CLIPPING DA ABRAFRIGO Nº 1348 DE 26 DE OUTUBRO DE 2020

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Ano 6 | nº 1348| 26 de outubro de 2020

 

ABRAFRIGO

ORIENTAÇÕES PARA A INDÚSTRIA:

CRONOGRAMA DO ESOCIAL

O governo federal publicou as Portarias Conjuntas SEPRT/RFB Nº 76 e Nº 77, de 22 de outubro de 2020, que aprovam o novo layout e estabelecem o cronograma de implantação do Sistema Simplificado de Escrituração Digital das Obrigações Previdenciárias do eSocial. Foi definido que os prazos para os eventos de Segurança e Saúde no Trabalho (SST) se iniciam a partir de junho de 2021, com os grupos continuando faseados para a sua entrega. O tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte, ao Microempreendedor Individual (MEI) com empregado, ao segurado especial e ao produtor rural pessoa física será definido em atos específicos. As portarias na íntegra estão disponíveis nestes links:

www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-76-de-22-de-outubro-de-2

020-284694569

www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-conjunta-n-77-de-22-de-outubro-de-2

020-284692326

Para mais informações, acesse:  sesipr.org.br/informacoes-sst

SISTEMA FIEP

NOTÍCIAS

Carne bovina: alta de preços no atacado com osso

O escoamento mais calmo, em função da segunda quinzena do mês, não foi suficiente para pressionar os preços no mercado atacadista de carne com osso em São Paulo. A falta de oferta e os estoques baixos foram os fatores que pressionaram para cima as cotações

O destaque vai para a ponta de agulha que subiu 5,5% na semana passada. O quilo ficou cotado em R$14,50/kg, segundo levantamento da Scot Consultoria. O boi casado capão e inteiro ficaram cotados em R$17,30/kg e R$16,95/kg, respectivamente, ou seja, uma variação positiva de 3,9% e 4,3%, nesta ordem.

SCOT CONSULTORIA

Mercado do boi gordo firme

Nas praças paulistas, após a alta de R$5,00/@ ao longo da última semana, o preço do boi para o mercado interno ficou estável na sexta-feira (23/10) na comparação dia a dia, em R$268,00/@, preço bruto e à vista, R$267,50/@, livre de Senar, e em R$264,00/@, descontados os impostos (Senar e Funrural)

Para bovinos jovens com até quatro dentes, as ofertas de compra chegam a R$273,00/@ bruto e à vista. O ritmo de negócios foi menor, cenário típico de sexta-feira. A oferta de boiadas está limitada, o que mantém a expectativa de cotações firmes na próxima semana.

SCOT CONSULTORIA 

Boi gordo: com nova valorização, arroba chega a R$ 271 em São Paulo

Segundo a Safras, os preços seguem elevados por conta da oferta muito restrita, principalmente de animais que cumprem os requisitos para exportação à China

Os preços do boi gordo voltaram a subir na sexta-feira, 23, em todas as regiões de produção e comercialização do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a nova rodada de alta nos preços ocorreu por conta da oferta muito restrita, principalmente de animais que cumprem os requisitos para exportação à China. “Não há indícios de alteração consistente na curva, com todos os fatores apontando o contrário”, diz o analista. “A demanda doméstica também vai exercer um papel relevante durante o último bimestre, avaliando a entrada do 13º salário, abono de férias e outras bonificações como motivador do consumo. Importante destacar que esse consumo será inferior em relação a anos anteriores, no entanto, será o auge da demanda para este complicado ano de 2020”, assinala Iglesias. Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 271 a arroba, ante R$ 269 – R$ 270 na quarta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 265 a arroba, contra R$ 264. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores chegaram a R$ 263 a arroba, contra R$ 261 a arroba. Em Goiânia, Goiás, a cotação bateu R$ 260, ante R$ 254 – R$ 255. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 251 a arroba, ante R$ 249. No mercado atacadista, os preços da carne bovina também subiram. De acordo com Iglesias, o indicativo é de aumentos mais agressivos na primeira quinzena de novembro, período que contará com a entrada da massa salarial na economia como elemento motivador da reposição entre atacado e varejo. “Com o final do ano, pico do consumo, se aproximando, restará saber qual será a capacidade do consumidor médio de absorver tantos reajustes”, pontua Iglesias. Com isso, o corte traseiro subiu de R$ 19,50 o quilo para R$ 19,60 o quilo. O corte dianteiro passou de R$ 14,35 o quilo para R$ 14,40 o quilo, e a ponta de agulha subiu cinco centavos, indo a R$ 14,35 por quilo.

