Ano 6 | nº 1373| 01 de dezembro de 2020
NOTÍCIAS
Boi gordo: mercado calmo no início da semana
Em São Paulo, a semana começou com estabilidade nos preços da arroba do boi gordo negociados, apesar de as indústrias frigoríficas abrirem o mercado ofertando menos
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na última segunda-feira (30/11), no estado o boi gordo ficou cotado em R$275,00/@, preço bruto e à vista, R$274,50/@ descontando o Senar e R$271,00/@ descontando o Senar e Funrural, nas mesmas condições. As ofertas para vaca gorda e novilha gorda também se mantiveram, ainda que a oferta de fêmeas continue bem restrita. Ficaram cotadas em R$258,00/@ e R$268,00/@, respectivamente, preços brutos e à vista. Para os machos que atendem os requisitos de exportação, as ofertas chegaram a R$280,00/@, preço bruto e à vista. A oferta restrita de animais é observada na maior parte das praças brasileiras. As indústrias frigoríficas encontram dificuldades em compor as escalas e estão pulando dias de abate ou diminuindo o abate diário.
SCOT CONSULTORIA
Arroba tem nova queda no Brasil; valor passa de R$ 270 para R$ 265 em Goiás
Segundo a Safras, os frigoríficos estão com suas escalas de abate confortáveis em, posicionados agora entre quatro e seis dias úteis
O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais baixos na segunda-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o dia registrou inexpressivo fluxo de negócios, com muitos frigoríficos sequer abrindo seus preços, apenas avaliando as melhores estratégias de compra para o restante da semana. “Em alguns estados é ensaiado um novo movimento de pressão; resta saber se haverá aderência do pecuarista aos preços mais baixos”, salienta o analista. Os frigoríficos se deparam com uma posição mais confortável em suas escalas de abate, posicionados agora entre quatro e seis dias úteis. “Já como ponto de sustentação aos preços do boi neste final de ano há a oferta restrita, que será uma constante até a virada de ano, consequência da estiagem prolongada que atrasou o desenvolvimento dos animais de pasto. A tendência é que eles estejam aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre. Somado a isso, as exportações que permanecem em ótimo nível”, completa. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 278 a arroba, estáveis. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores ficaram em R$ 273 a arroba, ante R$ 274 na sexta-feira. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 269 a arroba, ante R$ 270. Em Goiânia, Goiás, o valor indicado foi de R$ 265 a arroba, contra R$ 270. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, a cotação estabilizou em R$ 265 a arroba. No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis após a queda registrada na sexta-feira. Segundo Iglesias, o mercado aguarda por nova correção dos preços ao longo da semana, com potencial queda nos cortes menos nobres, com osso. “Esse movimento gera alguma estranheza em função da boa demanda que costuma marcar esse período. No entanto, os preços subiram de maneira muito agressiva, resultando numa saturação da demanda, que simplesmente buscou por alternativas, e a carne de frango ganhou a predileção do brasileiro médio. Os cortes congelados também apresentaram queda no início da semana, mas importante destacar que os preços seguem em patamar bastante altos”, destaca. Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,00 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,55 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
China e Hong Kong compram 64% da carne bovina brasileira, é perigoso hostilizar esses compradores, alerta Scot
O sócio fundador da Scot Consultoria, Alcides Torres, lembrou que a China e Hong Kong, juntos, compram 64% da carne bovina brasileira exportada
Diante da importância desse mercado para o Brasil, Torres considerou ser “perigoso” hostilizar os maiores compradores de produtos do País. O consultor participou de painel no Encontro de Analistas Scot Consultoria na sexta-feira (27/11). O consultor lembrou, ainda, que na atual pandemia de novo coronavírus, todos os clientes do Brasil reduziram suas compras, com exceção da China/Hong Kong, além de outros países da Ásia, como Tailândia. “Se ficarmos hostilizando a China, ela parte para comprar carne de nossos concorrentes, vai comprar dos australianos, dos argentinos, dos uruguaios…”, disse, e acrescentou: “Tem gente que não faz conta ou desconhece o mercado profundamente”, disse. A fala de Torres veio num contexto de uma polêmica entre a China e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Na terça-feira (24/11), o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, criticou postagens em rede social de Eduardo Bolsonaro, que também é Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O deputado havia citado, no dia anterior (23/11), que o governo brasileiro declarou apoio a uma “aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”. A postagem foi apagada depois. Wanming rebateu dizendo que as acusações do parlamentar são “infundadas” e “solapam” a relação entre os dois países. O ex-CEO do frigorífico Frigol, Luciano Pascon, lembrou que há 29 frigoríficos de bovinos “parados, numa lista, aguardando a aprovação do governo chinês”. “E a gente sabe que se a amizade e cooperação fosse maior isso já poderia ter sido habilitado; seria uma oportunidade para todos”. Para o Presidente Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, “é absurdo” o País desdenhar a China. “Hostilizar a China é perigoso”, disse. “Conversamos diariamente com adido em Pequim, que nos passa informações sobre a reação da China quando ocorrem atritos aqui e há sensibilidade para isso.”
