CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1349 DE 27 DE OUTUBRO DE 2020

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Ano 6 | nº 1349| 27 de outubro de 2020

 

NOTÍCIAS

Alta no preço da arroba da vaca gorda

O ritmo de negócios foi menor na última segunda-feira (26/10), cenário típico de começo de semana. 

Por outro lado, as transações com vacas gordas fluíram com intensidade, com aumento da cotação em 23 das 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria. A quantidade de negócios está relacionada à procura de alternativa ao boi gordo. Em São Paulo, o preço do boi destinado ao mercado interno ficou estável na última segunda-feira (26/10) na comparação ao fechamento da última sexta-feira (23/10), em R$268,00/@, preço bruto e à vista. Animais que atendem ao mercado externo têm ofertas de compra em R$273,00/@, preço bruto e à vista.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo: preços devem continuar subindo com restrição de oferta, diz Safras

A estiagem prolongada no decorrer do segundo semestre retardou o desenvolvimento dos animais de pasto, destaca analista da consultoria

Os preços do boi gordo voltaram a subir na segunda-feira, 26, em grande parte do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios sugere pela continuidade do movimento de alta nos preços. “As exportações seguem em bom ritmo, com a China ainda muito presente na aquisição de proteína animal brasileira. Além disso, a oferta de animais terminados é restrita em grande parte do país. A estiagem prolongada no decorrer do segundo semestre retardou o desenvolvimento dos animais de pasto, que devem estar aptos ao abate apenas no primeiro trimestre. Portanto, o período de maior demanda de carne bovina do ano contará quase que exclusivamente com a oferta de animais confinados”, diz. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 273 a arroba, ante R$ 271 na sexta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 266 a arroba, contra R$ 265. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores chegaram a R$ 264 a arroba, contra R$ 263. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 260 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 251 a arroba, inalterado. No mercado atacadista, a semana iniciou com preços acomodados. De acordo com Iglesias, a tendência é que o movimento de alta ganhe consistência no decorrer da primeira quinzena de novembro, período que conta com maior apelo ao consumo. Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 19,60 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 14,40 o quilo, e a ponta de agulha seguiu em R$ 14,35 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

Preços firmes e em alta no mercado de reposição

Considerando a média de todas as categorias de machos e fêmeas anelorados, as cotações fecharam em alta de 1,3% nos últimos sete dias e 4,1% desde o início do mês

Também considerando todas as categorias e praças, a oferta restrita de animais resultou em alta de 84,9% no acumulado dos últimos doze meses. Para o curto prazo, o cenário geral é de firmeza nas cotações, apoiado na oferta limitada de animais e acompanhando a firmeza no mercado do boi gordo.

SCOT CONSULTORIA 

Problemas logísticos reduzem embarque de proteínas

Os países árabes, o segundo principal parceiro comercial agrícola brasileiro, apresentam uma forte retração na compra da carne brasileira. Depois que suas importações chegaram a crescer 200% nos últimos dez anos, os embarques de carne bovina caíram quase 30% nos primeiros nove meses do ano sobre o mesmo período do ano passado. Nesse intervalo, os embarques de frango encolheram 18,5% 

