CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1592 DE 13 DE OUTUBRO DE 2021

clipping

Ano 7 | nº 1592 | 13 de outubro de 2021

 

NOTÍCIAS

Mercado do boi gordo: compradores ausentes em São Paulo

Com o feriado nacional na última terça-feira (12/10) e escalas já programadas para esta semana, o cenário foi de compradores ausentes no mercado na manhã da última segunda-feira (11/10)

Com isso, em São Paulo, os preços ficaram estáveis na comparação feita com o levantamento anterior, de sexta-feira (8/10). Segundo levantamento da Scot Consultoria, nas praças paulistas o boi, vaca e novilha gordos foram negociados, respectivamente, por R$280,00/@, R$265,00/@ e R$282,00/@, preços brutos e a prazo (11/10).

Scot Consultoria

Exportação de carne bovina em outubro é impactada por suspensão chinesa, diz Agrifatto

A média diária de exportações de carne bovina brasileira em outubro caiu nos primeiros seis dias úteis do mês, sofrendo impacto da suspensão das compras chinesas, segundo analistas da consultoria Agrifatto

“Com a interrupção das compras dos chineses, as exportações brasileiras de carne bovina começaram a sentir os reflexos de tal medida”, escreveram os consultores de mercado Yago Travagini e Stefan Podsclan em nota divulgada na segunda-feira (11). O Brasil embarcou 30,43 mil toneladas de carne bovina nos seis primeiros dias úteis de outubro, com uma média diária de 5,07 mil toneladas, queda de 37,65% ante a média de outubro de 2020. Em relação a setembro deste ano, a queda é de 43,05%. O preço médio da carne bovina exportada pelo Brasil nos primeiros seis dias úteis de outubro também caiu 7,77% em relação a setembro, segundo a Agrifatto. As exportações de carne bovina para a China foram suspensas no início de setembro, após a confirmação de dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) atípica no Brasil, seguindo o protocolo comercial entre os dois países. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou em meados de setembro queque não há previsão para a retomada das compras chinesas. Agentes de mercado e o setor de carnes esperavam que os chineses reabrissem o mercado mais rapidamente já que, em 2019, retomaram as compras em cerca de 13 dias após a ocorrência de um caso de EEB atípico no Brasil.

CARNETEC 

Boi: arroba fica estável, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, apesar de os frigoríficos ainda tentarem indicações de preços em patamares mais baixos, o mercado apresentou pouca alteração de preços 

O cenário segue igual desde a interrupção das exportações para a China e sem resposta do país asiático, a situação deve permanecer a mesma. Ou seja, com pressão de baixa para a arroba. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram comportamento misto e variaram entre ganhos e perdas ao longo da curva. O ajuste do vencimento para outubro passou de R$ 278,85 para R$ 277,90, do novembro foi de R$ 291,95 para R$ 288,75 e do dezembro foi de R$ 296,70 para R$ 298,80 por arroba.

AGÊNCIA SAFRAS 

Projeto de lei quer proibir exportação de gado vivo do Brasil

Presidente da Associação Brasileira de Angus diz que medida é um retrocesso e pode desestimular o produtor nacional

Projeto de lei em debate no Congresso Nacional está propondo a proibição das exportações de animais para abate. Se aprovada, a nova lei poderá impedir as vendas internacionais de gado vivo. Criadores de bovinos pedem a rejeição do projeto e o respeito à liberdade econômica. Para o Presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, “não tem sentido nenhum se falar em proibir exportação. É um retrocesso, atraso para qualquer nação. Para o Brasil não seria diferente. Seria deixar de trazer riqueza para o país. Somos frontalmente contra porque isso desestimularia o produtor a continuar produzir”. O projeto de lei que pretende proibir a exportação de animais vivos para abate teve origem em uma sugestão legislativa. Em 2018, uma cidadã protocolou a sugestão no Congresso Nacional e a proposta recebeu 20 mil assinaturas em apoio. No início deste ano, a comissão de direitos humanos e legislação participativa do Senado analisou a matéria relatada pelo senador Fabiano Contarato e autorizou a transformação da sugestão em projeto de lei. A matéria, agora, deverá ser analisada pelos senadores que fazem parte da comissão de agricultura e, em seguida, pelos membros da comissão de assuntos econômicos. Segundo o presidente da Associação Nacional de Criadores Herd-brok Collares, Ignácio Tellechea, a medida pretende baratear o preço da carne bovina no mercado interno. “Isso tende a ser um movimento orquestrado por agentes da cadeia que tem um interesse que os animais não saiam do país. Quando a gente consegue ter mais animais no mercado interno, o preço ao produtor tende a baixar justamente por ter mais oferta disponível. Isso facilita a vida da indústria frigorifica que consegue comprar animais mais baratos e, por usa vez, se aproveite deste movimento para exportar estes animais abatidos e ficar com todo o prêmio de exportação inicial da cadeia”, analisa.

