 mil propriedades rurais. A predominância da região é a criação de gado de corte. Nova Mamoré, o segundo maior produtor, tem 886,7 mil cabeças; Buritis, o terceiro, registrou 581,1 mil bovinos e Jaru possui um rebanho de mais de 567,2 mil cabeças. Atualmente, Rondônia exporta praticamente toda de sua produção com um efeito positivo de US$ 329 milhões na balança comercial do Estado.
Ascom Idaron / Governo de RO
ECONOMIA
Dólar à vista fecha em queda de 1,62%, a R$5,0268
O dólar fechou em firme queda contra o real na quinta-feira, com a moeda brasileira por mais um dia se beneficiando da demanda por ativos correlacionados a commodities, movimento que beneficiou divisas de perfil semelhante e por ora blindava o mercado de ações na B3
O dólar à vista fechou em baixa de 1,62%, a 5,0268 reais, bem perto da mínima do dia, de 5,0203 reais (-1,74%). Na máxima, a cotação registrou leve alta de 0,14%, a 5,1164 reais. A moeda norte-americana, assim, apagou muito dos ganhos contabilizados no fim da semana passada, quando a guerra na Ucrânia foi iniciada. O real teve neste pregão o segundo melhor desempenho entre as principais moedas globais, perdendo apenas para o vizinho peso colombiano, que no fim da tarde ganhava 2% ante o dólar.
REUTERS
Ibovespa não sai do lugar em nova sessão marcada por aversão ao risco
Em nova sessão marcada por uma fraqueza generalizada dos ativos de risco internacionais, com investidores monitorando o avanço do conflito entre Rússia e Ucrânia e mapeando os próximos passos do Federal Reserve no seu ciclo de aperto monetário, o Ibovespa acabou ficando próximo do zero a zero no final do dia
Após ajustes, o índice local terminou a sessão com queda de 0,01%, aos 115.165 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,53% e o Stoxx 600 tombou 2,01%. Durante a sessão, o Ibovespa oscilou entre os 115.010 pontos nas mínimas intradiárias e os 115.948 pontos nas máximas, tendo giro financeiro de R$ 25,2 bilhões ao final do dia. No oitavo dia da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Presidente russo, Vladimir Putin, disse a seu colega francês, Emmanuel Macron, que a “recusa de Kiev em aceitar as condições da Rússia” significa que ele continuará sua guerra na Ucrânia “até o fim”, informou um alto funcionário do governo da França, citada por jornais europeus. A fornecedora global de índices MSCI também anunciou que irá retirar a Rússia da composição de seu índice referencial de mercados emergentes, o que, para analistas, pode beneficiar o mercado local. Segundo estimativa do Itaú BBA, mantida a fatia de 9,33% da região no índice geral de emergentes, a América Latina poderia ter um fluxo de US$ 2,12 bilhões com a exclusão russa. Só para o Brasil, o fluxo seria de US$ 1,34 bilhão. Atualmente, a Rússia tem uma fatia de 1,47% no MSCI Emergentes, ante 4,97% do Brasil, 2,02% do México, 0,43% do Chile, 0,25% do Peru e 0,19% da Colômbia. A exclusão dos russos valerá a partir do próximo dia 9. Com a derrocada dos ativos russos nos últimos dias, a participação do país já vem caindo fortemente. Na última revisão trimestral, em 22 de fevereiro, a fatia russa era de 3,41%. “A exclusão da Rússia resultará em saídas de US$ 5,9 bilhões de investidores passivos e US$ 21,2 bilhões de investidores ativos. Normalmente, analisamos apenas os fluxos de investimentos passivos, pois eles devem seguir os pesos atuais do índice, enquanto os investimentos ativos não precisam – mas dado que a Rússia será praticamente removida do índice, acreditamos que é importante mostrar também os fluxos potenciais ativos”, diz o Itaú BBA. Ainda no vermelho, as ações de frigoríficos também caíam em bloco: Marfrig ON recuou 3,12%, BRF ON cedeu 3,03%, Minerva ON teve queda de 2,07% e JBS ON piorou 1,67%. Com a confirmação da remoção dos primeiros bancos russos do sistema global de pagamentos interbancários Swift, os frigoríficos de carne bovina que atuam no Paraguai entraram em acordo com importadores e suspenderam as exportações de carne bovina para a Rússia. Por meio da controlada Athena Foods, a brasileira Minerva lidera os embarques paraguaios da proteína.
