Ano 6 | nº 1368| 24 de novembro de 2020
NOTÍCIAS
Boi gordo: pressão de baixa sobre os preços da arroba
Em São Paulo, as cotações dos animais para abate permaneceram estáveis na última segunda-feira (23/11), com exceção da novilha gorda que, comparada a última sexta-feira, caiu R$2,00/@, ou seja, uma variação negativa de 0,7% e ficou cotada em R$271,00/@, preço bruto e à vista, R$270,50/@, com desconto do Senar e R$267,00/@ com desconto do Senar e Funrural, também nas mesmas condições
As indústrias frigoríficas abriram as ofertas de compras com preços menores que na última sexta-feira (20/11), porém, não obtiveram volume de negócios consistentes para compor as escalas de abates que, atendem, em média, quatro dias. No Oeste do Maranhão, na comparação dia a dia, as cotações do boi gordo e da novilha gorda caíram R$2,00/@, ou seja, 0,7% ficaram em R$268,00/@ e R$256,00/@, respectivamente, preços livres de impostos e à vista. A queda de braço das indústrias com os pecuaristas segue firme, qualquer aumento na oferta de animais é o suficiente para baixar os preços das ofertas de compras. Na maioria das praças pecuárias levantadas pela Scot Consultoria, as ofertas de compras estão com preços em patamares menores, com as indústrias frigoríficas pulando dia de abate e diminuindo o abate diário.
SCOT CONSULTORIA
Mercado do boi gordo trava, e arroba permanece em R$ 281
Os preços podem ser impactados pela entrada do décimo terceiro salário motivando o consumo e a reposição ao longo da cadeia
O mercado físico de boi gordo inicia a semana com preços acomodados nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, alguns frigoríficos ainda tentam exercer pressão sobre o mercado no Centro-Oeste. “No entanto, existem fatores que podem alterar a dinâmica do mercado, a começar pela entrada do décimo terceiro salário motivando o consumo e a reposição ao longo da cadeia. Além disso, a oferta de animais terminados permanece restrita, quadro que não mudará até a virada de ano. A estiagem prolongada tardou o desenvolvimento dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre. Ou seja, no período de maior demanda do ano haverá dependência da oferta de confinados”, assinala Iglesias. Ajuda a enxugar a oferta o bom ritmo de embarques em 2020, consequência do grande apetite da China em 2020, ainda uma consequência da lacuna de oferta formada pela peste suína africana. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 281 a arroba, estáveis. Em Uberaba, Minas Gerais, os valores chegaram a R$ 275 a arroba, estáveis. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 270 a arroba, inalterados. Em Goiânia, Goiás, o valor da arroba do boi gordo se manteve em R$ 272. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 267 a arroba. No mercado atacadista, os preços seguem firmes. De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios sugere por alguma reação dos preços durante o último bimestre, período que conta com maior apelo ao consumo. Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro seguiu em R$ 16,30 o quilo, e a ponta de agulha continuou em R$ 15,70 o quilo.
AGÊNCIA SAFRAS
Volume exportado de carne bovina registra desaceleração na terceira semana de novembro
Feriado da última sexta-feira (20) impactou no volume embarcado
O ritmo exportado de carne bovina in natura na terceira semana de novembro registrou uma desaceleração em função do feriado da última sexta-feira (20). O volume embarcado na terceira semana ficou em 32,11 mil toneladas e teve um recuo de 28,61%, se comparado com segunda semana deste mês que exportou 44,98 mil toneladas. A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (SECEX) divulgou na segunda-feira (23) que o volume total embarcado de carne bovina in natura atingiu 119,09 mil toneladas até a terceira semana de novembro, sendo que no ano passado o total exportado em todo mês de novembro foi de 155,5 mil toneladas. A média diária embarcada na terceira semana ficou em 8,5 mil toneladas e teve um aumento 9,38% se comparado com os dados observados em novembro do ano passado, que registrou uma média exportada de 7,77 mil toneladas. A média diária exportada registrou uma queda de 11,46% frente aos números divulgados na semana anterior, em que a média ficou em 9,6 mil toneladas. De acordo com o levantamento da Radar Investimentos, houve uma manutenção dos volumes exportados de carne bovina nesta semana. Desta maneira, este mês deve ter um desempenho parecido com out/20, mas ainda assim quase 10% maior do que os embarques do mesmo período do ano anterior. Os preços médios na terceira semana de novembro ficaram próximos de US$ 4.386,6 mil por tonelada, na qual teve uma queda de 9,34% frente aos dados divulgados em novembro de 2019 que registrou um valor médio de US$ 4.838,7 mil por tonelada. O valor negociado para o produto foi US$ 522.415,1 milhões na terceira semana de novembro deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de novembro do ano anterior foi de US$ 752,587,8 milhões. A média diária ficou em US$ 37.315,2 milhões e registrou um recuo de 0,84%, frente ao observado no mês de novembro do ano passado, que registrou um valor de US$ 37,629,4 milhões.
