Ano 6 | nº 1388| 23 de dezembro de 2020
NOTÍCIAS
Boi gordo: suporte nos preços da arroba
A queda da cotação da arroba do boi gordo observada até 18 de dezembro parece ter encontrado seu ponto de suporte. A oferta de boiadas é o principal vetor de suporte desses patamares
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última quarta-feira (22/12), em São Paulo, o boi gordo ficou cotado em R$260,00/@, preço bruto e a prazo, preço estável comparado a ontem.
Para as fêmeas, os preços negociados para a novilha gorda para abate recuaram no comparativo diário. Para a categoria, os negócios ocorrem em R$250,00/@, preço bruto e à vista, R$249,50/@, com desconto do Senar e R$246,50/@, descontado Senar e Funrural.
SCOT CONSULTORIA
Boi gordo: dificuldade na oferta e preços mais altos em São Paulo
Com alguns pecuaristas fora do mercado, frigoríficos podem encontrar dificuldades em suas escalas para os primeiros dias de 2021
O mercado físico de boi gordo teve mais um dia travado de negócios na terça-feira, 22. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, a oferta de animais terminados continua encolhendo, com pecuaristas adotando uma postura retraída nas negociações e com alguns já fora de mercado devido ao feriado de Natal, o que impõe dificuldade para os frigoríficos avançarem suas escalas para os primeiros dias úteis de 2021. Em São Paulo registro de negócios pontuais entre R$ 265/270 dependendo do prazo de pagamento, dado essa dificuldade na oferta. “A tendência é de um mercado arrastado e difícil na logística neste fechamento de mês. Um ponto a se considerar é que o boi de pasto deve atrasar nos primeiros meses de 2021 por conta da seca registrada em grande parte do país nos últimos meses, fator que pode trazer alguma tensão ao mercado”, diz o analista. “Por outro lado, vale prestar aos dados de exportação nas próximas semanas, avaliando o declínio dos números de dezembro, possivelmente pelo menor ímpeto da China nas compras neste momento. Esse movimento pode ser pontual, considerando que o país asiático ainda sofre com uma grande lacuna de oferta em relação a proteínas de origem animal, de qualquer modo os dados merecem atenção”, observa Maia. No estado de São Paulo, o mercado encontra dificuldades em relação à oferta, com os pecuaristas saindo do mercado devido ao período de festividades. Houve relatos de negócios pontuais entre R$ 265/270 dependendo do prazo. Para animais destinados ao mercado chinês, a indicação de comprador entre R$ 259/261 à vista e R$ 265/266 a prazo. Para animais destinados ao mercado doméstico, a indicação de comprador foi de R$ 250 a prazo. Em Minas Gerais, preços acomodados. Na região de Uberlândia, o preço ficou em R$ 254 à vista. Em Goiânia, os valores foram de R$ 245 à vista e a R$ 247 a prazo. No Mato Grosso do Sul, os preços ficaram firmes no dia. Em Campo Grande, a indicação de comprador foi de R$ 244 a prazo e em Dourados a arroba a R$ 244 a prazo. No Mato Grosso preços sem alterações no dia. Em Cuiabá, o valor indicado foi de R$ 243 a prazo. Em Vila Rica, o preço foi de R$ 242 a prazo. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Conforme Maia, a expectativa é por reajustes no curto prazo, mesmo que de maneira tímida, considerando a sinalização de avanço na demanda pelos cortes nobres para o período de festas. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 19,10 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 14,40 o quilo, assim como a ponta de agulha.
AGÊNCIA SAFRAS
Queda nas exportações brasileiras de carne bovina em dezembro
Até a terceira semana de dezembro, o Brasil exportou 91,77 mil toneladas de carne bovina in natura, com um faturamento de US$ 411,21 milhões (Secex)
A média diária embarcada foi de 6,55 mil toneladas. Os embarques e o faturamento, considerando a média diária, caíram 7,5% e 17,1%, respectivamente, em comparação a dezembro de 2019 (Secex).