VALOR ECONÔMICO
Brasil tem em fevereiro maior entrada líquida de capital em 3 anos, aponta BC
O Brasil registrou em fevereiro entrada líquida de capital de 6,340 bilhões de dólares, maior valor em três anos, com o desempenho na última semana puxado por uma forte recuperação do saldo do câmbio comercial, mostrou dados do Banco Central na quinta-feira
Apenas na semana passada houve ingresso líquido de 1,141 bilhão de dólares, depois do parco saldo de 123 milhões de dólares da semana anterior. O crescimento foi ditado pelo aumento a 2,451 bilhões de dólares no superávit do câmbio contratado comercial, ante resultado positivo de apenas 13 milhões de dólares da semana anterior. As exportações saltaram 88%, enquanto o câmbio contratado para importação subiu 30%. Ainda na semana passada, as operações financeiras registraram déficit de 1,310 bilhão de dólares (contra saldo de 110 milhões de dólares da semana anterior), com aumento de 30% no volume que deixou o país, acima da alta de 18% nos ingressos. A perda de vigor no fluxo financeiro é percebida também no cômputo do mês passado. Ainda houve superávit de 3,347 bilhões de dólares, mas abaixo do valor de 5,611 bilhões de dólares de janeiro. Já a contratação de câmbio comercial mostrou sobra de 2,993 bilhões de dólares, uma reviravolta ante o déficit de 4,118 bilhões de dólares em janeiro. O balanço de fevereiro foi o melhor desde fevereiro de 2019, quando houve superávit de 8,626 bilhões de dólares no fluxo cambial geral.
REUTERS
Brasil tem saldo comercial de US$4 bi em fevereiro, melhor resultado em cinco anos
A balança comercial brasileira registrou superávit de 4,050 bilhões de dólares em fevereiro, melhor resultado para o mês em cinco anos, informou o Ministério da Economia na quinta-feira
O resultado do mês veio 108,9% acima do observado em fevereiro de 2021, quando houve superávit comercial de 1,8 bilhão de dólares. O dado do mês passado é resultado de 22,913 bilhões de dólares em exportações, que subiram 32,6% na comparação com o ano anterior, e 18,864 bilhões de dólares em importações, com alta menos acentuada, de 22,9% na média diária. Os dois indicadores são os maiores para meses de fevereiro da série histórica iniciada em 1997. No mês, a variação dos volumes exportados e importados apresentaram diferença significativa. Enquanto a quantidade exportada subiu 22,6%, a importada caiu 2,5%. Em relação ao índice médio de preços, houve alta de 13,5% no valor dos produtos vendidos pelo Brasil ao exterior, na comparação com fevereiro de 2021, ao mesmo tempo em que o valor dos importados subiu 30,9%. No recorte por setor, o maior crescimento no mês foi observado na agropecuária, com alta de 114,2% na média diária das exportações. Houve crescimento de 29,0% nas vendas da indústria de transformação e de 3,7% na indústria extrativa. Em 2021, o Brasil teve um superávit comercial de 61,2 bilhões de dólares, maior valor da série histórica iniciada em 1989. Para este ano, segundo estimativa apresentada em janeiro, o governo projeta novo recorde, de 79,4 bilhões de dólares.