SECEX
ECONOMIA
Dólar fecha em alta e supera R$5,43 com exterior
O dólar voltou a fechar em firme alta ante o real na segunda-feira marcada por força global da divisa norte-americana após dados robustos de atividade nos Estados Unidos, enquanto o desconforto doméstico sobre a situação fiscal seguiu fazendo preço
O dólar à vista subiu 0,90%, a 5,4353 reais na venda. Na sexta-feira, o dólar havia saltado 1,39%, maior alta desde 28 de outubro. Na segunda, a moeda tomou fôlego após dados de atividade empresarial nos Estados Unidos terem vindo bem acima do esperado, provocando uma cobertura de posições vendidas na moeda norte-americana. A atividade empresarial nos Estados Unidos expandiu no ritmo mais rápido em mais de cinco anos em novembro, liderada pela aceleração mais forte da indústria desde setembro de 2014, mostrou na segunda-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês). Além do exterior, constantes ruídos sobre o futuro das contas públicas deixaram o real mais frágil, depois de um fim de semana de novas especulações sobre extensão de gastos emergenciais. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu haver pressão política para tal, mas tentou passar mensagem de que mais reformas virão e, se houver segunda onda de Covid-19 no país, o governo saberá como agir. O Ministro afirmou ainda que está relativamente satisfeito com as despesas já controladas e disse acreditar que o dólar já fez seu “overshooting”. Na literatura econômica, um “overshooting” ocorre quando o preço de um ativo sobe além do que o sugerido pelos fundamentos. “Você precisa criar uma dinâmica que permita a estabilização da dívida, que seja em 90%, 95% do PIB, mas que ela estabilize, isso é o importante agora”, disse Flávio Serrano, economista-chefe do banco Haitong.
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Ibovespa sobe 1,26% com apostas em vacinas
A BRF ON avançou 5,91%, em sessão positiva para o setor de alimentos e proteínas. Analistas do Bradesco BBI relataram que, em evento recente, a BRF destacou que aumentou recentemente a armazenagem de grãos e acredita que pode manter margem bruta de cerca de 25% no Brasil
Notícias positivas sobre o desenvolvimento de uma vacina contra o coronavírus corroboraram o tom positivo neste começo de semana, com a AstraZeneca anunciando que a potencial vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford pode ser em torno de 90% eficaz sem efeito colateral grave. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,26%, a 107.378,92 pontos, maior patamar de fechamento desde 21 de fevereiro, antes que fossem decretadas quarentenas no país para conter a pandemia de Covid-19. O volume financeiro somou 28,5 bilhões de reais. O anúncio da AstraZeneca, com quem o Ministério da Saúde brasileiro tem acordo para adquirir e produzir doses da vacina, vem veio após a Pfizer pedir a reguladores dos Estados Unidos na sexta-feira autorização para uso de emergência de sua vacina, o pode acontecer ainda na primeira quinzena de dezembro. De acordo com Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos, notícias positivas sobre a eficácia da AstraZeneca têm um efeito adicional porque, do que se sabe, é uma vacina mais barata, com logística mais simples, que pode atender a uma demanda global de forma muito mais rápida. No Brasil, o Instituto Butantan afirmou que dados preliminares da eficácia da CoronaVac, potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac, serão anunciados no início de dezembro e a expectativa é de que a Anvisa dê o registro ao imunizante em janeiro. Wall Street endossou a alta, com o S&P 500 avançando 0,56%. Além da questão da vacina, dados melhores sobre a atividade empresarial nos EUA e perspectivas de que a ex-chair do Federal Reserve Janet Yellen assumirá o Tesouro norte-americano na gestão de Joe Biden.