As encomendas desabaram por culpa da logística global tumultuada pela pandemia e pelo enorme poder de compra da China. “Estamos em um ano atípico. As exportações foram muito impactadas pela pandemia e as relações econômicas não andaram como esperávamos”, afirma Tamer Mansour, Secretário Geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB). Além da falta de contêineres refrigerados no mercado global, os chineses abocanharam fatia maior da carne brasileira. “Foi uma questão comercial e de concorrência”, diz Mansour. Como o Brasil importa pouco do mercado árabe, os navios voltam vazios, somando custos àqueles já inflados pela logística caótica imposta pela pandemia. Enquanto faltavam navios refrigerados para transporte da carne, sobravam contêineres para esse tipo de carga no porto de Xangai. Outro fator foi a forte demanda por parte da China que, além de maior importadora da carne brasileira, também comprava 15% de todo o frango que os Estados Unidos colocavam no mercado externo. Atritos comerciais entre os dois países levaram os chineses a reduzir os negócios com os americanos e a aumentar as compras do Brasil. O resultado foi uma menor participação das importações árabes. Números da CCAB mostram que entre janeiro e setembro houve retração de 28,2% nos embarques de carne bovina em relação ao mesmo período de 2019: 211,76 mil toneladas. A receita caiu 21%, para US$ 763,53 milhões. Com isso as participações dos países árabes no faturamento global brasileiro e em volume recuaram 9,3% e 0,7%, respectivamente. Os embarques de frango encolheram 18,5% na receita, com US$ 1,5 bilhão e registraram queda de 5,8% no volume, que fechou o período com 1.078,56 toneladas. Porém, a participação global no faturamento diminuiu 25,8% e em toneladas recuou 7,9%. No mesmo período, os embarques totais de carne bovina brasileira aumentaram 10% em volume e 20% em receita, totalizando 1,4 milhão de toneladas e receita de US$ 6,1 bilhões.

Valor Econômico 

Exportação de carne bovina segue com bom desempenho na quarta semana de outubro; média diária fica acima das 8 mil toneladas

Caso as expectativas forem confirmadas, seria uma recuperação de 20,4% frente ao volume exportado no mês anterior

A média diária embarcada de carne bovina embarcada até a quarta semana de outubro ficou em 8,16 mil toneladas, na qual registrou um aumento de 5,29% se comparado com os dados observados em outubro do ano passado, que registrou uma média exportada de 7,75 mil toneladas. O volume embarcado nesta semana representou uma média diária de 8,03 mil toneladas, ficando acima do foi embarcado na semana anterior, com média de 7,58 mil ton/dia. Conforme o analista da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, a tendência é o volume exportado neste mês tenha um aumento frente ao total exportado em outubro do ano passado. “Já em termos de volume a tendência é que o resultado seja superior na comparação com o ano passado. As compras chinesas seguem representando 40% do volume embarcado da carne brasileira e deve se manter assim por nos próximos meses”, afirma. A Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (SECEX) divulgou que o volume embarcado de carne bovina alcançou 130,6 mil toneladas até a quarta semana de outubro, sendo que no ano passado o total exportado em todo mês de outubro foi de 170,55 mil toneladas. Com isso, as exportações de carne bovina devem fechar o mês de outubro bem próximo dos níveis do que foi exportado no mesmo período do ano passado.

SAFRAS/SECEX

ECONOMIA

Dólar recua ante real, mas foco segue em estímulo dos EUA e disseminação global da Covid

No ano de 2020, a moeda norte-americana acumula salto de quase 40% contra o real

O dólar fechou uma sessão volátil em leve queda contra o real na segunda-feira, refletindo algum alívio nas últimas manchetes domésticas, apesar da atenção global às negociações de estímulo fiscal norte-americanas e ao avanço da Covid-19 nas principais economias. O dólar à vista fechou em queda de 0,29%, a 5,6121 reais, depois de ter chegado a subir até 0,65% na máxima do dia, a 5,6646 reais. O dólar futuro, que é negociado na B3 até as 18h, apresentava queda de 0,12%, a 5,6165 reais. Fernando Bergallo, Diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital, disse que a sessão foi marcada pela volatilidade, evidenciada pela diferença de cerca de 5 centavos entre a máxima e a mínima do pregão, que foi de 5,6118 reais. Desde que um pacote anterior de trilhões de dólares em ajuda econômica expirou, no final de julho, os EUA seguem sem um acordo sobre mais medidas de auxílio fiscal para combater o impacto econômico da pandemia de coronavírus, que deixou milhões de desempregados no país. “Continua havendo aumento nos casos de Covid na Europa e nos EUA, o que tem gerado preocupações em relação a uma potencial desaceleração dessas economias ou uma perda de ritmo nesse momento de recuperação”, disse à Reuters Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho. No Brasil, a reunião de decisão de juros do Copom –com expectativa de manutenção da taxa Selic na mínima histórica de 2% na quarta-feira– concentrará as atenções dos investidores locais durante o início da semana. Além do patamar extremamente baixo dos juros básicos, dúvidas sobre como o governo de Jair Bolsonaro financiaria um pacote de assistência social sem furar o teto de gastos federal têm gerado impulsos adicionais ao dólar em relação à divisa brasileira.