REUTERS
Índice de confiança do agro calculado por Fiesp e CropLife Brasil caiu no 4º tri de 2021
Problemas que se aprofundaram com a guerra já geravam preocupação no campo no fim do ano passado
A forte alta dos insumos e a piora das perspectivas para a economia brasileira determinaram a queda do Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro) calculado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela CropLife Brasil no quarto trimestre do ano passado, e a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia certamente tornaram o cenário ainda mais nebuloso no campo neste primeiro trimestre. Segundo dados divulgados na quinta-feira, o indicador fechou o período entre outubro de dezembro de 2021 em 109,6 pontos, 11,5 pontos abaixo do resultado do terceiro trimestre. A escala do IC Agro vai de zero a 200, e 100 é o ponto neutro. O resultado é dimensionado a partir de 1,5 mil entrevistas (645 válidas) com agricultores e pecuaristas de todo o país. Cerca de 50 indústrias também são ouvidas. O braço do indicador que mede especificamente a confiança das indústrias que atuam antes e depois da porteira atingiu 109,3 pontos no quarto trimestre, com baixa de 12,7 pontos ante o período anterior. Gargalos logísticos e alta de preços como petróleo e gás natural já eram apontados como pontos de preocupação, e nessas frentes a guerra na Ucrânia motivou flagrante piora no cenário. Já o índice que mede a confiança dos produtores agropecuários voltou a recuar, mas com mais força do que no terceiro trimestre de 2021. A retração entre outubro e dezembro foi de 9,8 pontos, para 110 pontos, pressionado pela piora do humor de agricultores e pecuaristas. Com os atuais riscos de escassez de fertilizantes e disparadas dos preços desses insumos, é de se esperar uma nova queda forte no primeiro trimestre deste ano. “Estamos diante de um cenário de grandes incertezas para os próximos meses, potencializado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Observamos os preços de um grupo de commodities agrícolas disparando desde a invasão da Ucrânia, o que pressiona os custos de produção da pecuária e das agroindústrias. Além disso, há muitas dúvidas quanto ao abastecimento de fertilizantes para a próxima safra 2022/23”, diz, em nota enviada ao Valor, Antonio Carlos Costa, Superintendente de Departamentos da Fiesp, incluindo o de Agronegócio, o de Relações Internacionais e Comércio Exterior e de Desenvolvimento Sustentável. “Nesse cenário, é esperado que a confiança do setor passe por muitas oscilações, sendo que, neste momento, a tendência é claramente de queda”, completa.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Exportações de carne suína encerram fevereiro com China retraída
A guerra entre Rússia e Ucrânia pode agravar ainda mais a situação do suinocultor brasileiro, elevando os custos de produção
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura em fevereiro (18 dias úteis) perderam para a movimentação de fevereiro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, fevereiro se configura como mais um mês muito fraco. “A China já vem retraindo e não é de hoje, e o Brasil é muito dependente dos chineses em matéria de carne suína. Essa cota de importação que a Rússia anunciou no ano passado pode não se concretizar devido ao que está acontecendo entre o país e a Ucrânia, e ainda pode piorar a situação dos custos de produção”, disse. A receita, US$ 137,9 milhões, representou 79,6% do montante obtido em todo fevereiro de 2021, com US$ 173,2 milhões. No volume embarcado, 64.061 toneladas, ele representa 89,6% em relação ao total exportado em fevereiro do ano passado, com 71.457,1 toneladas.
Em relação a janeiro deste ano, a receita foi 8,24% menor. No volume, 64.061 toneladas embarcadas em fevereiro são 5,5% menor que as 67.793 toneladas registradas em janeiro de 2022. A receita por média diária foi de US$ 7,2 milhões valor 24,6% menor do que fevereiro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve alta de 12,8%. Em toneladas por média diária, 3.371 toneladas, recuo de 15,1% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Quando comparado ao resultado no quesito da semana anterior, observa-se avanço de 13,77%. No preço pago por tonelada, US$ 2.152 neste fevereiro, ele é 11,2% inferior ao praticado em fevereiro passado. Frente a semana anterior, representa leve baixa de 0,8%.