CANAL RURAL

Com China ausente do mercado, valor da arroba do boi ainda sente pressão

Segundo a Safras, o mercado iniciou a semana de forma lenta, com a arroba do boi negociada a R$ 274 em São Paulo e tendência para nova queda

O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados na segunda-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os poucos frigoríficos que atuaram na compra de gado na véspera do feriado abriram indicação de preços em patamares mais baixos. “O dia foi marcado pela lentidão, com inexpressivo fluxo de negócios. De qualquer maneira, a perspectiva de queda das indicações permanece. A China ainda não respondeu aos esclarecimentos do Brasil sobre os casos de vaca louca registrados em setembro. Logo, o Brasil mantém o autoembargo às exportações de carne bovina para seu principal mercado”, salientou Iglesias. Do ponto de vista sanitário não há mais nada a fazer por parte das autoridades brasileiras. A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) já deu o caso como encerrado e manteve o status brasileiro como de risco insignificante para a propagação da doença. “Restam assim questões comerciais. É muito provável que a China busque reduzir preços das importações em um momento de forte queda dos preços em sua suinocultura”, disse o analista. Enquanto isso, os dados oficiais do governo brasileiro sobre as exportações de carne bovina começaram a refletir a ausência da China. Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 274 na modalidade à prazo, estável na comparação com a sexta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 255, inalterada. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 271, contra R$ 272. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 263, estável. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 275 a arroba, estáveis. A carne bovina registrou preços em baixa no mercado atacadista, pelo menos para a maior parte dos cortes.  Com isso, o quarto traseiro ainda esteve precificado a R$ 21 por quilo. O quarto dianteiro cedeu, e foi precificado a R$ 14,50 por quilo, queda de R$ 0,50. A ponta de agulha caiu e teve preço de R$ 14,00 por quilo, ante R$ 14,80 na sexta-feira.

AGENCIA SAFRAS

ECONOMIA

Dólar à vista fecha em alta de 0,42%, a R$5,5384

O dólar começou a semana em alta e renovando máximas em quase seis meses, firmemente acima de 5,50 reais

O dólar à vista subiu 0,42% na segunda-feira, a 5,5384 reais. É o maior valor para um encerramento desde 20 de abril passado, quando a moeda fechou a 5,5486 reais. O dólar terminou bem perto da máxima do dia, de 5,5404 reais (+0,45%). Na mínima, atingida ainda pela manhã, a cotação desceu a 5,4924 reais (-0,42%). Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento chegou a 5,5570 reais na máxima, antes de arrefecer os ganhos para 0,42%, a 5,5535 reais, às 17h07 (de Brasília). Lá fora, o índice do dólar frente a uma cesta de rivais ganhava 0,24%, saltando às máximas da sessão e se aproximando de picos em um ano vistos no fim de setembro.

REUTERS 

Ibovespa cai 0,58%

Ibovespa fechou no vermelho na segunda-feira, ofuscando os ganhos das ações de empresas de commodities