AGÊNCIA SAFRAS

MP de Rondônia, com apoio da Polícia Civil e Sefin, deflagra Operação Salvo Conduto

As ordens judiciais foram emitidas pela 1ª Vara Criminal de Cacoal e têm como alvo pessoas físicas e jurídicas atuantes no comércio de gado bovino 

O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRO), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (GAESF/MPRO) e a 6ª Promotoria de Justiça da Comarca de Cacoal, contando ainda com apoio da Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Finanças (Sefin), deflagrou na manhã desta quinta-feira (22/10) a Operação Salvo Conduto. As investigações foram iniciadas pelo GAESF, a partir de fiscalização da Sefin. Diante dos indícios da prática ilícita na forma de crime organizado, foram encaminhadas ao GAECO. Há suspeitas de que o grupo criminoso, composto por empresa do ramo de leilões e pessoas físicas, tenha se beneficiado de uma decisão judicial para sonegar impostos. De acordo com o apurado até o momento, o empresário investigado obteve decisão judicial em mandado de segurança, para que a Fazenda Pública se abstivesse de exigir o recolhimento de ICMS na mera transferência de gado vivo entre seus estabelecimentos rurais, ou seja, nas movimentações sem mercancia. Utilizando a referida decisão judicial como um verdadeiro salvo-conduto, o empresário realizou intensa circulação econômica (compra, venda e saídas interestaduais de gado bovino), sem o devido recolhimento de ICMS. Somente em ICMS devido, o prejuízo é de no mínimo R$ 11 milhões aos cofres do Estado de Rondônia. Foram cumpridos vários mandados de busca e apreensão nas residências e endereços comerciais dos envolvidos pelas supostas práticas dos crimes de associação criminosa, de falsidade ideológica e contra a ordem tributária, tendo como objetivo o esquema de sonegação fiscal nas operações de comercialização de gado.

MP/RO/RONDONIAGORA 

CNA reivindica anistia de dívidas do Funrural

Passivo total é estimado em mais de R$ 11 bilhões pela Receita Federal

Em tempos de aperto fiscal, falta de recursos para bancar as políticas sociais agravada pela pandemia e margens de rentabilidade recorde em diversas culturas do campo, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu ao governo para anistiar as dívidas do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural). A reivindicação, enviada à Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é para acabar com os débitos tributários relativos à comercialização da produção agropecuária entre produtores rurais pessoas físicas. O passivo total é estimado em mais de R$ 11 bilhões pela Receita Federal. “Diante das constantes mudanças no arcabouço legal que rege a cobrança do Funrural aos produtores e de todos os esforços realizados pelo Congresso Nacional e pelo Poder Executivo para sanar os problemas relacionados a esse tributo, não nos resta alternativa a não ser apresentar o pedido de anistiar os débitos tributários relativos à comercialização da produção agropecuária, entre produtores rurais estabelecidos como pessoas físicas”, afirma o ofício assinado pelo Presidente da CNA, João Martins, enviado ao gabinete da Ministra na semana passada. Na prática, o pedido é para a remissão de todo o débito remanescente aos produtores, pois trata da relação entre pessoas físicas. “Isso faria com que os produtores rurais que não pagaram a contribuição nem entraram em refinanciamento fiquem isentos do pagamento”, resume uma fonte do setor. “É preciso analisar se haverá espaço para uma remissão assim. O governo precisa seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse um especialista. O imbróglio do Funrural se arrasta há dez anos. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a cobrança da contribuição previdenciária sobre a receita bruta da comercialização, mas voltou atrás da decisão em 2017. Naquele ano, o Congresso Nacional aprovou uma lei para criar um programa de regularização tributária rural (PRR, ou Refis do Funrural) com baixa adesão (cerca de 10 mil produtores), em parte devido à promessa de campanha ainda não cumprida por Jair Bolsonaro de extinguir o passivo, apesar das pressões. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu solução via reforma tributária e, segundo apurou o Valor, não mudou de ideia até agora. A partir de 2018, as alíquotas do Funrural foram reduzidas e as operações de venda de sementes e mudas, bezerros, leitões e pintos de um dia passaram a ser isentas. Este ano, o STF decidiu que o tributo não pode incidir sobre os produtos exportados – o que, na prática, acabou com grande parte das dívidas, sobretudo a referente à soja. Como a Receita tem dificuldades para apurar os valores devidos e só pode cobrar dívidas de cinco anos anteriores, o prazo de dez anos está cada vez mais próximo do fim e o débito, por consequência, vai ficando menor para quem não refinanciou e não confessou o passivo. No ofício, a CNA relatou a ofensiva da Receita para a regularização dos contribuintes até o fim do ano sob pena de multas de até 150% do valor devido.