Intensificação explica a redução de áreas de pasto
Publicada na sexta-feira (27/11), pelo Centro de Inteligência da Carne Bovina, um departamento da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), a mais recente análise semanal de cenários mostra que as pastagens naturais e plantadas são um componente diferencial e primordial para o sucesso da pecuária brasileira
A vantagem competitiva da pecuária de corte no Brasil, tomada como exemplo, se deve ao menor custo de produção quando comparado ao custo de países competidores no mercado da carne, como os Estados Unidos. Essa vantagem do Brasil deve-se ao fato de que cerca de 86% da produção envolvendo cria, recria e engorda são realizadas com bovinos criados sob pastejo. De acordo com os últimos Censos Agropecuários realizados pelo IBGE, as áreas rurais ocupadas por pastagens no Brasil reduziram de um total de 177,93 milhões de hectares, em 1996, para 149,67 milhões de ha, em 2017. A intensificação da produção pecuária brasileira, aliada à substituição de áreas de pastagens por culturas agrícolas, explica a redução da área total de pastagens. Mesmo assim, tem sido mantida a previsão do potencial de crescimento do rebanho bovino nacional, o qual deve atingir 230 milhões de cabeças em 2030. Entre 1996 e 2017, já se observou que o número de cabeças do rebanho bovino aumentou 2,1 vezes na Região Nordeste, 1,9 vezes na Região Norte e 1,4 vezes na Região Centro-Oeste. Entretanto, as Regiões Sudeste e Sul mantiveram o tamanho dos rebanhos no período. Das cinco Regiões brasileiras, quatro apresentaram diminuição da área de pastagens entre 1995/96 e 2017. No Sudeste houve uma redução de 32%; no Sul, de 30%; no Nordeste de 25% e no Centro-Oeste, de 14%. Verifica-se que apesar da redução das áreas de pastagens no Nordeste e Centro-Oeste, os rebanhos nessas regiões aumentaram de tamanho. Apenas a Região Norte apresentou crescimento da área de pastagens no mesmo período, de 28%. Mesmo assim, entre os anos de 1995/1996 e 2017, os Estados com maiores áreas ocupadas por pastagem foram Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Em grande parte dos municípios brasileiros verificou-se uma redução das áreas de pastagens naturais em comparação às plantadas. Os Estados com maiores extensões ocupadas por pastagens naturais em 2017 foram Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Os estados com maiores áreas ocupadas por pastagens plantadas foram Mato Grosso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Estima-se também que 47% das pastagens brasileiras mostram algum grau de degradação. Os estados da Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Pará apresentam acima de um milhão de ha de pastagens em más condições. A aplicação de tecnologias adequadas de restauração e manejo são necessárias para o uso mais racional dessas áreas.
BEEF POINT
ECONOMIA
dólar à vista fecha em alta de 0,39% contra o real, a 5,3467 reais, puxado por uma correção global em outros mercados
O real terminou seu melhor mês de novembro já registrado impulsionado pelo clima positivo no exterior, mas ainda suscetível às intempéries domésticas relacionadas à política fiscal
O real apreciou 7,32% em novembro ante o dólar, mas é preciso contextualizar que a moeda brasileira vinha de três quedas mensais consecutivas, período em que perdeu 9,06%. Nos 11 primeiros meses do ano, a divisa caiu 24,95%. Em 2020 até outubro, a queda era de 30,07%. A alta das matérias-primas melhora os termos de troca do Brasil e beneficia o real, já que o país é exportador desses insumos. As commodities estão nos picos desde o começo de março.