O Ibovespa teve queda de 0,58%, aos 112.180,48 pontos. O giro financeiro do dia, espremido entre o final de semana e um feriado nacional, somou apenas 27,7 bilhões de reais, também refletindo o movimento mais moderado em Wall Street devido ao Columbus Day, feriado bancário nos Estados Unidos. A China, que pela manhã enviou ventos positivos, com a escalada do minério de ferro impulsionando ações domésticas ligadas ao setor, voltou a assustar após a Evergrande se aproximar de um novo calote e as rivais Modern Land e Sinic também atrasarem pagamentos a investidores. As bolsas dos EUA perderam fôlego com agentes preferindo se proteger de possíveis surpresas negativas da temporada de balanços do terceiro trimestre, que começa nesta semana com JPMorgan, Bank of America, Morgan Stanley e Citigroup e Goldman Sachs. Essa influência setorial contaminou ações domésticas de bancos, empresas de pagamentos e da operadora de infraestrutura de mercado B3, movimento percebido pelo índice financeiro IFNC, que teve baixa de 2,6%. No plano doméstico, a pesquisa semanal do Banco Central com economistas trouxe outra rodada de piora das projeções para inflação e juros, o que Rafael Ribeiro, analista da Clear, classificou como “mais um Boletim Focus desanimador”.

REUTERS

Mercado passa a ver Selic a 8,75% em 2022 em meio a projeções mais altas para inflação, mostra Focus

O mercado voltou a elevar a expectativa para a taxa básica de juros no final de 2022, em meio a projeções cada vez mais altas para a inflação

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira mostrou que o mercado agora projeta a Selic a 8,75% ao final do próximo ano, de 8,50% antes. Para este ano permanece a estimativa de juros a 8,25%. Ao mesmo tempo, a projeção para a alta do IPCA em 2021 subiu pela 27ª vez seguida e já alcança 8,59% –bem acima do teto da meta–, 0,08 ponto percentual a mais do que na semana anterior. Para o ano que vem a conta também aumentou, em 0,03 ponto, a 4,17%, superando o centro do objetivo. O centro da meta oficial para a inflação em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento seguiu em 5,04% para 2021, mas para 2022 caiu a 1,54%, de 1,57%.

REUTERS

FMI eleva com força estimativa para inflação no Brasil em 2021 e vê crescimento mais fraco

A projeção do Fundo Monetário Internacional para a alta dos preços no Brasil este ano aumentou de forma expressiva, ao mesmo tempo em que o cenário para o crescimento piorou

O Fundo passou a estimar uma alta de 7,9% do IPCA para este ano, contra 4,5% em sua última projeção para a inflação, feita em abril. Ao mesmo tempo, aumentou a conta para 2022 a 4,0%, de 3,5% antes. Para este ano, a projeção supera o teto da meta de inflação oficial, mas para 2022 fica dentro da margem de tolerância –o centro da meta do Banco Central para a inflação em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Mesmo com o ajuste, o cenário do FMI para a inflação este ano ainda é bem mais fraco do que a taxa de 8,59% prevista pelo mercado no último relatório Focus do BC. Para 2022, o resultado esperado pelo Fundo também é menor, dado que os analistas no Focus calculam uma alta do IPCA de 4,17%. Por sua vez, o BC estima inflação de 8,5% ao final de 2021 e de 3,7% em 2022, enquanto o governo prevê altas do IPCA de 7,9% em 2021 e de 3,75% em 2022. “Olhando à frente, a inflação deve atingir o pico nos últimos meses de 2021, devendo retornar aos níveis pré-pandemia até meados de 2022 tanto para economias avançadas quanto países dos mercados emergentes, e com riscos voltados para cima”, disse o FMI no relatório Perspectiva Econômica Global. As projeções do FMI para a economia brasileira também pioraram. O crescimento do Produto Interno Bruto foi agora calculado em 5,2% este ano e em 1,5% em 2022, reduções respectivamente de 0,1 e 0,4 ponto percentual sobre a estimativa de julho, a última para o PIB. O cenário do FMI para o Brasil fica bem aquém daquele previsto para os Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, que inclui o Brasil –o grupo deve ter um crescimento de 6,4% este ano e 5,1% no próximo. Também é bem mais fraco do que as perspectivas para a América Latina e Caribe, de expansões de 6,3% e 3,0% respectivamente. O FMI ainda calculou que a taxa de desemprego brasileira ficará em 13,8% este ano e 13,1% em 2022.