VALOR ECONÔMICO 

Rio Grande do Sul realiza o embarque de 13 mil terneiros vivos

Os animais foram enviados para a Turquia com as vendas somando cerca de R$ 36 milhões

O Rio Grande do Sul promoveu o embarque de 13 mil terneiros vivos com destino à Turquia. A operação aconteceu na sexta-feira, 23, teve a fiscalização da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os animais devem chegar ao destino em 20 dias. A secretaria de agricultura do estado informou que o embarque dos terneiros foi feito aos poucos, respeitando os preceitos de bem-estar animal. Segundo a supervisora regional de Pelotas da Seapdr, Liége Furtado de Araújo, os países importadores têm preferência por animais de raças europeias, que são encontrados aqui no Rio Grande do Sul, e que 90% do gado em pé é exportado para a Turquia, enquanto 10% tem como destino o Egito, Líbano e Jordânia. “Desde o início deste ano, já foram carregados em torno de 100 mil animais”, destaca. No processo de embarque, os fiscais da secretaria são os responsáveis por verificar as condições de bem-estar animal no carregamento e emitir as Guias de Trânsito Animal (GTAs) para o porto, enquanto que os servidores do Mapa conferem os animais através dos brincos com chip e emitem o certificado para o país importador. De acordo com o Superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul (Portos RS), Fernando Estima, a operação de embarque movimentou em torno de R$ 36 milhões. Ele afirmou que o Rio Grande do Sul é o terceiro exportador de boi vivo do Brasil, atrás apenas de São Paulo e Pará.

CANAL RURAL

ECONOMIA

Dólar sustenta os R$5,60 sob receios fiscais

O dólar fechou em alta contra o real na sexta-feira, com a moeda norte-americana tomando fôlego na parte da tarde conforme operadores assumiram posições mais defensivas antes do fim de semana, em sessão mista para divisas de risco no exterior

O dólar à vista subiu 0,60%, a 5,6282 reais. Na semana, a cotação recuou 0,24%. A moeda ganha 0,17% em outubro e dispara 40,25% em 2020. Na B3, o dólar futuro avançava 0,46% na sexta, a 5,6205 reais, às 17h41. Analistas avaliam que o desconforto do lado fiscal mantém o humor dos agentes frágil, num momento em que o mercado continua temeroso sobre o risco de furo do teto de gastos em 2021. O Ministério da Economia precisou divulgar nota de esclarecimento na sexta na qual afirmou que “não há movimento para reverter processo de contingenciamento e responsabilidade fiscal”, depois de reportagens nesta semana sobre brechas para contratação de mais de 50 mil servidores públicos em 2021. Na semana que vem, investidores vão acompanhar a decisão de política monetária do Banco Central, com amplas expectativas de manutenção da taxa Selic na mínima recorde de 2% ao ano, em meio a algumas avaliações de que o juro baixo num contexto fiscal abalado tem pressionado a moeda e atrapalhado a rolagem da dívida pública. “O maior sinal de um BC atrás da curva é dado como este de hoje: curva pré embutindo um belo prêmio de aumento de Selic já em 2021 ao mesmo tempo que é acompanhada de desvalorização da moeda”, comentou Vitor Péricles, economista e sócio-gestor da LAIC-HFM Gestão de Recursos. O DI julho de 2021 –que embute expectativas para a Selic de hoje até o fim do primeiro semestre do ano que vem saltou quase 10 pontos-base, indicando apostas de que o BC precisará subir os juros até lá. Os vencimentos para janeiro 2022, janeiro 2023 e janeiro 2024 dispararam entre 20 pontos-base e 27 pontos-base apenas nesta sessão.