REUTERS
Mercado eleva perspectiva para Selic em 2021 em meio a aumento nas estimativas de inflação
O mercado elevou a perspectiva para a taxa de juros no ano que vem em meio a novo aumento nas estimativas de inflação, enquanto o cenário para a economia voltou a melhorar
A pesquisa semanal Focus divulgada pelo Banco Central na segunda-feira mostrou que os economistas consultados passaram a ver agora a Selic em 2021 a 3,0%, de 2,75% antes. Para este ano, permanece a previsão de manutenção no atual patamar de 2,0% na última reunião do ano, em 8 e 9 de dezembro. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, manteve a perspectiva de juros básicos a 2,0% este ano, mas também aumentou as contas para 2021, de 2,25% a 2,50%. O levantamento apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020 aumentou pela 15ª semana seguida e foi a 3,45%, de 3,25% na semana anterior. Para 2021, o aumento chegou à 5ª semana, com a inflação calculada em 3,40% de 3,22%. O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas melhoraram para ambos os anos. O mercado vê agora contração econômica de 4,55% em 2020 contra queda de 4,66% estimada antes, com o PIB recuperando-se com um crescimento de 3,40% no próximo ano, de 3,31%. A mudança vem na esteira de cenário melhor para a indústria, cuja produção deve encolher 5,04% este ano contra recuo de 5,34% previsto antes, passando a crescer 4,53% em 2021, de 3,72% estimado antes.
REUTERS
Agropecuária fecha terceira semana de novembro com redução de 15% nas exportações
Segundo dados da Secex, por outro lado, as importações subiram 6,8% no mesmo período
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 936 milhões na terceira semana de novembro (de 16 a 22). De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (23/11) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 4,119 bilhões e importações de US$ 3,183 bilhões. As exportações aumentaram 1,3%, com recuo de 15% em Agropecuária, aumento de 23,7% na indústria extrativa e estabilidade (-0,1%) em produtos da indústria de transformação. Já as importações também registraram recuo, de 2,6%, com queda de 0,1% em produtos da indústria de transformação, queda de 45,3% em indústria extrativa e alta de 6,8% em agropecuária. Em novembro, a balança tem superávit US$ 2,92 bilhões até o dia 22, com exportações de US$ 12,579 bilhões e importações de US$ 9,658 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial é superavitário em US$ 50,348 bilhões, 19,6% a mais do que no mesmo período do ano passado. O valor é resultado da queda maior nas compras do que nas vendas: as exportações somaram no período US$ 186,726 bilhões (-6,1%) e importações de US$ 136,377 bilhões (-13,9%).
EMPRESAS
Moody’s eleva nota da Marfrig após forte desempenho operacional
A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service elevou a nota de crédito da Marfrig Global Foods de “B1” para “Ba3”, com perspectiva estável, para refletir a forte performance operacional da companhia e melhora nas métricas de crédito nos últimos anos
A Moody’s também considerou perspectivas positivas para o setor e liquidez adequada, aumentando a capacidade da companhia de resistir à volatilidade do negócio de carne bovina. “O perfil de negócios da Marfrig permite que a empresa se beneficie de diferentes dinâmicas de mercado, enquanto o foco e grande escala da National Beef no mercado doméstico dos Estados Unidos ajudam a reduzir a volatilidade da margem com um mix de produtos de alto valor agregado e acesso a diferentes mercados de exportação”, disse a Moody’s em relatório divulgado na segunda-feira (23). A Moody’s espera que a Marfrig mantenha uma performance operacional estável ao longo do tempo e avalia que a empresa está bem posicionada para capturar os fundamentos positivos do mercado dos EUA e crescimento das exportações a partir da América do Sul. A maior participação no segmento de produtos processados no mix de produtos da empresa e o foco contínuo na produtividade e corte de custos também deverá dar suporte às margens da Marfrig, segundo a agência de classificação de risco. A diversificação geográfica e da originação da matéria-prima também reduz os riscos da Marfrig, segunda maior produtora de carne bovina do mundo. “Esperamos que a Marfrig mantenha a alavancagem em torno dos níveis atuais (3,1x nos 12 meses terminados em setembro de 2020) nos próximos 12 a 18 meses, apoiado por alguma redução nos níveis de dívida e iniciativas de gestão de passivos que irão reduzir os custos de financiamento e permitir melhorias na cobertura de juros”, disse a Moody’s. A Marfrig teve um lucro líquido de R$ 674 milhões no terceiro trimestre, mais de seis vezes superior ao lucro de R$ 100 milhões no mesmo período do ano passado, segundo informou a empresa duas semanas atrás. O resultado da companhia foi impulsionado por recorde nas exportações a partir das operações na América do Sul, volume de vendas recorde nas operações da América do Norte e desvalorização do real frente ao dólar.