REUTERS 

Risco Brasil tem alta de 24% no ano e reforça piora do cenário para investidores

Índices de incerteza aumentaram mais de 15 pontos em um mês e voltaram a pior momento da pandemia, aponta Ibre/FGV

“As incertezas, com a antecipação da eleição, fazem com que os prêmios de risco subam ainda mais e isso afeta toda a área de crédito e os empréstimos para pessoas e empresas”, avalia José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. A evolução do prêmio do risco medido pelo CDS (Credit Default Swap) do Brasil, por exemplo, é um dado que retrata como a imagem do país vem piorando. O CDS é uma espécie de seguro contra calote, então, ele funciona como um termômetro para medir como investidores avaliam um país. Quando ele sobe, aponta que a percepção de risco está aumentando e vice-versa. O CDS do Brasil, com prazo de cinco anos, oscilava ao redor de 207,5 pontos na segunda-feira (11), uma alta de aproximadamente 24% no acumulado de 2021, e de cerca de 13% ante a média histórica de 183,4 pontos, segundo dados da Bloomberg. “Esse cenário também traz mais volatilidade e impacta na redução de projetos para investimento. O número de empresas que deixam para depois de 2022 decisões mais significativas quanto a investimentos e aquisições não para de crescer”, acrescenta. Para o economista, as empresas estão “na defensiva” e adiam investimentos, ao considerarem que a crise política e os discursos do presidente contaminaram a economia. Representantes do setor empresarial falam que o momento demanda prudência. “Nós vivemos hoje um cenário de instabilidade, que faz com que a gente aja com mais cautela”, diz Daniella Guanabara, Diretora de Estratégia e Relações com Investidores da Aliansce Sonae. A empresa administra 39 shopping centers, entre eles Shopping West Plaza (SP), Boulevard Shopping Brasília (DF) e Shopping Leblon (RJ).
“Mas decisões sobre investimentos maiores, como a construção de um shopping novo, por exemplo, ficaram para depois do Natal”, diz.

FOLHA DE SP 

FRANGOS & SUÍNOS

Exportações de carne de frango aceleram neste início de outubro

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne de aves in natura nos primeiros seis dias úteis de outubro trouxeram bons resultados.

Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ritmo das exportações de frango engrenou muito bem, destacando que embarque halal está muito forte. “O Brasil tem uma proeminência muito forte nesse mercado (halal). Se mantiver esse ritmo, pode chegar a 450 mil de toneladas, o que seria um novo recorde para o setor”. A receita de frango em outubro, US$ 195.210, representa 49% do montante obtido em todo outubro de 2020, que foi de US$ 400.610,006. No volume embarcado, 111.172 toneladas ele é 37,6% do total exportado em outubro do ano passado, com 296.241 toneladas. Na média diária nos seis dias úteis de outubro, US$ 32.535 houve alta de 62,43% em relação a outubro do ano passado. Em comparação à semana anterior, alta de 1,8%. Em toneladas por média diária, 18.528, houve, avanço de 25,09% no comparativo. Comparado a semana anterior, alta de 0,04%. No preço pago por tonelada, US$ 1.755, ele foi 29,85% maior que o praticado em outubro do ano passado. Em relação à semana anterior, aumento de 1,8%.

AGÊNCIA SAFRAS

carne suína exportada registra menor preço na primeira semana de outubro

Mercado Chinês merece atenção porque reduziu volumes de compras de grandes players, como Estados Unidos e de países da União Europeia 

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, a exportação de carne suína in natura nos primeiros seis dias de outubro teve recuo nos preços pagos por tonelada de produto. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o foco de atenção neste caso é a China, que já reduziu o volume de compras junto aos Estados Unidos e países da União Europeia. “Por mais que a China reduza o número de matrizes, não quer dizer que a produção de carne vá cair imediatamente. Pode ser que a China mantenha uma boa relação com o Brasil, mas não no mesmo ritmo que 2020 e 2021; pode ser que compre a preços mais baixos”, explicou.  A receita obtida neste mês, US$ 59.5 milhões, representa 32% do montante obtido em todo outubro de 2020, com US$ 185 milhões. No volume embarcado, 25.686 toneladas ele é 33% do total exportado em outubro do ano passado, com 77.405 toneladas. Na média diária, a receita foi de US$ 9.930 valor 7,13% maior do que o de outubro de 2020. No comparativo com a semana anterior, houve queda de 13,9%. Em toneladas por média diária, 4.281 toneledas, alta de 10,61% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Em relação à semana anterior, recuo de 11,8%. No preço pago por tonelada, US$ 2.319, ele é 3,15% inferior ao praticado em outubro passado.