REUTERS 

Ibovespa recua com temor sobre Covid-19 nos EUA e Europa,

O Ibovespa fechou em queda na segunda-feira, sucumbindo ao viés negativo nos mercados acionários nos Estados Unidos e na Europa por preocupações com o aumento de casos de Covid-19, em sessão também marcada por uma bateria de notícias corporativas locais

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,24%, a 101.016,96 pontos. O giro financeiro somou 21,87 bilhões de reais. A queda veio após o Ibovespa acumular alta de 7% no mês até a última sexta-feira. Em Wall Street, o S&P 500 e o Dow Jones fecharam no vermelho, em meio à alta de casos de Covid-19 e preocupações sobre a possibilidade de novos lockdowns, além do impasse político sobre mais estímulos fiscais para a economia norte-americana. Na visão do diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, a queda na bolsa brasileira nesta sessão está atrelada aos mercados no exterior, principalmente às preocupações com o aumento de casos de coronavírus. Agentes financeiros também seguem especulando sobre potencial desfecho da eleição presidencial norte-americana em 3 de novembro. Para o JPMorgan, a reeleição de Donald Trump seria o resultado como o mais favorável às bolsas. Apesar da vantagem de Joe Biden em pesquisas de opinião nacionais, a disputa contra Trump em Estados-chave parece mais acirrada. “Está se tornando difícil para os investidores manter a cabeça fria”, afirmou o analista Milan Cutkovic, da Axi. No Brasil, a semana começou com noticiário corporativo intenso, ditando o ritmo para a pauta de balanços trimestrais dos próximos dias, quando a safra de resultados ganha ainda mais fôlego com os números de gigantes como Vale, Petrobras, Ambev e Bradesco.

REUTERS 

Investimentos no Brasil caem pela metade em 2020, diz ONU

A queda registrada no fluxo de investimentos diretos no Brasil nos primeiros seis meses de 2020 foi maior que a média observada entre os demais países

Os dados estão sendo publicados na quarta-feira pela Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio. Para a agência, dois fatores pesaram no caso do Brasil: a interrupção do programa de privatizações e a escala que a pandemia atingiu no país. No total, o primeiro semestre registrou uma queda de 48% nos investimentos no Brasil em comparação ao mesmo período de 2019, atraindo um total de US$ 18 bilhões entre janeiro e junho. Com isso, o Brasil foi sexto destino de investimentos no mundo, igualando-se ao México e superado por Cingapura, Irlanda, Alemanha, EUA e China. Em 2019, o Brasil aparecia na quarta posição entre os maiores destinos de investimentos. Em 2020, outras economias sofreram mais que o Brasil. Entre os países ricos, a Itália teve uma queda de 74% nos investimentos. Nos EUA, a contração de 61%, para um total de US$ 51 bilhões. No mundo, os investimentos tiveram uma queda de 49%, diante do impacto do confinamento nas decisões de multinacionais de adiar qualquer tipo de projeto. Para o ano, a previsão é de uma queda no fluxo mundial de investimentos que poderia variar entre 30% e 40%. Os anúncios de novos projetos de investimento caíram em 37%, enquanto as fusões e aquisições caíram em 15%. Na América do Norte, a redução foi de 56%, para $68 bilhões de dólares. Na Europa, pela primeira vez, houve um fluxo negativo de investimentos, com uma saída maior de capital que entrada de recursos. US$ 86 bilhões foram retirados da Holanda, contra US$ 30 bilhões do Reino Unido ou US$ 98 bilhões da Suíça. Na grande parte dos casos, porém, isso se trata de uma repatriação de recursos de multinacionais. Mas o resultado brasileiro é pior que a média das economias emergentes e mais negativo que a média da América Latina. No total, a região latino-americana recebeu US$ 62 bilhões no primeiro semestre do ano. “Enquanto o primeiro trimestre foi relativamente não afetado pela crise econômica induzida pela Covid, os fluxos caíram no segundo trimestre levando a declínios na maioria das principais economias, com exceção do México e Chile”, diz o informe.