CARNETEC
JBS captou R$ 1,9 bi com emissão de CRAs lastreados em debêntures
Diante da boa demanda, valor foi maior que o esperado
A JBS captou R$ 1,876 bilhão com a emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) lastreados em debêntures. Diante da boa demanda, a captação ficou acima do R$ 1,7 bilhão inicialmente esperado. Os papéis foram emitidos em duas séries. Na primeira série, com juros de 4,2957% ao ano, a JBS captou R$ 387 milhões. Na segunda, com juros de 4,7218% ao ano, foram mais R$ 1,489 bilhão. A XP Investimentos foi a coordenadora líder da emissão. BTG Pactual e BB também participaram da coordenação. A RB securitizou os papéis. Os investidores que compraram os CRAs têm isenção de imposto de renda.
VALOR ECONÔMICO
FRANGOS & SUÍNOS
Importações chinesas de carne suína aumentaram 80% em outubro
Salto foi em relação ao mesmo mês de 2019; ante setembro houve queda de 13%
As importações chinesas de carne suína somaram 330 mil toneladas em outubro, 80,4% mais que no mesmo mês de 2019, conforme dados da alfândega chinesa divulgados ontem e compilados pela agência Reuters. Em relação a setembro deste ano, houve queda de 13%. Assim, no acumulado do ano as importações alcançaram 3,62 milhões de toneladas, um crescimento de 126,2% ante os dez primeiros meses do ano passado. Esse incremento ainda reflete os problemas causados pela peste suína africana à produção chinesa. No primeiro semestre, a oferta de carne suína do país caiu 19%. Em outubro, porém, já houve um aumento de 26,9%, e esse movimento tende a provocar um arrefecimento no ritmo de importações. No caso da carne bovina, as importações da China somaram 170 mil toneladas em outubro, um avanço de 12,2% na comparação com o mesmo mês de 2019. De janeiro a outubro o volume atingiu 1,74 milhão de toneladas. A maior demanda chinesa por carnes importadas tem movimentado o mercado brasileiro. Entre janeiro e outubro, o Brasil exportou 423,2 mil toneladas de carne suína aos chineses, além de 684,7 mil toneladas de carne bovina.