AGÊNCIA SAFRAS

Contratos futuros de suínos vivos da China aumentam com queda no estoque de matrizes e compras governamentais

Os contratos futuros de suínos vivos da China atingiram seu limite de alta de 8% na tarde de segunda-feira, acompanhando os preços à vista e ajudados pelos estoques do governo e queda no estoque de porcas

Os preços do suíno vivo na Bolsa de Commodities de Dalian subiram 8%, para 15.285 yuans (US$ 2.374,44) por tonelada – a maior alta em um mês. Os preços também marcaram seu ganho intradiário mais acentuado desde o lançamento do contrato em janeiro. “A força motriz veio principalmente do lado da oferta”, disse Rosa Wang, analista da Shanghai JC Intelligence Co Ltd, citando a diminuição do estoque de fêmeas como um fator. O rebanho de porcas da China diminuiu 0,9% em agosto em relação ao mês anterior, após uma queda de 0,5% em julho – a primeira queda em quase dois anos, de acordo com dados publicados pelo Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais. “As perdas estão se expandindo para as fazendas de suínos, já que os preços (anteriormente) caíram muito e até abaixo de 4 yuans por 500 gramas em algumas áreas”, disse Wang. Os preços à vista do suíno vivo nas províncias do norte, nordeste e centro da China, como Henan JCI-HOG-LUOHE, Shandong JCI-HOG-SHOUGN e Hubei JCI-HOG-NANZH aumentaram ou se mantiveram estáveis desde o final de setembro, após meses de queda. Analistas dizem que os estoques do governo de carne suína para reservas também sustentam os preços. O Ministério do Comércio da China anunciou na segunda-feira que comprou 30.000 toneladas de carne suína para reservas do estado em 10 de outubro, a última de uma série de compras. Seu planejador estadual também disse no mês passado que o volume total de compra de reservas aumentará significativamente, e que várias províncias já compraram carne suína para suas reservas, enquanto outras planejam comprar durante o quarto trimestre. “No curto prazo, a segunda rodada de compra de reservas definitivamente fornecerá suporte ao preço à vista”, disse Yuan Shiyang, analista da Haitong Futures.

REUTERS

Opção à carne bovina, ovos, frango e porco devem seguir com preços em alta

Aumentos da demanda e dos custos de produção elevam cotações das proteínas que têm substituído a de gado na mesa dos brasileiros

O brasileiro que deixou de consumir carne bovina por causa do preço elevado e migrou para proteínas mais baratas deverá ter uma infeliz surpresa nos próximos meses. O aumento da demanda por ovos e carnes de frango e suína e também o dos custos de produção tendem a impulsionar as cotações desses alimentos nos próximos meses. O Presidente do Grupo Mantiqueira, Leandro Pinto, estima que os preços dos ovos subirão de 15% a 20% nos próximos 12 meses. O executivo, que comanda a maior produtora de ovos da América do Sul, ressalta que os valores do milho e do farelo de soja subiram fortemente e criaram um quadro delicado para a cadeia produtiva. Segundo Juliana Ferraz, analista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), no caso das carnes suína e de frango, é difícil projetar os preços futuros porque o mercado é bastante dinâmico. Ela concorda, no entanto, que a tendência é de cotações elevadas, acima dos patamares de antes da pandemia. A carne bovina, por sua vez, poderá continuar a perder espaço no prato do brasileiro. No atacado paulista, os preços médios dos cortes do dianteiro bovino, como acém e cupim, subiram 82% entre setembro de 2019 e o mês passado, segundo a Scot Consultoria, enquanto a carne do quarto traseiro, como filé mignon e picanha, ficou 53% mais cara nesse intervalo. No varejo, os acréscimos foram de 59% e 32%, respectivamente, o que demonstra que os ajustes nas gôndolas foram limitados pela demanda mais fraca. Já no caso das carnes suína e de frango, a demanda está em expansão. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), neste ano, o consumo per capita desses itens deverá crescer 5% e 1,5% em relação ao ano passado, respectivamente. No mesmo período de comparação, os dados da Scot Consultoria apontam que a carcaça suína especial subiu 41% no atacado e o frango inteiro, 93%. Já no varejo, a cotação da proteína da ave avançou 80% e os cortes do suíno subiram de 36% a 67%. Juliana Ferraz, do Cepea, lembra que o ovo vem se tornando a principal opção de proteína para muitas famílias pobres.