UOL ECONOMIA 

EMPRESAS

Marfrig conclui criação de joint-venture de carne vegetal com ADM

A Marfrig, maior produtora de hambúrgueres do mundo, afirmou na segunda-feira que a joint-venture com a norte-americana ADM foi aprovada por autoridades e com isso concluiu a criação da PlantPlus Foods, sediada nos Estados Unidos

A parceria foi acertada para a produção de produtos que têm base vegetal e foi anunciada em maio deste ano. A Marfrig terá 70% da nova companhia e será responsável pela produção, venda e distribuição da PlantPlus Foods, usando suas instalações em Várzea Grande (MT) e em Ohio, nos Estados Unidos. O restante será detido pela ADM.

REUTERS 

Aurora diz que proposta de compra de unidade em Xaxim é aceita

A Aurora Alimentos disse na segunda-feira (26) que o Juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Chapecó julgou vencedora a sua proposta para aquisição da unidade de abate e processamento de aves pertencente à Massa Falida da Chapecó Companhia Industrial de Alimentos

A Aurora entregou a proposta de compra da unidade em Xaxim (SC) no início deste mês. A planta, com capacidade de abate de 191 mil frangos por dia, já estava arrendada à Aurora desde dezembro de 2012, empregando 2.379 trabalhadores. “A decisão de compra levou em conta que a agroindústria tem grande importância na geração de empregos e no fomento à economia regional”, disse a Aurora em comunicado. A aquisição inclui o abatedouro, fábrica de rações, incubatório, setor de congelamento da unidade industrial, armazéns e granjas-matrizes. A Aurora não informou o valor da transação.

CARNETEC 

LEGISLAÇÃO

Ajustes em normas trabalhistas podem gerar economia

Mudanças na NR sobre segurança e saúde no trabalho no agronegócio poderão enxugar gastos de mais de R$ 4,3 bilhões, segundo o governo. As novas regras entram em vigor um ano após a publicação da portaria, que deve ocorrer essa semana. Elas valem para o trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura

As mudanças anunciadas na semana passada pelo governo federal na norma regulamentadora (NR) sobre segurança e saúde no trabalho no agronegócio deverão resultar em custos menores para os produtores. A estimativa do Ministério da Economia é que será possível enxugar gastos de mais de R$ 4,3 bilhões por ano no campo com alterações que simplificam a relação trabalhista. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a nova redação deixou mais claras as regras que terão que ser seguidas, aplicadas e exigidas por produtores rurais, empregadores, trabalhadores e fiscais do trabalho. “Dessa forma, evita-se autuações indevidas por descumprimento de normas regulamentadoras que sequer são aplicáveis no campo, uma vez que são destinadas ao ambiente urbano”, disse Rudy Ferraz, Chefe da Assessoria Jurídica da CNA. A revisão da NR 31, em vigor desde 2005, alterou o capítulo que trata das “condições sanitárias e de conforto no trabalho rural”, que especificou quais obrigações cabem às frentes de trabalho e dizem respeito a estruturas fixas e móveis. A utilização de moradias como alojamento passa a ser permitida, desde que observados os regramentos da norma. Foi inserido na norma o conceito de “trabalho itinerante”, referente a trabalhadores que percorrem uma propriedade sozinhos ou em pequenos grupos para atividades pontuais como o conserto de uma cerca, serviços com trator ou reunião do gado. A NR 31 exigia a instalação de banheiros e refeitórios em todas as frentes de trabalho, o que é considerado inaplicável no caso do trabalho itinerante. O mesmo ocorre em zonas alagadiças, como no Pantanal. Também foi alterada a regra para o armazenamento de agrotóxicos. A norma determinava que os produtos fossem acondicionados a 30 metros de qualquer instalação, o que, segundo a CNA, tornava inaplicável a medida em pequenas propriedades. Com a revisão, a distância foi reduzida para 15 metros. Para quantidades de até 100 litros ou 100 quilos, será permitido o uso de um armário com requisitos de segurança.