Depois de um período de quebra, a correlação entre o real e as matérias-primas voltou a ficar positiva, indicativo de que um contínuo movimento de alta nas commodities –num cenário de retomada global da economia e de sobra de liquidez– pode alavancar também a moeda brasileira. A “pedra no sapato” da taxa de câmbio brasileira segue a questão fiscal, segundo Daniel Tatsumi, Gestor de moedas da ACE Capital. “A parte política ainda pega. Adoraria dizer que está tudo bem, que estão fazendo as coisas certas, mas não estão”, avaliou. Ainda assim, ele pondera que o real tem espaço para ganhos, com potencial de 70% a 80% da valorização ser ditada por fatores externos. “Uma taxa de 5,10 reais no começo do ano seria factível”, disse. “Estávamos com uma posição de dólar fraco ante outras moedas, sobretudo da Ásia, e um pouco fora do real, por causa do overhedge. Agora com a rolagem do BC a gente voltou a apostar a favor do real”, disse Tatsumi, ressalvando que a moeda, depois dos ganhos recentes, pode ficar um pouco “de lado” em dezembro, mas deve voltar a ganhar tração em janeiro.
REUTERS
Ibovespa fecha em queda de 1,52%
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em queda de 1,52%, a 108.893,32 pontos, mas acumulou em novembro elevação de 15,9%, o melhor desempenho para o mês desde 1999 (+17,77%)
O volume negociado no pregão na segunda-feira somou bilhões de reais, com a média de novembro em 48,87 bilhões de reais. “O fluxo de notícias sobre a segunda onda de Covid representa o principal ‘overhang’ de curto prazo na indústria, enquanto o desenvolvimento de potenciais vacinas deve se intensificar no futuro, influenciando positivamente o desempenho das ações do setor”, afirmaram analistas do BTG. Na outra ponta do Ibovespa, varejistas associadas a comércio eletrônico experimentaram acomodação nos preços, após altas expressivas desde o começo da pandemia, com a disparada das vendas online na esteira de medidas de restrições para tentar controlar a disseminação da doença. A bolsa brasileira também assistiu a uma rotação nos portfólios para ações de setores de ‘valor’ e ‘cíclicos’, como bancos e commodities, com forte peso no Ibovespa, em detrimento de papéis de ‘crescimento’, com as ações de tecnologia, e que tiveram um desempenho mais forte desde o começo da pandemia. O penúltimo mês do ano foi marcado por entrada líquida representativa de estrangeiros na bolsa, seguindo um movimento global, com os dados da B3 até o dia 26 mostrando saldo positivo de 31,5 bilhões de reais em novembro, o que respaldou a reação do Ibovespa após três meses seguidos de performance negativa. No ano, porém, as vendas ainda superam as compras em 51,6 bilhões de reais, considerando dados do mercado secundário de ações do país. Para a XP Investimentos uma volta duradoura a Bolsa depende, entre outros fatores, da melhor resolução sobre a trajetória fiscal do país e continuação da recuperação da economia e revisão de lucros das empresas.
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Mercado melhora cenário para economia e vê inflação mais alta em 2020 e 2021
O mercado voltou a melhorar a perspectiva para a economia brasileira neste ano e no próximo ao mesmo tempo em que elevou as contas para a inflação, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA agora é de 3,54% em 2020 e 3,47% em 2021, de 3,45% e 3,40% respectivamente no levantamento anterior. O centro da meta oficial de 2020 é de 4 por cento e, de 2021, de 3,75 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para este ano passou a uma contração de 4,50%, contra queda calculada anteriormente de 4,55%. A expectativa é que a economia se recupere com um crescimento de 3,45% no ano que vem, de 3,40% estimado antes. Para a política monetária, não houve mudanças no cenário, com a Selic estimada em 2,0% ao final deste ano e em 3,0% em 2021. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa básica de juros em 2,0% este ano e em 2,50% no próximo.