SCOT CONSULTORIA
ECONOMIA
Dólar engata 3ª alta seguida puxado por exterior
O dólar emendou a terceira alta consecutiva e fechou no maior patamar em quase duas semanas frente ao real na terça-feira, alavancado pelo rali da moeda norte-americana no exterior, num dia mais negativo para ativos de risco em geral diante de preocupações com a Covid-19
O dólar à vista subiu 0,79%, a 5,1639 reais na venda, maior patamar desde 9 de dezembro (5,1737 reais). A série de três altas –na qual acumulou ganho de 1,69%– não era vista desde as também três valorizações seguidas entre 10 e 12 de novembro. No exterior, o índice do dólar saltava 0,6%, com a moeda em alta frente a 26 de seus 33 principais pares. “Você só pode ler parte da reação do preço, mas uma coisa é óbvia: o dólar norte-americano ganhou um impulso”, disse o DailyForex em nota. “A libra esterlina sofria drásticas vendas, mas isso tem um certo ‘efeito cascata’ em vários pares”, disseram. A libra caía 0,9% nesta sessão, pior desempenho entre as moedas do G4, que inclui ainda dólar, euro e iene. Pares emergentes do real, como peso mexicano (-1,1%), peso colombiano (-1%) e rand sul-africano (-0,5%), também recuavam. Os mercados de câmbio no mundo tinham menor volume de negócios nesta terça, já em antecipação ao Natal, e isso se estendeu às operações domésticas. Pouco mais de 191 mil contratos haviam sido negociados no mercado de dólar futuro nesta sessão, 30% abaixo da média dos 30 pregões anteriores. A queda no giro deixa os negócios mais vulneráveis a oscilações bruscas, aumentando chances de maior volatilidade. A volatilidade implícita nas opções de dólar/real de três meses estava em 17,85%, a segunda maior entre as principais moedas emergentes e um pouco abaixo da medida para a lira turca (18,53%).
REUTERS
Ibovespa sobe 0,7% em sessão volátil e de baixo volume
As processadoras de carne também tiveram bom desempenho, com MINERVA ON avançando 4,1%, BRF ON fechando em alta de 1,88, enquanto MARFRIG ON e JBS ON avançaram 3,47% e 3,57%, respectivamente
O índice de referência da Bovespa avançou na terça-feira, em dia de volume de negócios reduzido, enquanto os mercados globais tiveram um dia volátil em meio a temores com o recrudescimento da pandemia de Covid-19. O Ibovespa subiu 0,7%, a 116.636 pontos, recuperando-se parcialmente do tombo de 1,86% registrado na véspera. O giro financeiro somou 22,7% bilhões de reais, bem abaixo da média de dezembro de 38,84 bilhões. Após abalar mercados na segunda-feira, notícias sobre uma nova variante do coronavírus no Reino Unido seguiu como motivo de cautela. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que ainda não há informação suficiente para determinar se a nova variante afetará a eficácia das vacinas. O Ibovespa chegou a operar no vermelho após o anúncio de proibição de funcionamento de comércio não essencial entre 25 e 27 de dezembro e entre 1 e 3 de janeiro no Estado de São Paulo para conter o avanço do vírus. Para Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, as medidas terão impacto nas ações de companhias do setor de shoppings, vestuário e algumas empresas de varejo. No plano nacional, o Ministério da Economia indicou que medidas de enfrentamento à pandemia terão impacto primário de 620,5 bilhões de reais, sendo que 5,1% disso afetarão o resultado primário de 2021. Enquanto isso, o fluxo estrangeiro na bolsa seguiu mostrando captação líquida. Em dezembro até dia 18, o saldo de capital externo ficou positivo em 14,7 bilhões de reais, de acordo com dados disponibilizados pela B3 nesta terça-feira. No entanto, em 2020, a saída líquida de estrangeiros do segmento Bovespa ainda é de 36,85 bilhões de reais.