VALOR ECONÔMICO
Carne suína se acumula na Europa enquanto o vírus e a peste suína reduzem as vendas
Há um excesso de carne suína na Europa e os preços estão despencando
A Alemanha, o maior produtor da União Europeia, foi excluída dos principais mercados da Ásia desde que um surto mortal de vírus suíno começou em javalis em setembro. Isso está deixando um excedente no continente, assim como a última série de bloqueios da Covid-19 significa que os restaurantes estão vendendo menos schnitzel e salsicha. Na Alemanha, os preços dos suínos caíram mais de 40% abaixo dos níveis de março e os preços da carcaça estão nos mais baixos desde 2016. Embora muitos carregadores europeus ainda estejam se beneficiando das importações recordes da China, as fábricas em alguns outros países também enfrentam restrições de exportação. Lentidão de processamento vírus relacionado também deixaram uma carteira de centenas de milhares de porcos em fazendas alemãs. Os fazendeiros alemães estão perdendo cerca de 60 euros (US $ 71) por animal, e alguns podem fechar as portas sem ajuda emergencial do governo, de acordo com a associação de criadores de porcos da Alemanha. Max Green, analista de gado da IHS Markit, disse que embora a China “esteja absorvendo grandes quantidades” de carne suína, “não é o suficiente para sustentar os preços”. A UE é o maior exportador de suínos do mundo. As restrições comerciais na Alemanha significam que os fazendeiros dinamarqueses estão vendendo menos animais jovens através da fronteira, onde muitas vezes são criados até o peso de abate. Os abatedouros do país funcionam nos fins de semana e procuram contratar novos trabalhadores para acompanhar o fluxo de suínos, de acordo com Jais Valeur, Diretor-Presidente do Danish Crown Group. As vendas podem se recuperar uma vez que os bloqueios aumentem e os restaurantes reabram. A demanda por exportações para a Ásia também permanece forte, disse Valeur. O Departamento de Agricultura dos EUA prevê que o consumo de carne suína na UE suba 1,3% em 2021, após cair para o nível mais baixo em pelo menos duas décadas este ano.
Bloomberg
Exportações de carne de frango têm recuo em relação à segunda semana de novembro
Nos primeiros 14 dias úteis deste mês, o total de volume exportado já atingiu quase 77% das exportações totais de novembro/19
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, divulgadas na segunda-feira (23) os resultados das exportações de carne de frango nos primeiros 14 dias úteis do mês no quesito toneladas por média diária embarcada teve avanço em relação a novembro do ano passado. Entretanto, os embarques e a arrecadação recuaram no comparativo com a segunda semana do mês. Para a carne de frango, de acordo com o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, o ímpeto de aumentar a produção é mais limitado, devido aos custos de produção atingindo patamares recordes. A receita obtida com as exportações de carne de frango nos primeiros 14 dias úteis de novembro, US$ 316.893,419, representam 63,36% do total obtido em todo o mês de novembro de 2019. No caso do volume embarcado, as 240.667,728 toneladas equivalem a 76,8% do total exportado em novembro do ano passado. O faturamento por média diária foi de US$ 22.635,244, quantia 9,47% menor do que novembro do ano passado. Houve desaceleração em relação à segunda semana de novembro, queda de 7,5%. No caso das toneladas por média diária, na terceira semana de novembro foram 17.190,552, avanço de 9,78% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, frente à segunda semana de novembro deste ano, houve uma diminuição de 7,1%. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.316,725, foi 17,54% inferior ao praticado em novembro do ano anterior. Comparado ao resultado da semana passada, o preço pago por tonelada caiu 0,5%.
Radar Investimentos
Exportação de carne suína nos 14 dias úteis de novembro à 99% da arrecadação total de novembro/19
Apesar de praticamente alcançar o mês de novembro de 2019 em receita e volume embarcado, no comparativo com a semana anterior houve recuo
De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Camex) do Governo Federal, as exportações de carne suína nos primeiros 14 dias de novembro já praticamente atingiram o total em receita e volume embarcado de todo o mês de novembro do ano passado. Entretanto, na terceira semana deste mês houve recuo nos resultados quando comparada à semana anterior. De acordo com o sócio da Radar Investimentos, Douglas Coelho, a China deve estar diminuindo o ritmo das importações devido a questões logísticas, como a necessidade do país de testar a mercadoria para a detecção de Covid-19, e também para a data de chegada dos produtos, que deve ultrapassar a comemoração do Ano Novo chinês, em fevereiro. “Ainda temos uma perspectiva mais positiva para a carne suína, já que o mercado interno pode absorver parte da produção com as festas de final de ano”, explicou. A receita obtida com as exportações de carne suína nos primeiros 14 dias úteis de novembro, US$ 138.036,162, representam 99,71% do total obtido em todo o mês de novembro de 2019. No caso do volume embarcado, as 55644,084 toneladas equivalem a 96,68% do total exportado em novembro do ano passado. O faturamento por média diária foi de US$ 9.859,725, quantia 42,45% maior do que novembro do ano passado. Entretanto, houve desaceleração em relação à segunda semana de novembro, queda de 13,3%. No caso das toneladas por média diária, na terceira semana de novembro foram 3.974,577, avanço de 38,12% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Apesar disso, frente à segunda semana de novembro deste ano, houve uma diminuição de 13%. Já o preço pago por tonelada, US$ 2.480,697 nos primeiros 14 dias úteis do mês, é 3,13% maior do que o praticado em novembro de 2019. Em comparação à semana anterior, o preço caiu 0,73%.