VALOR ECONÔMICO 

Após dois anos, Brasil registra novo caso de peste suína clássica

Autoridades identificaram animal infectado em uma criação caseira no Ceará, Estado que não faz parte da zona livre da doença no país

O Brasil notificou a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) sobre um caso de peste suína clássica no país, o que não ocorria desde novembro de 2019. A doença foi diagnosticada no dia 14 de setembro em um animal de uma produção “de quintal” no Ceará. O exame foi feito pelo Laboratório Federal de Defensa Agropecuária de Minas Gerais. No comunicado à OIE, o governo brasileiro ressaltou que o Ceará não faz parte da zona livre de peste suína clássica do Brasil e que há restrições para a circulação de animais e produtos entre o Estado e áreas consideradas livres da doença. “As investigações ainda estão em andamento para identificar a origem e ligações epidemiológicas. As medidas de erradicação serão implementadas com abate dos animais existentes na propriedade e contatos dentro da mesma unidade epidemiológica”, disse o governo à OIE. A peste suína clássica é diferente da variante africana, doença que ressurgiu nas Américas em meados deste ano, em casos identificados na República Dominicana.

VALOR ECONÔMICO 

Carne suína ganha competitividade frente a concorrentes, diz Cepea

A carne suína registrou aumento de competitividade em relação às proteínas bovina e de frango em setembro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP

A carcaça suína teve queda de 1% no preço em setembro, ante agosto, enquanto a carne bovina caiu 0,2% e a de frango subiu 3,2%. “Esse movimento elevou a competitividade da carne suína no último mês, tendo em vista que os valores da proteína se distanciaram dos da carne de boi, mas se aproximaram das cotações do produto avícola”, disse o Cepea no Boletim do Suíno de setembro. A carcaça especial suína comercializada no atacado da Grande São Paulo esteve R$ 10,04/kg abaixo do valor da carcaça casada bovina em setembro, uma diferença de preços 0,7% maior que a observada em agosto e duas vezes a registrada em setembro do ano passado. A diferença de preço da carcaça suína em relação ao frango foi de R$ 1,74/kg, a menor desde abril de 2019, 17,1% abaixo do preço em agosto e 71,3% menor que o registrado em setembro do ano passado. Apesar da melhora na competitividade, o consumo interno de carne suína continuou enfraquecido, segundo o Cepea. A carcaça especial suína foi negociada a R$ 9,97/kg na Grande São Paulo, queda de 1% ante agosto e de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado, em termos nominais. A carcaça casada bovina fechou setembro com média de R$ 20,01/kg, 0,2% abaixo de agosto, mas 21,5% acima do verificado um ano antes. A cotação do frango resfriado teve alta de 3,2% em setembro, ante agosto, a R$ 8,23/kg, e de 45,9% ante o observado em setembro do ano passado.

CARNETEC 

INTERNACIONAL

Reino Unido sópoderá vender à China carne de animais de até 30 meses

Autoridades chinesas não informaram motivo da decisão, que está em vigor desde o dia 29 de setembro 

A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) informou no fim de semana que o Reino Unido só poderá exportar ao país carne bovina desossada congelada de animais que tinham até 30 meses de idade na hora do abate. As autoridades chinesas não informaram o motivo da decisão, que está em vigor desde o dia 29 de setembro. No último dia 17 de setembro, a Inglaterra identificou um caso de mal da “vaca louca”, doença que, em geral, é mais rara entre animais com menos de 30 meses de idade. O caso ocorreu em Somerset, a 220 quilômetro de Londres. O animal foi diagnosticado com a forma clássica da doença, que pode ser transmitida por ração contaminada. Essa variante é mais preocupante que a forma atípica, que se manifesta em animais mais velhos, segundo especialistas. As autoridades britânicas investigam o caso, já comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

VALOR ECONÔMICO 

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