REUTERS
IPCA-15 indica inflação acima da meta em 2020; nível é mais alto em 4 anos
Os alimentos mantiveram a prévia da inflação brasileira sob forte pressão em dezembro, indicando que a alta dos preços encerrará o ano pouco acima do centro da meta do governo e com a taxa acumulada mais elevada em quatro anos
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou a alta a 1,06% em dezembro, de 0,81% em novembro, no resultado mensal mais alto desde junho de 2018 (1,11%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira. Com isso, o índice acumulou nos 12 meses até dezembro avanço de 4,23%, de 4,22% em novembro. O resultado fica pouco acima do centro da meta para este ano, que é de 4% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA. Além disso, a taxa acumulada no ano é a mais alta desde 2016, quando foi de 6,58%, e ficou bem acima do aumento de 3,91% do IPCA-15 verificado em 2019. Em dezembro, o IPCA-15 mostra que a maior variação e maior impacto ficaram, novamente, com o grupo Alimentação e bebidas, com alta no mês de 2%, embora tenha desacelerado de 2,16% em novembro. A alta foi impulsionada pelo aumento dos alimentos para consumo no domicílio (2,57%), com destaque para carnes (5,53%), arroz (4,96%) e frutas (3,62%). O grupo foi o que mais subiu em 2020, acumulando em 12 meses alta de 14,36%, a maior para um ano desde 2002, quando subiu 18,11%. Também se destacou em dezembro o avanço de 1,50% do grupo Habitação, depois de alta de 0,34% no mês anterior, com a energia elétrica disparando 4,08% devido ao retorno da bandeira vermelha patamar 2. Apenas Vestuário apresentou queda dos preços em dezembro, de 0,44%, depois de alta de 0,96% em novembro, com recuo nos preços das roupas masculinas (-0,99%), femininas (-0,60%) e infantis (-0,03%).
REUTERS
EMPRESAS
Expansão para EUA e UE reduzirá risco geopolítico na BRF
Companhia prevê investimento de R$ 55 bi até 2030, diluindo o peso dos países do Oriente Médio
Na dona da Sadia, uma ousada estratégia levada recentemente ao mercado pretende triplicar o tamanho da empresa liderada por Pedro Parente e, não por coincidência, reduzir a exposição aos riscos do mercado saudita. Ao Valor, Parente ressalta que, para chegar a uma receita líquida superior a R$ 100 bilhões e, mais importante, com maior retorno sobre o capital investido, a BRF vai investir R$ 55 bilhões e voltar a ter ambições globais. Desta vez, ao invés de só exportar commodity e de se concentrar na disputa das arábias, a ideia é chegar aos mercados maduros – Estados Unidos e Europa – e explorar as vendas de alimentos processados e de maior margem. “Continuamos sendo muito bem sucedidos no mercado halal, onde temos dominância muito grande e marcas estabelecidas. Mas é verdade também que esses mercados, especialmente pela preocupação com segurança alimentar, às vezes trazem riscos de natureza geopolítica que não temos controle”, diz Parente. “Por que essa lógica de buscar América do Norte e Europa? É que lá estão os grandes mercados, que consomem a maior parte dos alimentos, e tem um aspecto importante, que é uma redução de riscos geopolíticos, balanceando a nossa equação de riscos”, explica. Se na década de 1970 a Sadia desbravou o Oriente Médio, encontrando uma mina de ouro para os exportadores de aves do Brasil, nos últimos anos o metal perdeu o brilho. Para estimular a produção local, os sauditas quadruplicaram o imposto de importação do frango, aumentaram exigências sanitárias e embargaram diversos abatedouros. Na condição de líder do mercado do Oriente Médio, a BRF foi a companhia mais atingida pela visão do príncipe. No ano passado, os sauditas interromperam as compras da mega fábrica de alimentos processados que a empresa brasileira possui nos Emirados Árabes Unidos. Até hoje, a fábrica dos Emirados não pode vender aos sauditas – a BRF teve que comprar uma fábrica local para manter as vendas. Isso tem menor importância num momento em que a China supre, com sobra, a demanda externa que a BRF precisa. Atualmente, o país asiático é a principal mola propulsora do mercado mundial de proteína animal e, como não poderia deixar de ser, também da BRF. Para analistas do mercado, a retomada chinesa reduzirá o espaço para a proteína brasileira em três anos. Mas sua pretensão de reconquistar o Velho Mundo e triplicar resultados esbarra no ceticismo dos analistas, que consideraram o plano excessivamente otimista. Parente sustenta que os executivos do grupo merecem o benefício da dúvida. Afinal, a primeira promessa apresentada em 2018, em meio ao desastre financeiro e operacional da companhia, foi cumprida. A BRF reduziu as dívidas e recuperou a rentabilidade. A empresa vale somente R$ 18 bilhões na bolsa, desvalorização de 37% no acumulado do ano. Em seu auge, a dona de Sadia e Perdigão chegou a valer mais de R$ 60 bilhões.
