CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1583 DE 29 DE SETEMBRO DE 2021

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Ano 7 | nº 1583 | 29 de setembro de 2021

 

NOTÍCIAS

Recuos nas cotações no mercado do boi gordo em São Paulo

Os frigoríficos abriram as compras na última terça-feira (28/9) derrubando a cotação

Em São Paulo, sem sinal de retorno das compras de carne bovina pelos chineses e com a oferta consistente de gado confinado, os frigoríficos abriram as compras na última terça-feira (28/9) derrubando a cotação em R$5,00/@ para o boi gordo e R$4,00/@ para vaca e novilha gordas, na comparação feita dia a dia. Assim, segundo levantamento da Scot Consultoria, o boi, a vaca e novilha gordos foram negociados, respectivamente, em R$297,00/@, R$277,00/@ e R$295,00/@, preços brutos e a prazo.

SCOT CONSULTORIA

Boi: custo de confinamento preocupa, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, com o embargo das exportações, os custos elevados de manutenção dos animais nos confinamentos preocupam cada vez mais os pecuaristas 

O indicador do Cepea caiu para R$ 294,70 por arroba e chegou ao menor patamar desde o dia 20 de janeiro, quando ficou cotado a R$ 294,60. Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram um dia misto, mas com as altas predominando. Apenas o contrato para novembro apresentou queda. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 298,70 para R$ 301,30, do outubro foi de R$ 297,20 para R$ 297,45 e do novembro foi de R$ 306,25 para R$ 305,15 por arroba.

AGÊNCIA SAFRAS

Ministério tenta reunião com China sobre embargo à carne bovina, mas não consegue

Exportações brasileiras estão suspensas desde 4 de setembro, por causa de casos atípicos de “vaca louca”

O Ministério da Agricultura informou ontem que solicitou uma reunião técnica com a China para discutir o embargo à exportação de carne bovina, mas que não conseguiu uma data para o encontro. Autoridades chinesas disseram à Pasta que estão analisando as informações enviadas, referentes aos dois casos atípicos do mal da “vaca louca” registrados em Minas Gerais e Mato Grosso. Por causa desses casos, no dia 4 de setembro o ministério anunciou a suspensão voluntária das exportações brasileiras de carne bovina à China, conforme previsto em acordo bilateral entre os países. Mas, mesmo após a confirmação de que se trataram de casos atípicos, que não representam risco sanitário, o embargo permanece. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) também deu parecer favorável à queda da barreira. O governo brasileiro reforça que o protocolo sanitário bilateral com a China precisa ser revisado. O governo brasileiro afirma que não é possível determinar quando os embarques serão retomados, pois a decisão cabe aos chineses. “Temos acompanhado de perto e com preocupação a situação dos frigoríficos”, diz, no documento. A China é o destino de cerca de 60% das exportações de carne bovina do Brasil.

VALOR ECONÔMICO

Mapa prorroga Reserva de Abate

O Ministério de Agricultura e Pecuária do Brasil (MAPA), prorrogou a “Reserva de Abate” por mais 30 dias. Produtores que haviam feito a solicitação em maio de 2021 e com vencimento em 16/09/2021

O caso atípico de vaca louca, ocorrido no início do mês de setembro, levou a China interromper as compras da carne bovina brasileira até o completo esclarecimento do fato. Isso para evitar qualquer possibilidade de contaminação através de exportação. Devido a isso muitos produtores não tiveram como abater os animais postergando o período que ultrapassou o prazo estabelecido pelo MAPA (16/09/2021). A “Reserva de Abate” consiste em manter animais sem a realização da vacinação contra a Febre Aftosa, porém, declarados junto à Agrodefesa, os quais deverão ser abatidos em até 90 dias pós-etapa. Assim, o produtor que optar pela reserva deve estar atento aos prazos legais para a declaração de rebanho e vacinação e ao término do prazo desse encaminhamento dos animais ao abate em estabelecimento sob inspeção oficial (SIM, SIE e SIF).

CNA

ECONOMIA

Dólar supera R$5,40 e já sobe 4,9% em setembro com exterior e riscos domésticos

O dólar fechou no maior patamar em quase cinco meses na terça-feira, ficando acima de 5,40 reais, após registrar a maior alta diária em quase três semanas, com uma onda de compras da moeda norte-americana lastreada num ambiente externo conturbado e em persistente cautela doméstica