VALOR ECONÔMICO 

FRANGOS & SUÍNOS 

Custos de produção de aves e suínos sobem mais de 25% no ano

Os custos de produção de frangos de corte e suínos medidos pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (Cias) subiram 27,44% e 25,7% nos nove primeiros meses de 2020, superando 300 pontos pela primeira vez desde que foram criados, informou a Cias/Embrapa em comunicado

Os índices foram criados em 2011, quando ambos valiam cem pontos. Em setembro, o custo de produção de suínos medido pelo ICPSuíno subiu 6,43% em relação ao mês anterior, para 306,95 pontos. O ICPFrango subiu 6,88% em setembro para 301,91 pontos. O custo de nutrição, impactado pela alta nos preços dos grãos, foi o principal fator a influenciar no aumento dos custos de produção de aves e suínos neste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o ICPSuíno sobe 33,21% e o ICPFrango sobe 31,29%. O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina chegou a um novo patamar recorde de R$ 5,37 em setembro. Já o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná subiu para R$ 3,90 no mês passado. Os custos nos estados de Santa Catarina e Paraná são usados como referência nos cálculos por serem os maiores produtores nacionais de suínos e de frangos de corte.

CARNETEC 

Volume exportado de carne de frango sobe 1,16% na 4ª semana de outubro, mas faturamento cai

Exportações da proteína avícola estão com ritmo semelhante ao de 2019

De acordo com informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, divulgadas nesta segunda-feira (26), as exportações de carne de frango na quarta semana de outubro registraram leve aumento nas toneladas por média diária no comparativo com o mesmo mês do ano passado. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as leves movimentações para mais ou para menos de uma semana para outra são consideradas normais. “O relevante é comparar os números com os resultados do ano passado”, disse. Ele explica ainda que chama a atenção a queda no preço médio, principalmente no caso da proteína avícola, resultado da flutuação do dólar. O faturamento por média diária embarcada na quarta semana de outubro foi de US$ 20.789,864, 14,05% a menos do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Entretanto, no comparativo com a semana anterior, houve um recuo de 2,3%. No caso das toneladas por média diária, a alta foi de 1,16% na comparação com outubro de 2019, chegando a 15.386,858/dia. Em relação à semana anterior, a média de volume embarcado por dia teve queda de 1,8%. Já o preço pago por tonelada, US$ 1.351,144, foi 15,04% inferior a outubro do ano passado, e diminuiu 0,5% na comparação com a terceira semana deste mês. O faturamento total neste mês de outubro, US$ 332.637,827, é 37,4% menor do que a receita total com as exportações de carne sde frango em outubro do ano passado. Em matéria de volume embarcado, as 246.189,739 toneladas representam recuo de 26,4% ao montante total exportado em outubro de 2019.

AGÊNCIA SAFRAS 

Exportações de carne suína sobem mais de 46% nas médias de faturamento e embarque diário em relação a outubro/19

Apesar de algumas pequenas variações em relação à terceira semana do mês, movimento é considerado “natural” 

Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Governo Federal, de segunda-feira (26), as exportações de carne suína na quarta semana de outubro registraram resultados superiores em mais de 46% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, disse que as leves movimentações para mais ou para menos de uma semana para outra são consideradas normais. “O relevante é comparar os números com os resultados do ano passado”, disse. O faturamento por média diária embarcada na quarta semana de outubro foi de US$ 10.015,673, 48,97% a mais do que o registrado no mesmo mês do ano passado. Entretanto, no comparativo com a semana anterior, houve um recuo de 1,5%. No caso das toneladas por média diária, a alta foi de 46,94% na comparação com outubro de 2019, chegando a 4.179,654/dia. Em relação à semana anterior, a média de volume embarcado por dia teve queda de 3%. Já o preço pago por tonelada, US$ 2.396,292, foi 1,38% superior a outubro do ano passado, e aumentou 1,7% na comparação com a terceira semana deste mês. O faturamento total neste mês de outubro, US$ 160.250,77, é 8,33% maior do que a receita total com as exportações de carne suína em outubro do ano passado. Em matéria de volume embarcado, as 66.874,5 toneladas representam alta de quase 7% ao montante total exportado em outubro de 2019.

AGÊNCIA SAFRAS

INTERNACIONAL 

Importações chinesas de carnes cresceram 63% em setembro

Compras de carne suína cresceram 121,6% ante o mesmo mês de 2019

As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 830 mil toneladas em setembro, volume 63% maior que o registrado em igual mês do ano passado, informou a agência Reuters com base em dados da alfândega do país asiático. As importações de carne suína somaram 380 mil toneladas, com alta de 121,6% na comparação anual, ainda por causa dos problemas causados pela peste suína africana à oferta local. No acumulado do ano, o país asiático já importou 3,29 milhões de toneladas do produto. Já as compras de carne bovina atingiram 180 mil toneladas em setembro, alta de 18,9%. Nos nove primeiros meses do ano foram 1,57 milhão de toneladas.

VALOR ECONÔMICO 

China deve levar pelo menos 5 anos para conseguir a autossuficiência alimentar

Em evento virtual, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil e a consultoria internacional Roland Berger projetaram o desempenho das commodities brasileiras ao país asiático até 2025

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em conjunto com a consultoria internacional Roland Berger, apresentaram as tendências do comércio mundial do agronegócio brasileiro para os próximos cinco anos. Entre as análises, houve destaque para a relação comercial Brasil e China. Segundo a consultoria, o Brasil poderá aproveitar o cenário de forte demanda dos asiáticos pelos próximos 5 anos, principalmente para o mercado de proteína animal. De acordo com especialistas do Ministério da Agricultura da China, somente em 2025 o país asiático deve reconquistar a autossuficiência na produção de suínos, por exemplo, impactadas pela peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). “A produção voltará a cerca de 54 milhões de toneladas em 2025, à medida que o número de porcas reprodutoras se recupere da Gripe Suína Africana (ASF). A partir de 2025 o consumo aumentará a um ritmo mais lento, porque a ASF dá origem a uma perda permanente de hábitos de consumo, e a população idosa, que consome menos carne per capita, está crescendo”, diz Qiang Fu, Diretor da Roland Berger no país asiático, com base em informações do Ministério da Agricultura da China. Qiang Fu, diretor da Roland Berger para a China. “O Brasil tem sido um grande parceiro da China por muitas décadas. Algumas commodities são muito importantes para nós e temos intensificado as importações desses produtos. Essa cooperação com o Brasil ajudou a pensar sobre a perspectiva de segurança alimentar das importações chinesas e reforçar seu posicionamento comercial. A China e o Brasil vão continuar cada vez mais juntos”, diz Qiang Fu, acrescentando que nesta década o Brasil respondeu por um terço das compras do gigante asiático. Qiang Fu também especificou que esse é o momento do Brasil se fortalecer e se posicionar no mercado chinês, uma vez que a China está fazendo grandes acordos comerciais com outros países como, por exemplo, a Argentina, a Itália, o Cazaquistão e a Lituânia para o envio de carne de porco. “Temos mais de 25 exportadores de carne suína para a China, no qual o Brasil permanece numa posição promissora. Essa relação comercial está cada vez mais importante para os chineses”, afirma. Em relação à carne bovina, o especialista diz que a demanda do produto pelos chineses poderá aumentar nos próximos anos, mas que esse ritmo de crescimento deverá ser menor do que o observado recentemente devido à competitividade com aves e porcos na culinária chinesa.

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