VALOR ECONÔMICO
Minerva Foods aprova distribuição de juros sobre capital próprio
Em reunião do Conselho de Administração, empresa aprova o pagamento sobre o montante de R$ 22,4 milhões relativo ao período de outubro a dezembro de 2020
A Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, informou na terça-feira (22) que aprovou, em reunião do Conselho de Administração, o pagamento de juros sobre capital próprio relativos ao período de outubro a dezembro de 2020. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia informou que o pagamento será feito sobre o montante de R$ 22,4 milhões, o que corresponde a R$ 0,0427347495 por ação.
VALOR ECONÔMICO
Frigorífico da Seara no RS terá de realizar testagem em massa
O frigorífico da Seara Alimentos em Seberi (RS), da JBS, terá de realizar testes para covid-19 em todos os seus empregados, conforme decisão de uma juíza da Vara do Trabalho de Frederico Westphalen no sábado (19)
A decisão atende a pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Rio Grande do Sul após o aumento no número de casos de covid entre os funcionários e no município, segundo nota divulgada pelo MPT na segunda-feira (21). “Cabe aqui registrar que em situações de pandemia relativamente controlada já indeferi a testagem em massa por ser onerosa ao empregador e até mesmo controversa quanto ao fim que se pretende. Contudo, diante do novo cenário de agravamento da epidemia, qualquer medida que vise preservar vidas, aliviar o sistema de saúde e permitir a continuidade da prestação de serviços deve ser considerada”, disse a juíza Aline Rebelo Duarte Schuck na decisão. Foram identificados 62 casos de covid-19 na unidade pelo teste RT-PCR em dezembro, segundo o MPT. Outros 51 casos aguardavam resultado após testagem parcial. O MPT entrou com ação civil pública na justiça contra a companhia após o recebimento de denúncias sobre potenciais irregularidades relacionadas às medidas de prevenção do coronavírus, entre as quais empregados sintomáticos que continuaram trabalhando, determinação de afastamentos por períodos inferiores a 14 dias em 43 casos, entre outras.
CARNETEC
FRANGOS & SUÍNOS
Aves: uma tempestade perfeita no 1º semestre e recuperação inicial no 2º semestre de 2021, por Rabobank
Após a grande interrupção causada pela Covid-19 em 2020, a indústria avícola enfrentará desafios adicionais em 2021, especialmente no primeiro semestre, de acordo com o Rabobank
A Covid-19 colocará pressão contínua sobre os serviços de alimentação e o comércio, e o consequente crescimento econômico lento levará a condições de mercado mais direcionadas aos preços. Como os fundamentos do mercado parecem desafiadores para 2021, a indústria avícola deve se preparar para um ano difícil. “Olhando para o futuro, vemos quatro desafios principais para a indústria avícola global: impactos contínuos da Covid-19 nos mercados, preços altos e voláteis das rações, recuperação da peste suína africana na China e crise da gripe aviária no hemisfério norte”, de acordo com Nan-Dirk Mulder, Analista Sênior da área de proteína animal do Rabobank. Os fatores perturbadores que afetam os mercados globais de aves em 2021 exigirão que os comerciantes se concentrem novamente. A queda na demanda na China e no Vietnã levará os traders a encontrar outros mercados, o que deprimirá os mercados globais no primeiro semestre. No segundo semestre, um controle mais forte sobre a disseminação da Covid-19 deve levar a uma recuperação gradual dos mercados de serviços de alimentação. Isso ajudará muito os comerciantes globais. Mas antes que a recuperação ocorra, grandes níveis de estoque precisam ser resolvidos. As difíceis condições econômicas em curso desafiarão todas as empresas avícolas e exigirão uma estratégia de fornecimento muito disciplinada e um forte foco na aquisição e controle de custos.