Lá fora, temores de que a inflação mais alta antecipe aperto monetário nos Estados Unidos turbinou o dólar a uma máxima em mais de dez meses. Preocupações com a economia da China –maior parceiro comercial do Brasil– também pesaram. Aqui, novos comentários sobre a política de preços da Petrobras e incertezas sobre a ortodoxia fiscal do governo nos esforços para colocar em prática um Bolsa Família vitaminado mantiveram a confiança em xeque, além de preocupação com os rumos da inflação apesar de uma política monetária já mais apertada. Cada vez mais analistas questionam a má performance da taxa de câmbio a despeito de a Selic ter mais do que triplicado de março para cá e de números de conta corrente e balança comercial ainda bastante benignos. Os debates apontam que o medo de aventuras nas contas públicas segue como grande obstáculo a um desempenho melhor do real. Faltando duas sessões para o fim de setembro, o dólar acumula alta mensal de 4,92%, a mais forte desde janeiro (+5,53%). O real é o vice lanterna no mundo no período, à frente apenas da lira turca, que perde 6,3%. “Vai se confirmando o cenário pessimista. PIB estagnado no segundo semestre e crescimento pífio em 2022, com inflação resistindo à política monetária (mas uma hora cederá), dívida pública voltando a subir na esteira dos juros e medidas ruins: PLN 12, precatórios e reforma do IR”, comentou no Twitter Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI). O dólar à vista fechou em alta de 0,89%, a 5,427 reais –valor mais alto desde 4 de maio (5,4322 reais) e mais intenso ganho percentual desde 8 de setembro (+2,84%). No exterior, o índice do dólar frente a uma cesta de rivais subia 0,33% no fim da tarde, para máximas desde novembro de 2020.

REUTERS 

Riscos de desaceleração global e de populismo doméstico crescem e derrubam Ibovespa

A BRF resistiu à avalanche de vendas de ações e subiu 1%, assim como MARFRIG com ganho de 0,25%, ainda na esteira da decisão da semana passada do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que aprovou sem restrições a compra de ações da BRF pela Marfrig

O principal índice brasileiro de ações teve forte queda nesta terça-feira, acompanhando um pessimismo generalizado nas bolsas no mundo todo com a multiplicação dos riscos à recuperação da economia global, enquanto no Brasil cresce o temor de que esse quadro seja combatido com medidas populistas. Com queda de 3,05%, o Ibovespa fechou o dia em 110.123,85 pontos, reaproximando-se das mínimas em 2021, abalado sobretudo por ações de empresas ligadas a consumo, justamente as que chegaram a liderar os ganhos dos índices nos últimos meses. O giro financeiro da sessão, de 36,25 bilhões de reais, acima da média dos últimos dias, deixou claro que o investidor está mais confiante para vender ações.

REUTERS 

Confiança da indústria no Brasil cai pelo 2° mês consecutivo em setembro, diz FGV

A pressão inflacionária e incertezas em várias frentes levaram a confiança da indústria no Brasil a cair pelo segundo mês consecutivo em setembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira.

Neste mês, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) cedeu 0,6 ponto, a 106,4 pontos, dando sequência à queda registrada em agosto depois de subir pelos quatro meses anteriores. “As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais”, disse em nota a economista da FGV IBRE, Claudia Perdigão. “Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica, que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano”, acrescentou. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, recuou 0,2 ponto em setembro, a 109,2 pontos, mínima desde agosto de 2020 (98,7). Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 1,0 ponto, para 103,6, menor patamar desde maio deste ano (99,0). Dados do IBGE divulgados no início de setembro mostraram que a produção industrial brasileira registrou retração de 1,3% em julho na comparação com o mês anterior, pior resultado para o mês desde 2015, iniciando o terceiro trimestre mais de 2% abaixo do nível pré-pandemia.

REUTERS

EMPRESAS

Marfrig entrega frigorífico arrendado em Ji Paraná (RO)

Contrato venceu e os proprietários pediram a unidade de volta

A Marfrig deixou de abater em Ji Paraná (RO). O frigorífico que a companhia mantinha no município era arrendado e foi devolvido ontem aos proprietários. Em nota, a companhia informou que o contrato de arrendamento venceu e os donos pediram a unidade de volta. De acordo com a Marfrig, o frigorífico de Chupinguaia (RO) deve absorver a demanda da unidade de Ji Paraná. Do ponto de vista fabril, o frigorífico devolvido aos proprietários era o único ineficiente da companhia, disse uma fonte. A planta de Ji Paraná não possui habilitação para exportar à China e está localizada numa região de gado leiteiro de menor qualidade, o que reduz a atratividade para o abate. Abaixo, a nota da Marfrig, na íntegra: “A Marfrig informa que encerra hoje (27), as suas atividades no município de Ji-Paraná, em Rondônia. O prazo do contrato de arrendamento terminou, os proprietários solicitaram a entrega da unidade e a empresa está efetuando a devolução na forma do contrato. As demais unidades industriais da Marfrig, em especial a unidade de Chupinguaia (RO), absorverão o volume abatido e processado para abastecer os mercados conforme necessário.”

VALOR ECONÔMICO 

JBS: É possível produzir mais e ao mesmo tempo reduzir impacto ambiental, diz CEO

Para isso, uma das soluções é integrar a lavoura, a pecuária e a floresta, modelo que é praticado atualmente em algumas propriedades