REUTERS

Ibovespa fecha em queda com realização de lucros

O Ibovespa fechou em queda na sexta-feira, com o noticiário menos positivo no Brasil e a ausência de progressos efetivos sobre mais estímulos nos EUA endossando realização de lucros ao término de mais uma semana positiva na bolsa paulista

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa recuou 0,61%, a 101.294,22 pontos, de acordo com dados preliminares. Na semana, porém, acumulou elevação de 3%. O volume financeiro nesta sexta-feira somava 21 bilhões de reais. Para o estrategista Gustavo Cruz, da RB Investimentos, é normal após vários dias positivos que o investidor adote um pouco de cautela antes do fim de semana e aproveite para colocar um pouco de lucro no bolso. “É de se esperar que o investidor aproveite que (o Ibovespa) passou a barreira psicológica dos 100 mil pontos e fique mais na defensiva”, afirmou, acrescentando que os indicadores econômicos no Brasil também não foram tão bons nesta sessão. Entre os destaques na pauta local, a inflação medida pelo IPCA-15 acelerou acima do esperado em outubro, enquanto a confiança do consumidor caiu pela primeira vez em seis meses. Nos Estados Unidos, Wall Street fechou sem direção única, em meio ao impasse nas negociações sobre um novo pacote de ajuda à economia, com a eleição presidencial de 3 de novembro no radar.

REUTERS 

Taxa de desemprego bate recorde em setembro, aponta IBGE

Contingente de desempregados chegou a 13,5 milhões em setembro, ante 10,1 milhões em maio, mostrando um crescimento de 33%

A taxa de desemprego do país alcançou 14% em setembro, ante 13,6% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira. Segundo os técnicos do IBGE, trata-se de um recorde na série histórica do instituto. As informações constam da edição mensal da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD Covid-19, que medirá os impactos da pandemia sobre o mercado de trabalho e outros aspectos até o fim do ano. De acordo com o IBGE, em setembro, o contingente de desempregados chegou a 13,5 milhões em setembro, ante 12,9 milhões em agosto. Na passagem de um mês ao outro, houve aumento de 4,3% nesse grupo. Em maio, quando o levantamento foi inaugurado, o número de desocupados era de 10,1 milhões. Desde então, a variação no dado foi de 33,1%. Houve aumento na força de trabalho para 96,4 milhões de pessoas, ante 95,1 milhões em agosto, alta de 1,4% na passagem de um mês ao outro. Isso não significa que mais pessoas passaram a trabalhar, mas se tornaram aptas ao trabalho, seja por arrefecimento do isolamento social ou quaisquer outras razões. Ao voltarem para o mercado de trabalho, essas pessoas passam a procurar por vagas e, ao não encontrarem, passam a integrar o contingente de desocupados. Essa migração das pessoas de fora para dentro da força de trabalho era esperada pelos técnicos do IBGE e especialistas e pode estar por trás do pico tardio na taxa de desemprego em setembro. Confirmando a tese, o número de pessoas fora da força de trabalho, por sua vez, caiu 1,5% na margem, passando de 75,2 milhões em agosto para 74,1 milhões em setembro, informou o IBGE.

VALOR ECONÔMICO

Superávit das contas externas do Brasil fica abaixo do esperado para setembro, investimento estrangeiro despenca

O Brasil registrou em setembro o sexto mês seguido de superávit em suas transações correntes, de 2,320 bilhões de dólares, levando o déficit em 12 meses a cair a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB), menor patamar desde abril de 2018, refletindo o esfriamento da economia no país e no mundo em meio à pandemia da Covid-19