Rabobank
Suínos: cotações melhoraram na terça-feira (22) com proximidade das festas
Na terça-feira (22) as cotações no mercado de suínos começaram a ter ganhos após semanas de quedas
De acordo com análise do Cepea/Esalq, as recentes reações nos preços têm recuperado o otimismo de alguns produtores, que, agora, voltam a aguardar maior liquidez nestas últimas semanas do ano, fundamentados também no típico aquecimento das vendas nesse período. Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo, a arroba do suíno CIF teve aumento de, pelo menos, 1,60%, cotada em R$ 127,00/R$ 135,00, enquanto a carcaça especial valorizou 4,81%/4,67%, chegando em R$ 10,90/R$ 11,20 o quilo. No caso do animal vivo, conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21), o preço ficou estável apenas em Minas Gerais, R$ 7,49/kg. Houve alta de 3,67% em São Paulo, subindo para R$ 7,07/kg, avanço de 2,18/kg no Rio Grande do Sul, com preço de R$ 2,18/kg, aumento de 1,39% em Santa Catarina, atingindo R$ 7,27/kg, e de 1,05% no Paraná, fechando em R$ 6,76/kg.
Scot Consultoria
Frango: cotações estáveis na terça-feira (22)
De acordo com análise do Cepea/Esalq, o enfraquecimento da demanda por carne de frango, tanto interna quanto externa, tem feito com que as cotações do setor recuem de forma generalizada
Muitos avicultores negociam seus lotes a preços menores, no intuito de garantir as vendas e evitar o aumento dos estoques. Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, o preço da ave na granja ficou estável em R$ 4,30/kg, enquanto o frango no atacado teve queda de 3,85%, atingindo R$ 5,40/kg. No caso da ave viva, as principais praças produtoras não tiveram mudança de preços, ficando os preços fixados em R$ 3,94 em são Paulo, R$ 4,63/kg no Paraná e R$ 2,89/kg em Santa Catarina. Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à segunda-feira (21)o preço do frango congelado ficou estável em R$ 5,81/kg, enquanto o resfriado valorizou 1,93%, fechando em R$ 5,82/kg.
Scot Consultoria
INTERNACIONAL
JBS diz que abate está perto do normal na América do Norte
Com menos trabalhadores, cortes mais baratos e menos populares, como língua, agora são convertidos em subprodutos como banha e sebo
A JBS disse que suas taxas de abate na América do Norte permanecem perto do normal, mesmo depois de a maior processadora de carne do mundo ter enviado milhares de funcionários para casa em resposta à segunda onda de Covid-19 nos Estados Unidos. O ritmo de abate da JBS USA é semelhante em suas instalações nos EUA e no Canadá, disse o Diretor-Presidente da unidade da empresa na América do Norte, André Nogueira, em entrevista na sexta-feira. O maior impacto do menor número de trabalhadores é sentido no produto final, pois algumas carnes não têm sido desossadas. O setor de carnes tenta evitar os problemas que fecharam frigoríficos e deixaram prateleiras de supermercados vazias, depois que milhares de trabalhadores na América do Norte se contagiaram com o coronavírus no início do ano. A JBS colocou mais de 5 mil de seus funcionários mais vulneráveis em licença remunerada. Do ponto de vista operacional, Nogueira disse estar menos preocupado do que há um mês e meio. O executivo afirmou que a empresa contratou mais pessoas, mas não foi possível compensar os funcionários que foram colocados em licença. A JBS USA tem vendido mais pernil com osso do que no passado, e a empresa também reduziu a oferta de cortes em que grande parte da gordura já foi removida, o que facilita o manuseio por varejistas. A unidade americana da JBS contratou 6 mil trabalhadores nos EUA nos últimos quatro meses, mas esse número não foi suficiente para compensar os que saíram da empresa ou estão em licença remunerada, disse Nogueira. O impacto de menos trabalhadores é mais perceptível nos cortes de carne suína e bovina, enquanto para o frango não houve muita mudança, disse. A JBS implementou uma série de medidas de segurança desde que a pandemia abalou os mercados de carne, tendo realizado mais de 20 mil testes de vigilância, além dos testes oferecidos a trabalhadores com sintomas. Isso tem ajudado a manter os casos sob controle, disse Nogueira. A JBS também comprou freezers em algumas localidades e os disponibilizou aos governos locais, caso desejem armazenar vacinas, disse Nogueira. Existe a preocupação de que algumas áreas rurais nos EUA não tenham instalações para armazenar vacinas, que precisam ser mantidas em temperaturas baixíssimas.
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