Radar Investimentos
INTERNACIONAL
China deverá comprar mais carne bovina dos EUA
Discretamente, a China está comprando mais carne bovina dos EUA este ano, e mais empresas chinesas do que nunca estão perguntando sobre a carne bovina dos EUA
Prevejo que a China se tornará o maior comprador de carne bovina dos EUA nos próximos 60 meses e, nos próximos anos, será o maior cliente de exportação dos EUA. Aprendi que a China nunca poderá produzir carne bovina de animais alimentados grãos como fazemos aqui nos EUA. Carne de frango, sim. Carne de porco, sim. Mas não carne bovina de animais alimentados com grãos, não. A China produz alguma carne bovina doméstica, mas não da mesma qualidade da carne bovina dos Estados Unidos; e, portanto, a China depende das importações para atender à demanda sempre crescente por proteína bovina premium. Existem outras razões pelas quais a China se tornará o maior cliente da carne bovina dos EUA nos próximos 60 meses: A recuperação econômica da China é mais rápida do que o esperado e robusta. Sua economia está indo muito bem agora. A crescente classe média da China continuará a demandar e consumir mais carne bovina. A Austrália, que fornece muita carne para a China, está lutando contra a seca e problemas de produção. O número de abates de gado caiu 30% no acumulado do ano nas últimas semanas. A China continuará a impulsionar o crescimento do comércio mundial de carne. Este ano, a China responde por 36% de todo o comércio mundial de carne e a quantidade é 26% maior que no ano passado. De acordo com um relatório da Federação de Exportação de Carne dos Estados Unidos (USMEF) publicado neste verão, “Desde sua implementação em março, o Acordo Econômico e Comercial de Fase 1 entre os EUA e a China gerou um crescimento na demanda chinesa por carne bovina dos EUA. As exportações de julho foram recordes com 2.350 toneladas, um aumento de 160% em relação ao ano anterior, avaliadas em US $ 14,9 milhões (alta de 92%). “Até julho, as exportações ficaram 95% acima do ritmo do ano passado em volume (9.262 toneladas) e 82% acima em valor (US $ 68,9 milhões).” Em 2019, os maiores compradores de carne bovina dos EUA no mundo, classificados pela quantidade comprada, segundo o USDA, foram Japão, Coreia do Sul, Canadá, México, Hong Kong, Taiwan e China. A China continental ficou em sétimo lugar. Em 2022, acredito que veremos a China ultrapassar de longe o Japão como o destino número 1 para a carne bovina dos EUA. Esta grande oportunidade também apresentará alguns desafios. Os compradores chineses estão procurando determinados cortes processados de maneiras específicas que atendam às necessidades do mercado chinês único. Além disso, as cozinhas domésticas chinesas são bastante diferentes das nossas. Eles não têm grandes fornos abaixo do balcão ou churrasqueiras no deck externo. Os consumidores chineses não comprarão assados ou bifes para cozinhar em casa. Como seus hábitos de consumo de carne bovina são bastante diferentes, descobri que os compradores chineses estão relutantes em pagar os altos preços pelas carnes médias, mas estão procurando cortes finais mais baratos. Na China continental, toda carne bovina importada deve ter rótulos em cada embalagem em chinês e inglês. A carne é vendida à peça, congelada – até mesmo para operadores de food service e atacadistas. A qualidade da carne também é diferenciada pela planta de origem do USDA, e os compradores experientes procuram por números de plantas do USDA que conhecem e dos quais dependem para uma carne consistente de alta qualidade.
Greg Bloom, BEEF Magazine
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