O Presidente global da JBS, Gilberto Tomazoni, saiu em defesa de uma proatividade do setor agropecuário do país na direção de uma produção de alimentos mais eficiente e, ao mesmo tempo, menos prejudicial ao meio ambiente. “É possível produzir mais e ao mesmo tempo reduzir impacto ambiental. Agricultura é parte central da solução. Temos de promover uma transformação no setor agropecuário no uso da terra”, disse o executivo, durante abertura do 10º Congresso Sustentável de 2021 – Brasil 2050: negócios regenerativos, inclusivos e resilientes. Segundo o executivo, o mundo está enfrentando dois desafios que acabam conversando entre si: a necessidade de trazer segurança alimentar ao mundo, cuja população está em crescimento, e de caminhar para uma economia de baixa emissão de carbono. “Teremos 10 bilhões de pessoas no mundo em 2050. Será necessário 60% mais produção de proteína para alimentar essa população. E também temos o aquecimento global. Precisamos caminhar para uma economia de baixo carbono”, ponderou o executivo, defendendo que este debate não seria uma questão do futuro, mas do presente. Uma das soluções apresentadas pelo executivo para o tema é a integração entre lavoura, pecuária e floresta que é praticada hoje em algumas propriedades. “Eles conseguem produzir 40% mais alimento”, disse. Tomazoni ponderou que essa solução precisa ganhar escala, sobretudo entre os pequenos produtores. Do ponto de vista da JBS, o grupo tem aportado recursos para incentivar uma produção mais sustentável de alimentos. “A nossa escala nos leva a responsabilidade de induzir o setor com nossa cadeia de valor. Por isso nós fizemos compromisso em ser net zero (de emissão de carbono) em 2040”. O grupo ainda vai investir US$ 1 bilhão na próxima década para aumentar a sustentabilidade das suas operações, assim como US$ 100 milhões em pesquisa e desenvolvimento para ajudar agricultores ao redor do mundo.

VALOR ECONÔMICO 

CURSOS & PALESTRAS

FOOD INDUSTRY WEEK – O Futuro das indústrias de alimentos, proteína, bebidas e embalagens 

🗓 Os profissionais e empresas do setor já tem data marcada para se encontrarem: de 04 a 08 de outubro de 2021.

Confira a nossa programação e se prepare! Vamos ter 05 trilhas de conteúdos sobre os principais temas do futuro das indústrias:

🔹 04/10 – Futuro 4.0

🔹 05/10 – Futuro Digital

🔹 06/10 – Futuro Inovador

🔹 07/10 – Futuro da Embalagem

🔹 08/10 – Futuro Sustentável

👉🏾 Participe! O evento é 100% online e gratuito!

💻 Confira a programação completa no site e se inscreva:

INFORMA.COM 

FRANGOS & SUÍNOS

BRF recebe habilitações para exportar miúdos de suínos para Singapura

A BRF acaba de receber habilitações para exportar miúdos de suínos para Singapura, a partir das unidades de Campos Novos (SC) e Toledo (PR). Com estas liberações, a Companhia reforça as ações estratégicas para ampliar a sua participação no mercado asiático

“O consumo de proteína animal em Singapura e demais mercados do sudeste da Ásia tem crescido em ritmo mais forte. Por isso, as habilitações das nossas unidades são um passo estratégico importante que permitirão diversificar nosso portfólio de produtos exportados”, destaca o Gerente Executivo de Relações Institucionais da Companhia, Luiz Tavares. “Singapura é um dos principais destinos da BRF na Ásia junto com a China, Japão, Vietnã e Coreia do Sul”. A planta de Campos Novos, em 10 anos, conta com o maior número de habilitações para a venda de produtos suínos e se consolidou como uma das principais unidades que abastecem o mercado externo. Entre os países estão: África do Sul, Argentina, Chile, Cingapura, Coreia do Sul, Haiti, Japão, Rússia, Ucrânia e Uruguai. Hong Kong, o território autônomo no sudeste da China, também consome cortes da BRF. Campos Novos é a única unidade da BRF habilitada a exportar para a Coreia do Sul. Já a planta em Toledo conta com linhas de produção de aves, suínos e itens de alto valor agregado, que são destinados ao mercado interno e para países da Ásia, América Latina e África. Além de aves e suínos in natura, a unidade também produz linguiça, presunto e empanados.

BRF 

Suinocultura: Redução de ICMS para venda interestadual está em análise e região SUL pode ter alíquota única

As vendas interestaduais de suínos oriundos do Paraná e demais estados da região Sul poderão ter redução de 50% na pauta de ICMS, que passaria dos atuais 12% para 6%

Os governos estaduais da Região Sul analisam a medida e o que ela representaria como renúncia fiscal, uma vez aplicada sobre a comercialização interestadual de suínos vivos a partir dos estados do Sul, para São Paulo, por exemplo, onde o valor pago ao produtor é mais atraente, porém, com a incidência de impostos, se elimina a chance de margem aos suinocultores que operam no mercado independente. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) já estaria deliberando pela redução na base de cálculo de 50% no valor da operação realizada pelo produtor rural na venda interestadual de suínos vivos, sendo que no caso do Paraná, a Secretaria da Fazenda foi acionada ainda no final do mês de julho, pela Secretaria de Agricultura, que solicitou apoio para comercialização de carne suína com alíquotas de ICMS. Com a redução da pauta de ICMS para vendas fora do estado, de maneira equivalente entre os estados do Sul, ou seja, com alíquota única no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, seria possível o escoamento da produção entre os estados, com animais oriundos da maior região produtora de suínos no Brasil, composta pelos três estados do Sul, sendo que a adoção de uma alíquota única também promoveria uma integração regional.

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