Apesar do contraste com o déficit de 2,727 bilhões de dólares de setembro de 2019, o resultado do mês passado, divulgado na sexta-feira pelo Banco Central, veio abaixo do superávit de 3,00 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters. Já os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram 1,6 bilhão de dólares, bem abaixo dos 6 bilhões de dólares registrados em setembro do ano passado e também inferior à expectativa de 2,1 bilhões de dólares apontada em pesquisa Reuters. A pandemia do coronavírus impactou mais fortemente as importações do Brasil do que as exportações e, como resultado, os saldos comerciais do país têm crescido nos últimos meses. Também tem havido diminuição dos déficits nas contas de comercialização de serviços com o exterior e das remessas de lucros e dividendos por empresas estrangeiras atuando no país, sob o impacto da crise com o surto de Covid-19 na economia. Como resultado desses movimentos, o saldo em transações correntes do país tem melhorado, com redução do déficit. Por outro lado, os investimentos estrangeiros diretos no país (IDP) têm caído fortemente. No acumulado em 12, meses, o fluxo do IDP soma 3,31% do PIB, menor nível desde julho de 2018, quando estava nesse mesmo patamar. Para o Chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, a redução desse fluxo é um retrato do adiamento de projetos de investimento em meio a todas as incertezas trazidas pela pandemia. Nos nove primeiros meses do ano, o déficit em transações correntes foi de 6,476 bilhões de dólares, bem abaixo dos 36,748 bilhões de dólares registrados em igual período do ano passado. Já o IDP somou 28,554 bilhões de dólares até setembro, ante 52,032 bilhões de dólares no mesmo período em 2019. Para outubro, o BC projetou superávit em transações correntes de 1,2 bilhão de dólares, com IDP de 1,0 bilhão de dólares. A expectativa do BC é que o país feche o ano com déficit em transações correntes de 10,2 bilhões de dólares. No acumulado do ano os investimentos em portfólio no país ainda registram uma saída elevada, de 27 bilhões de dólares, sob o impacto de uma retirada de 22 bilhões de dólares do país em março, quando a economia global sofreu uma paralisação geral com o fechamento das atividades por causa da pandemia da Covid-19.

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IPCA-15 tem maior alta para outubro em 25 anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) acelerou em outubro para alta de 0,94%, maior salto para o mês desde 1995, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira

Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,81 por cento para o período. A alta no mês foi impulsionada por um aumento no segmento Alimentação e Bebidas, que subiu 2,24%. A segunda maior variação veio dos Artigos de Residência (1,41%), cujos preços subiram pelo sexto mês consecutivo. O único grupo dos nove pesquisados a apresentar queda em outubro foi Educação (-0,02%). Em setembro, o IPCA-15 havia registrado alta de 0,45%. No ano, o índice agora acumula alta de 2,31% e, nos últimos 12 meses, a variação acumulada é de 3,52%. Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de setembro a 13 de outubro de 2020 (referência) e comparados com aqueles vigentes entre 14 de agosto e 11 de setembro de 2020 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

REUTERS

EMPRESAS

Unidades da BRF e Marfrig recebem aprovação da China para retomar exportações

As companhias de alimentos BRF e Marfrig Global Foods receberam na sexta-feira a aprovação da China para retomar as exportações de carnes das unidades de Dourados (MS) e Várzea Grande (MT), respectivamente, que haviam sido suspensas em meio a preocupações sobre a pandemia da Covid-19, disseram as empresas

A autorização, que se deu após inspeções realizadas pelas autoridades chinesas, foi publicada no site da Administração Geral das Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês), informou o Ministério da Agricultura em comunicado à Reuters, citando que duas plantas brasileiras haviam sido autorizadas. “A liberação para a retomada de exportações para o país asiático, mercado estratégico para a BRF, reforça o compromisso da companhia com a qualidade de seus produtos e com a saúde segurança dos seus colaboradores”, afirmou em nota o CEO da empresa, Lorival Luz. Os embarques de frango da unidade da BRF, a maior exportadora da proteína no mundo, foram suspensos em julho e estão previstos para acontecer nos próximos dias, segundo a companhia. A Marfrig confirmou por meio da assessoria de imprensa que poderá voltar a enviar carne bovina à China de sua planta localizada em Várzea Grande, cujas exportações foram proibidas em junho. Algumas unidades de companhias do setor foram suspensas pelos chineses após surtos de coronavírus entre funcionários. No entanto, não há nenhuma confirmação científica de que a doença possa ser transmitida por alimentos. A planta de Lajeado (RS) da BRF segue impedida de embarcar ao mercado chinês, assim como as unidades de Três Passos e Passo Fundo da JBS, no Rio Grande do Sul. Assim que a proibição foi anunciada, em julho, a BRF afirmou que atuaria junto às autoridades brasileiras e chinesas para reversão da suspensão no menor prazo possível. Procurado, o Ministério da Agricultura afirmou que, antes da atualização da lista de estabelecimentos habilitados para exportação que consta no site da GACC, houve auditoria por videoconferência e apresentação de documentos, conduzidas pelas equipes do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal e do Serviço de Inspeção Federal (SIF). “As autoridades chinesas concluíram que as medidas adotadas pelo Ministério da Agricultura e pelos estabelecimentos foram satisfatórias e adequadas para o atendimento às exigências chinesas”, afirmou a pasta em nota. Atualmente, a BRF possui 15 unidades habilitadas para exportar para a China, sendo 10 de aves, 4 de suínos e 1 de miúdos de suínos. Já a Marfrig conta com 13 unidades habilitadas a exportar para a China na América do Sul.