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Setor público tem primeiro superávit primário em 9 meses; déficit nominal chega a R$1 tri em 12 meses
O setor público brasileiro registrou em outubro o primeiro superávit primário desde janeiro, de 2,953 bilhões de reais, informou o Banco Central na segunda-feira
O saldo nominal, contudo, que computa também as despesas com juros, seguiu deficitário e, no acumulado em 12 meses até outubro o rombo chegou à inédita marca de 1 trilhão de reais. No mês, o governo central (governo federal, BC e Previdência) teve o melhor saldo desde janeiro, um déficit de 3,210 bilhões de reais, resultado favorecido pelo recolhimento de tributos cujo pagamento havia sido postergado como medida de enfrentamento à pandemia de coronavírus. Estados e municípios tiveram superávit de 5,164 bilhões de reais, pior resultado desde maio, em meio à redução das transferências de auxílio financeiro da União, outra iniciativa do pacote de combate à crise que está chegando ao fim. Já as empresas estatais ficaram no azul em 998 milhões de reais. Em 12 meses até outubro, o resultado primário é deficitário em 661,798 bilhões de reais, equivalente a 9,13% do Produto Interno Bruto (PIB). A expectativa para os últimos dois meses do ano é de novos rombos expressivos. A projeção mais recente do governo aponta déficit primário de 856,7 bilhões de reais em 2020, equivalente a 11,9% do PIB, número recorde. O BC informou ainda que o resultado nominal do setor público ficou deficitário em 30,924 bilhões de reais em outubro. No acumulado em 12 meses, o rombo está em 1,011 trilhão de reais, ou 13,95% do PIB, frente a 5,91% no acumulado de 2019. O chefe do Departamento de Estatística do BC, Fernando Rocha, frisou que o salto do déficit nominal no ano é explicado essencialmente pelo aumento das despesas primárias, na esteira das medidas de combate ao impacto econômico da pandemia, que somaram 468,9 bilhões de reais até outubro, segundo dados do Tesouro. Já as despesas com juros seguem relativamente estáveis, tendo acumulado 349,2 bilhões de reais em 12 meses, contidas pelas taxas de juros em patamares mínimos históricos. Em outubro, a dívida pública bruta foi a 90,7% do PIB, sobre 90,5% em setembro, renovando assim um recorde. No ano, o indicador, considerado principal parâmetro da saúde fiscal do país, já acumulou aumento de 15 pontos percentuais. Em nota, o BC disse que a alta refletiu principalmente emissões líquidas de dívida (aumento de 9,0 pontos percentuais), a incorporação de juros nominais (aumento de 3,8 pontos) e a desvalorização cambial acumulada (aumento de 2,1 pontos). A dívida líquida, por sua vez, foi a 61,2% do PIB em outubro.
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Confiança de serviços no Brasil tem 2ª queda consecutiva em novembro, diz FGV
A confiança de serviços no Brasil registrou sua segunda queda consecutiva em novembro devido à piora nas expectativas para os próximos meses, disse na segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), destacando “um caminho longo pela frente” para a recuperação do setor
O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 2,1 pontos em em novembro, a 85,4 pontos. Esse comportamento “mostra um retrocesso no processo de recuperação do setor, que vinha ocorrendo desde maio”, avaliou em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre. “As expectativas para os próximos meses voltaram a se tornar mais pessimistas (…). O período de transição dos programas do governo, a preocupação com a pandemia e a cautela dos consumidores sugerem que a recuperação do setor ainda tem um caminho longo pela frente”, completou. O Índice de Expectativas (IE-S), que mede a percepção sobre o futuro do setor de serviços, recuou 4,4 pontos em novembro, a 91,3 pontos, sua segunda queda consecutiva. O Índice de Situação Atual (ISA-S) teve variação positiva de 0,3 ponto, a 79,5, mantendo tendência crescente iniciada em maio em ritmo gradual. Segundo a FGV, a “Demanda Insuficiente” passou a ser cada vez mais citada pelas empresas do setor de serviços como impeditivo para crescimento dos negócios nos últimos meses, superando o fator “Outros” , usado pelas empresas para relatar a pandemia de coronavírus como responsável pela limitação à atividade.