AGÊNCIA SAFRAS
Suinocultura independente: preços em diferentes direções
Preços seguem caindo nas granjas e ainda há dificuldade em obter novos reajustes positivos
No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 24/02/2022 a 02/03/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 3,66%, fechando a semana em R$ 5,62. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente estabilidade, podendo ser cotado a R$ 5,94”, informou o Lapesui. Em São Paulo, de acordo com informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), o valor ficou estável em R$ 6,40/kg vivo. O Presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, aponta que a situação foi motivada pela falta de possibilidade de alta nos preços tanto para o abatido quanto para o vivo. “A expectativa é de novos realinhamentos para semana que vem”, disse. No mercado mineiro, o preço também se manteve estável pela terceira semana em R$ 6,10/kg vivo conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). “A queda de pesos nas granjas é visível e fruto do descompasso entre custos e preço de venda. A oferta continuará diminuindo e as expectativas se renovam para o início efetivo do mês que trará mais dinamismo ao mercado.”, disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade. Já em Santa Catarina, houve alta, saindo de R$ 5,65/kg vivo para R$ 5,75/kg vivo, conforme dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Losivanio de Lorenzi, Presidente da associação, afirma que “o relato dos produtores é de que alguns frigoríficos queriam aumentar o volume de compras, mas mantiveram abaixo porque o peso dos animais está abaixo do normal”, disse.
AGROLINK
Em fevereiro comercialização do suíno vivo apresentou pequena melhora
A comercialização do suíno vivo terminado alcançou leve recuperação mensal em fevereiro
Mesmo assim, seguiu bem abaixo do valor recebido no mesmo período do ano passado. Em fevereiro os suinocultores conseguiram comercializar seu produto por valor que mostrou aumento mensal de quase 4,2%, mas atingiu redução de 18,2% sobre o recebido em fevereiro do ano passado. O acumulado no primeiro bimestre atingiu preço médio de R$107,92, redução de 21,5% sobre o recebido no mesmo período do ano passado. Nos últimos doze meses – março de 2021 a fevereiro de 2022 – a cotação média atingiu R$127,95, apontando elevação de apenas 0,5% sobre o mesmo período imediatamente anterior.
AGROLINK
Receita com Embarques de carne de frango em fevereiro superam em 24% o total de fevereiro/21
O Brasil deve seguir se beneficiando da receptividade do produto no mercado externo devido aos surtos de influenza aviária dos Estados Unidos, Ásia e Europa
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura em fevereiro (18 dias úteis) superaram em 24% a receita obtida com o produto em fevereiro do ano passado. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, “a questão da influenza aviária (com surtos na Ásia, Europa e Estados Unidos) deve favorecer o Brasil. Entretanto, há uma preocupação com o aumento dos custos de produção da atividade no Brasil devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, mas acredito em uma recuperação, até pela questão do consumo interno e formação de receita, tem uma capacidade imensa de formar receita”, disse. A receita obtida, US$ 586,4 milhões, superou em 24% o montante obtido em todo fevereiro de 2021, que foi de US$ 472,7 milhões. No volume embarcado, 339.750 toneladas, ele foi 4,9% maior do que total exportado em fevereiro do ano passado, com 323.758 toneladas. Comparada a janeiro deste ano, a receita foi 7,6%a maior. A receita por média diária foi de US$ 30,8 milhões, valor 17,5% maior do que a de fevereiro de 2021. No comparativo com a semana anterior, avanço de 9,11%. Em toneladas por média diária, 17.881 toneladas, houve leve baixa de 0,6% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, acréscimo de 7,12%. No preço pago por tonelada, US$ 1.726 em fevereiro, ele é 18,2% superior ao praticado em fevereiro passado. Frente ao valor da semana anterior, avanço de 1,8%.
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