REUTERS 

Tribunal de NY aprova acordo da BRF para encerrar ação coletiva nos EUA

Empresa pagará US$ 40 milhões referentes a prejuízos relacionados à Operação Trapaça

A BRF comunicou na sexta-feira, 23, que o acordo para encerrar uma ação coletiva movida por investidores que detém ADRs (American Depositary Receipts) da empresa nos Estados Unidos foi aprovado pelo Tribunal Distrital Federal da América, na cidade de Nova York. Pelo acordo, a BRF pagará US$ 40 milhões referentes a prejuízos relacionados à Operação Trapaça, um desdobramento da Operação Carne Fraca. No acordo, a empresa propôs encerrar as demandas pendentes de pessoas físicas e empresas que compraram ADRs entre 4 de abril de 2013 e 5 de março de 2018. Em 2018, investidores entraram com uma ação coletiva contra a BRF. Segundo eles, o ex-presidente Pedro Faria e outros executivos teriam “inflado artificialmente” o preço das ações da empresa. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa disse que o acordo não implica reconhecimento de responsabilidade ou de prática de atos irregulares pela BRF ou seus executivos. “O acordo expressamente prevê a negativa de qualquer conduta irregular por parte da BRF ou que qualquer autor tenha sofrido quaisquer danos ou tenha sido prejudicado por qualquer conduta alegada em ação coletiva”, disse a empresa.

VALOR ECONÔMICO 

JBS inaugura o seu oitavo confinamento no País

Com a unidade em operação, a companhia passa a ter capacidade de terminar 116 mil bovinos por ano

A JBS está abrindo as operações de uma nova unidade de confinamento no País. Neste mês de outubro começa a funcionar o confinamento do município de Confresa (MT), com capacidade estática de 4,8 mil bovinos, podendo terminar 12 mil animais por ano, em 2,5 giros. O confinamento no modelo de prestação de serviço ao produtor é o oitavo da empresa no País, desde que começou a construir unidades próprias em 2010. Outras duas unidades de terminação intensiva de bovinos, inauguradas este ano, são a de Rio Brilhante (MS) e a de Campo Florido (MG). Cada uma possui capacidade estática de 4 mil animais e podem terminar 10 mil bovinos no ano, em 2,5 giros. Os demais confinamentos da JBS estão em Castilho e Guaiçara (SP); Lucas do Rio Verde e Nova Canaã do Norte (MT), e em Terenos (MS). Com a nova unidade mato-grossense, a companhia passa a ter uma capacidade total de abate nesse sistema 116 mil bovinos, por ano. De modo geral, são oferecidos ao produtor infraestrutura e uma equipe de veterinários, zootecnistas e nutricionistas que acompanham diariamente a evolução dos animais. O pecuarista pode investir em quatro modalidades de contratação: 1) Diária: paga um preço fixo pelas diárias; 2) Parceria: o animal é pesado na entrada e o produtor recebe as arrobas magras a preço de boi gordo; 3) Arroba produzida: paga um preço fixo pelo total de arrobas engordadas dentro do confinamento; 4) Ração por quilo: o pecuarista paga pelo quilo de ração consumida por animal. O produtor só desembolsa o valor de custos, como alimentação e frete, após o abate dos animais.