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EMPRESAS
JBS conclui aquisição de ativos de margarina e maionese da Bunge no Brasil
A JBS informou em fato relevante na segunda-feira que concluiu a aquisição dos ativos de margarina e maionese da Bunge no Brasil, por meio de sua controlada Seara
O negócio inclui a compra de três unidades produtivas que pertenciam à Bunge e estão localizadas em Gaspar (SC), São Paulo (SP) e Suape (PE). A expectativa é que a operação agregue 1,2 bilhão de reais à receita anual da Seara. A Bunge, trading de commodities e processadora de alimentos, concordou em vender seus ativos de margarina e maionese no país para a Seara Alimentos, subsidiária da JBS, em dezembro do ano passado. A JBS disse à época que pagaria 700 milhões de reais à Bunge pelos ativos. A aquisição dá à JBS os direitos sobre marcas como Delícia, Primor e Gradina, fortalecendo a posição da companhia no mercado de margarinas no Brasil, também otimizando sua plataforma de distribuição, segundo o comunicado. A JBS disse que a operação está em linha com a estratégia da empresa de expandir seu portfólio de produtos de maior valor agregado e com marca. “A aquisição fortalece a posição da Seara no mercado de margarinas no Brasil e trará ao consumidor inovação e mais opções de qualidade”, disse em nota o CEO da Seara e da JBS América do Sul, Wesley Batista Filho.
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BRF diz que fábrica no RS recebe permissão para exportar suínos para China
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, anunciou na segunda-feira que a fábrica em Lajeado (RS) obteve a reversão de suspensão para exportações para a China e deve retomar exportações de suínos para o país asiático nos próximos dias
“Essa decisão nos propicia retomar as exportações para um mercado estratégico para a companhia, com forte demanda por suínos”, disse Bruno Ferla, Vice-Presidente Institucional da BRF, em comunicado. A fábrica em Lajeado havia sido suspensa para exportar para a China em julho. Atualmente, a BRF possui 14 habilitações de exportações para a China, sendo 10 de aves, 3 de suínos e 1 de miúdos de suínos, afirmou a companhia.
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MEIO AMBIENTE
Desmatamento na Amazônia sobe 9,5% em um ano, para a maior área desde 2008
O desmatamento na Amazônia subiu 9,5% entre 2019/2020, quando comparado ao período 2018/2019, para 11.088 quilômetros quadrados no primeiro ano completo de dados da presidência de Jair Bolsonaro
O resultado abrange o período de 1° de agosto de 2019 a 31 de julho de 2020. Trata-se da maior área desde 2008, quando o desmatamento na Amazônia Legal foi de 12.911 quilômetros quadrados. Em 2018/2019 o desmatamento foi de 10.129 quilômetros quadrados, uma alta de 34% em relação ao período anterior e correspondia a cinco meses do governo de Michel Temer e sete meses de gestão de Jair Bolsonaro. Os dados são de desmatamento medidos em área de corte raso da floresta pelo Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite, sistema conhecido por Prodes, do Inpe. A tendência de alta havia sido apontada pelos alertas de desmatamento do outro sistema do Inpe, o Deter, que emite mensagens de alerta para os fiscais do Ibama e de órgãos ambientais estaduais. No mesmo período, o número de alertas subiu 34%. O Pará foi o Estado com maior contribuição, com 5.192 km2 de desmatamento no período, ou 46,8% do total. O Mato Grosso veio em segundo lugar, com 1.767 km2 e 15,9% de participação. O Amazonas veio em terceiro, com 1.521 quilômetros quadrados de área desmatada (13,7%) seguido por Rondônia, com 1.259 quilômetros quadrados (11,4%).
VALOR ECONÔMICO
INTERNACIONAL
Uruguai no pódio mundial dos países que mais exportam carne bovina por habitante
O Uruguai lidera o ranking -com US $ 515 por habitante- como o país que mais exporta carne bovina por habitante, segundo dados anuais de 2019 do Trade Data Monitor e do Banco Mundial
A informação foi coletada por Álvaro Pereira Ramela, economista uruguaio e membro da divisão de Acesso a Mercados e Inteligência do Instituto Nacional de Carnes (INAC), e publicada no site Valor Agro. Ele explicou que apenas países que venderam mais de US $ 100 milhões em carnes ao mundo foram considerados para a publicação. O Uruguai é seguido por Nova Zelândia, Austrália, Paraguai e Argentina. No caso do Paraguai, a cifra chega a US $ 120 por habitante. Na tabela, também colocou outros países sul-americanos, como o Brasil na nona colocação e o Chile na décima terceira posição.
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