PORTAL DBO 

FRANGOS & SUÍNOS 

Rabobank vê alta de 4,5% na produção brasileira de carne suína em 2020

O Rabobank estima alta de 4,5% na produção de carne suína brasileira em 2020, na comparação com 2019, e um aumento recorde de 32% nas exportações, conforme relatório divulgado na semana passada 

Nos primeiros nove meses de 2020, o volume de carne suína exportada pelo Brasil já superou o total embarcado no ano passado, conforme informações divulgadas pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) no início do mês. A produção brasileira de carne suína aumentou 7% no primeiro semestre deste ano, na comparação anual, impulsionada por forte demanda das exportações, principalmente por parte da China, segundo o Rabobank. “O contínuo apoio do governo à indústria colaborou para estabilizar a produção, mas a oferta de porcos prontos para o abate continua limitada”, escreveram analistas do banco em relatório. Fortes exportações neste ano já colaboraram para um aumento de 72% nos preços de suínos vivos e de 69% nos preços da carne. O Rabobank avalia que a redução no auxílio emergencial concedido aos brasileiros a partir de setembro colaborou para abrandar os preços no mercado, sinalizando que aumentos maiores nos preços de mercado serão limitados. Apesar do aumento nos custos de nutrição animal, com alta de 40% no ano, o Rabobank estima que a maioria dos grandes produtores de suínos já assegurou ração para o ano. Entretanto, menores estoques e risco de uma safra aquém do esperado, considerando os efeitos da La Ninã, ainda são um obstáculo para as expectativas de produção.

CARNETEC 

MEIO AMBIENTE 

Parlamento Europeu aprova resolução para combater desmatamento que mantém pressão sobre o Brasil

O Parlamento Europeu aprovou na quinta-feira (22) uma nova resolução para combater desmatamento que mantém pressão sobre o Brasil, e pode elevar custos para os produtores agrícolas se o texto se tornar lei na Europa, o que é muito provável

Um relatório da deputada alemã Delara Burkhardt foi aprovado por 377 votos, 75 contra e 243 abstenções, pedindo à Comissão Europeia uma nova legislação para erradicar desmatamento, destruição da natureza e violação dos direitos humanos das cadeias de suprimento nos 27 países membros. uma nova lei exigiria “due diligence” pelas companhias, de forma que precisariam avaliar os riscos dos produtos importados para identificar, mitigar e excluir aqueles vindos de desmatamento. Essa lei se aplicaria a commodities como soja, carne bovina, couro, óleo de palma, cacau, eucalipto, milho, madeira, borracha e couro. A ideia é garantir aos consumidores que em suas compras eles não adquiriram produtos importados vinculados à destruição da natureza. Os parlamentares deixam claro que as políticas de comércio e investimento da UE precisam ter capítulos obrigatórios de desenvolvimento que respeitem completamente os compromissos internacionais. “Lamentavelmente tais provisões não foram inteiramente incluídas no acordo UEMercosul”, segundo texto do Parlamento. E é justamente o que querem ver como anexo do tratado entre os dois blocos. O relatório faz referência a vários estudos que mostrariam que proibir a entrada na Europa de produtos vinculados a desmatamento não terá impacto no volume e preços e que qualquer custo extra pelos operadores seria mínimo. A iniciativa aprovada no Parlamento apoia a igualdade de condições de mercado ao estabelecer as mesmas regras para todas as empresas, incluindo o setor financeiro. Também tem um forte enfoque no respeito aos direitos humanos, sustento e cultura daqueles que vivem dentro e fora da floresta. O Parlamento não tem poder de iniciativa legislativa. Mas pode solicitar uma proposta da Comissão, o braço executivo da UE. A comissão tem em aberto uma consulta pública sobre o combate ao desmatamento. Em algumas semanas, mais de 320 mil pessoas já participaram da campanha “Together4forests”, que pede uma forte lei contra desmatamento. Organizações não governamentais estimam que a UE é responsável por mais de 10% da destruição florestal, impulsionada pelo consumo de commodities como carne, laticínios, soja para ração animal, óleo de palma, café e cacau.

Valor Econômico 

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